Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2311
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 1987 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC por Orientadores "FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alternância de códigos em narrativas orais do povo Parkatêjê: aspectos linguísticos do contato com o português(Universidade Federal do Pará, 2012-09-28) NEVES, Cinthia de Lima; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091“Mistura irregular de dois sistemas distintos” (Labov, 1971, p. 457). A afirmação de Labov reflete o que durante décadas se pensou sobre um comportamento linguístico comum a falantes bilíngues: a alternância de código (ou code-switching). Esse fenômeno, que se caracteriza pela mudança de uma língua para outra sem haver mudança de tópico ou falante, é, no entanto, sistematicamente organizado e está sujeito a restrições gramaticais, ocorrendo em pontos específicos e recorrentes nas sentenças, não de maneira aleatória. Um dos modelos teóricos frequentemente usados para dar conta da gramaticalidade do code-switching é o proposto por Poplack (1978/1881), que sugere duas restrições ao fenômeno: a “restrição morfema livre”, segundo a qual a alternância pode ocorrer após qualquer constituinte desde que não seja um morfema fixo; e a “restrição de equivalência”, que prevê a ocorrência em pontos onde elementos de ambas as línguas são equivalentes, para não haver violação de regras sintáticas das línguas envolvidas. Este trabalho apresenta a aplicação desse modelo à análise descritiva de alternância de código entre português e parkatêjê, língua Timbira falada no sudeste do Pará. Os dados que embasam este estudo são histórias tradicionais do povo, coletadas entre os anos de 2008 e 2011, nas quais é possível encontrar diversas ocorrências do fenômeno.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise de livros didáticos do povo indígena Mebêngôkre(Universidade Federal do Pará, 2012-08-30) QUARESMA, Francinete de Jesus Pantoja; FAIRCHILD, Thomas Massao; http://lattes.cnpq.br/1771292039081039; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Nesta dissertação descrevemos e analisamos livros didáticos do povo indígena Mebengokre, a fim de verificar o que se esta produzindo como manual didático para as comunidades indígenas falantes dessa língua. Esta pesquisa, de natureza bibliográfica, apoiou-se nos referenciais teóricos da Sociolinguística, da Linguística Aplicada, da Linguística Descritiva, da Linguística Textual e da Educação para analisar os dados. A dissertação esta dividida em três capítulos. O primeiro capítulo trata de questões voltadas para os povos indígenas, tais como a formação sociocultural dos Mebengokre, a sua referida língua, a educação escolar indígena e a formação do professor indígena. O segundo capitulo aborda as questões do letramento, distinguindo sociedades de culturas orais e de culturas escritas, discutindo a alfabetização e caracterizando os livros didáticos, em especial os manuais didáticos indígenas. O terceiro capítulo apresenta a descrição e analise dos livros didáticos Me Banho Pi'ok e Livro de Língua Portuguesa. A análise dos dados revela que, apesar das varias mudanças ocorridas no cenário educacional indígena com a elaboração de documentos legais que subsidiam a educação escolar indígena e a produção de materiais didáticos, o tratamento dado a escrita nos livros didáticos indígenas produzidos na atualidade por professores indígenas, durante as oficinas de produção realizadas nos Cursos de Formação de Professores Indígenas, pouco se difere do tratamento dado a escrita nas cartilhas produzidas pelo SIL, na década de 1960.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos morfossintáticos e semânticos da causativização em Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2018-02-27) FERREIRA, Sindy Rayane de Souza; SHIBATANI, Masayoshi; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Sob a visão do funcionalismo tipológico, o presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar aspectos morfossintáticos e semânticos relacionados ao fenômeno de causativização em Parkatêjê (língua indígena da família Jê, tronco Macro-Jê, e pertencente ao Complexo Dialetal Timbira). Da perspectiva morfossintática, a causativização é um processo relacionado ao aumento de valência