Dissertações em Ciências do Movimento Humano (Mestrado) - PPGCMH/ICS
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Navegando Dissertações em Ciências do Movimento Humano (Mestrado) - PPGCMH/ICS por Orientadores "CRISP, Alex Harley"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Características do ambiente escolar associadas à prática de educação física e ao deslocamento ativo em adolescentes de Belém-PA: um estudo multinível(Universidade Federal do Pará, 2025-02-26) SOUZA, Naicha Stefanie Félix; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; https://orcid.org/0000-0003-4683-9576Compreender como as características do ambiente escolar influenciam os comportamentos de atividade física dos adolescentes é essencial para o desenvolvimento de intervenções direcionadas. O objetivo deste estudo foi investigar as associações entre as características do ambiente escolar e os níveis de prática nas aulas de Educação Física (EF) e deslocamento ativo para a escola. Trata-se de um estudo transversal com amostragem de múltiplos estágios, envolvendo 1.719 adolescentes de 46 escolas de ensino médio, públicas e privadas, no município de Belém-PA. O tempo gasto nas aulas de EF e o deslocamento ativo na última semana foi autorrelatado com base no questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. As características do ambiente escolar foram obtidas por meio de questionários respondidos pelos gestores escolares e visitas de observação dos pesquisadores. Modelos de regressão binomial negativa inflacionada de zeros foram utilizados para lidar com a superdispersão e o excesso de zeros nos dados. Os resultados indicaram que a maioria dos estudantes (55,0%) não participava de aulas práticas de EF, com apenas 37,6% relatando 30 minutos ou mais de atividade por semana. Quanto ao deslocamento ativo, aproximadamente um terço dos adolescentes (34,6%) não realizava esse tipo de deslocamento. Na parte logit dos modelos ajustados, os fatores associados à redução das chances de não participação nas aulas de EF incluíram um maior número de professores de EF (OR = 0,79; IC 95%: 0,71–0,87), a presença de vestiários (OR = 0,66; IC 95%: 0,54–0,83) e a acessibilidade da escola (OR = 0,68; IC 95%: 0,54–0,86). Para o deslocamento ativo, a presença de calçadas (OR = 1,34; IC 95%: 1,03–1,74) e bicicletários (OR = 1,61; IC 95%: 1,26–2,05) aumentou as chances de não engajamento, enquanto as lombadas (OR = 0,60; IC 95%: 0,43–0,82) reduziram as chances de não engajamento. Em conclusão, as características do ambiente escolar têm o potencial de diminuir a não adesão às aulas práticas de EF entre os adolescentes. No entanto, os comportamentos de deslocamento ativo podem depender de fatores além da infraestrutura, exigindo uma exploração mais aprofundada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desigualdade e interseccionalidade em domínios da atividade física e tempo de tela entre adolescentes de Belém(Universidade Federal do Pará, 2024-12-27) SILVA, Lucas Fernando Alves E; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; https://orcid.org/0000-0003-4683-9576As iniquidades influenciam diversos aspectos da saúde, incluindo a prática de atividade física e os comportamentos sedentários entre adolescentes. Em Belém, essas disparidades podem ser agravadas pelas condições socioeconômicas e demográficas características da região Amazônica. Este estudo investigou desigualdades em diferentes domínios da atividade física e do tempo de tela entre adolescentes de Belém (PA), considerando o índice de bens, sexo e dependência administrativa da escola, além de explorar a interseccionalidade das vulnerabilidades em múltiplas dimensões. Foram analisados dados de 1.719 adolescentes (49% meninas, 58% de escolas públicas). Calculou-se a prevalência de atividades nos domínios de Educação Física escolar (≥ 1 dia/semana e ≥ 30 minutos), deslocamento ativo (≥ 5 dias/semana), tempo livre (≥ 60 minutos/dia) e tempo de tela (≥ 4 horas/dia). As desigualdades foram avaliadas utilizando o Slope Index of Inequality (SII) e diferenças absolutas, com intervalos de confiança de 95% (IC 95%) obtidos por bootstrap. Os determinantes incluíram o índice de bens (quintis), sexo, dependência administrativa da escola e o Jeopardy Index de risco múltiplo. Adolescentes do quarto quintil do índice de bens apresentaram maior prevalência de atividades de tempo livre (32,9%) e participação em aulas de Educação Física (39,9%), enquanto o deslocamento ativo foi mais frequente entre aqueles do primeiro