Teses em Artes (Doutorado) - PPGARTES/ICA
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Navegando Teses em Artes (Doutorado) - PPGARTES/ICA por CNPq "CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::DANCA"
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Tese Acesso aberto (Open Access) A caminhada como modo de existir na Festa de São Marçal: poéticas moventes, espetacularidades e geração de outros mundos possíveis em São Luís/MA(Universidade Federal do Pará, 2022-01-31) FONSÊCA, Danielle de Jesus de Souza; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta escritura incursiona a respeito dos modos de existência experimentados pelos corpos brincantes que caminham na Festa de São Marçal, em São Luís, capital maranhense. A festa, também conhecida como Encontro de Bois de Matraca, acontece anualmente no dia 30 de junho, dia de São Marçal, no bairro do João Paulo. Com base nesse contexto festivo e caminhante, a pesquisa mira por outros modos de fazer e dizer epistêmicos, atentos às sapiências das ruas (SIMAS, 2019) em meio às invenções produzidas pelos grupos de Bumba meu boi. Nisso, elaborei giros, redemoinhos, cruzos e ruminações, gerando a proposição metodológica da etnocaminhada, noção que tem proximidade epistêmica e afetiva com a motriz de pensamento da etnocenologia (SANTA BRÍGIDA, 2016, 2015; BIÃO, 2009, 2007). É pela etnocaminhada que percebo a força dos processos estéticos, devotivos, ritualísticos, poéticos e políticos nutridos na Festa de São Marçal, sobretudo do corpo brincante em seus movimentos e gestualidades assentadas no tempo espiralar (MARTINS, 2021). Além disso, a etnocaminhada fez emergir, como acontecimento metodológico, meu estado de caminhante etno-pesquisadora, que é quando caminho na imersão festiva com o desejo intenso pelas encruzilhadas, dobras, frestas e bordas do fenômeno espetacular e pelos encontros gerados a partir do estar-junto coletivamente (MAFFESOLI, 2014; 1998). O estudo busca ainda conhecer as táticas elaboradas (DE CERTEAU, 1994) pelos homens lentos (SANTOS, 1996) e suas corpografias geradas (JACQUES E BRITTO, 2006) na ambiência urbana e caminhante de São Marçal, como experiência festiva geradora de microrresistências. O contexto pandêmico e as novas configurações do festejar também movimentaram esta investigação, que versa acerca da inventividade empregada e do alargamento no modelo festivo, profundamente afetando pela pandemia. Portanto, a pesquisa objetiva compreender como a caminhada ativa modos inventivos de existir, transformando a paisagem festiva de São Marçal num espaço – físico e virtual – de trocas afetivas, criação nômade e geração de outros mundos possíveis (KRENAK, 2019; ROLNIK, 2019).Tese Acesso aberto (Open Access) Dança Sensorial: metodologias de ensino e aprendizagem e sua aplicação em um processo de criação em dança para pessoa com deficiência visual(Universidade Federal do Pará, 2022-02-08) MOTA, Alves Mota; ALENCAR, Cesário Augusto Pimentel de; http://lattes.cnpq.br/0024366223698692O objetivo deste estudo é criar metodologias sensoriais de ensino e aprendizagem aplicadas a um processo de criação em dança desenvolvido com dançarinos que possuem deficiência visual. Os conceitos que balizam a pesquisa são: o háptico a partir de Ingold (2015) e Deleuze e Guattari (1997) e a fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty (2011). O processo de criação poética ocorreu nas dependências da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), com a execução de laboratórios de experimentação e criação em dança em dois grandes eixos: 1. A Dança háptica e 2. O Corpo sonoro, ambos pautados em vivências em dança com a exploração dos sentidos remanescentes dos sujeitos da pesquisa, bem como a aplicação das metodologias advindas desses laboratórios no espetáculo Corpus Sensorialis. A análise conta com dois sujeitos, quais sejam um dançarino cego e uma dançarina com baixa visão. O método de abordagem é o fenomenológico hermenêutico. A pesquisa de campo é alicerçada pelo procedimento de estudo de caso, e tem como técnicas de coleta de dados o uso de registros audiovisuais e fotográficos, entrevistas semiestruturadas e depoimentos verbalizados gravados em áudio durante os laboratórios e o espetáculo. A pesquisa poética e teórica, base deste estudo, ao investigar metodologias sensoriais no processo criativo em dança para pessoa com