verbal, isto é, à mudança das funções e relações gramaticais dos argumentos de um verbo. Da perspectiva semântica, consiste em um fenômeno associado à relação de causa e efeito, em que um verbo causativo permite que o sujeito de uma oração aja sobre outro argumento, fazendo com que este realize alguma ação ou mude seu estado. Na língua Parkatêjê, a causativização se manifesta por meio do verbo to, cujo significado primeiro é „fazer‟ e que causativiza verbos intransitivos ativos e estativos. Os verbos transitivos parecem não sofrer causativização. O trabalho fundamenta-se nos postulados teóricos de Givón (1975), Shibatani (1976, 2002), Comrie (1989), Dixon (1994), entre outros. Além de verbo causativo, o elemento „to‟ desempenha outras funções morfossintáticas na língua: verbo lexical básico „fazer‟, verbo auxiliar, parte da raiz de verbos e posposição instrumental. Por este motivo, este trabalho também apresenta alguns aspectos relacionados a cada uma dessas funções. A metodologia utilizada neste trabalho consistiu em pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com coleta de dados realizada na comunidade da língua em estudo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos semânticos, morfológicos e morfossintáticos das palavras descritivas Apurinã(Universidade Federal do Pará, 2007-03-16) CHAGAS, Angela Fabíola Alves; FACUNDES, Sidney da Silva; http://lattes.cnpq.br/9502308340482231; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Apresenta aspectos semânticos, morfossintáticos e morfológicos das palavras descritivas da língua Apurinã (Aruák), isto é, palavras que comumente são traduzidas como adjetivos nas línguas européias. Algumas dessas palavras recebem a marca de sujeito pronominal (ex. unatxitapeka 'ela está com fome'); outras recebem a marca de objeto (ex. ere-ru 'ela é bonita'); e outras podem receber tanto uma como a outra (ex. ny-pĩkareta eu estou com medo vs. papĩkare-nu eu sou medroso). A primeira questão aqui tratada foi quanto ao lugar das palavras descritivas nas partes do discurso Apurinã (são nomes, são verbos ou formam uma classe independente?). Utilizando evidências internas da língua, inicialmente estabelecemos uma classificação gramatical para essas palavras a partir de suas propriedades morfológicas em comparação aos nomes e verbos na língua, de modo a nos permitir responder a essa questão. A segunda questão foi sobre os correlatos semânticos das palavras descritivas. Considerando a divisão interna das palavras descritivas em Apurinã (subjetivas vs. objetivas), apresentamos as propriedades semânticas associadas a cada grupo e, a partir disso, apresentamos uma tentativa de motivar o subagrupamento de conceitos descritivos na língua com base nas noções aspectuais de transitoriedade e permanência. Finalmente, o fenômeno gramatical descrito é contextualizado dentro da tipologia de sistemas de intransitividade cindida descrito para outras línguas (PAYNE: 1997), e a descrição de suas propriedades semânticas é situada em relação à tipologia de aspectos lexicais ou aktionsarten (COMRIE: 1976, FRAWLEY: 1992).Dissertação Acesso aberto (Open Access) A contribuição da linguística textual e da teoria da relevância para o processo de inferenciação em textos publicitários(Universidade Federal do Pará, 2005-06-04) NASCIMENTO, Rosana Carmen Pinto do; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091O presente trabalho apresenta uma análise descritiva desenvolvida com base em um corpus de 50 textos, do gênero publicitário, cujo objetivo é verificar como se processa a estratégia cognitiva, fundamental ao processamento textual e à construção de sentido, denominada de inferência. Partindo do pressuposto de que a atividade humana comunicativa perpassa por três peças-chave, integrativas e indissociáveis, que são o emissor, o texto e o receptor. Procurou-se estabelecer o papel da cada um desses elementos no processamento de inferências, tendo por base teórica dois ramos da Lingüística: 1) A Linguística Textual, que esmiuça o seu principal elemento-chave, o texto, enfatizando que atividades e processamentos cognitivos, mais especificamente a inferenciação, são utilizados; 2) A Pragmática, que vem subsidiando a Lingüística Textual, com a Teoria da Relevância de Sperber e Wilson (1986), na qual se buscam considerações pertinentes sobre o modo como a