Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2311
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 1987 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC por Autor "ARAÚJO, Francisco José Corrêa de"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) A memória das representações de morte e AIDS no conto e no cinema na década de 80(Universidade Federal do Pará, 2018-08-23) ARAÚJO, Francisco José Corrêa de; SARMENTO-PANTOJA, Carlos Augusto Nascimento; http://lattes.cnpq.br/3263239932031945A presente dissertação intitulada “A Memória das Representações de Morte e Aids no Conto e no Cinema da Década de 80” analisa como se constituiu a memória das representações de morte e aids na contística de Caio Fernando Abreu e na produção cinematográfica do final da década de 80. Por isso, neste processo recorremos às contribuições literárias, históricas, sociológicas, filosóficas e artísticas a respeito das relações entre memória, morte e aids. A década de 80 foi marcada pela descoberta da aids e essa descoberta gerou medo mundial por conta dos altos níveis de letalidade da doença. Podemos dizer que a descoberta do vírus HIV “imobilizou” a ciência, pois foi responsável por provocar um conjunto de situações traumáticas, que envolveram o silenciamento, o preconceito e o enlutamento. Por isso, buscamos: identificar o processo de construção da memória na história das representações de morte e aids no Brasil; reconhecer como Caio Fernando Abreu, em Os dragões não conhecem o paraíso (1988), representa a morte relacionando-a com a aids utilizando uma linguagem literária de resistência; e refletir sobre o teor testemunhal do filme: Caminhos Cruzados (Dirigido por Rob Epstein. EUA/1989). A pesquisa aqui proposta segue uma metodologia de estudo bibliográfico, no qual concluímos que a memória da aids nos anos 80 revela uma representação de morte catastrófica e silenciadora, marcada pelo preconceito e ineficiência de políticas públicas, contudo testemunha também a resistência de movimentos sociais pelas conquistas de direitos. Assim, a existência da construção de uma memória coletiva que representou a realidade histórica da aids nos possibilita a esperança de dias melhores onde o ser humano se relacione mais harmonicamente com a morte, onde haja maior entendimento sobre a diferença entre viver com HIV e morrer de aids. E nesta construção textual, a literatura ainda tem muito a contribuir para romper os silêncios que cercam a temporalidade do existir.
