Teses em História (Doutorado) - PPHIST/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6869
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2010 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em História (Doutorado) - PPHIST/IFCH por Orientadores "FONTES, Edilza Joana Oliveira"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Arranjos, lei e consolidação do império: aplicação da lei das terras e apropriação das fazendas nacionais do Rio Branco (1830-1880)(Universidade Federal do Pará, 2018-09-18) SANTOS, Maria José dos; FONTES, Edilza Joana Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9447513031256372Esta tese investigou o processo de aplicação da Lei nº 601, de 1850, conhecida como Lei de Terras na Província do Amazonas, e seus desdobramentos na fronteira do Rio Branco. Buscou-se compreender a constituição social, política e econômica dos sujeitos que formaram o grupo dos senhores de terra desde a criação das fazendas reais e particulares, analisando, posteriormente, a criação da Comarca do Alto Amazonas, a Cabanagem e o processo de expansão das fazendas particulares após a extinção da Lei das Sesmarias. Historicamente, a região do Rio Branco passou por intensos processos de disputas territoriais e políticas que ameaçaram o domínio Português e, sucessivamente, a consolidação do Império Brasileiro naquela fronteira. As décadas de 1830 a 1870 foram marcadas por tentativas de apropriação de territórios pelo Reino Unido, conhecido como o conflito do Pirara no Rio Branco, e pela pressão dos Estados Unidos, que exigiam do Brasil a abertura para navegação e comércio no Rio Amazonas. Todos esses fatores fizeram que o Império Brasileiro despendesse dimensões diferentes das demais regiões, mais flexíveis com militares e demais sujeitos, mantendo-os como aliados para defender, colonizar e consolidar o império na fronteira do Rio Branco. Neste contexto, as terras das fazendas nacionais, que pertenciam ao Estado, foram paulatinamente incorporadas ao patrimônio particular dos militares e degredados, assim como as terras consideradas devolutas, que também eram bem públicos. A Lei de Terras não foi cumprida, uma vez que, segundo a lei, a única forma de acesso à terra era a compra; porém, foi utilizada politicamente pelo Império, para garantir o apoio da classe senhorial local. Esse processo se estendeu até a década de 1870, quando essa relação passou a ter outra dimensão, muito mais rigorosa, menos presa à elite local, e dispôs de mais cobranças, especialmente por parte da Tesouraria da Fazenda diante da apropriação de bens pertencentes ao Tesouro, como as terras das fazendas nacionais do Rio Branco, indícios claros de que o Império Brasileiro nas fronteiras da Amazônia se reconheceu, finalmente, consolidado.Tese Acesso aberto (Open Access) As trabalhadoras e trabalhadores têxteis e sua fábrica em Santarém: experiência operária, Justiça do Trabalho e indústria de sacaria no Baixo Amazonas, 1951-1990(Universidade Federal do Pará, 2023-01-25) TRISTAN, Daniela Rebelo Monte; FONTES, Edilza Joana Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9447513031256372Este trabalho trata da experiência da(o)s trabalhadore(a)s da única fábrica de fiação e tecelagem de juta e malva do Baixo Amazonas, a Tecejuta, estabelecimento de grande porte cuja história como empresa se estende de 1951, data de sua fundação, a 1990, ano de seu fechamento. A fim de melhor compreender essa experiência, discutimos inicialmente a história da fábrica, que guarda uma importante interseção com a história do próprio cultivo da juta na Amazônia e com a história do planejamento regional, as quais, por esse motivo, aqui também são focalizadas. Discutimos ainda as relações entre campo e cidade na região e suas implicações no que concerne à cultura e perfil das trabalhadoras e trabalhadores da Tecejuta, além de sua noção de direito costumeiro. A seguir, é abordada a emergência da Junta de Conciliação e Julgamento de Santarém e seus efeitos nas relações de trabalho do município e da região, bem como os padrões de utilização da mão de obra pela fábrica em sua primeira fase, que evidenciam seu enraizamento no modo tradicional de relacionamento da elite econômica local com seus subalternos na sociedade. Na sequência, examinamos os padrões de aplicação do poder disciplinar na fábrica e sua política de demissões, particularmente de mulheres, buscando identificar suas alterações após a intervenção do Banco de Crédito da Amazônia e da Sudam na empresa, entre 1970 e 1976, assim como no período posterior. Por fim, abordamos as mobilizações reivindicatórias dos trabalhadores e trabalhadoras da fábrica e suas formas de organização sindical. Permeando a construção do texto a partir do capítulo 3, procuramos identificar e compreender os modos de resistência das trabalhadoras e trabalhadores dentro da fábrica e suas táticas ao recorrer à Justiça do Trabalho em busca da efetivação de direitos, o que configurava uma forma de construção de sua cidadania.Tese Acesso aberto (Open Access) A trajetória de Izabel Marques Tavares da Cunha: dos rios da Amazônia aos porões da ditadura Militar no Brasil e o desejo de transformar o mundo(Universidade Federal do Pará, 2024-08-19) MIRANDA, Rosinda da Silva; FONTES, Edilza Joana Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9447513031256372Esta tese investiga a notável trajetória política de Iza Cunha, uma figura importante na luta contra a Ditadura Militar no Brasil e na defesa dos direitos humanos, com especial ênfase nas questões de mulheres e gênero na região amazônica. A Ditadura Militar, que durou de 1964 a 1985, foi um período sombrio da história brasileira, caracterizado por repressão política, censura e violações dos direitos humanos. Iza Cunha emergiu como uma voz corajosa na resistência a esse regime autoritário, mobilizando-se em prol da democracia, da justiça social e da igualdade de gênero. Esta tese examina os principais momentos da trajetória política de Iza Cunha, desde a sua participação em movimentos estudantis durante os anos de chumbo da ditadura, até o seu papel como ativista e líder nos movimentos populares na Amazônia pós-ditatorial. Por meio de uma análise aprofundada dos seus discursos, escritos e ações políticas, busca-se compreender como Iza Cunha articulou a sua luta contra a ditadura com a sua defesa dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero na Amazônia. Além disso, esta tese examina os desafios específicos enfrentados pelas mulheres na região amazônica, incluindo a violência de gênero, a exploração econômica e a marginalização política. Destaca-se o papel de Iza Cunha na promoção da participação política das mulheres, no combate à discriminação de gênero e na garantia de direitos, emancipação e acesso a serviços básicos, como saúde e educação. Por fim, este trabalho analisa o legado de Iza Cunha e sua relevância para os debates contemporâneos sobre democracia, direitos humanos, mulheres e gênero na Amazônia. Ao reconhecer sua contribuição histórica e sua luta contínua, pretende-se inspirar novas gerações a seguir seu exemplo de resistência e comprometimento com a justiça social e a igualdade de gênero na região amazônica e além dela.
