Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia - PPGEDAM/NUMA
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3106
O Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM) Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) mantém um Mestrado Profissional aprovado e autorizado pela CAPES, que consolida a experiência de duas décadas de atividades de pesquisa e formação desenvolvidas.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia - PPGEDAM/NUMA por Orientadores "BARBOSA, Wagner Luiz Ramos"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Ativação do potencial bioeconômico das plantas medicinais amazônicas: uma proposta para Marapanim-PA à luz das experiências coletivas da etnofarmácia(Universidade Federal do Pará, 2023-05-19) PINHEIRO, Ailton Castro; VASCONCELLOS SOBRINHO, Mário; http://lattes.cnpq.br/7843288526039148; https://orcid.org/0000-0001-6489-219X; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070; https://orcid.org/0000-0002-2421-8245O trabalho tem como objetivo participar de ações na área da fitoterapia de Marapanim-PA, para auxiliar na projeção da estruturação do Arranjo Produtivo Local de Fitoterápicos, previsto na Lei municipal de fitoterapia do município e, com isso, contribuir com o desenvolvimento da Bioeconomia na Amazônia paraense, na perspectiva do desenvolvimento territorial sustentável. Para isso, adotou-se a seguinte questão de partida: como estruturar um APL bioeconômico de fitoterápicos em Marapanim-PA para melhorar a qualidade de vida dos atores sociais? Como abordagem teórica de partida, optou-se pelo desenvolvimento territorial sustentável, especificamente, a relação patrimônio territorial e recurso específico que, ao ser confrontada com a dinâmica empírica de Marapanim-PA, necessitou de novas conexões interdisciplinares, até se consolidar na proposição do conceito sistêmico: Inovação Social Territorial. A pesquisa tem uma abordagem teórica interdisciplinar e classifica-se como uma pesquisa-ação. A coleta de dados ocorreu por meio da pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e observação participante. Os dados foram analisados usando os instrumentos analíticos derivados do modelo de análise: um diagnóstico e duas projeções. Os resultados do processo analítico indicam que o patrimônio de Marapanim-PA tem fatores potenciais para a estruturação de um APL bioeconômico de fitoterápicos; porém, o maior entrave é a falta de participação dos atores locais na ação coletiva de desenvolvimento territorial conduzida pela Etnofarmácia. Essa imobilização dos atores locais ocorre pela existência de passivos territoriais no patrimônio territorial como a pouca confiança e problemas fiscais. Como resultado tecnológico a tese gerou dois produtos: um projeto-piloto para auxiliar na estruturação do APL e um plano de ação-piloto para contribuir no processo de ativação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Boas práticas na produção de fitoterápicos artesanais: estudo de caso no grupo erva vida de Marapanim, estado do Pará-br.(Universidade Federal do Pará, 2023-12-14) LEAL, Felipe Salomão Valente; LOPES, Luis Otávio do Canto; http://lattes.cnpq.br/1013147545099173; https://orcid.org/0000-0002-6209-9646; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070; https://orcid.org/0000-0002-2421-8245Em um país multicultural como o Brasil, com uma flora extensa e diversificada, diferentes grupos humanos específicos ainda preparam fitoterápicos artesanais com base em conhecimentos predominantemente empíricos, considera-se que tais grupos possuem a sabedoria necessária para esse fim. Estas comunidades aplicam esta sabedoria como uma alternativa eficaz e acessível para tratar as suas doenças, associando-a às plantas medicinais. Apesar de antiga, a fitoterapia ainda está em plena expansão na sociedade moderna, dada a significativa necessidade de opções terapêuticas mais acessíveis. Contudo, para garantir a qualidade e segurança destes medicamentos fitoterápicos produzidos artesanalmente, são necessários procedimentos que reflitam as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Assim, o objetivo geral deste trabalho foi compreender a regulamentação da produção de fitoterápicos para propor procedimentos operacionais adequados à produção qualificada de fitoterápicos artesanais por organizações comunitárias. Para tanto, foi realizado um estudo de caso com o grupo Erva Vida em Marapanim/PA para compreender os saberes envolvidos na produção artesanal de fitoterápicos. Foi realizada pesquisa bibliográfica para compreender, analisar e interpretar as regulamentações oficiais e avaliar os elementos contidos nos instrumentos regulatórios de boas práticas de produção que podem ser introduzidos na fabricação de medicamentos fitoterápicos pela comunidade, adaptando-os sem desvirtuar o caráter artesanal do processo. Após essas etapas e, com base nos resultados obtidos, foram desenvolvidos e propostos dois produtos tecnológicos como instrumentos de orientação: o “Roteiro para avaliação das condições higiênico-sanitárias das boas práticas na manipulação de fitoterápicos artesanais” mais técnico, e a cartilha de “Boas Práticas na Manipulação de fitoterápicos artesanais em estabelecimentos comunitários” com características mais didáticas. O primeiro produto foi aplicado no grupo Erva Vida, e os resultados foram quantificados e posteriormente analisados qualitativamente para construção do segundo produto. Por fim, propõe-se implementar elementos de boas práticas de fabricação para contribuir para a continuidade e tradicionalidade desta produção, incorporando elementos que possam tornar seus produtos mais seguros e eficazes sem desgastar as características culturais do grupo produtivo artesanal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Conhecimento e uso de plantas medicinais nas comunidades de uma unidade de conservação: uma contribuição para a gestão da APA Algodoal-Maiandeua(Universidade Federal do Pará, 2012-08-24) MONTEIRO, Márcia Joana Souza; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Este trabalho visa contribuir para a gestão ambiental da Área de Proteção Ambiental Algodoal-Maiandeua, a partir do registro de um aspecto cultural e da valorização