Teses em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Doutorado) - PPGDSTU/NAEA
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2297
O Doutorado Acadêmico em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pertence ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O Doutorado em Ciências – Desenvolvimento Socioambiental iniciou em 1994, absorvendo o debate crítico de ponta na época nos temas sobre desenvolvimento, planejamento e questões ambientais.
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Navegando Teses em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Doutorado) - PPGDSTU/NAEA por Orientadores "COSTA, Francisco de Assis"
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Tese Acesso aberto (Open Access) O Dimensionamento das trajetórias tecnológicas de base agrária na Região Tocantina e suas implicações para o desenvolvimento local(Universidade Federal do Pará, 2010-04-26) ROCHA, Enéas Nunes; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908O Padrão usual do Desenvolvimento capitalista rural na Amazônia está fundamentado no paradigma agropecuário e em trajetórias tecnologias patronais que, ancoradas numa institucionalidade tradicional, reverte a seu favor os benefícios das políticas públicas para o setor rural expresso no volume de crédito acessado por esses agentes. Paralelamente ao padrão usual, verifica-se a existência das estruturas camponesas com racionalidade oposta à patronal e trajetória tecnológica distinta, participa com representatividade do valor da produção rural, empregando maior volume de mão-de-obra e utilização mais eficiente dos recursos a seu dispor. As trajetórias tecnológicas camponesas, respaldadas pelo paradigma agroflorestal, representam na Região Tocantina uma alternativa ao desenvolvimento sustentável para a região e dessa maneira, objeto e desafio na formulação de políticas públicas para o setor rural. Assim, o desenvolvimento com equidade social, equilíbrio ecológico e eficiência econômica na Região Tocantina, passaria necessariamente pelo incentivo aos procedimentos tecnológicos das trajetórias camponesas e por mudanças na base institucional que legitima o atual modelo.Tese Acesso aberto (Open Access) A Dinâmica das inovações nas empresas do pólo industrial de Manaus: um novo momento relacionado aos constrangimentos ambientais a partir do ano 2000(Universidade Federal do Pará, 2008-06-26) DINIZ, Márcia Jucá Teixeira; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908Esta Tese tem como objetivo principal corroborar a teoria Neo-Schumpeteriana , que envolve as mudanças técnicas nos processos produtivos das empresas estabelecidas no Pólo Industrial de Manaus – PIM, no que tange a influencia da introdução das inovações e, em particular, das inovações ambientais sobre a medida de concentração de cada pólo industrial (indústria) que compõem o PIM. Os dados da pesquisa compreenderam dois níveis: dados secundários, levantados junto Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA – e que se referem à indicadores econômicos de desempenho das empresas, situadas no âmbito do PIM; e dados primários, coletados a partir da aplicação de um questionário às empresas do PIM cadastradas nessa Instituição. Na junção desses dois conjuntos de dados foi elaborada uma análise descritiva referente às variáveis qualitativas abordadas no questionário, além, da aplicação de modelo econométrico – Modelo de Equações Simultâneas – com os dados do questionário e dos indicadores econômicos selecionados. Os resultados obtidos corroboram a hipótese principal levantada no estudo de que as inovações e, em especial aquelas de caráter ambiental, têm efeito significativo e positivo no índice de concentração calculado. Ademais, foi constatado que as empresas consideradas, pela literatura, como poluidoras, são as que mais inovam do ponto de vista ambiental.Tese Acesso aberto (Open Access) Economia dos produtos florestais não-madeireiros no Estado do Amapá: sustentabilidade e desenvolvimento endógeno(Universidade Federal do Pará, 2010-06-02) CARVALHO, Antonio Claudio Almeida de; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908O extrativismo vegetal, baseado na exploração sustentável dos produtos florestais não madeireiros é uma das alternativas mais consistentes ecologicamente, no que tange a Conservação da biodiversidade e cobertura natural da Floresta Amazônica. Mas, há problemas sistêmicos que não têm