Teses em História (Doutorado) - PPHIST/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6869
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2010 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em História (Doutorado) - PPHIST/IFCH por Área de Concentração "HISTÓRIA SOCIAL DA AMAZÔNIA"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Aqueles que merecem a opinião pública: justiça de paz, cidadania e mobilização política nas primeiras eleições no Grão-Pará (1827-1841)(Universidade Federal do Pará, 2023-09-25) MOURA, Danielle Figuerêdo; RICCI, Magda Maria de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4368326880097299Esta tese de dedica ao estudo da relação entre as primeiras eleições para os juízes de paz no Grão-Pará e a Cabanagem. Seu recorte vai de 1827, com a regulamentação do cargo de juiz de paz, até 1833, quando houve a terceira eleição para este cargo desde sua criação e que antecedeu o movimento cabano. O estudo aprofundado das correspondências entre câmaras municipais, autoridades judiciárias e presidentes de província, em especial aquelas concernentes as eleições municipais, tem comprovado que negros, indígenas e mestiços se mobilizaram em torno das eleições locais e assumiram cargos importantes na administração jurídica e civil de vilas, freguesias e lugares no Grão-Pará entre 1828 e 1834. Demonstra-se que a despeito do conjunto de leis inaugurado com a Carta de 1824 não estender muitos de seus benefícios para esta parcela da população, a realidade foi bem diversa, pois as apropriações feitas sobre os novos códigos informaram lutas cotidianas pela ampliação da cidadania. Esta tese defende, portanto, que a Cabanagem nasceu dos embates étnicos e políticos que tiveram como importante palco as eleições para a magistratura leiga. A experiência de mobilização política tanto na eleição quanto na deposição e aclamação de juízes estava em constante diálogo com um reportório de novas leis e um vocabulário constitucional e liberal, sendo, por isso, fundamental para a eclosão e diversidade de dinâmicas do movimento cabano. Por fim, demonstra-se que a discussão suscitada pela Cabanagem na Corte no Rio de Janeiro, sobre a necessidade de defesa de uma ideia de “ordem” e “civilização”, contribuiu para os argumentos dos “advogados” da revisão da magistratura de paz, o que culminou com a sua reformulação nacional em 1841.Tese Acesso aberto (Open Access) Arranjos, lei e consolidação do império: aplicação da lei das terras e apropriação das fazendas nacionais do Rio Branco (1830-1880)(Universidade Federal do Pará, 2018-09-18) SANTOS, Maria José dos; FONTES, Edilza Joana Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9447513031256372Esta tese investigou o processo de aplicação da Lei nº 601, de 1850, conhecida como Lei de Terras na Província do Amazonas, e seus desdobramentos na fronteira do Rio Branco. Buscou-se compreender a constituição social, política e econômica dos sujeitos que formaram o grupo dos senhores de terra desde a criação das fazendas reais e particulares, analisando, posteriormente, a criação da Comarca do Alto Amazonas, a Cabanagem e o processo de expansão das fazendas particulares após a extinção da Lei das Sesmarias. Historicamente, a região do Rio Branco passou por intensos processos de disputas territoriais e políticas que ameaçaram o domínio Português e, sucessivamente, a consolidação do Império Brasileiro naquela fronteira. As décadas de 1830 a 1870 foram marcadas por tentativas de apropriação de territórios pelo Reino Unido, conhecido como o conflito do Pirara no Rio Branco, e pela pressão dos Estados Unidos, que exigiam do Brasil a abertura para navegação e comércio no Rio Amazonas. Todos esses fatores fizeram que o Império Brasileiro despendesse dimensões diferentes das demais regiões, mais flexíveis com militares e demais sujeitos, mantendo-os como aliados para defender, colonizar e consolidar o império na fronteira do Rio Branco. Neste contexto, as terras das fazendas nacionais, que pertenciam ao Estado, foram paulatinamente incorporadas ao patrimônio particular dos militares e degredados, assim como as terras consideradas devolutas, que também eram bem públicos. A Lei de Terras não foi cumprida, uma vez que, segundo a lei, a única forma de acesso à terra era a compra; porém, foi utilizada politicamente pelo Império, para garantir o apoio da classe senhorial local. Esse processo se estendeu até a década de 1870, quando essa relação passou a ter outra dimensão, muito mais rigorosa, menos presa à elite local, e dispôs de mais cobranças, especialmente por parte da Tesouraria da Fazenda diante da apropriação de bens pertencentes ao Tesouro, como