dos saberes local. Neste sentido, disponibiliza informações sistematizadas sobre os usos e conhecimentos sobre plantas medicinais para inclusão no plano de manejo, incentivando a utilização sustentada de recursos naturais e enfatizando a importância do reconhecimento destas práticas, assim como para a inserção oficial de plantas medicinais na atenção à saúde da população local, sugerindo a constituição da Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PMPMF) do município de Maracanã, no Estado do Pará. A coleta de dados privilegiou a metodologia qualitativa, pois na busca de conhecimento sobre o homem e sua vida, deve-se adotar uma metodologia informada por uma teoria sobre a própria natureza deste homem. Ademais, adotou-se diversos métodos, com destaque para a observação participante e entrevista, este último visando combinar certo grau de quantificação a observação. Como instrumento utilizou-se formulários semiestruturados, aplicados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), atividade colocada em prática após capacitação em etnofarmácia, configurando uma participação mais efetiva das comunidades. Pesquisas bibliográficas também foram efetuadas, com o intuito de levantar as espécies medicinais já catalogadas em pesquisas anteriores. A pesquisa foi realizada envolvendo os quatro vilarejos que constituem a APA Algodoal-Maiandeua (Algodoal, Camboinha, Fortalezinha e Mocooca). As respostas obtidas levam ao alcance dos objetivos, disponibilizando informações sobre plantas medicinais e o conhecimento local associado à elas, propiciando contribuições no que concerne à gestão da unidade de conservação de uso sustentável.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento local sustentável como liberdade: uma experiência de planejamento estratégico do Grupo de Mulheres Erva Vida(Universidade Federal do Pará, 2013-07-25) SILVA, Cleber Gomes da; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070A presente dissertação intitulada Desenvolvimento Local Sustentável como Liberdade: uma Experiência de Planejamento Estratégico do Grupo de Mulheres Erva Vida tem como objetivo principal analisar as perspectivas das participantes do grupo Erva Vida na discussão de estratégias que contribuam para o processo de desenvolvimento local sustentável. Alicerça seu arcabouço teórico, na apropriação do conceito de Instrumental Freedoms (IF’s) , discutidas por Amartya Sen (2000). São ao mesmo tempo o fim e o meio do processo de desenvolvimento. Estão entrelaçadas e se fortalecem à medida que são alcançadas. Essas liberdades instrumentais foram denominadas de political freedom; econômic facilities; social opportunities; transparency e guarantees e measures ensurig social protection and security. Para alcance dos resultados desta pesquisa, foram observados os aspectos internos e externos de uma organização social e análise das perspectivas de remoção de restrições a essas liberdades, a partir de uma experiência de Planejamento Estratégico conduzido junto ao grupo de mulheres Erva Vida, em Marapanim (PA). O grupo foi selecionado a partir de uma ação de economia solidária, desenvolvida pelo laboratório de Etnofarmácia, do Núcleo de Meio Ambiente da UFPA com uma associação de mulheres do bairro Sossego, no distrito de Marudá, em Marapanim (PA) envolvidas na produção de remédios artesanais. Considerando os resultados desta pesquisa, os produtos diretos constituem-se no documento de planejamento estratégico do grupo e num manual de orientação para facilitadores de planejamento local. Esses produtos podem contribuir indiretamente para o aperfeiçoamento das políticas públicas de desenvolvimento sustentável local na região amazônica, contribuindo, em linhas gerais, diretamente nas ferramentas para formulação de propostas para gestão de recursos naturais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Diretrizes para a criação de um arranjo produtivo local de plantas medicinais e fitoterápicos em Marapanim-PA(Universidade Federal do Pará, 2018-04-04) PINHEIRO, Ailton Castro; VASCONCELLOS SOBRINHO, Mário; http://lattes.cnpq.br/7843288526039148; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Em 2006, o Brasil instituiu a sua Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, na qual constam 17 diretrizes que norteiam ações para a fitoterapia em diferentes segmentos. Em 2008, se organizou um programa para implantar a política nacional, o qual relaciona quatro dessas diretrizes com ações específicas para a fitoterapia, com base no saber tradicional e popular e na agricultura familiar, para determinar que os ministérios envolvidos desenvolvam ações de forma integrada, com o intuito de viabilizar a produção, e a comercialização, pela própria comunidade. Em 2012, o Ministério da Saúde (MS) iniciou o financiamento da assistência farmacêutica com plantas medicinais e fitoterápicos, sendo o Arranjo Produtivo Local (APL) um dos instrumentos disponibilizados. Na Amazônia paraense, entre 2012 e 2017, somente quatro municípios tiveram aprovados, junto ao Ministério da Saúde, projetos dessa natureza. O Município de Marapanim (PA) apresenta grande potencial etnofarmacêutico, com destaque para um grupo de mulheres que há mais de 20 anos pratica a fitoterapia popular, com base no saber de seus ancestrais. Elas produzem remédios artesanais aliando o saber popular ao científico, em parceria com o Laboratório de Etnofarmácia do Núcleo de Meio Ambiente da Universidade Federal do Pará (LAEF/NUMA/UFPA). O objetivo deste trabalho é propor diretrizes para a construção de um APL em Marapanim para inserir no mercado institucional, fitoterápicos usados na fitoterapia popular e com isso contribuir para o processo de desenvolvimento territorial e endógeno no município. Para atingir esse objetivo, se tomou por base dissertações realizadas no LAEF, as quais compõem um importante diagnóstico da fitoterapia popular local. Esta base foi complementada com uma pesquisa documental no portal de transparência do município, com dados coletados junto às erveiras de Marapanim, com o estudo das experiências de APL financiadas pelo MS, com a análise de normas pertinentes e com a análise orçamentária e financeira dos recursos destinados à fitoterapia. Os dados