deixado este segmento desenvolver-se de forma satisfatória. O vazamento da economia regional dos produtos extrativistas da Amazônia é uma variável que contribui para o baixo nível de desenvolvimento social e econômico da região. É imperativo que sejam realizadas análises econômicas sobre as possibilidades desse novo modelo A solução provisória para esta área foi estabelecida em 1841, com a definição do espaço entre os rios Oiapoque e Araguari como “Área do Contestado”. Ficou definido então, que a gestão da referida área seria feita de forma compartilhada entre os dois Países. A questão da disputa entre Brasil e França pelas terras do Amapá, só se resolveu definitivamente com a intermediação do presidente suíço Walter Hauser, que em 1o de dezembro de 1900, através do protocolo conhecido como “Laudo Suíço”, concedeu a referida área ao Brasil. de desenvolvimento, apoiado nas bases de um capitalismo contemporâneo, que tem procurado aprimorar os mecanismos econômicos de inclusão social de variáveis ambientais como elementos endógenos do sistema produtivo na Amazônia. O Amapá é o estado brasileiro mais preservado (97% de sua cobertura florestal original) e possui 72% do território como áreas protegidas. Este trabalho pretende identificar o nível de contribuição que os produtos não-madeireiros, extraídos nas florestas por populações tradicionais têm na economia do Amapá. Como método central de análise, foi utilizado o modelo de matriz insumo-produto desenvolvido por Wassily Leontief. Este procedimento analítico tem relevante destaque como instrumento prático de análise e planejamento econômico. Além das análises de programação do crescimento econômico setorial, é adequado para estimar, mediante os efeitos multiplicadores, os impactos do crescimento econômico na produção trabalho e renda setorial de toda a economia. O objeto central do trabalho são as análises estruturais dos arranjos produtivos locais dos produtos florestais não-madeireiros do estado do Amapá, em níveis regional e local. O método desenvolvido pelo Francisco de Assis Costa (Contas Sociais Ascendentes Alfa - CS_) foi usado na construção das matrízes, tendo como base os procedimentos analíticos ascendentes de agregação progressiva dos dados locais O setor extrativista dos produtos florestais não -madeireiros do estado do Amapá, com um PIB de R$ 204 milhões no ano de 2009 tem uma participação pequena, com somente 3,07% das riquezas produzidas no estado. Todavia, quando é observado que 86,77% do valor total do PIB (6,65 bilhões de reais) é decorrente de atividades do Setor Terciário e que todo o Setor Produtivo (Primário e Secundário), tem participação de apenas 13,24%, conclui-se que o valor da produção dos produtos florestais não-madeireiros é bem significativo no estado do Amapá.Tese Acesso aberto (Open Access) Evolução agrária do Nordeste paraense por contas sociais ascendentes: a inclusão das redes mercantis de insumos nos processos metodológicos e o cálculo dos níveis de endogenização(Universidade Federal do Pará, 2009-12-15) ANDRADE, Wanderlino Demetrio Castro de; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908A importância deste trabalho está em analisar a dinâmica da evolução econômica do Nordeste Paraense, por suas estruturas fundamentais de produção no agrário, interpretando-se os resultados por meio dos impactos setoriais e os transbordamentos da renda e do produto na economia. Para tanto, aplicou-se o modelo de Contas Sociais Ascendentes de Base Agrária (Matriz de Insumo-Produto) metodologicamente mais abrangente que as primeiras abordagens aplicadas em trabalhos anteriores realizados por Pires (2002) e André (2004) a mesma região, todas derivadas de Costa (2002abcd), inclusive este trabalho. Entre outras diferenciações, o modelo desenvolvido inicialmente estava ligado internamente pelo fluxo de produtos entre as dimensões geográficas do local, ao estadual e nacional, em que o valor da produção é formado no sentido que vai da produção até o consumo final, ou ainda, do rural para o urbano: segue o sentido que vai da produção local até a demanda final nacional. Para este trabalho, a forma metodologicamente adotada, já apresentada por Costa em 2008, no Sudeste Paraense, incorpora, primordialmente, as cadeias backward de insumos e investimentos em que são reconstituídos os trajetos dos agentes produtores até o “primeiro fornecedor”, tanto para as redes de formação de preço, quanto de