as terras das fazendas nacionais do Rio Branco, indícios claros de que o Império Brasileiro nas fronteiras da Amazônia se reconheceu, finalmente, consolidado.Tese Acesso aberto (Open Access) Arte, Belém, do abstracionismo à visualidade Amazônica (1957-1985): transições movediças e tensões globais(Universidade Federal do Pará, 2019-04-30) COSTA, Gil Vieira; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231Esta pesquisa trata das artes visuais no campo artístico especializado em Belém, especialmente no período compreendido entre 1957 e 1985. Esse período marca, na cidade, o contato e a absorção de valores e práticas das correntes artísticas internacionalistas, como o abstracionismo modernista, as vanguardas pós-modernas e a chamada arte contemporânea. O modo como o campo local estabeleceu relações de abertura e fechamento a essas correntes é estudado a partir das teorias da colonialidade. Habitualmente, as décadas de 1960 e 1970 são vistas como o momento em que a arte contemporânea se estabeleceu mundialmente, por isso essa tese pode ser entendida como uma narrativa de ‘história da arte contemporânea’. Em Belém, a consolidação desse paradigma artístico foi vivenciada a partir de transições movediças – lentas, descontínuas e vacilantes – em que houve uma evidente disputa entre valores globais e práticas locais. As tensões entre ‘global’ e ‘local’, na arte produzida na cidade nesse período, condicionaram o surgimento de projetos artísticos importantes e ainda pouco conhecidos e debatidos. Para muitos desses projetos, as ideias e imagens de Amazônia eram componentes fundamentais – tema que pode acrescentar novas informações e abordagens ao debate sobre ‘arte brasileira’ naquelas décadas.Tese Acesso aberto (Open Access) Caminhos fluviais e mobilidade: os rios Guaporé, Mamoré e Madeira e a rota entre o Mato Grosso e o Grão-Pará (séculos XVII e XVIII)(Universidade Federal do Pará, 2022-04-28) MELO, Vanice Siqueira de; CHAMBOULEYRON, Rafael Ivan; http://lattes.cnpq.br/7906172621582952; https://orcid.org/0000-0003-1150-5912Em meados do século XVIII, os rios Guaporé, Mamoré e Madeira transformaram-se em um caminho fluvial utilizado para estabelecer a comunicação entre a capitania do Mato Grosso e o estado do Grão-Pará e Maranhão. A historiografia que analisou o assunto apontou, notadamente, a importância da Coroa portuguesa na constituição desse caminho e a relevância das atividades comerciais para a sua consolidação. Embora esses eixos de reflexão sejam importantes, acredita-se que não são suficientes para analisar a composição desse caminho fluvial. Nesse sentido, esta tese argumenta que esse caminho foi constituído também a partir da mobilidade e do interesse dos sujeitos que, em expedições, navegaram por esses rios e como esse deslocamento estava conectado a outras demandas e se constituía, igualmente, a partir da interação com o ambiente.Tese Acesso aberto (Open Access) Os castanhais do sudeste do Pará: cotidianos e discursos (1930-1964)(Universidade Federal do Pará, 2018-07-11) CARNEIRO, Aldair José Dias; PETIT PEÑARROCHA, Pere; ARENZ, Karl Heinz; http://lattes.cnpq.br/4213810951901055O objetivo central desta pesquisa é mostrar que os fatores políticos foram determinantes na formação da estrutura econômica dos castanhais do sudeste do Pará, e que o seu desenvolvimento se deu conforme as ideologias e os engajamentos partidários de três lideranças, a saber: Deodoro Machado de Mendonça, Joaquim de Magalhães Cardoso Barata e Nagib Mutran. Com eles, os castanhais do sudeste paraense foram regulamentados, e o período de maior intervenção partidária na região foi registrado entre 1930 e 1964. Destacamos, inicialmente, a regulamentação empregada aos castanhais em 1930, pelo então interventor paraense Magalhães Barata, atitude que contrariou as pretensões patrimonialistas de governos anteriores, representados por Deodoro de Mendonça. Neste momento, nasceram às disputas políticas que determinaram à dinâmica de funcionamento dos castanhais da região, caracterizadas pelo baratismo e o antibaratismo. Essa rivalidade em âmbito estadual foi adequada aos castanhais do sudeste paraense pelo líder local, Nagib Mutran. Assim, a disputa política em torno dos castanhais permaneceu até 1951, quando Barata foi derrotado nas eleições para governador do Pará. A partir de então, os projetos federais para a valorização econômica da Amazônia, iniciados em 1952, aceleraram as apropriações de terras no sudeste do Estado, o que gerou o enfraquecimento da economia extrativista e a derrocada econômica dos castanhais da região em início de 1960. Porém, os castanhais do sudeste paraense não se resumiram aos discursos