foram discutidos à luz do arcabouço teórico do desenvolvimento territorial e endógeno, da Política e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e do referencial teórico e legal do conhecimento tradicional e popular. Como resultado, se propõem 11 (onze) diretrizes para a construção de uma APL envolvendo a articulação para a construção de um projeto de APL, para a execução do APL, ações de capacitação, cultivo de plantas medicinais, produção de fitoterápicos, parceria público-privada para comercialização no mercado institucional, comercialização no mercado privado, dispensação no SUS, planejamento e execução orçamentária de recurso fundo a fundo, forma de institucionalização de um programa municipal de plantas medicinais e proposta de um fluxograma para a governança do APL. Foram gerados ainda os seguintes produtos: proposta de um modelo de projeto de captação de recurso do tipo APL junto ao MS e uma proposta de alteração na portaria do MS nº 1.555/2013.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O espaço de produção de remédios artesanais, a relação das erveiras com ele e seu melhoramento: uma experiência do Grupo “Erva Vida”(Universidade Federal do Pará, 2020-12-28) CARDOSO, Ana Celia Penaforte; MENDES, Ronaldo Lopes Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3384080521072847; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Este trabalho apresenta uma proposta de adaptação arquitetônica para o Espaço “Erva Vida”, sito no Bairro do Sossego em Marapanim, Pará, local onde se produzem remédios fitoterápicos artesanais. A proposta visa melhorar as instalações prediais, a organização e a sistematização das atividades de manipulação, com a finalidade de obter remédios artesanais de melhor qualidade desde o preparo dos insumos até o produto final e comercialização. O trabalho foi desenvolvido entre 2018 a 2020, com base na pesquisa de campo, quando foram realizadas rodas de conversas, registros fotográficos e medições dos espaços construídos, e procurou ouvir e considerar a opinião, e observar as necessidades das mulheres erveiras que produzem os remédios artesanais. Neste percurso, foram coletados relatos e histórias de vida, que possibilitaram a inserção dentro do universo que compõe o trabalho dessas mulheres, e assim, se pôde compreender melhor a cadeia de produção dos remédios e a relação que as mulheres erveiras estabelecem com a casa, assim como, o significativo papel do grupo para o trabalho e para vida delas, que usam dos saberes ancestrais para a realização de suas fórmulas. Seguindo o percurso metodológico definido, se analisou a bibliografia e a documentação sobre a Política de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituída pela Resolução da Diretoria Colegiada nº 13/2013 – ANVISA/MS, e o respectivo Programa. Esses documentos dispõem diretrizes e critérios para preparar fitoterápicos, se observando as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos, reguladas pela RDC nº 301/2019, que foi alterada pela RDC nº 388/2020. A perspectiva teórica da pesquisa se baseou nas reflexões de Buarque (2008), Vasconcellos (2013) e Diegues (1996), que discutem o desenvolvimento comunitário e o desenvolvimento local, com informações históricas sobre as boticas antigas, desenvolvidas por Edler (2006). A discussão no âmbito da arquitetura se baseou nas reflexões de Bestetti (2014), sobre o conceito de ambiência e Yi-fu Tuan (2013), que conceitua espaço e lugar. Por fim se elaborou um projeto de adaptação arquitetônica para o Espaço “Erva Vida”, um prédio construído há vinte três (23) anos, sofrendo raras reformas neste período. O projeto de adaptação arquitetônica previu, portanto, melhorias no espaço de produção, que engloba o laboratório, a sala de secagem de ervas e a sala de manipulação. Este trabalho busca contribuir para discussões e reflexões sobre arquitetura e as atividades desenvolvidas pelo Grupo “Erva vida” como forma de resistência, de independência financeira e de desenvolvimento local.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Etnofarmácia na ilha de Cotijuba(Universidade Federal do Pará, 2010-11-04) MAIA, Fernando Luiz Costa; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070O crescimento da utilização de plantas medicinais e remédios caseiros se dão por avanços tecnológicos evidentes e pela busca cada vez maior por terapias menos agressivas. Este trabalho objetiva refletir sobre a utilização segura e eficaz das plantas medicinais e remédios caseiros que representam alternativas reais a impossibilidade de acesso aos chamados medicamentos alopáticos sintéticos não disponíveis e, sobretudo, o papel que cumpri a assistência farmacêutica junto a essas populações no sentido de melhor compreender sua utilização como um traço cultural arraigado ao seu cotidiano, suas crenças e vivências. Discute a importância da Etnofarmácia, pois ela nos permite acessar um conhecimento milenar sobre plantas medicinais, conhecer as relações que se estabelecem entre povos ou grupos sociais com remédios caseiros. E ainda, como ela estabelece a necessária correlação entre o uso desses remédios caseiros e suas possíveis ocorrências de intoxicações e efeitos colaterais, na perspectiva de avançar a farmacovigilância. O levantamento etnofarmacêutico, junto aos usuários do SUS, na ilha de Cotijuba, se dá através de entrevistas semi- estruturadas, determinando-se o perfil nosológico do território, a partir da coleta de dados, seleção dos ACS, preparação dos entrevistadores e sistematização e análise dos dados. Durante o levantamento os usuários citaram cerca de 170 espécies vegetais usadas, para os mais diversos problemas. Dessas destaca-se 10 espécies, como sendo as mais citadas, de acordo com a frequência relativa de alegação de uso de cada espécie para um dado agravo (FRAPS). Com isso permitiu-se construir uma proposta de memento fitoterapêutico da ilha. O trabalho, por fim, discute a consolidação da PNPMF e PNPIC, bem como a necessidade da implementação da PEPMF, a importância da Comissão Interna de Farmácia e Fitoterapia e a possibilidade de se elaborar um plano de negócios para a ilha, em áreas degradadas ou em degradação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fitoterapia