salários e margem bruta (markup), o que possibilita, uma análise diferenciada dos multiplicadores quanto aos impactos setoriais, implicando nas análises de retenções e transbordamentos da renda e do produto entre as formas de produção e suas ocorrências estruturais geográficas, na verificação das disposições das forças centrípetas e centrífugas, o que permite fazer interpretações quanto às possibilidades de conexões econômicas locais para o desenvolvimento, a partir dos índices de aglomeração.Tese Acesso aberto (Open Access) Exploração de recursos florestais não madeireiros pelos Mẽbêngôkre-Kayapó da aldeia Las Casas - terra indígena Las Casas, no sudeste do Pará: aspectos biológicos, sociais e econômicos relevantes para a sustentabilidade da comercialização(Universidade Federal do Pará, 2016-05-12) GONZÁLEZ PÉREZ, Sol Elizabeth; MITJA, Danielle; http://lattes.cnpq.br/3686851570084502; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908Esta tese analisa os diferentes tipos de usos de produtos florestais não madeireiros na Terra Indígena Las Casas, assim como também a importância destes na subsistência do povo Mẽbêngôkre da aldeia Las Casas, a utilização e os caminhos que estes e a comunidade de Las Casas seguem através da comercialização. A pesquisa consistiu numa combinação de métodos e técnicas interdisciplinares das ciências biológicas, assim como também das ciências humanas, servindo-se finalmente de técnicas da etnobotânica, e sistemas de informação geográfica. Para entender o contexto atual do uso de produtos florestais não madeireiros e a inserção no mercado, se analisa o histórico de ocupação da Terra Indígena Las Casas, a dinâmica do uso da terra a através do processamento de imagens de satélite Landsat, e os diferentes tipos de ocupação solo descritos pelos Mẽbêngôkre-Kayapó da aldeia Las Casas, assim como também as plantas e recursos que utiliza, em fim a economia tradicional deste povo. Se analisaram também as diferentes formas de relação dos Mẽbêngõkre-Kayapó com a sociedade envolvente e como estas influenciaram na inserção ao mercado e em diferentes atividades econômicas, dando destaque em Las Casas à inserção no mercado através dos projetos Mẽkunhêre e Me à yry Las Casas. A Terra Indígena Las Casas apresenta uma dinâmica de uso da terra guiada por eventos de desmatamento e recuperação das áreas desmatadas. Desta maneira, os Kayapó reconhecem e classificam diferentes tipos de ocupação do solo entre as que se destacam formações savânicas e florestais, e áreas antrópicas resultantes da ocupação por posseiros da região, para o estabelecimento de fazendas de gado. A classificação dos usos do solo pelos Kayapó de Las Casas é compatível à obtida através da imagem de satélite Landsat-8, mesmo assim, os Kayapó diferenciam ocupações que na imagem não podem ser reconhecidas, como são babaçuais, pequizais, capoeiras, roças e zonas úmidas de Cerrado. Nestes territórios caçam, pesca, cultivam suas roças de maneira tradicional. Entre as espécies vegetais utilizadas na sua subsistência, identificam e exploram pelo menos 95 espécies úteis distribuídas em 36 famílias e 72 gêneros botânicos. Para estas espécies foram levantados 21 usos diferentes agrupados em oito categorias de uso. As espécies que tiveram usos destacados para a subsistência e a produção de cultura material pertencem à família Arecaceae (babaçu, buriti, bacaba) e Caryocaraceae (pequí). Estas espécies são manejadas por eles e fazem parte da rede de troca de recursos entre aldeias, a qual garante a circulação de diferentes variedades de espécies cultivadas, e matérias-primas utilizadas na produção de objetos destinados à vida ritual e à comercialização. Finalmente se conclui que para a comercialização de maneira sustentável dos frutos de babaçu e pequi, seria necessária a criação de planos de manejo para ambas as espécies. Desta maneira a atividade que mais oferece oportunidades de geração de renda é a comercialização de artesanato. Mesmo assim, ainda há aspectos que devem ser melhorados, principalmente na organização da comunidade e da associação Ngonh-rôrô-kre.Tese Acesso aberto (Open Access) A Firma chegou, pesou, levou, aí vai tirar seus bilhões (...), mas o agricultor não sai daqueles centavos: expropriação e resistências camponesas na Amazônia paraense(Universidade Federal do Pará, 2019) FERNANDES, Daniel dos Santos; http://lattes.cnpq.br/8436207354089348; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908Sempre