e aos projetos econômicos, paralelo a eles, no interior dos castanhais, haviam os castanheiros locais com suas ações cotidianas peculiares ao espaço da floresta. Por ser a economia da castanha uma atividade sazonal, esses habitantes dos castanhais se acostumaram a realizar outras ações que, por sua vez, passaram a fazer parte do dia-a-dia na floresta. Os habitantes dos castanhais, não eram apenas castanheiros, eram também agricultores, caçadores, pescadores e devotos. Essas atividades, por serem todas elas importantes e rotineiras, orientavam os habitantes dos castanhais a regularem suas ações cotidianas munidos de certa autonomia, não sempre condizentes com as decisões políticas.Tese Acesso aberto (Open Access) A Cidade dos Lázaros: isolacionismo, políticas públicas e lepra no Pará (1900-1934)(Universidade Federal do Pará, 2024-06-28) VIEIRA, Elis Regina Corrêa; SANJAD, Nelson Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/9110037947248805; https://orcid.org/0000-0002-6372-1185No final do século XIX e início do século XX, a lepra viveu um processo marcado por um intenso debate que perpassou a etiologia, a terapêutica e a profilaxia da doença. Nesse contexto, existiu um esforço teórico para consolidar a lepra como uma doença causada por um bacilo e transmitida por contágio. Ao mesmo tempo, se a doença era contagiosa e seus meios de transmissão eram incertos, fortaleceu-se a ideia de que o isolamento dos doentes era a única forma de evitar a propagação da moléstia. No Brasil, diversos médicos e intelectuais participaram de uma rede internacional de cientistas que debateram a doença. No mesmo contexto, o movimento sanitarista cobrava que a União ampliasse suas responsabilidades na saúde pública. A profilaxia da lepra foi beneficiada por essas discussões e o Governo Federal começou a implantar diversas leprosarias em parceria com os governos estaduais. Instalada em 1923 e inaugurada oficialmente em junho de 1924, a Lazarópolis do Prata, no Pará, nasceu nesse contexto. Minha tese propõe que os médicos criaram um modelo de isolamento para a Lazarópolis, todavia, a experiência de sujeitos diversos recriaram os sentidos desse isolamento, desafiando o ideal higienista de um lázaro dócil, disciplinado e submisso aos médicos. Desse modo, até mesmo uma instituição entendida como modelo, enfrentava desafios como as fugas e as transgressões às normas estabelecidas.Tese Acesso aberto (Open Access) Cidade e educação: memórias e experiências do ensino primário e ginasial em Breves – Marajó das Florestas (1943-1985)(Universidade Federal do Pará, 2023-06-30) PUREZA, Enil do Socorro de Sousa; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267Para compreender o processo de construção da cidade de Breves, no Marajó das Florestas, como polo de desenvolvimento regional, com foco no século XX, esta pesquisa apresentou como tesecentral a afirmativa de que as experiências educacionais no ensino primário e ginasial na cidade de Breves, entre as décadas de 1940 a 1980, foram de grande relevância para a formação, expansão do espaço urbano e desenvolvimento da municipalidade, atraindo para sua estrutura instituições, serviços públicos e particulares necessários à vida no século XX. Para chegar à confirmação desta tese, partiu-se das seguintes questões problematizadoras: Como cidade e educação, e educação e cidade se construíram historicamente no território brevense no período de 1943 a 1985? Como ocorreram as práticas educacionais e socioculturais vivenciadas pelos moradores na expansão e desenvolvimento da vida urbana? Como se deu a implantação e/ou fortalecimento do ensino primário e ginasial na cidade? A partir desses questionamentos norteadores, os objetivos da pesquisa foram: analisar cidade e educação e educação e cidade por meio de documentos escritos, orais e visuais, identificando mudanças e continuidades histórico-sociais nos modos de viver brevense entre as décadas de 1940 a 1980; compreender a trajetória de formação do grupo escolar a partir de 1943 na cidade, a expansão e a consolidação do ensino primário e acompanhar a emergência da educação ginasial no contexto das décadas de 1960/70, suas contribuições na expansão da cidade e a visibilidade brevense no cenário regional e estadual em tempos de regime militar. Fundamentada na História Social e Cultural e dialogando com documentos escritos, orais e visuais, os resultados indicam que Breves se tornou o principal polo educacional dos Marajós das Florestas, a partir da década de 1960 com a implantação do Ginásio Estadual Miguel Bitar, que se juntou ao ensino primário, iniciado na década de 1940 com o grupo escolar Dr. Lauro Sodré, Internato