informação é representada na mente e como a mesma é processada inferencialmente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Descrição de orações complexas em Parkatejê: coordenação e switch-reference(Universidade Federal do Pará, 2018-06-21) VIEIRA, Luciana Renata dos Santos; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091A língua indígena Parkatêjê, pertencente ao Tronco Macro-Jê, família Jê e complexo dialetal Timbira, é falada pelo povo Parkatêjê, o qual vive na Reserva Indígena Mãe Maria (RIMM), na cidade de Marabá, no sudeste do Pará. O processo de articulação de orações coordenadas da língua em questão foi descrito inicialmente por Ferreira (2003), que verificou o mecanismo de switch-reference por meio da ocorrência de duas conjunções específicas nã e mã, uma para o sujeito idêntico (SS) e a outra para o sujeito diferente (DS), respectivamente. Esta dissertação descreve a coordenação entre sintagmas nominais e verbais em Parkatêjê e aponta para alguns fatos sobre a referida língua: (1) confirma-se que a língua apresenta switchreference (FERREIRA, 2003); (2) confirma-se que uma forma homófona a mẽ ocorre como conjunção para coordenar sintagmas nominais e nomes em série (FERREIRA, 2003); (3) a ocorrência das conjunções nã/mã relativas ao fenômeno de switch-reference parecem não ser obrigatórias de acordo com a análise dos dados, ou seja, o mecanismo de justaposição (parataxe) também é utilizado pelos falantes. O aporte metodológico para o desenvolvimento dessa pesquisa seguiu etapas como pesquisa bibliográfica; trabalho de campo; transcrição e organização de dados linguísticos e análise/discussão dos dados coletados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Descrição e análise de propriedades semânticas e morfossintáticas de nomes contáveis nomes massivos em Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2020-02-28) LIRA, Ingryd Moraes de Moraes; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091; https://orcid.org/0000-0001-9995-1938O presente trabalho tem como objetivo descrever o comportamento de nomes contáveis e nomes massivos em Parkatêjê, língua falada por povos indígenas que vivem em aldeias situadas ao longo da BR-222, no município de Bom Jesus do Tocantins, no estado do Pará. Conforme Rodrigues (1986), trata-se de uma língua pertencente ao Complexo Dialetal Timbira, Família Jê, tronco linguístico Macro-Jê. Muitos estudos demonstram que, na maioria das línguas, temos dois grupos distintos de nomes: contáveis e massivos. De acordo com Paraguassu-Martins e Muller (2007), os primeiros trabalhos na linguística acerca desse assunto foram introduzidos por Jespersen, em 1924. Para ele, contáveis seriam os nomes que transmitem uma ideia de coisa definida, com formato e limites precisos, e massivos aqueles que não apresentam essas características, independentemente de serem concretos ou abstratos. Entretanto, estabelecer conceitos e critérios para distinguir tais nomes ainda representa um grande desafio para os trabalhos de análise e descrição das línguas naturais, considerando que há significativa variação entre as línguas, até mesmo entre aquelas relativamente semelhantes. Para a realização deste estudo em Parkatêjê, foram realizadas coletas de dados com falantes nativos da comunidade indígena. Os procedimentos metodológicos tiveram como base, principalmente, o estudo desenvolvido por Lima (2014) sobre contagem e individuação em Yudja, bem como o questionário elaborado por essa autora juntamente com Rothstein (2016). Os resultados obtidos demonstram que nomes contáveis e massivos apresentam, de fato, aspectos morfossintáticos e semânticos distintos. Constatou-se que expressões de quantidade, em sua maioria, funcionam como propriedades distintivas nessa classe nominal. Nomes contáveis são combinados diretamente com numerais, sem a necessidade de um recipiente de medida. Nomes massivos, por sua vez, são combinados com numerais nas seguintes circunstâncias: 1) quando há a inserção de um recipiente de medida entre o nome e o numeral; e 2) quando não há a inserção de um recipiente de medida, contudo este está subtendido no contexto. Há quantificadores que são usados com todos os nomes, mas há alguns que ocorrem especificamente com nomes contáveis e outros somente com nomes massivos. Observou-se que o comportamento de tais nomes em