que formações camponesas se encontram, de algum modo, em relação direta com setores da economia capitalista surge o debate acerca de sua permanência ou subsunção. Neste trabalho trato desse assunto, e apresento como hipótese de trabalho que os contratos realizados entre agricultores familiares e empresas do ramo da dendeicultura não os transformam em uma classe para o capital, mas compõe maneiras particulares de o capitalismo promover a sua reprodução ampliada. Utilizando o método etnográfico demonstro que na Amazônia a expansão da dendeicultura contém todos os elementos identificados por Marx no que ele denominou de acumulação primitiva, e que isto não se constitui como um entrave para a existência capitalista, ao contrário, comprova a tese central de RosaLuxemburgo, segundo a qual “Como processo histórico, a acumulação do capital progride do princípio ao fim em um meio constituído por formações pré-capitalistas várias, e em confronto político constante, mantendo intercâmbio econômico interminável com as mesmas”. Deste modo, e tendo em vista o contexto hodierno, o esquema teórico da autora mostra-se atual e válido.Tese Acesso aberto (Open Access) Formação de capital social e o ideário do desenvolvimento sustentável no mundo rural rondoniense: a organização dos sistemas alternativos dos produtores de Ouro Preto D'Oeste - RO(Universidade Federal do Pará, 2006) MOSER, Lilian Maria; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908O trabalho objetiva analisar o contexto e a atuação da Associação Alternativa de Produtores (APA), organização criada em 1992 por um grupo de agricultores do município de Ouro Preto d' Oeste, no estado de Rondônia. Com o propósito de apoiar os projetos de vida das famílias associadas e que é pautada no ideário do desenvolvimento sustentável. A APA buscou superar a crise dos sistemas de corte e queima entre agricultores migrantes, os quais movidos pela política vigente na Região Amazônica nos anos de 1970 e 1980, implementou projetos de colonização e abriu fronteiras através da construção das rodovias que demandaram a Região. O trabalho reconstitui os fundamentos do ideário do desenvolvimento sustentável e o trajeto do projeto de desenvolvimento que levou aqueles produtores à Rondônia; caracteriza os problemas institucionais, ao lado dos limites de ordem técnica com os quais se defrontaram no exercício de uma agricultura pautada em moldes tradicionais; reconstitui as motivações e movimentos que levaram à formação da Associação, verificando em que medida os valores do civismo, da solidariedade e da cooperação com perspectivas de alcançar a eficiência econômica fundamentam as iniciativas. Por fim, analisa, a partir dos resultados de pesquisa primária, qual a correspondência entre os ideais que forjaram a constituição da Associação e a realidade de seus associados. Nesse momento se testa, comparando um grupo de associados com um grupo de não-associados da APA, se sua atuação converge com o ideal de sua fundação: se sua política se reflete em maior eficiência econômica, em maior esperança de sustentabilidade dos sistema produtivos geridos pelas famílias e em maior equidade entre elas.Tese Acesso aberto (Open Access) Habitus, governanças institucionais e trajetórias tecnológicas: uma análise sociológica do espaço, o caso da expansão do óleo de palma (dendê) no Vale do Acará, Pará(Universidade Federal do Pará, 2017-07-04) MONTEIRO, Marcílio de Abreu; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908O espaço alterado é compreendido pelas práticas sociais e pelas experiências vividas, conformadas no habitus, na técnica e nas instituições. A organização do espaço resulta de uma continuada e repetida combinação de ações e objetos, de acordo com representações, materiais e simbólicas, que interagem dentro de relações sociais, como vínculos subjetivos que se objetivam na conexão entre um recorte geográfico e as conformações sociais. A dinâmica das trajetórias tecnológicas, como elemento mais visível destas alterações, é a ferramenta analítica para indicar os movimentos advindos da ação e reação da estrutura estruturante diante de uma estrutura estruturada. A partir da construção destes elementos teórico-metodológicos, busca-se compreender o fenômeno do avanço do dendê na Amazônia pela referência das alterações decorrentes deste fato social, através de sua objetivação espacial. Tendo como estudo de caso