Evangélico Amazonas e Colégio Santo Agostinho. Mostraram também que, no movimento educação e cidade, a cidade passou a ser referência regional em diversos setores, sendo que a educação teve papel sine qua non, pois através da formação de pessoas, abriu-se múltiplas possibilidades de desenvolvimento para que Breves se tornasse, na atualidade, uma cidade educadora.Tese Acesso aberto (Open Access) Ciência e construção do consenso desenvolvimentista na Amazônia a partir de quatro cientistas durante a Ditadura Militar (Pará, 1964-1985)(Universidade Federal do Pará, 2024-03-08) SBRANA, Tayanná Santos de Jesus; PETIT, Pere; http://lattes.cnpq.br/8376409779394321; https://orcid.org/0000-0002-8970-3073A presente tese discute a formação do consenso desenvolvimentista na Amazônia durante a Ditadura Militar (1964-1985), a partir da análise de escritos de cientistas situados em instituições de promoção e/ou crítica ao desenvolvimento no Pará: a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), o Banco de Desenvolvimento da Amazônia (BASA S. A.), o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e o Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social do Pará (Idesp). Para tanto, interpretamos o panorama do período a partir de bibliografia especializada interdisciplinar, situada nos temas desenvolvimento, grandes projetos, Amazônia e Ciência e Tecnologia (C&T). Foram escolhidos os escritos de quatro cientistas – Clara Martins Pandolfo, Armando Dias Mendes, José Marcelino Monteiro da Costa e Roberto Araújo de Oliveira Santos – para analisar aspectos do campo intelectual paraense durante a Ditadura Militar e de que forma os cientistas puderam auxiliar ou não na constituição da legitimidade dos grandes projetos de desenvolvimento consubstanciados nos programas e planos de desenvolvimento implementados no período, como o 1º Plano Quinquenal de Desenvolvimento (1967-1971), e o I, II e III Planos de Desenvolvimento da Amazônia (PDAs) (1972-1974; 1975-1979; 1980-1985). As fontes da pesquisa são bibliográficas, orais e audiovisuais, analisadas através da metodologia da análise de discursos.Tese Acesso aberto (Open Access) Conversa de pescador: história e cultura política na praia de Ajuruteua, Pará (1970- 2010)(Universidade Federal do Pará, 2022-12-09) OLIVEIRA, Marcus Vinicius Cunha; HENRIQUE, Márcio Couto; http://lattes.cnpq.br/9096024504515280Esta tese investiga a agência de pescadores e pescadoras frente aos impactos socioambientais da construção da rodovia PA-458 e às mudanças geográficas do processo de erosão e avanço do mar na ilha de Ajuruteua. Com base em documentos oficiais, jornais, fotografias, teses, dissertações e relatos orais foram analisadas as ações de moradores, lideranças locais e pescadores e pescadoras em relação às mudanças provocadas pela rodovia e às ameaças ao seu modo de vida. Conclui-se que os pescadores e pescadoras, ao contrário do que se costuma afirmar, estão atentos às transformações do seu tempo e da natureza, criam estratégias de adaptação, atualizando seus saberes, práticas e crenças, produzem cotidianamente novos conhecimentos ecológicos, aceitam ou rejeitam as inovações da “modernidade” de acordo com seus interesses, estabelecem relações complexas com a sociedade circundante e com a natureza, participam de redes de comércio nem sempre desfavoráveis, se apropriam de leis e linguagens fora do seu universo cultural e se organizam politicamente para defender seu território e seu modo de vida de acordo com a legislação vigente.Tese Acesso aberto (Open Access) Correndo o risco: Belém do Pará na charge de Biratan Porto no ocaso da ditadura (1978-1985)(Universidade Federal do Pará, 2024-08-26) OLIVEIRA, Walter Pinto de; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231Em quais condições a ditadura civil-militar entregou Belém do Pará ao período de redemocratização? Como a sociedade civil reagiu à violência e à exclusão das políticas ditatoriais? Estas duas indagações perpassam este estudo que tem por objetivo depreender a situação da então principal capital da Amazônia nos sete últimos anos do governo militar, período chamado de abertura, mas que, apesar de sugerir abrandamento político, carregou consigo sinais do autoritarismo que caracterizou os 21 anos de duração do regime. A partir das charges do cartunista Biratan Porto este estudo se propõe responder àquelas questões, conforme as ferramentas metodológicas da História Social da Arte. Passados quarenta anos dos acontecimentos, o humor crítico do artista oferece uma leitura alternativa ao noticiário da imprensa, então comprometida com a ditadura. Na tecitura analítica que faz daquele período, a charge de