popular do bairro do Sossego distrito de Marudá-Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-03-07) FLOR, Alessandra Simone Santos de Oliveira; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Na Amazônia as plantas medicinais são um dos principais recursos para o tratamento de diversas doenças, dado o contexto cultural, o acesso, confiabilidade e baixo custo em comparação aos medicamentos industriais. Nesse contexto, encontra-se o Distrito de Marudá, no Município de Marapanim, a 160 Km da capital Belém, onde é comum o uso de plantas medicinais para o tratamento de agravos à saúde. O Brasil registra vários levantamentos de espécies vegetais utilizadas na fitoterapia popular de um grupo humano, aplicando-se metodologias etnoorientadas como etnobotânica e etnofarmácia, para inventariar a flora. Este trabalho objetiva investigar a prática da fitoterapia popular pelos moradores do bairro do Sossego, incluindo um grupo de mulheres denominado Erva Vida no Distrito de Marudá - PA, ilustrando a importância das plantas medicinais para este grupo humano em termos culturais, econômicos e ambientais. Para isso realizou-se um levantamento etnofarmacêutico visando identificar as plantas medicinais utilizadas pela população local. Foram entrevistados 18 praticantes da fitoterapia popular (pessoas detentoras de conhecimento sobre as plantas medicinais) que foram indicados pela própria comunidade do bairro do Sossego, seguindo a técnica bola-de-neve ou “Snow Ball”. As mulheres do Grupo Erva Vida, por também serem detentoras de conhecimentos sobre as plantas medicinais também foram entrevistadas. Foram citadas 96 etnoespécies de uso medicinal, segundo as informantes, elas distribuem-se em 44 famílias, destacando-se a Lamiaceae, com 11 etnoespécies (11,70%) e Asteraceae, com 7 etnoespécies (7,44%). O agravo mais citado é a febre, tratada com a planta anador que possui a maior Frequência relativa de alegação de uso (FRAPS), com 100% das indicações, seguida da arruda com 88% para tratar a dor de cabeça. Estas duas plantas apresentam potencial para mais estudos farmacológicos para validar suas alegações de uso popular. O presente trabalho registra o saber popular sobre a fitoterapia popular praticada no bairro do Sossego, Marudá – Marapanim, PA e traz subsídios para futuros projetos para o desenvolvimento de arranjos produtivos locais com fitoterápicos e para a utilização de remédios preparados pelo Grupo Erva Vida na atenção básica a saúde no Distrito assim induzindo o Desenvolvimento Local em Marudá.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fitoterapia popular: uma abordagem sobre a etnotoxicologia das práticas fitoterápicas no distrito de Marudá – Marapanim/Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-11-25) OLIVEIRA, Nayana Véras Jardim de; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Esta dissertação discute, especificamente, a proposta de uma nova abordagem, a Etnotoxicologia, para a captação e avaliação de dados relacionados aos efeitos indesejados atribuídos a utilização dos fitoterápicos e se propõe a ampliar o arcabouço teórico existente acerca de plantas medicinais, contribuir para a consolidação de uma práxis segura e embasar ações, no âmbito das políticas públicas de atenção à saúde, no que se refere a utilização de plantas como recurso terapêutico no contexto regional amazônico, promovendo assim o desenvolvimento da fitoterapia segura não apenas na área de estudo, Marudá (Marapanim – Pará), mas também para outras comunidades que desenvolvem atividades semelhantes. Neste trabalho a proposta norteadora aponta uma análise real, por uma vertente relativamente nova, que pauta a coleta de dados na percepção dos praticantes da fitoterapia, levando em consideração a realidade na qual o indivíduo está inserido. Os objetivos específicos foram: levantar dados etnotoxicológicos relacionados a pratica da fitoterapia, sistematizar as informações relacionadas as plantas medicinais mencionadas pelos grupos de entrevistados, traçar o perfil de segurança para a fitoterapia praticada em Marudá a partir da Etnotoxicologia e elaborar um VadeMecum das referidas plantas medicinais, em articulação, produções acadêmicas anteriores. As informações foram coletadas a partir de entrevistas de campo realizadas com um grupo de dez pessoas distribuídas em três grupos: enfermeiros com atuação local, erveiras do Grupo Erva Vida e usuários locais e turistas. A dissertação desponta a percepção do grupo de entrevistados sobre os riscos associados a pratica indiscriminada da fitoterapia, e de acordo com os depoimentos é possível afirmar dentre as três categorias de fitoterápicos elencadas: remédios comercializados em farmácias tradicionais, remédios comercializados no Espaço Erva Vida e plantas in natura, que apenas as plantas, e preparados associados a elas, apresentaram relatos de efeitos indesejados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fitoterapia solidária - Uma proposta sustentável para a atenção básica em saúde e o desenvolvimento local(Universidade Federal do Pará, 2012-10-11) SILVA JÚNIOR, Miguel Rodrigues da; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os medicamentos são ferramentas essenciais para a assistência à saúde. Tal importância é reconhecida pelo Governo Brasileiro, que na Lei 8.080 estabelece que garantir a assistência terapêutica integral, incluindo a farmacêutica, compõe explicitamente uma das funções do Sistema Único de Saúde (SUS). Todavia, embora constituam o maior avanço na área de saúde, o acesso aos medicamentos é extremamente polarizado em função de múltiplos fatores, dentre os quais enfatizamos no presente estudo os elevados preços praticados pela indústria farmacêutica – que ancorada no paradigma capitalista de “desenvolvimento”, concentra os medicamentos segundo o poderio econômico das pessoas e nações. Como forma de suplantar esta problemática, que acomete todos os países do mundo, sobretudo aqueles em desenvolvimento, a OMS, desde a Conferência de Alma-Ata, em 1978, tem recomendado enfaticamente a inserção da fitoterapia nos sistemas oficiais de saúde de seus Estados-membros, de modo a aumentar o acesso da população a recursos farmacêuticos