deficiência visual, trouxe como possibilidade a dança pensada e executada a partir da percepção háptica e sonora. Os laboratórios de criação mostram a urgência de se pensar nas especificidades, necessidades reais do sujeito. Emergiram dessas experiências algumas metodologias sensoriais no fazer dança para pessoa com deficiência visual, pautadas nas experiências corporais dos sujeitos dançarinos desta pesquisa. As proposições metodológicas experimentadas nos laboratórios de criação, ao serem aplicadas no processo de criação do espetáculo Corpus Sensorialis, evidenciaram uma forma de pensar e fazer a dança que contempla os sentidos remanescentes dos sujeitos dançarinos com deficiência visual. Propiciaram, também, um estar em cena de forma autônoma por parte dos dançarinos e despertaram nesses corpos percepções sensoriais no ato de dançar, significativas.Tese Acesso aberto (Open Access) Dança, Cabala, Espiritualidade: autoetnografia dançada em roda na Amazônia paraense(Universidade Federal do Pará, 2021-10-21) COSTA, Ana Cláudia Pinto da; CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes; http://lattes.cnpq.br/2551648142775344Os fios que tramam a escrita desta Tese se entrelaçam aos fios de experiências vividas pela artista-pesquisadora/focalizadora-dançante Ana Cláudia Pinto da Costa, no contexto do coletivo UBUNTU, movimento de Danças Circulares Sagradas da cidade de Belém/PA. O trabalho é fruto de uma pesquisa de cunho etnográfico e autoetnográfico no campo das Artes, acerca das doze Orações Corporais, inspiradas na Cabala pela bailarina e coreógrafa Frida Zalcman. Tais danças correspondem à “tradução” dançada das orações cantadas na sinagoga. A pesquisa se insere num estudo mais amplo acerca das chamadas orações corporais, norteadas, neste caso específico, pelos preceitos da Cabala, a Árvore da Vida, levando-se em consideração seus quatro mundos e suas emanações energéticas (sefirót). Essas orações corporais são um modo de vivenciar, por meio da dança, os rituais litúrgicos do Judaísmo, favorecendo o contato do praticante com os mundos da Cabala, onde supostamente acontece o encontro com o Criador. O estudo busca compreender o sentido e o significado que os preceitos da Cabala dão à dança, tal como foi organizada e sistematizada por sua idealizadora, implícitas no contexto da performance ritual da Oração Corporal Mode Ani Lefanecha, a partir da cosmovisão das dançantes. A pesquisa se inscreve em três campos teórico-metodológicos: 1. Antropologia da Dança, campo que possibilita observar, vivenciar, e compreender a “dança” – movimentos, passos, ritmos, gestos, simbolismos, ritual, entre outros elementos – em sua relação com o contexto no qual ela é transmitida e praticada; 2. Fenomenologia da Percepção de MerleauPonty, com estudos focados na estesiologia do corpo; 3. Dança Terapia de Andrea Bardawil que se constitui na experiência com a dança, a partir do diálogo com a educação somática, a consciência corporal e a improvisação.Tese Acesso aberto (Open Access) Encantaria-corpo: processos de criação e poéticas em dança(Universidade Federal do Pará, 2022-01-17) SOUZA, Luiza Monteiro e; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776A presente pesquisa-criação filia-se à linha de pesquisa Poéticas e Processos de atuação em Artes do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGARTES/ICA/UFPA). Seu objetivo principal é realizar experiências de imersão e emersão (EIEs) a partir do encontro entre a dança imanente (Mendes, 2010), as encantarias (Loureiro, 2008) e a noção de poesia (Cotê, 2014). Propondo-se a sublinhar interações teórico-artísticas emergentes do processo de criação, as EIEs são a metodologia da pesquisa de onde nascem os procedimentos de experimentação, criação e reflexão, assim como as próprias poéticas em dança. Os processos de criação artística tomam como inspiração os mundos mágicos submersos nos rios amazônicos: as encantarias, espécie de dimensão transcendental onde habitam os seres encantados poetizadores da existência desses rios. A ideia de uma profundeza encantada no rio encontra-se nesta pesquisa com a dança imanente, fundando como proposição teórico-prática principal a noção de encantaria-corpo, a qual fora aplicada junto ao coletivo Companhia Moderno de Dança, visando o estímulo de processos criativos. Os resultados da pesquisa são a obra cênica Na Beira, as vídeo-danças