Biratan projeta uma perspectiva singular sobre resistência popular e sugere a substituição de um clientelismo autoritário por um outro, democrático, mas ainda assim, clientelismo.Tese Acesso aberto (Open Access) Da névoa flamenga à claridade tropical: percursos e pinceis de Georges Wambach na Amazônia em tempos de guerra e paz (1935 – 1965)(Universidade Federal do Pará, 2023-11-23) ALMEIDA, Tunai Rehm Costa de; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231Esta tese tem como finalidade compreender a posição que Wambach ocupou no disputado cenário artístico brasileiro e pensar vida e carreira quando de sua passagem em solo brasileiro, destacando sua estada em Belém. O recorte no tempo adotado se inicia com a chegada do artista no país, em 1935, até o ano de seu falecimento em 1965. Utilizando as imagens como principal documentação, em especial os quadros pintados pelo artista, o trabalho leva em consideração as motivações do pintor, mas também daqueles que as financiaram. Com o apoio da literatura e dos jornais da época, além da documentação do poder público, há o acompanhamento da recepção dos trabalhos de Georges Wambach, de seus jogos de interesses, de suas relações e das tensões desenvolvidas ao longo de sua trajetória no Brasil e, em especial, na Amazônia.Tese Acesso aberto (Open Access) Da Vila do Cariperana à nova territorialização da Comunidade Remanescente Quilombola do América nas narrativas de moradores no contexto bragantino(Universidade Federal do Pará, 2024-07-23) SILVA FILHO, Claudio Padilha da; SOUZA, Ana Paula Vieira e; http://lattes.cnpq.br/8840758628880141; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0003-3340-1866; MIRANDA, Leila Mourão; http://lattes.cnpq.br/5665064793338456; https://orcid.org/0000-0002-5273-1900A tese analisa o processo histórico de formação da Comunidade Remanescente Quilombola do América (CRQ), no município de Bragança-Pará, na Amazônia paraense motivada pela desterritorialização de moradores (as) da vila do Cariperana, em face às divergências de opiniões, conflitos, interesses e redução da área em que viviam e se constituam socialmente no trabalho da agricultura e produção da farinha d’água. As duas comunidades estão localizadas no município de Bragança, nordeste do Estado do Pará, e as configuram no contexto das redes de significações territoriais, socioespaciais, socioculturais e políticojurídicas, instituídas pela Constituição Federal do Brasil, de 1988. A tese assume a abordagem da fonte da oral, que parte do princípio de que os discursos orais são passíveis de transformação em textos escritos que se tornam testemunhas (Meihy, Holanda, 2015). Assim, a pesquisa de campo empírico partiu da escuta das narrativas orais de pessoas moradoras (os mais velhos das duas vilas), indicando colaboradores e os guardiões da memória. Metodologicamente, a tese é referendada na perspectiva da História Social nos estudos de história e memória, memória e identidade. A análise histórica das duas vilas na constituição da comunidade quilombola é contextualizada a despeito da origem e as relações da presença do negro-africano e descendentes, visando evidenciar a formação distinta de suas historicidades. Analisa-se a constituição de uma nova territorialização a partir das políticas públicas de igualdade racial discutindo os movimentos diaspóricos em busca de melhores condições de vida e trabalho na Amazônia paraense por pessoas negras e seus descendentes, que deram origem à vila do Cariperana e vila do Américo. O campo teórico sobre processos de território, desterritorialização e nova territorialização são abordados em três perspectivas: histórico-temporal, espacial e simbólico com base na teoria de Haesbaert (2004; 2005). Na coleta de dados, a utilização da técnica da entrevista com os afrodescendentes que são descendentes do casal Gregório e Tereza, bem como da mulher Andreza. Participaram os (as) colaboradores Júlio Monteiro, Nezila, João Paulo, Orlandina e Manoel Carivaldo. As análises das categorias interpretativas a despeito da origem da população negra das duas vilas foram com base na teoria da história oral por Thompson (1992), assim como, o uso da representação gráfica dos símbolos do ‘genograma’ para explicitar as gerações familiares de ambas as vilas , indicando as descendências dos(as) colaboradores desta pesquisa. Os resultados da tese apontam reflexões sobre o território e os conflitos entre famílias, a relação social, econômica e cultural na atividade do trabalho com o plantio da mandioca e casa do forno, evidenciando a rede de significado territorial com a certificação de comunidades remanescentes quilombolas no contexto amazônico. A