Parkatêjê confronta a proposta de Chierchia (1998a, 1998b, 2010 apud LIMA, 2014) acerca dos tipos de línguas, tendo em vista que ela apresenta tanto traços de línguas de marcação de número quanto traços das línguas que são numericamente neutras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Esboço sociolinguístico sobre risco de perda e manutenção de línguas: o caso de cinco línguas indígenas brasileiras(Universidade Federal do Pará, 2013-02-28) FRANCO, Danielle Abreu; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Este estudo apresenta as macrovariáveis que evidenciam a situação de ameaça e perda da vitalidade das línguas Anambé, Aikanã, Apurinã, Parkatêjê e Xipaya, frente ao domínio da língua portuguesa. Para realizar o presente estudo foram utilizados procedimentos metodológicos necessários para uma abordagem com enfoque teórico bibliográfico sobre as causas que motivam a mudança linguística, com base nas variáveis sociolinguísticas apresentadas por Edward (1992), Grenoble & Whaley (1998, 2000) e nos critérios que avaliam a vitalidade das línguas apontadas pela UNESCO (2003). A partir das informações coletadas nas entrevistas com pesquisadores das línguas selecionadas temos em vista: i) identificar quais macrovariáveis que atuam no processo de desvitalização das línguas selecionadas para este estudo; ii) classificar as línguas selecionadas quanto ao grau de vitalidade, considerando os critérios estabelecidos, em 2003, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); e iii) delinear, com base nas respostas às entrevistas concedidas pelos pesquisadores, a situação sociolinguística de cada língua estudada. O exame das macrovariáveis (usos das línguas, escolarização e migração) identificadas em análise às línguas indígenas selecionadas apontou aspectos que dizem respeito à situação de perda linguística das mesmas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo comparativo das posposições no Timbira(Universidade Federal do Pará, 2020-08-24) AYAN, Sheyla da Conceição; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091; https://orcid.org/0000-0001-9995-1938O presente trabalho tem o objetivo de comparar semelhanças e diferenças na ocorrência das posposições no grupo das variantes dialetais Timbira: Parkatêjê, Canela Apãniekrá, Canela-Krahô e Pykobjê, sob uma visão tipológico-funcional. O complexo dialetal Timbira pertence à família Jê e ao tronco Macro-Jê. As posposições, de acordo com Genetti (2014), são partículas que ocorrem com um sintagma nominal e indicam a relação gramatical, semântica, espacial, temporal ou lógica do sintagma nominal com o outro elemento da cláusula. Os dados utilizados nesse estudo são oriundos de trabalhos descritivos já realizados nessas variantes dialetais, a saber: Ferreira (2003), Alves (2004), Popjes e Popjes (1986), Souza (1989), Miranda (2014), Amado (2004) e Silva (2011). Com base na comparação dos dados, notou-se uma grande semelhança na forma desses elementos, bem como nas funções exercidas por tais posposições. Entretanto, há também algumas diferenças muito relevantes entre elas, como a posposição ‘te’, por exemplo, que foi analisada ora como uma marca de ergatividade, ora como um elemento oblíquo, além da função de genitivo. Esta pesquisa está fundamentada nos postulados teóricos de Genetti (2014), Dixon (2010), Hagège, (2010), Blake (2004), Payne (1997), entre outros. A metodologia empregada neste trabalho consistiu em pesquisa bibliográfica na literatura especializada, comparação dos dados e análise de base tipológico-funcional dos mesmos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Expressões descritivas em Parkatêjê: aspectos semânticos e morfossintáticos(Universidade Federal do Pará, 2016-02-26) VALE, Rafaela Maciel do; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Esta dissertação aprofunda o estudo sobre a classe dos descritivos em Parkatêjê e tem como objetivo principal o refinamento das evidências que confirmam o status verbal destes itens lexicais. O Parkatêjê é uma língua Timbira pertencente ao tronco linguístico Macro-Jê; os falantes vivem em aldeias localizadas no município de Bom Jesus do Tocantins, às proximidades de Marabá, no Sudeste do Estado do Pará. Em Parkatêjê, os descritivos apresentam propriedades morfossintáticas semelhantes a nomes e a verbos e, semanticamente, expressam