Poesia Submersa, Vamos falar de poesia?, Nas águas do invisível, Onde estará o além das coisas?, Dar-se em Vertigem, Ecos das Entranhas e Seres de Si e, ainda, este texto memorial.Tese Acesso aberto (Open Access) Escritos Vagalumeantes: Mo(vi)mento de Etá em processo de transcriação vagalumeante(Universidade Federal do Pará, 2021-12-21) SOUZA, Ercy Araújo de; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776Escritos Vagalumeantes. São ações presente na vivência-memória-criação deste pesquisador durante sua fase criança, reverberadas ao longo dos anos até a atualidade. Sob(re) a observação dos voos dos vaga-lumes no escuro da mata, essa (vivência-memória-criação) se apresenta nas proximidades do rio Xingu, no município de Altamira, no interior do Estado do Pará-Brasil. Dessa observação surge a provocação de refletir sobre processo de transcriação vagalumeante e potencializar as interpretações do que seria luz, breu, trajeto, encanto, mistério, frustração, mo(vi)mento, imaginação e (trans)criação no meu fazer artístico, da minha dança. Para tanto, o momento atual atravessa esse processo, pois estamos em tempos de busca de uma cura mundial devido à COVID-19, onde busca-se também curas individuais da saúde mental pelas reflexões e ações, sendo estas pessoais e sociais. Acredito que tais ações e reflexões de cura podem ser acionadas diretamente pelo âmbito artístico, mas, paradoxalmente, a Arte vive um momento de desvalorização ainda maior, social e individualmente, diria até mesmo por parte de nós artistas, que não enxergamos em muitos momentos a relevância da Arte na cura da humanidade historicamente reconhecida, pois nos cegamos ao buscar a sobrevivência por meios que nos põem em um estado alheio ao corpo artístico e presos em um corpo biológico, e assim buscamos sobreviver e nos curar por outros meios que não o fazerpensar a Arte do/para/no corpo. Não aceitar as mudanças, as diferenças e os mo(vi)mentos coletivos diante de uma doença adoece tanto quanto a contaminação por um vírus no sangue. Escritos Vagalumeantes são mo(vi)mentos, observAções, são infinitas luzes e breus em meio ao caos das incertezas apresentadas pelo meu processo-vida. Isso em um coletivo artístico chamado Companhia Moderno de Dança, se instaura na corporificação do coletivo artístico em seu fazer-pensar o corpo múltiplo e uno, sob o nome Etá para esta pesquisa atravessada pelas possibilidades midiáticas e afetivas. Gerando como resultados o memorial composto por seis livretos e uma poética denominada de Vagalumear, essa composta de quatro vídeos.Tese Acesso aberto (Open Access) Poéticas paridas: a dança como política de aparecimento(Universidade Federal do Pará, 2022-11-24) CASTELO, Caroline de Cássia Sousa; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776Esta tese-memorial, dividida em uma série poética, teve como objetivo compreender a dança como uma política de aparecimento a partir dos processos de criação dialético (tese, antítese e síntese): Cinderela (2018), Nas Brenhas (2020) e Subterrânea (2021). Os dois primeiros partos foram poéticas paridas das histórias de vida do Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, uma associação precursora na militância dos direitos humanos das prostitutas no Brasil, que atua desde 1990. Revela narrativas sobre amor, maternidade, violência, militância, trabalho, sobre orgasmos e desprazeres dentro do meretrício. Subterrânea (2021), por sua vez, é uma narrativa pessoal atravessada pelo meu desencontro com a maternidade, onde discuto a potência de uma dança abortada, descamada e petrificada. Os processos de criação transam com as perspectivas metodológicas de Ferreira (2012) e Speck (2016), assumo-me uma habitante-criadora (FERREIRA, 2012) em caminhabilidade (SPECK, 2016), embrenhando-me pelas ruas do bairro da Campina, conhecendo e me reconhecendo enquanto criadora de vida/dança com a rua, encontrando nas esquinas e encruzilhadas autores como Judith Butler (2018), André Lepecki (2011), Di Monteiro (2018), Bia Medeiros e Natasha de Albuquerque (2016), Thereza Rocha e Márcia Tiburi (2012), Juliana Moraes (2013), entre tanto outros que me ajudaram a pensar a dança com a rua e como política de aparecimento. Embrenhar-se também é entranhar-se pelos úteros, pelo íntimo, pelos segredos da vida de quem ali habita, de processos que se criam na ânsia do vivido, movidos em “fazê-lo aparecer”