função social e cultural da presença da mulher como liderança no movimento de ocupação territorial, do reconhecimento étnico-racial da Comunidade Remanescente Quilombola do América ocorreram a partir da implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais conforme os dispositivos legais do Brasil. A tese, conclui que a vila do Cariperana e vila do Américo originaram a nova territorialização da Comunidade Remanescente Quilombola do América, assim como, as políticas de valorização da história e cultura do Continente África e Afrobrasileiro, que reconheceu ancestralidade do território em 2015 e em 2023 foi titulada.Tese Acesso aberto (Open Access) Do Grão-Pará à Amazônia: a invenção da região amazônica frente à centralização do Império brasileiro(Universidade Federal do Pará, 2023-07-27) SANTOS, Roberg Januário dos; SANJAD, Nelson Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/9110037947248805; https://orcid.org/0000-0002-6372-1185Esta tese de doutorado aborda a emergência da Amazônia como um recorte regional na nação brasileira durante a segunda metade do século XIX, sendo delineada, em grande medida, no campo político, sem perder de vista o intercâmbio de ideias, imagens e práticas à época relacionadas à economia local. Esta tese de doutorado se baseia nas contribuições teóricas da História dos Conceitos, implicando pensar na desnaturalização dos nomes e nos significados que eles assumem ao longo do tempo. Compôs o corpus documental desta tese uma gama de fontes históricas, merecendo destaque para os anais do Parlamento brasileiro. Este trabalho contribui para a compreensão da história do Brasil a partir da diferenciação regional e das relações de força entre o Império/Governo Central e as elites políticas ditas regionais, sobretudo as amazônicas. A partir do Segundo Reinado, intensificou-se o movimento para que as elites da Corte assumissem considerável peso político e econômico no cenário brasileiro, acompanhadas, por sua vez, pelas elites políticas baianas e pernambucanas, acarretando uma maior acentuação da diferenciação regional no país. Por outro lado, nas províncias banhadas pelo rio Amazonas, a economia da borracha ampliava-se em um contexto de reorganização política das elites após a Cabanagem. O cenário político e econômico criou a ambiência para que as elites amazônicas gestassem um regionalismo político em prol de seus interesses, de maneira a canalizar a percepção de “atraso” da região para a falta de atenção do Governo Central e de alcançar maior influência na política nacional, tida pelas províncias do Norte, inclusive as amazônicas, como dominada pelos interesses das províncias do Sul. Defendemos que esse movimento, perceptível a partir da década de 1870, acarretou novas configurações regionais e incentivou a construção de uma identidade política, expressa, principalmente, na substituição do nome pelo qual a região era identificada até então – Grão-Pará – por um novo nome: Amazônia. O argumento principal desta tese é o de que o regionalismo político das províncias banhadas pelo rio Amazonas, frente à centralização administrativa do Império brasileiro e em diálogo com as ideias da época, contribuiu decisivamente para a emergência da Amazônia como região diferenciada em termos territoriais, políticos e culturais.Tese Acesso aberto (Open Access) As drogas do sertão e a Amazônia colonial (1677-1777)(Universidade Federal do Pará, 2021-09-20) POMPEU, André José Santos; CHAMBOULEYRON, Rafael Ivan; http://lattes.cnpq.br/7906172621582952; https://orcid.org/0000-0003-1150-5912O presente trabalho é centrado na atividade econômica das drogas do sertão, consideradas como a principal atividade econômica da Amazônia durante o período colonial. Durante o século XX, se convencionou em boa parte da historiografia que essa atividade econômica estava sob um monopólio missionário, principalmente, dos integrantes da Companhia de Jesus. E que, após a expulsão dos jesuítas, essa predominância recaiu sob os povoamentos de índios criados durante o reinado de D. José I, quase como herdeiros diretos do monopólio jesuítico. A presente tese propõe uma revisão dessa perspectiva, buscando demonstrar a participação ativa de outros sujeitos nessa atividade econômica, sobretudo, os particulares. A partir da análise das fontes, é possível destacar a participação desses sujeitos na atividade das drogas do sertão, sendo que, em diversos momentos é possível visualizar a predominância desses particulares em detrimento tanto de missionários, quanto das canoas das povoações de índios. O presente trabalho está focado nas relações, exercidas na atividade das drogas do sertão, dentro da própria colônia, em