eficazes, seguros e de qualidade. Neste sentido, dentre outras iniciativas, o Governo Brasileiro implementou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que, a nosso ver, busca, basicamente, aumentar o acesso às plantas medicinais e aos medicamentos fitoterápicos a partir do aumento da produção destas opções terapêuticas, tendo os atuais laboratórios farmacêuticos capitalistas como força motriz neste processo. Contudo, o presente estudo ressalta que aumentar a produção de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos não garante, necessariamente, o aumento do acesso em uma perspectiva de universalidade, integralidade e equidade, tão pouco se essa produção for concentrada apenas nos atuais laboratórios farmacêuticos privados, sejam eles nacionais ou internacionais. Desta forma, além de apontar alguns dos possíveis impactos socioeconômicos relacionados à produção de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos prioritariamente em empreendimentos capitalistas, o presente estudo trás para a discussão a produção destas opções terapêuticas, também, em empreendimentos que integram a Economia Solidária – que, a propósito, deu origem ao termo Fitoterapia Solidária, cunhado neste estudo – enquanto alternativa voltada para propiciar tanto o aumento do acesso às plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, quanto o Desenvolvimento Local, apontando os atores locais não apenas como fornecedores de matérias-primas para os laboratórios farmacêuticos de maior porte, como preconiza implicitamente a PNPMF, mas também de produtos finais para o SUS e para a população em geral – em uma perspectiva de se alcançar preços mais acessíveis. Por fim, toma-se como exemplo o município paraense de Igarapé-Miri como potencial para o desenvolvimento de recursos fitoterápicos (inicialmente, plantas medicinais rasuradas) de acordo com os ideais da fitoterapia solidária – ressaltando as vantagens e os entraves apresentados por este município, bem como possíveis formas de mitigá-los. Assim, em última análise, este trabalho busca contribuir no processo de tomada de decisão dos gestores públicos e demais profissionais envolvidos com PNPMF no que concerne o desenvolvimento sustentável da cadeia e dos arranjos produtivos de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, bem como no processo de inserção destas opções terapêuticas no SUS, de modo a compatibilizar os interesses econômicos nacionais com as necessidades terapêuticas da população brasileira.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A influência da utilização de plantas medicinais nos custos do tratamento de agravos atendidos pela assistência farmacêutica básica(Universidade Federal do Pará, 2010-10-26) RÉCIO, Eveline de Jesus Pereira; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070O uso de plantas medicinais para tratamento dos males da saúde está disseminado não só nas áreas rurais como também nas áreas urbanas do território brasileiro. O significado econômico destas plantas medicinais, usadas no atendimento das necessidades básicas de saúde, para as economias domésticas da parte socialmente vulnerável da população, ainda é pouco investigado. Muitas espécies vegetais são comercializadas na cidade de Belém por erveiros em mercados ou feiras livres da cidade. Este trabalho tem como objetivo analisar em que medida a inserção do uso de Plantas Medicinais minimiza os custos do tratamento de agravos atendidos pela Assistência Farmacêutica na Atenção Básica á saúde para o usuário do Sistema de Saúde. Para se atingir esse objetivo, foi realizado um estudo, de natureza exploratória, por meio de aplicação de questionários, utilizando o método de amostragem, definida por critério não probabilístico, no bairro do Jurunas com apoio na Unidade de Saúde Radional II, localizado na Região Metropolitana de Belém no Pará. Foi realizado um levantamento de informações referente ao foco deste estudo no Centro de Referência de Tratamento Natural (CRTN), localizado na cidade de Macapá, que já utiliza as plantas medicinais como recurso terapêutico. No resultado da pesquisa de campo no bairro do Jurunas foi verificado que aproximadamente 50% dos entrevistados praticam a automedicação com plantas medicinais, relacionadas na RDC nº 10/ANVISA, sendo necessária, entretanto, orientação correta para seu cultivo e emprego terapêutico. A comparação entre os gastos com medicamentos sintéticos no tratamento dos sintomas de cinco doenças que ocorrem com frequência no bairro do Jurunas e aqueles resultantes do uso de plantas medicinais, para os mesmos sintomas, revela uma redução no gasto para tratamentos feitos à base de plantas medicinais. Em conclusão, pode-se inferir que esta redução representa uma economia de recursos que o usuário e o sistema deixam de despender quando utilizam plantas medicinais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Metodologias ativas sobre a fitoterapia popular para a educação ambiental: aplicação em escolas de Igarapé Miri-PA(Universidade Federal do Pará, 2020-03-30) MACIEL, Raimunda Gomes; MANESCHY, Rosana Quaresma; http://lattes.cnpq.br/5914095913079907; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070O uso de remédios caseiros preparados com plantas medicinais é comum dentre comunidades tradicionais, principalmente em regiões de baixo desenvolvimento econômico ou em zonas rurais, onde a dificuldade da população em acessar medicamentos industrializados, determina o tratamento de suas doenças usando preparados a base de plantas medicinais. Um exemplo dessas aplicações é o uso de chás de plantas medicinais, prática comum em comunidades indígena, cabocla, ribeirinha, de seringueiros, quilombola, pesqueira, de pequenos produtores rurais e extrativistas. Porém é fundamental que o uso desses recursos e dos conhecimentos associados se dê de forma segura e sustentável. No Brasil, a educação ambiental vem sendo implantada nos currículos escolares do Ministério da Educação desde 2012, em todos os níveis educacionais. Este trabalho objetiva desenvolver instrumentos de metodologia ativa, na forma de materiais acessíveis e de baixo custo, para estimular os estudantes a discutir acerca de plantas medicinais e, a partir da discussão, promover