quintil (58,7%). O excesso de tempo de tela foi mais prevalente entre meninas (57,0%) e estudantes de escolas privadas (72,3%), enquanto meninos (46,5%) e alunos de escolas públicas (54,4%) apresentaram maior prevalência de deslocamento ativo. A análise pelo Jeopardy Index revelou maior desigualdade no excesso de tempo de tela (66,2%) entre meninas de escolas privadas e maior nível socioeconômico, enquanto meninos do mesmo estrato apresentaram maior prevalência em atividades de lazer (44,4%). Por outro lado, estudantes com maior vulnerabilidade no Jeopardy Index apresentaram maior prevalência de transporte ativo (57,0%). A maior magnitude de desigualdade foi observada no transporte ativo (SII = 0,398; IC95%: 0,324 a 0,466) e no tempo de tela (SII = -0,328; IC95%: -0,405 a -0,258). Atividades de lazer (SII = -0,180; IC95%: - 0,244 a -0,110) e Educação Física (SII = -0,104; IC95%: -0,182 a -0,026) também apresentaram desigualdades significativas, mas com menor magnitude, desfavorecendo adolescentes mais vulneráveis. Conclui-se que as atividades físicas e o tempo de tela são afetados por diferentes camadas de desigualdade, sendo meninos de maior nível socioeconômico mais ativos em atividades de lazer e meninas mais expostas ao excesso de tela. Entre os mais vulneráveis, observa-se maior prevalência de deslocamento ativo, sugerindo uma possível necessidade em detrimento de escolha.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mais ativos, menos seguros? Prevalência do deslocamento ativo em contextos marcados pela violência no entorno escolar: uma análise a partir da pense 2019(Universidade Federal do Pará, 2025-06-17) AMARAL, Eduarda Elisa Martins; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; https://orcid.org/0000-0003-4683-9576; COSWIG, Victor Silveira; MIELKE, Gregore Iven; http://lattes.cnpq.br/0097939661129545; http://lattes.cnpq.br/6429798795330732; https://orcid.org/0000-0001-5461-7119; https://orcid.org/0000-0002-3043-2715O deslocamento ativo é uma forma utilitária de atividade física que pode contribuir para a promoção da saúde entre adolescentes. No entanto, o contexto em que essa prática ocorre precisa ser considerado, uma vez que pode envolver ambientes percebidos como inseguros. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar a prevalência do deslocamento ativo entre estudantes adolescentes brasileiros em contextos com diferentes níveis percebidos de violência no entorno escolar. Foram utilizados dados de 158.309 estudantes matriculados em 4.242 escolas públicas e privadas do Brasil, participantes da edição de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2019). O deslocamento ativo para ir e/ou voltar da escola foi categorizado em ativo (≥ 5 dias por semana) e não ativo. Oito questões sobre violência no entorno escolar, extraídas do questionário aplicado aos diretores, foram reduzidas a duas dimensões por meio da Análise de Correspondência Múltipla (MCA), seguida de análise de cluster, classificando os ambientes escolares em três categorias: baixo, moderado e alto nível de violência percebida. Modelos de regressão de Poisson, ajustados para potenciais confundidores e incorporando o desenho amostral por meio do pacote survey, foram utilizados para estimar razões de prevalência (RP) entre os clusters. Roubos/assaltos (81,9% pelo menos uma vez), venda de drogas (72,5%) e agressões físicas (55,9%) foram os tipos de violência mais frequentemente relatados pelos diretores. Em relação ao deslocamento ativo, cerca da metade dos estudantes (50,1% [IC 95%: 48,4–51,7]) referiu realizá-lo em cinco ou mais dias por semana. Estudantes de escolas classificadas no cluster com maior índice de violência no entorno apresentaram prevalência 29% maior de deslocamento ativo (RP = 1,29; IC 95%: 1,17–1,43), em comparação com aqueles de escolas no cluster mais seguro. A análise exploratória indicou prevalências mais elevadas nos estados do Espírito Santo (RP = 2,36; IC 95%: 1,79–3,13), Ceará (RP = 1,65; IC 95%: 1,24–2,18) e Roraima (RP = 1,65; IC 95%: 1,26–2,17). Em conclusão, o deslocamento ativo para ir ou voltar da escola é uma prática comum de atividade física entre estudantes brasileiros, e sua prevalência é maior entre aqueles que frequentam escolas inseridas em contextos marcados por elevados níveis percebidos de violência no entorno escolar. Esses achados destacam a importância de considerar as condições ambientais e de segurança pública ao formular estratégias de promoção da atividade física em populações jovens.