as alterações ocorridas no Vale do Acará, Pará, como espaço-lugar, um espaço social e geográfico objetivado.Tese Acesso aberto (Open Access) A Inovação como vetor da sustentabilidade: uma análise do ecossistema de inovação para a bioeconomia no Estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2023-06-30) SANTOS, Raimundo Victor Oliveira; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908A presente pesquisa aborda a compatibilidade entre os fundamentos da dominância das trajetórias tecnológicas do agrário paraense com os índices dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS’s), nos 144 municípios do estado do Pará. Partindo de um referencial teórico acerca do desenvolvimento sustentável, dos ecossistemas de inovação e das trajetórias tecnológicas desenvolvidas pelo Dr. Francisco de Assis Costa, faz-se uma análise com técnicas estatísticas multivariadas objetivando identificar as variáveis determinantes para a dominância das trajetórias tecnológicas nos municípios paraenses e estabelecer o que esta dominância representa para os objetivos de desenvolvimento sustentável.Tese Acesso aberto (Open Access) Modelagem espacial de vetores sociais em imagens de sensoriamento remoto para a leitura da diversidade estrutural do desenvolvimento rural da Amazônia: trajetórias tecnológicas em competição na microrregião de Tomé-Açu(Universidade Federal do Pará, 2020-12-15) SOLYNO SOBRINHO, Sebastião Aluizio; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908Nesta tese, desenvolve-se uma metodologia de espacialização de dados sociais e econômicos em imagens de sensoriamento remoto, orientada pelo conceito de trajetórias tecnológicas aplicado em dinâmicas agrárias na Amazônia, tendo por objetivo contribuir com os estudos sobre desmatamento e mudanças no uso da terra. O trabalho se realiza a partir do mapeamento fundiário de uma grande região agrícola no estado do Pará, e a integração de estatísticas do Censo Agropecuário do IBGE com imagens do satélite LANDSAT nos anos agrícolas 1995- 1996 e 2005-2006. Como resultado, verifica-se que a integração de dados sociais em imagens de sensoriamento remoto possibilita uma leitura mais detalhada da vegetação com a integração dos dados espectrais aos vetores econômicos que determinam a exploração agropecuária, permitindo concluir que a aplicação do conceito de trajetórias tecnológicas com referência espacial explicita facilita uma maior compreensão das forças motrizes do desmatamento e das mudanças no uso da terra na Amazônia.Tese Acesso aberto (Open Access) Os Negros no agrário amazônico: diversidade histórica e contemporânea do campesinato paraense(Universidade Federal do Pará, 2025-02-27) CRISPIM, Sebastião Novais Sousa; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908A tese investiga a intrínseca relação entre a população negra e o espaço agrário da Amazônia paraense, analisando a formação histórica e a diversidade estrutural do campesinato negro. A pesquisa demonstra que a construção da raça negra no Brasil, enraizada na colonização e no sistema capitalista, estabeleceu um padrão de exploração que se perpetuou no agrário. A análise resgata a centralidade histórica da população negra na estrutura agrária amazônica, marcada pela resistência à escravidão, como a formação de quilombos, e pela busca por autonomia através do trabalho camponês após a abolição. A investigação detalha a diversidade do campesinato na Amazônia, identificando diferentes formas históricas de organização e suas lógicas econômicas específicas, centradas nas necessidades de reprodução familiar. A tese utiliza dados censitários (2017 e 2022) para evidenciar a crescente relevância demográfica da população negra no Pará, incluindo o espaço rural, e a sua predominância numérica como produtores em diversas formas de campesinato. Contudo, a pesquisa também aponta para a persistência de desigualdades raciais no acesso à terra, com uma concentração de áreas maiores sob o controle de produtores brancos. A análise aprofundada das formas históricas camponesas prevalentes no Pará (CbO, CbF e ReC) revela que a população negra é majoritária em número de estabelecimentos em todas elas, confirmando a constituição histórica de um campesinato negro nas formas mais tradicionais da economia camponesa amazônica. A tese conclui que a negritude é um elemento substancial e central no agrário amazônico contemporâneo, e os resultados reforçam a urgência de