a valorização dos saberes populares sobre uso de plantas medicinais no cuidado à saúde humana e ao meio ambiente. Após aplicação de questionários junto aos participantes da pesquisa, incluindo estudantes e moradores, observou-se que 85% destes, possuem aparelho celular, o que facilitará a aprendizagem, o uso e a divulgação desses instrumentos metodológicos. A maioria (70%) dos alunos entrevistados se encontra na faixa etária de 20 e 30 anos, o que pode contribuir para despertar o interesse pelo aplicativo. Com as entrevistas, pode-se perceber que a utilização de plantas medicinais se faz mais frequente dentre pessoas de idade adulta avançada, tendo elas recebido forte influência de costumes e tradições antigas. Entre os entrevistados que relataram ter conhecimentos sobre plantas medicinais, foi possível observar que a maioria é do sexo feminino, uma vez que elas são as responsáveis pelo preparo de alimentos e de remédios caseiros e pelo cuidado das hortas. Enfatizou-se que a prática das metodologias ativas dentro das escolas, requer o envolvimento não só de professores, junto aos alunos, mas também a participação de toda a comunidade em torno do ambiente escolar. Os instrumentos metodológicos desenvolvidos (jogos de cartas, gincana, hortas e um aplicativo específico) foram doados para as escolas públicas do ensino fundamental e médio da região ribeirinha do município de Igarapé Miri.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Papel das plantas medicinais na questão de gênero dentre as mulheres pescadoras-erveiras do espaço Erva Vida Sossego/Marudá/Marapanim(Universidade Federal do Pará, 2011-06-22) MONTEIRO, Maurícia Melo; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Trabalhar a perspectiva da implantação da opção terapêutica com plantas medicinais no Sistema Único de Saúde, na vila de Marudá, município de Marapanim no litoral nordeste do Pará, a partir da experiência em etnofarmácia e etnomedicina do grupo feminino Erva Vida, formado por mulheres que antes de serem erveiras, eram pescadoras artesanais, descortinou um universo que perpassa pelas limitações sofridas por questão de gênero, pela persistência, a despeito das limitações, de se manterem unidas, até alcançar a autonomia, que se configurou na produção e comercialização de remédios elaborados com plantas medicinais, com base no saber popular transmitido ancestralmente pela oralidade e que foi revitalizado por essas mulheres. Contando com o aval, o entusiasmo e a cooperação das pescadoras-erveiras, a experiência do Erva Vida foi trabalhada como estudo de caso, utilizando-se técnicas de levantamento qualitativo, como observação participante e rodas de conversa durante a pesquisa de campo que perdurou por 15 meses. Foi traçado um viés, que dialoga com a situação da mulher pescadora (pesca artesanal) e o saber popular sobre o uso de plantas medicinais como remédio. O referencial teórico utilizado procurou prestigiar a boa bibliografia de autores amazônidas sobre as temáticas protagonistas, onde foi possível observar que a questão de gênero na pesca artesanal incomoda e vem sendo estudada pela Academia, assim como fica transparente na leitura dos trabalhos realizados na Amazônia que o uso de plantas medicinais é um saber vivo e interligado à comunidade amazônida ribeirinha ou litorânea. A conclusão da dissertação veio ao encontro do objetivo proposto, conhecer a experiência das pescadoras-erveiras do erva-vida com as plantas medicinais, gerando informações suficientes para compor um memento fitoterápico, necessário para a inclusão da opção terapêutica com plantas medicinais no SUS de Marudá, e, em decorrência, compreender o processo emancipatório das mulheres pescadoras-erveiras advindo do saber apropriado sobre o manuseio e uso de plantas medicinais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Plantas medicinais e fitoterápicos no município de Marapanim-PA: qualificação da atenção básica e desenvolvimento local(Universidade Federal do Pará, 2015-08-28) SANTOS JÚNIOR, Roque Flor dos; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070As plantas medicinais na Amazônia sempre tiveram um papel importante, pois são usadas como um dos principais recursos terapêuticos nos tratamentos de doenças. O Município de Marapanim-PA está a 161 Km da capital do Estado do Pará e se caracteriza por apresentar através de informações obtidas por uma grande afinidade pelo uso de plantas medicinais como opção terapêutica. No Brasil, existem várias experiências consolidadas, de programas e projetos municipais de uso de plantas medicinais como prática complementar no Sistema Único de Saúde (SUS), porém no Município de Marapanim-PA, ainda não há um programa para a inserção deste recurso terapêutico na atenção básica em saúde. Este trabalho objetiva delinear o perfil dos usuários da atenção básica em saúde, observando a frequência de uso das plantas medicinais e suas alegações, além de ressaltar a importância das plantas medicinais enquanto recurso local para a saúde comunitária. Este trabalho consistiu de levantamento de informações em duas fases: na primeira se realizaram entrevistas com profissionais de saúde atuantes na atenção básica do município, finalizando com entrevistas a usuários. De cada grupo foram coletadas informações, transformadas em dados, gráficos e tabelas, resumindo a opinião de 185 pessoas, sendo 150 usuários e 35 profissionais de saúde. Os resultados das entrevistas revelaram que todos os usuários se manifestaram favoráveis à inserção das plantas medicinais nas unidades básicas de saúde. Esta confirmação também foi obtida de profissionais de saúde, com exceção dos odontólogos devido ao desconhecimento deles acerca dos fitoterápicos, sua eficácia e toxicidade. Outro dado importante neste trabalho é a expectativa de todos os entrevistados pela implantação de um Programa Municipal de Plantas Medicinais e de Fitoterápicos. Este trabalho revelou que as plantas medicinais são relevantes no cotidiano dos usuários dos serviços públicos de saúde como recurso terapêutico. Este trabalho traz como contribuição para o processo uma cartilha de procedimentos com diretrizes que servirão como passo inicial para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva no setor de plantas medicinais no município.