um espaço, comumente, conhecido como Amazônia portuguesa.Tese Acesso aberto (Open Access) Emigrados do sertão: secas e deslocamentos populacionais Ceará-Piauí (1877-1891)(Universidade Federal do Pará, 2023-02-28) SILVA, Márcio Douglas de Carvalho e; LACERDA, Franciane Gama; http://lattes.cnpq.br/1007392320101957Na segunda metade do século XIX, algumas províncias do Norte do Império brasileiro enfrentaram sucessivas secas, que provocaram a migração da população residente nas áreas atingidas para outras onde se acreditava existirem recursos que possibilitariam a sobrevivência. No ano de 1877, iniciou-se uma seca no Ceará que se estendeu até 1879. No final da década de 1880, o fenômeno mais uma vez visitou as terras cearenses, deixando suas marcas visíveis, principalmente em 1888 e 1889. Nesses dois momentos, grande foi o deslocamento de homens e mulheres cearenses para outras províncias brasileiras, entre elas, a vizinha, Piauí, que em certa medida também já era afetada pela seca na forma de fenômeno climático, passando a experimentá-la também como produto social. O objetivo desta tese é analisar a migração de cearenses para o Piauí, entre os anos de 1877 e 1891, considerando esses deslocamentos um ato de protagonismo de homens e mulheres, pobres e ricos que empreenderam as jornadas migratórias como possibilidade de vencer as dificuldades impostas pela seca em seu local de origem, elegendo o Piauí como rota e também destino. Toma-se como base para o recorte de tempo, o ano em que o fluxo de cearenses passou a ser mais intenso em direção à província vizinha, até o início da década de 1890, quando ainda eram realizadas as práticas assistencialistas por meio dos socorros públicos, e já era possível encontrar cearenses constituindo novas famílias no Piauí. Entre as fontes definidas para a realização da pesquisa, estão os diferentes jornais editados no Piauí e no Ceará, além de relatórios, mensagens, discursos, atas, bem como ofícios e outros documentos da Comissão de Socorros Públicos. Com isso, na presente tese investiga-se o fato de que, para além dos fluxos migratórios ocorridos no Oitocentos, já conhecidos na historiografia, existiram outros destinos migrantes empreendidos pelos cearenses, entre eles o Piauí, que também foi afetado pelas secas, visto como um polo receptor, seja daqueles que a essa região se destinavam, à medida que ela oferecia melhores condições de sobrevivência que o Ceará, ou dos que estavam tentando uma travessia para o Maranhão e o Pará. Por ser intensa em muitas épocas, a migração trouxe para o Piauí o agravamento das consequências da seca, exigindo medidas de combate aos seus efeitos pelo governo local, que instituiu as Comissões de Socorros Públicos, promovendo o assistencialismo e deslocando parte dos migrantes para as frentes de trabalho, seja em obras públicas ou nos Núcleos Coloniais. Ao chegarem ao Piauí, os migrantes quase sempre encontravam dificuldades para sobreviver, porém, muitos conseguiram se estabelecer nessa região e não voltavam para o Ceará após o fim da seca. Desse modo, defende-se a tese da importância do Piauí nos contextos migratórios do século XIX, como um espaço receptor de migrantes cearenses e gerador de múltiplas experiências sociais.Tese Acesso aberto (Open Access) Emília Snethlage e Heloísa Alberto Torres: gênero, ciência e turismo na Amazônia do século XX(Universidade Federal do Pará, 2022-08-04) ALBERTO, Diana Priscila Sá; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267A presença das mulheres na história da ciência, em especial no mundo Ocidental, confunde-se com a própria constituição dessa área do saber, contudo, por muito tempo elas ficaram nas sombras da atuação masculina. A ciência histórica desde seu nascimento, demarcou o “homem” como o personagem central das narrativas e, mesmo que alguns estudiosos assinalassem que a mulher estava inclusa nesse ser histórico, o campo disciplinar da história as afastou do palco de formação sociocultural da humanidade. As viagens cientificas a partir do século XIX mostraram-se caminho rico para problematizar essa visão e sentidos dos seus silêncios, permitindo conexões interpretativas entre ciência, gênero e turismo. A história da participação feminina na história das ciências na Amazônia no século XX, focalizando a atuação e legado de duas mulheres cientistas, uma alemã e uma brasileira, Emília Snethlage (1868-1929) do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG e Heloísa Alberto Torres (1895-1977) do Museu Nacional do Rio de Janeiro – MNRJ, é a temática central dessa tese. Essas cientistas ao vivenciarem experiências em regiões do Brasil, especialmente na Amazônia, utilizaram-se