considerar a dimensão racial na formulação de políticas públicas para o desenvolvimento rural sustentável na Amazônia, visando a superação das desigualdades históricas e a promoção da equidade no acesso a recursos e oportunidades para o campesinato negro.Tese Acesso aberto (Open Access) Padrões econômicos-ambientais da agropecuária no estado do Tocantins: estudo comparativo de microbacias correspondentes a três sistemas agrários relevantes(Universidade Federal do Pará, 2010-06-29) MARTINS, José Jamil Fernandes; COSTA, Francisco de Assis; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783862P2De início desenvolveu-se uma base teórica que dá sustentação ao trabalho, estruturando-se um conceito de sustentabilidade ambiental que, por sua vez, serviu de apoio à elaboração do Índice de Sustentabilidade Ambiental Agrícola (ISAGRI). Ressalta-se que o referido índice baseia-se, dentre outros, na Equação Universal de Perda de Solo – EUPS. Trabalhou-se em seguida no sentido de se analisar os efeitos da ação antrópica praticada por produtores de soja, pecuaristas e pequenos produtores, em três microbacias do Estado do Tocantins, localizadas nos municípios de Sítio Novo do Tocantins, ao norte do Estado; Araguaina, ao nordeste; e Pedro Afonso, na região central do Estado. Nessa análise, calculou-se o grau de sustentabilidade inerente a cada uma das atividades utilizando-se o ISAGRI. A partir da realidade observada nas regiões sob estudo foram criados dezenas de cenários alternativos, que permitiram maior abrangência à análise efetuada em função dos resultados apresentados pelo ISAGRI. Comparou-se o desempenho obtido por cada categoria de produtor entre si, de forma a se ter melhor idéia de qual delas, ao longo do seu processo produtivo, produz maior agressão ao meio ambiente. Utilizou-se o ISAGRI também em sua forma desagregada, ou seja, através de alguns dos seus sub-índices, o que permitiu comparações menos agregadas e, portanto, mais próximas da realidade. Em seguida, procedeu-se ao cálculo da valoração dos custos de reposição do solo decorrentes das atividades exercidas pelos produtores rurais. Para execução do cálculo usou-se o Método Custo de Reposição (MCR), feitas algumas alterações a um modelo tradicional. Aos resultados obtidos aplicou-se o mesmo tipo de análise comparativa usada anteriormente. De acordo com os resultados, sob o ponto de vista da sustentabilidade ambiental, a atividade dos pecuaristas situados em uma microbacia do município de Araguaina-TO, encontra-se no mesmo patamar alcançado pelos pequenos produtores de Sítio Novo do Tocantins-TO, ou seja, situam-se na faixa considerada boa. Já os plantadores de soja estabelecidos numa microbacia de Pedro Afonso-TO, alcançaram um índice classificado apenas como regular. Observa-se que quando se analisa as dezenas de cenários alternativos criados, ora encontra-se algumas particularidades interessantes, ora outras preocupantes, todas comentadas ao longo do estudo. No entanto, quando se considera a valoração dos custos de reposição do solo perdido, as operações com pequenos produtores, inclusive nos cenários projetados, são consideradas não sustentáveis, o que gera uma situação até certo ponto paradoxal. Quando, sob o ponto de vista ambiental, sua atividade alcança bom nível de sustentabilidade e, à luz da valoração dos custos de reposição do solo perdido em função de sua atividade, eles já caem para a faixa da não sustentabilidade. Os plantadores de soja, nas condições reais estão dentro da sustentabilidade e, de acordo com o cenário previsto, ora se encontram dentro da sustentabilidade, ora fora. Já no caso dos pecuaristas, em todas as situações sua atividade permanece no contexto da sustentabilidade.Tese Acesso aberto (Open Access) A Questão regional e a formação do discurso desenvolvimentista na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2010-10-29) FERNANDES, Danilo Araújo; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908Este trabalho de tese trata de um estudo sobre a formação histórica discursiva sobre a questão regional amazônica e sua relação com o período nacional-desenvolvimentista no Brasil. Em sua primeira parte, o estudo apresenta os objetivos e a fundamentação teórico-metodológica do trabalho, baseada no método arqueogenealógico de Michel Foucault e na teoria de ideologia de Paul Ricoeur. Em seguida o estudo apresenta as bases históricas e conceituais da formação do ciclo