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Plantas medicinais e tecnologias sociais para o desenvolvimento local na Amazônia: a experiência do estado do Amapá(Universidade Federal do Pará, 2016-08-25) SOUZA, Armando Eduardo de; VASCONCELLOS SOBRINHO, Mário; http://lattes.cnpq.br/7843288526039148; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Este trabalho tem como objetivo apontar as influências sociais, econômicas e ambientais das Plantas Medicinais e da Fitoterapia, enquanto Tecnologias Sociais, para o desenvolvimento local na Amazônia a partir das experiências locais do Estado do Amapá. A hipótese da pesquisa se baseia na premissa de que as Plantas Medicinais e a Fitoterapia não apenas contribuem para a solução de problemas relacionados à saúde, mas também melhoram as condições econômicas, sociais e ambientais das comunidades locais na Amazônia. No segmento farmacêutico, o avanço tecnológico tem alcançado bons resultados na prevenção e tratamento de diversas doenças contribuindo com a redução de problemas relacionados à saúde em muitos países, por outro lado, algumas comunidades locais não vêm recebendo todos os benefícios advindos dos avanços da indústria farmacêutica. Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde tem incentivado que os países elaborem políticas públicas voltadas ao uso da medicina tradicional e outras práticas tradicionais em saúde como opção de tratamento no sistema público. As experiências observadas no uso das plantas medicinais, no Brasil e no mundo, justificam a sua importância tanto no aspecto social quanto nos aspectos econômico e ambiental. O local de pesquisa são duas instituições que prestam serviços relacionados à Fitoterapia e plantas medicinais no Estado do Amapá. Trata-se de um estudo exploratório, desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e documental, sendo complementada com realização de entrevistas com pessoas que vivenciaram as tecnologias sociais. Os resultados apontaram que essas instituições alcançaram bons resultados na solução de problemas relacionados à saúde, aperfeiçoando a Fitoterapia com maior acesso de tratamento aos usuários dos serviços de atenção básica à saúde e estimulando a participação social na busca de soluções aos problemas de saúde locais. Concluiu-se que as tecnologias sociais com plantas medicinais podem ser facilmente replicadas em outras comunidades, contribuindo para as bases do desenvolvimento local na Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Riscos associados ao uso de plantas medicinais segundo a sabedoria popular em Marudá-Marapanim - PA: base para um sistema de alerta de intoxicação(Universidade Federal do Pará, 2022-03-31) SANTOS, Leonardo Costa dos; FLORES, Maria do Socorro Almeida; http://lattes.cnpq.br/8875436559577793; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070Os saberes da fitoterapia popular e sua contribuição para a prevenção de possíveis riscos associados ao uso de plantas medicinais e de remédios artesanais fitoterápicos são tratados neste trabalho numa abordagem com base na Etnofarmácia, a partir do diálogo com mulheres erveiras do grupo ERVA VIDA, sediado no Distrito de Marudá – Marapanim-PA. Nessa comunidade, e entorno, a prática da fitoterapia popular é constatada através do consumo de remédios artesanais produzidos e comercializados permanentemente pelo grupo, pelo uso frequente e disseminado de plantas medicinais. Os remédios artesanais fitoterápicos são preparados com base na sabedoria acumulada ao longo do tempo e, através da qual se busca compreender a percepção acerca de possíveis riscos associados ao uso de plantas medicinais e como uma possível orientação pode ser repassada aos seus usuários, originando desta forma um serviço permanente de alerta sobre eventuais problemas associados ao uso destas plantas e dos remédios. Busca-se também ampliar o arcabouço teórico sobre este importante recurso natural a partir de uma abordagem etno toxicológica realizadas na forma de um guia de diálogos que primou pela história oral, visando a coleta de informações que permitiram avaliar o grau de conhecimento das erveiras sobre os possíveis efeitos indesejados e riscos associados ao uso de remédios artesanais fitoterápicos, quer pela percepção de suas experiências ou pelo saber acumulado ao longo dos tempos. Os resultados permitem embasar ações no âmbito das políticas públicas de atenção à saúde, promover a segurança da prática da fitoterapia popular no contexto amazônico paraense, a partir do distrito de Marudá, em Marapanim – Pará. Como produto se propõe a criação de um banco de dados que dê suporte à Comissão Permanente de Fitoterapia a ser instituída no âmbito do programa PROFITIC (Programa em Fitoterapia e Práticas Integrativas Complementares) formada por integrantes da comunidade e profissionais de saúde, dentre eles os integrantes do Projeto Farmácia Viva (quando instalado) e membros externos, contendo termos comumente utilizados pelas erveiras durante as entrevistas e relacioná-los com os termos tecnocientíficos usados na farmacologia de insumos vegetais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Turismo de saúde: saberes e remédios caseiros para o desenvolvimento local na comunidade do Sossego/Marapanim-PA(Universidade Federal do Pará, 2016-05-09) BASTOS, Márcia Sueli Castelo Branco; VASCONCELLOS SOBRINHO, Mário; http://lattes.cnpq.br/7843288526039148; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070A presente dissertação tem por objetivo estimular a organização, o empreendedorismo e a divulgação do conhecimento popular relacionado ao cultivo, ao processo produtivo e à comercialização de remédios caseiros, visando à qualificação dessa cadeia produtiva para que integre a proposição de um produto turístico de saúde com identidade local e regional. Destacam-se ainda ações estratégicas neste segmento, que possibilitaram discutir a interseção entre os conceitos de turismo sustentável e de desenvolvimento local tomando por base os princípios da etnofarmácia e a experiência das mulheres do Grupo Erva Vida. O que permitiu maior compreensão do território e das novas formas de responder ao processo