Teses em Sociologia e Antropologia (Doutorado) - PPGSA/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/8829
O Doutorado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Sociologia e Antropologia (Doutorado) - PPGSA/IFCH por Autor "ASSIS, Giselle Castro de"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Turismo comunitário como sistema de dádivas na Amazônia: uma aliança entre reciprocidade e autonomia na gestão local do turismo em Anã e Coroca, Santarém, PA.(Universidade Federal do Pará, 2021-06-23) ASSIS, Giselle Castro de; PEIXOTO, Rodrigo Corrêa Diniz; http://lattes.cnpq.br/9872938064820413Essa investigação analisou como se estruturam as relações sociais tecidas entre os agentes sociais endógenos das comunidades Anã e Coroca (Santarém/Pa), e as relações que eles estabelecem com agentes exógenos para a oferta do turismo, com a finalidade de identificar a função da autonomia comunitária em iniciativas turísticas protagonizadas por populações locais. A pesquisa de campo foi orientada pelos pressupostos da etnografia antropológica, em três períodos diferentes de imersão nos microcosmos das comunidades, e no macrocosmo formado por Santarém e Alter do Chão. O caminho metodológico de análise dos dados foi construído a partir da concepção de Lanna (2000) sobre a etnografia da troca. O campo mostro qe o turismo institui relações de troca de dádivas ambivalentes (econômicas/simbólicas) entre os agentes sociais internos e desses com agentes externos às comunidades. Esse intercâmbio relacional de dádivas cria uma estrutura de rede social interdependente, sem a qual a experiência de turismo não acontece na comunidade. Ao promover a conexão do microcosmo com o macrocosmo, o turismo gera alianças e sociabilidades de forma sistêmica e complexa, pois existe entre esses ambientes uma dependência recíproca. Portanto, em ambientes sociais que promovam a troca de bens e de sua espiritualidade de forma ambivalente, o turismo pode ser compreendido como uma dádiva e, a dinâmica relacional que ele produz, como um sistema de dádivas. A compreensão da dinâmica dessas relações sociais me permiti inferir qe o trismo comnitrio prod m fato social total na concepo de Mauss (2017). A observação detalhada das iniciativas turísticas de Anã e Coroca revelou que, embora ambas sejam chamadas por turismo de base comunitária (TBC), a base comunitária ou endógena, está ativa, no momento, somente em Coroca. Isso porque, essa comunidade opera suas ações coletivas por meio da reciprocidade. Como a estrutura social que sustenta a autonomia de uma comunidade de processos de dependência, tutela e dominação de agentes externos, a reciprocidade é a responsável por promover a autogestão dos interesses coletivos, como o turismo. Ao identificar a aliança entre reciprocidade e autonomia no microcosmo de Coroca, e sua ausência no microcosmo de Anã, compreendi a função da autonomia, e sua relevância como característica balizadora para reconhecer iniciativas de turismo comunitário, pois não há como referir o protagonismo de uma população local na gestão do turismo se ela não é livre para RESUMO escolher; se não é plenamente capaz de tomar decisões em todos os processos que envolvem a operação turística, os quais ocorrem tanto no seu ambiente endógeno (o comunitário), quanto no exógeno (mercado de viagens). Acredito que a autogestão do turismo comunitário é um caminho possível, desde que as populações locais tenham acesso ao conhecimento e formação técnica para autogerir-se de forma integrada entre suas demandas comunitárias, e as expectativas do mercado de viagens.