ideológico do desenvolvimentismo no Brasil, assim como os fundamentos teóricos e discursivos da questão regional brasileira. Nesta parte, o que fica evidente é a importância da correlação e interdependência entre o tema da questão regional e a formação do discurso nacional-desenvolvimentista no Brasil; e nesse sentido, a obra de Celso Furtado se destaca como importante elemento de elaboração discursiva que irá representar uma interpretação da questão regional como compondo um projeto mais amplo de desenvolvimento nacional. Na parte final do trabalho, destaca-se a conexão entre o ambiente institucional nacional desenvolvimentista brasileiro e a formação de uma tradição de pensamento regionalista amazônico que terá grande influência nas décadas de 40 e 50, e que será responsável pela elaboração de um discurso desenvolvimentista-regionalista a partir da influência de autores como Euclides da Cunha e Gilberto Freyre. Autores como Arthur Cezar Ferreira Reis, Leandro Tocantins e Djalma Batista, entre outros, serão considerados alguns dos principais responsáveis pela elaboração de um discurso intelectual que, segundo uma das conclusões principais do estudo, tem suas condições de possibilidade criadas e impulsionadas a partir da realidade político-institucional que se constitui no contexto de formação das instituições desenvolvimentistas na Amazônia nas décadas de 40 e 50. Conformando uma formação discursiva a qual atribuiremos o nome de desenvolvimentismo-regionalista.Tese Acesso aberto (Open Access) Trajetórias tecnológicas e sistemas agrários: qualificação territorial utilizando geoprocessamento em Paragominas e Santarém/PA(Universidade Federal do Pará, 2014-05-16) TANCREDI, Nicola Saverio Holanda; COSTA, Francisco de Assis; http://lattes.cnpq.br/1820238947667908A Amazônia tem sido observada principalmente por meio do fenômeno do desmatamento, utilizando recursos tradicionais do sensoriamento remoto como a quantificação de área desflorestada e seu posterior incremento anual, que parece se constituir em uma metodologia eficaz. Ratificando este raciocínio, constatei num levantamento de 16.591 multas aplicadas pelo IBAMA/PA no período de 2000 até 2008, que mais de 85,0% das autuações estavam relacionadas apenas à componente flora;e na jurisdição da Gerência do IBAMA em Santarém, oeste do Pará, em 2008, quase 60% das multas se deu por conta de desflorestamento, identificados via sensoriamento remoto. Ressalta-se que as análises de imagens de satélites por si só não definem elementos da superfície terrestre, contribuindo pouco para o entendimento e posterior intervenção da realidade. Nesse contexto, foram investigados e vetorizados 479 estabelecimentos rurais nas regiões de Paragominas e Santarém, estado do Pará, que possuem históricos de uso e ocupação distintos, qualificando-os segundo suas trajetórias tecnológicas prevalentes, na perspectiva apresentada por Costa, concretizando um importante passo para correção das distorções no desenvolvimento econômico, agregando informação ao dado de sensoriamento remoto. Aplicaram-se recursos geotecnológicos de métricas de paisagem, construíram-se banco de dados celular integrado com estatísticas e algoritmos de otimização probabilística, associando dados de classificação não supervisionada isodata (validadas com kappa= 0,87, classificação considerada“excelente”) com os tipos de produção coletados em campo, gerando uma classificação final "integrada"(kappa= 0,78, classificação “muito boa”). Na região de Paragominas, foram qualificadas 3 tipos de trajetórias tecnológicas, a camponesa T8 (domínio de culturas temporárias), a camponesa T3 e patronal T4 (especializadas em pecuária de corte). Em Santarém, revelaram-se 2 trajetórias, a camponesa T2 (forte presença de culturas permanentes, temporárias e sistemas agro florestais) e a patronal T7 (mutação da T4, aumentando a participação das culturas temporárias). A metodologia aplicada logrou êxito, espacializando as propriedades rurais segundo seus tipos de trajetórias tecnológicas e gerando classes de uso mais representativas, como cultura temporária e pastagem, mas que na classificação via sensoriamento remoto isodata é englobada pela classe “agropecuária”, possibilitando uma visão mais realista das atividades de produção desenvolvidas na área investigada, concretizando a geração de informações espaciais integrando dados de diferentes fontes e o aumento do poder de leitura do pixel.