de globalização e às questões ambientais. Nesta perspectiva, foram realizadas entrevistas para conhecer o perfil socioeconômico das mulheres do Grupo Erva Vida, suas atividades produtivas e fatores que contribuem ou limitam a produção e comercialização de remédios caseiros e fitoterápicos. Foram aplicados questionários para identificar o perfil socioeconômico e profissional do visitante e sua avaliação sobre a importância turístico-cultural da atividade produtiva do grupo, que identificaram a importância dos saberes do grupo para a identidade daquela coletividade, para o território da ação local, e visitantes. Como resultado, propõe-se um plano de negócios para associações, como o Grupo Erva Vida, aproveitando as sugestões apresentadas pelos visitantes de Marapanim e oportunidades identificadas no ambiente externo como as políticas públicas estaduais e federais, que possam favorecer ações de gestão, regularização e fomento à produção e comercialização de remédios caseiros.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uso de plantas medicinais na RESEX Marinha Mestre Lucindo: uma forma de diversificar a atividade extrativista local?(Universidade Federal do Pará, 2018-06-27) LIMA, Maria Augusta de Jesus; BASTOS, Rodolpho Zahluth; http://lattes.cnpq.br/0697476638482653; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070As Reservas Extrativistas (RESEX) são uma das 12 categorias do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) criado em 2000, estão no grupo de Unidades de Uso Sustentável e possuem como finalidade básica proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. As RESEX Marinhas estão localizadas em áreas de transição entre o ambiente marinho e terrestre, onde prevalece o ecossistema de manguezal, essas reservas buscam proteger essas áreas da degradação antrópica, estimulando o uso sustentável dos recursos naturais, e protegendo a biodiversidade do local. O presente trabalho analisa a utilização de plantas medicinais por usuários da Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo, buscando dimensionar a atividade extrativista local como uma forma de proporcionar uma fonte alternativa de renda para a comunidade. A pesquisa foi desenvolvida através de um estudo de caso com metodologia qualitativa e quantitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e Diagnóstico Rápido Participativo, realizado em reuniões comunitárias, com anuência prévia via Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Termo de Autorização de Uso de Imagem e Depoimento. A pesquisa contou com participantes residentes das comunidades de Boa Esperança, Camará, Guarajubal, Livramento e Sossego (bairro localizado no distrito de Marudanópolis), e com os principais membros ligados gestão da Unidade, representante do órgão gestor (ICMBio) e da Associação de Usuários da Reserva (AUREMLUC). Os dados coletados junto aos participantes das comunidades foram utilizados para caracterização socioeconômica e delimitação do perfil etnofarmacêutico. Setenta e quatro por cento dos participantes da pesquisa são do sexo feminino, com idade variando entre 18 e 92 anos. A média de idade entre as mulheres é de 42,6 anos e para os homens 65,4 anos. A fonte de renda principal varia de acordo com a comunidade, e 69% dos entrevistados recebem o auxílio governamental Bolsa Família. Em relação a utilização de plantas medicinais, os entrevistados citaram 69 espécies diferentes, distribuídas em pelo menos 32 famílias botânicas. A finalidade e a forma de uso foram diversas, incluindo chás, banho e garrafadas. A maioria dos entrevistados aprendeu a utilizar plantas com a finalidade medicinal com as mães ou avós e não enxergam esse recurso como uma fonte de renda para a família. Devido a ação antrópica de desmatamento e manejo incorreto dos recursos, várias espécies estão se tornaram escassas ou muito dispersas. Buscando minimizar os problemas encontrados, foi elaborado um relatório com as principais plantas medicinais encontradas na área e uma proposta de reposição da flora medicinal nas comunidades da RESEX. Esse documento foi encaminhado ao órgão gestor, ICMBio.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uso de plantas medicinais no município de Benevides/Pará: elaboração do memento fitoterápico e construção da política municipal de plantas medicinais e fitoterápicos(Universidade Federal do Pará, 2011-03-25) SOUZA, Antonio Jorge Ataide; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070O uso de plantas medicinais no Munic ípio de Benevides: Elaboração do Memento Fitoterápico e Introdução da Política de Plantas Medicinais no Município de Benevides é um trabalho, desenvolvido com o objetivo de levantar as espécies vegetais utilizadas por usuários do SUS e profissionais de saú de, integrados na Estratégia Saúde da Família do município de Benevides, com vistas à elaboração do Memento Fitoterápico do município, como primeiro passo para a institucionalização da Política Municipal de Plantas Medicinais. Para o levantamento dos dados, utilizou-se a tecnologia social Etnofarmácia, desenvolvida e aplicada em parceria com a comunidade, envolvendo a aplicação do formulário etnofarmacêutico aos usuários do SUS e profissionais de saúde, o que permitiu uma análise quanti - qualitativa dos dados. Os resultados indicaram que a utilização de plantas medicinais pela população entrevistada é uma prática intensa e se deve, em parte, à dificuldade que os usuários do sistema têm em acessar os medicamentos sintéticos prescritos nas Unidades Saúde da Família (USF) do município e ao baixo padrão de renda das famílias entrevistadas. Quanto aos profissionais de saúde, os resultados indicam sensibilidade dos mesmos ao tema e disposição para prescrição, desde que se tenha disponível capacitação, protocolo clín ico e plantas medicinais nas USF. Para compor o Memento Fitoterapêutico, foram selecionadas as espécies: Chenopodium ambrosioides, Linn. (mastruz); Eleutherine plicata, Herb (marupazinho); Mentha pulegium, Linn. (hortelãzinho); Coleus amboinicus, Lour. (boldo) e Arrabidaea chica, Velrt. (parirí), segundo os critérios de frequência de citação, perfil epidemiológico do município, interesse do Ministério da Saúde e manejo da espécie.
