Teses em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Doutorado) - PPGDSTU/NAEA
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2297
O Doutorado Acadêmico em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pertence ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O Doutorado em Ciências – Desenvolvimento Socioambiental iniciou em 1994, absorvendo o debate crítico de ponta na época nos temas sobre desenvolvimento, planejamento e questões ambientais.
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Navegando Teses em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Doutorado) - PPGDSTU/NAEA por CNPq "CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Regeneração florestal associada a tamanhos de clareiras: implicações para o manejo florestal sustentável(Universidade Federal do Pará, 2006-05-30) PINTO, Andréia Cristina Brito; AZEVEDO-RAMOS, Claudia; http://lattes.cnpq.br/1968630321407619A crença na capacidade de regeneração florestal é um dos principais sustentáculos da concepção de manejo madeireiro sustentável em longo prazo. O desempenho do processo regenerativo, por sua vez, depende da intensidade dos danos causados pela atividade madeireira, os quais podem ser reduzidos desde que se disponha de dados sistemáticos que orientem critérios adequados ao bom manejo florestal. O presente estudo, realizado em Paragominas, Pará, tem como objetivo avaliar como o tamanho das clareiras afeta a regeneração florestal. Para efetivar essa avaliação, foram monitorados elos do processo regenerativo (e. g., herbívoros vertebrados, chuva de sementes, fatores físicos) e/ou vários atributos diretos da regeneração (e. g., densidade, riqueza, crescimento, recrutamento, mortalidade de plantas) em dois sítios do referido município. Na Fazenda Rio Capim, com exploração recente, quinze clareiras com idade de 1,3 ano foram selecionadas em cerca de 300 ha de floresta explorada sob impacto reduzido e monitoradas durante 15 meses. As clareiras compreenderam três categorias de tamanho: 05 pequenas (30-100 m2), 05 médias (500-800 m2) e 05 grandes (> 1.500 m2). Na Fazenda Cauaxi, com exploração antiga, somente os atributos diretos da regeneração foram avaliados em doze clareiras com 8,5 anos de idade, sendo quatro de cada categoria de tamanho acima mencionada, exceto as clareiras grandes que foram menores (1.000-1.400 m2). A hipótese geral deste estudo é que o comportamento dos diversos fatores analisados favorecerá maior riqueza de espécies em regime de distúrbios intermediários, neste caso, em clareiras médias (sensu Connell, 1978). De modo geral, essa hipótese não foi corroborada. Na Fazenda Rio Capim (1,3 ano pós-exploração), apesar das clareiras grandes terem sido significativamente mais pobres em espécies do que todos os demais ambientes, as clareiras médias não foram aquelas que apresentaram maior riqueza. Dentre os tamanhos de clareiras analisados, as clareiras grandes foram as que mais se diferenciaram da condição controle (floresta fechada), apresentando maiores temperaturas, maior densidade e crescimento da regeneração e maior taxa de crescimento de cipós. Nas clareiras médias, os cipós e espécies pioneiras também cresceram significativamente mais rápido do que nas clareiras pequenas e floresta fechada. As clareiras pequenas foram mais semelhantes à floresta fechada, diferindo apenas por sua maior densidade de indivíduos de espécies pioneiras e maior taxa de crescimento da regeneração (exceto cipós). A chuva de sementes e o impacto de mamíferos herbívoros sobre a regeneração foram indiferentes ao tamanho das clareiras, mas mostraram-se dependentes de características pontuais, como presença de fontes alimentares para atrair fauna e fornecer sementes. As clareiras antigas (8,5 anos) da Fazenda Cauaxi não apresentaram nenhuma divergência significativa entre si nem com a amostra controle. Comparativamente com as clareiras jovens, as clareiras antigas denotaram menor densidade e maior riqueza relativa. Considerando-se todas as diferenças observadas entre os diferentes tamanhos de clareiras e floresta fechada e suas potenciais implicações sobre o processo regenerativo, recomenda-se que grandes clareiras sejam evitadas. As clareiras pequenas e médias reúnem mais atributos favoráveis à sustentabilidade do manejo madeireiro.Tese Acesso aberto (Open Access) A vida flutuante na várzea: readaptação como elemento fundamental para a conservação de recursos aquáticos(Universidade Federal do Pará, 2016-05-06) ROMAGNOLI, Fernanda Carneiro; CASTRO, Fabio Fonseca de; http://lattes.cnpq.br/5700042332015787; PEZZUTI, Juarez Carlos Brito; http://lattes.cnpq.br/3852277891994862A crise socioambiental instalada no mundo tem exigido a reflexão sobre outras formas de relacionamento da sociedade com a natureza. Modelos de economia e sociedade mais integrados ao equilíbrio natural se tornaram um desafio a ser alcançado. Diante desta necessidade, olhar para grupos que mantêm uma intrínseca relação com o meio em que vivem mesmo no contexto da modernidade pode indicar possíveis caminhos. O objetivo geral deste estudo foi compreender como a percepção e a relação da comunidade Água Preta (Santarém, Pará) com a fauna aquática podem contribuir para planos de uso, manejo e conservação destes recursos. Os objetivos específicos foram: (1) entender a construção histórica da relação dos comunitários da Água Preta com a fauna aquática; (2) compreender o surgimento de conflitos comunitários envolvendo a fauna aquática; (3) averiguar como conflitos comunitários envolvendo a fauna aquática influenciam as possibilidades de manejo; (5) demonstrar e compreender valores plurais existentes na relação dos ribeirinhos com a fauna aquática; (6) verificar como valores plurais existentes na relação dos ribeirinhos com a fauna aquática implicam nas suas formas de uso e manejo; (7) relacionar a percepção e a relação da comunidade Água Preta com a fauna aquática à compreensão local de desenvolvimento. A metodologia foi baseada na percepção dos moradores locais, utilizando observação participante, entrevistas abertas e semi-estruturadas e análise documental. Os resultados mostraram a identidade coletiva da comunidade como uma identidade móvel, capaz de combinar valores sociais estabelecidos historicamente com as transformações do cenário em que vivem. Essa forma de identidade tem implicações na relação estabelecida com a fauna aquática- nas percepções e nos valores a ela atribuídos, favorecendo a pluralidade de valores. Esta pluralidade está associada à capacidade de resiliência do grupo, mas também ao aumento da vulnerabilidade, na medida em que interesses distintos têm ganhado mais força. Assim, um sistema de manejo comunitário historicamente resiliente estaria reduzindo sua capacidade de resposta. Contudo, a reelaboração do capital adaptativo da comunidade com base na memória e no aprendizado social pode ajudar esta comunidade a novamente fortalecer uma forma adaptativa de manejo e governança dos recursos comuns. Concluiu-se que o modelo da Água Preta pode mostrar um caminho para formas de desenvolvimento além da modernidade.