noções normalmente manifestas por adjetivos, em línguas que apresentam essa classe de palavras. Em virtude disso, partindo de uma perspectiva tipológico-funcional, apresenta-se inicialmente uma discussão, embasada em estudos como os de Givón (1984), Dixon (1982), Bhat (1994), Thompson (1988) e Schachter (1985), acerca dos nomes, adjetivos e verbos, considerando as mais diversas línguas naturais. Em seguida, aborda-se as principais características destas classes de palavras na língua Parkatêjê, com base em Araújo (1989) e Ferreira (2003). Além disso, expõe-se as hipóteses de classificação possíveis com relação aos descritivos, para, então, apresentar a proposta de análise da presente dissertação. Esta considera, principalmente, os aspectos morfossintáticos inerentes aos descritivos, tais como o conjunto de partículas de tempo, aspecto e modo com que podem ocorrer. Assim, o presente estudo mostra evidências quanto ao fato dos itens lexicais descritivos serem considerados verbos intransitivos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Onomástica em ParkatêJê: um estudo morfossintático e semântico sobre os nomes próprios(Universidade Federal do Pará, 2017-02-23) LOPES, Tereza Tayná Coutinho; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Este trabalho tem por objetivo apresentar questões linguísticas e culturais relacionadas ao sistema onomástico do povo Parkatêjê, também conhecido na literatura especializada como Gavião do Pará. Atualmente, o referido povo vive em aldeias na Reserva Indígena Mãe Maria (RIMM), às proximidades do município de Marabá. A língua Parkatêjê, denominada do mesmo modo que sua comunidade, filia-se ao Complexo Dialetal Timbira, tronco linguístico Macro-Jê e, tal como é comum aos povos Timbira, exibe elaborados sistemas de nominação. O estudo dos nomes próprios de diferentes tipologias é o interesse central da disciplina denominada Onomástica, sendo a antroponímia, isto é, o estudo dos nomes próprios de pessoa, a área da Onomástica em foco neste trabalho. Inicialmente, após algumas considerações gerais a respeito do povo Parkatêjê, realizou-se um levantamento sobre o estado da arte do campo de estudo da onomástica, a partir das perspectivas de autores como Dick (1996; 1997; 1999; 2000; 2001), Lyons (1977), Ullmann (1964), Seabra (2006), Carvalhinhos (2007), entre outros. Em seguida, apresentou-se uma visão geral a respeito do sistema de nominação de línguas Timbira, com base principalmente em Coelho de Souza (2002), Nimuendajú (1946), Melatti (1938), Arnaud (1964) e Carneiro da Cunha (1986). Por fim, foram apresentados diversos aspectos morfossintáticos e semânticos verificados em nomes próprios da língua Parkatêjê. No que diz respeito às características morfossintáticas os trabalhos de Aráujo (1989), Ferreira (2003), Booij (2007) e Diniz (2010) foram os principais aportes teóricos, enquanto em relação às questões semânticas foram utilizados pressupostos da Semântica Cultural e da Semântica Cognitiva para empreender as análises realizadas que são inéditas na presente dissertação. A metodologia utilizada neste trabalho consistiu em pesquisa bibliográfica, além de pesquisa etnográfica com coleta de dados realizada na comunidade da língua em estudo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Processos de formação de sinais: um estudo sobre derivação e incorporação nominal na Língua Brasileira de Sinais(Universidade Federal do Pará, 2019-03-29) ABREU, Walber Gonçalves de; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Os estudos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) começaram a se desenvolver a partir das pesquisas pioneiras de Ferreira-Brito (1995), mas, ainda hoje, apesar do desenvolvimento social e de uma popularização da Libras, percebemos uma escassez de pesquisas descritivas dessa língua. Nesse sentido, a presente dissertação tem o objetivo de descrever aspectos morfológicos de formação de sinais a partir dos processos de derivação e de incorporação nominal (IN) na Libras. Nas línguas sinalizadas, a derivação tem sido atestada por diversos pesquisadores. Nessas línguas, ocorre a alteração da raiz pela adição de, pelo menos, um parâmetro ao sinal primitivo (QUADROS; KARNOPP, 2004; JOHNSTON, 2006; FELIPE, 2006; XAVIER; NEVES, 2016; PFAU, 2016). Esse parâmetro pode ser entendido como um morfema gramatical (livre ou preso) que é adicionado de forma simultânea ou sequencial à raiz. A IN é entendida como a associação do verbo e de seu argumento dentro da estrutura sintática (MITHUN, 1984; ROSEN, 1989; MEIR, 1999; FERREIRA, 2013). O resultado de ambos os processos é a criação de um novo sinal. Nesse viés, para a realização da pesquisa, elencamos três formas de coleta de dados. Para o processo de derivação, coletamos os sinais do material da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias da videoprova em Libras do ENEM 2017, o que perfaz um total de 45 vídeos. Esses sinais foram descritos e distribuídos em tabelas descritivas por tipo de derivação. Quanto ao processo de IN, coletamos sinais do Dicionário da Língua de Sinais do Brasil (CAPOVILLA et al., 2017) e de vídeos de sinalização de pessoa surdas, esses coletados de forma elicitada. Por fim, todos os sinais foram analisados qualitativamente. Os resultados demonstram dois casos de derivação na Libras: (i) derivação infixal, marcada pelo parâmetro movimento (MOV) (derivação direcional do MOV, derivação da dinâmica do MOV e reduplicação do MOV) e pela produtividade do morfema-base TEXTO e (ii) derivação sufixal, estabelecida por meio dos marcadores de negação – PRONAÇÃO-DO-ANTEBRAÇO, além de dois marcadores afixais possivelmente em processo de gramaticalização, marcador - ZERO e marcador agentivo. Na IN descrevemos dois grupos de verbos que incorporam seus argumentos, são eles: verbos manuais e verbos simples. Concluímos que ambos os grupos de verbos apresentam as IN composta e classificatória. Constatamos nos verbos manuais, casos de dupla incorporação, no qual tanto objeto quanto adjunto foram incorporados pelo verbo. Finalmente, concluímos que: (i) os processos de derivação e de IN são produtivos na Libras; (ii) os infixos são mais recorrentes na formação de novos itens lexicais da Libras e (iii) os verbos da Libras apresentam uma tendência em incorporar argumentos que ocupam a função de adjunto da sentença, ou seja, instrumentos de uso habitual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Revisitando os verbos em Parkatêjê: questões relevantes para um estudo morfossintático(Universidade Federal do Pará, 2008-03-05) FREITAS, Marília Fernanda Pereira de; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Este trabalho, intitulado Revisitando os Verbos em Parkatêjê: questões relevantes para um estudo morfossintático, tem como principal objetivo apresentar algumas das principais características de verbos da língua parkatêjê. A comunidade Parkatêjê vive no Km 30 da BR-222, na reserva Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins. O referido estudo constituiu-se a partir dos dados presentes em Ferreira (2003) e consulta ao material contido em seu acervo, o qual também contém dados de Araújo (em diferentes momentos de sua pesquisa com a língua parkatêjê), sendo esta dissertação constituída a partir de pesquisa bibliográfica. O tema foi escolhido por haver uma necessidade de se aprofundar os estudos nesta língua, já que são poucos os trabalhos lingüísticos descritivos feitos sobre o parkatêjê. Inicialmente, tentar-se-á definir o termo verbo, a partir da perspectiva de autores como Payne (1997), Lyons (1979), Schachter (1985), Lehmann (1981) e Givón (1984); em seguida, será mostrada uma visão panorâmica das principais características das línguas pertencentes ao tronco Macro-Jê, tronco lingüístico do qual faz parte a língua em estudo, com base em Rodrigues (1999) e Ribeiro (2006); as principais características da língua parkatêjê serão apresentadas em seguida, com base em Ferreira (2003); por fim, as principais características dos verbos nessa língua serão focalizadas, ainda com base em Ferreira (2003).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Socioterminologia de plantas medicinais em Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2017-02-23) REIS, Jaqueline de Andrade; BRANDÃO, Ana Paula Barros; http://lattes.cnpq.br/5565558385115699; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091O presente trabalho consiste do estudo da terminologia das plantas medicinais utilizadas na produção de remédios para o tratamento e cura de doenças pelos indígenas da Comunidade Parkatêjê localizada na Terra Indígena Mãe Maria, à altura do quilômetro 30 da rodovia BR-222, no município Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do estado do Pará. O objetivo principal, desta investigação, visa elaborar um glossário semibilíngue, em sua versão impressa, acerca dos termos especializados das plantas medicinais que emergem do discurso do pajé, considerado um especialista em saúde indígena, conforme Athias (2015). Entre os objetivos específicos, buscamos descrever e analisar os aspectos morfológicos desses termos especializados com base em Ferreira (2003). O trabalho está norteado pelos pressupostos teórico-metodológicos da Socioterminologia à luz do pensamento de Gaudin (1993, 2003) e Faulstich (1995a, 1998, 1999, 2006, 2010a, 2010b, 2012, 2014); como abordagem suporte, a pesquisa encontra-se alicerçada na Terminologia Cultural (TC), postulada por Diki-Kidire (2002, 2007, 2009). Entendemos que essas teorias se adequam à elaboração do glossário ora proposto, pois consideram as especificidades da língua Parkatêjê. A escolha do campo semântico das plantas medicinais é justificada pela importância social e cultural dessa prática de uso, que se configura em sociedades orientadas pela tradição oral, como a Parkatêjê, devendo, por isso, ser analisada, mas também descrita e documentada com intuito de contribuir para o fortalecimento e a preservação da língua tradicional. A coleta de dados foi realizada na referida comunidade indígena por meio de entrevistas com o pajé e com outros colaboradores da pesquisa. Para a organização e o tratamento do banco de dados, utilizamos o software Flex; para a elaboração do glossário, valemo-nos do programa computacional Lexique Pro. O glossário contém 111 verbetes, que estão apresentados em ordem alfabética, alguns dos quais acompanhados por ilustrações. Esperamos que essa obra terminográfica seja útil a futuras pesquisas nessa área, e também possa contribuir para a preservação dos saberes culturais e linguísticos dos Parkatêjê.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A tradição oral no ensino de línguas indígenas: uma proposta para o povo Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2014-02-26) SILVA, Maria de Nazaré Moraes da; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Esta dissertação tem como objetivo principal “apresentar uma proposta para o ensino da língua parkatêjê apoiada na tradição oral do povo de mesma denominação, com vistas a sua implantação na Escola Indígena Pẽmptykre Parkatêjê”, da aldeia Parkatêjê, localizada na Terra Indígena Mãe Maria, à altura do quilômetro 30 da rodovia BR 222, no município Bom Jesus do Tocantins. Com base em Severino (2007), caracteriza-se como uma pesquisa etnográfica, por visar compreender a cotidianidade da aludida escola, no que se refere ao ensino e aprendizagem da língua tradicional, e também como pesquisa bibliográfica, tendo em vista a natureza das fontes utilizadas para sua tessitura. A pesquisa está vinculada à Linguística Aplicada, uma área da INdisciplina ou transdisciplinar, segundo Moita Lopes (2006), pautada na democracia cognitiva por uma educação emancipadora, conforme Petraglia (2013). O texto está estruturado em quatro partes, além da introdução e das considerações finais. A primeira parte apresenta considerações gerais sobre os Parkatêjê. A segunda parte trata de uma abordagem histórica acerca do desenvolvimento da linguística indígena no contexto educacional brasileiro, com base nos acontecimentos observados desde o ano de 1540 até os dias atuais. A terceira parte reúne algumas características de sociedades reguladas pela tradição oral, ou principalmente por meio dessa tradição, e, a partir de uma definição de cultura, apresenta reflexões sobre cultura oral e cultura escrita. A quarta parte trata do histórico da educação formal na aldeia parkatêjê e aborda informações referentes ao protagonismo do povo de mesma denominação no momento contemporâneo da mencionada escola. Ainda nesta última parte, a aludida proposta de ensino, que se intitula “A tradição oral no ensino da língua parkatêjê”, é apresentada, com o apoio de Queiroz e Pereira (2013), Belintane (2007; 2008), Calvet (2011) e de outros estudos levados a efeito por autores favoráveis à pujança da oralidade no ensino de língua. A pesquisa destaca os velhos da aldeia, índios de primeira geração, como atores importantes no processo de ensino e aprendizagem da língua tradicional na educação formal.