de táticas para construir um caminho importante em suas áreas de atuação nas ciências naturais (ornitologia) e humanas (antropologia). As expedições por elas realizadas deixaram pistas importantes para a investigação da história do turismo na região, por apresentar elementos que compunham o fenômeno turístico moderno, tais como: hospedagem, alimentação e transporte. A partir dessa contextualização, o objetivo desse trabalho foi investigar, à luz dos estudos da história das ciências, do gênero e do turismo, a participação feminina desempenhada, em particular, por Emília Snethlage e Heloísa Alberto Torres, na construção do conhecimento científico na Amazônia no começo de século XX, adentrando em suas trajetórias profissionais, estratégias e seus respectivos universos. Com relação a problemática questionou-se qual a importância da atuação das mulheres na história das ciências no Brasil e como se deu a participação específica dessas cientistas na Amazônia? A pesquisa fundamentou-se em Edward P. Thompson com a História Social e suas reflexões sobre a experiência e as táticas no cotidiano; Carlo Ginzburg com a Micro-História ao adentrar nos indícios de outros caminhos feitos por elas; Michelle Perrot, Londa Schiebinger e Anne McClintock ao referendarem o papel da mulher no campo científico, ajudando a inquirir formas de colonialidade vivenciadas no cotidiano de vida e trabalho de Emília e Heloisa. No que tange aos estudos do turismo, dialogou-se com Paulo de Assunção, Alexandre Panosso Netto e Helena. Doris. A. B. Quaresma ao tratarem acerca da reflexão do fenômeno turístico e suas aberturas na história e pesquisa na Amazônia. O percurso metodológico rastreou pistas da atuação dessas mulheres da ciência no Museu Paraense Emílio Goeldi, Arquivo Guilherme de La Penha. Buscou-se também arquivos sobre Emília Snethlage em meio virtual na Biblioteca Nacional Digital e no Museu de Astronomia e Ciências Afins, onde foi encontrado acervo sobre Heloísa Alberto Torres. A pesquisa documental encetou em 2018 e foi até meados de 2022, principalmente por ambiente virtual, em virtude da pandemia de Covid-19. Para responder a problemática da tese, a pesquisa mapeou e analisou evidências em jornais, artigos produzidos por essas cientistas, cartas pessoais, institucionais e romances, que visibilizaram vivências e práticas dessas cientistas em suas instituições e no cotidiano de pesquisas na Amazônia. Com base nesses achados, a tese demonstra que Emília e Heloísa tiveram papel fundamental na construção da ciência na Amazônia, por suas ações e “sensibilidades de mundo”, numa época de plena hegemonia do domínio masculino no campo científico. Essas mulheres construíram suas trajetórias na ornitologia e na antropologia de forma que suas publicações e realizações científicas espraiaram-se para além de suas instituições, marcando espaço na história das ciências no Brasil e no exterior. Outrossim, as viagens revelaram novos rumos para se compreender o fenômeno turístico na região amazônica, já que se utilizaram de elementos constituintes da prática na atividade. Assim, contribuíram para pensar a emergência de uma nova epistemologia sobre viagens turísticas.Tese Acesso aberto (Open Access) Entre a nação e a região: os Institutos Históricos e Geográficos do Pará e do Amazonas na escrita da História do Brasil, a partir da Amazônia (1917-1953)(Universidade Federal do Pará, 2023-12-15) BARROS, Lucilvana Ferreira dos Santos; RICCI, Magda Maria de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4368326880097299; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231Esta tese de doutorado busca analisar a atuação dos Institutos Históricos e Geográficos do Pará e Amazonas e de seus membros na construção do campo historiográfico da Amazônia e sua integração à História do Brasil no contexto de 1917 a 1953, com vistas a compreender as intenções, estratégias e o contexto histórico em que esse campo funcionou, sobretudo na relação região e nação. Investigamos, a partir das revistas dos Institutos Históricos, estatutos, atas, cartas, correspondências, artigos de jornais, relatórios e os anais dos Congressos de História Nacional realizados pelo IHGB, obras, capítulos e artigos, a atuação dos institutos históricos e seus historiadores na construção do campo historiográfico regional. Teórico-metodologicamente, esta tese se baseia na teoria dos campos de Pierre Bourdieu, especialmente o conceito de Campo Intelectual e sua articulação com o Campo do Poder. A leitura inicial dos documentos e o aparato teórico e metodológico nos possibilitaram compreender a construção de um regionalismo histórico, disseminado por meio das publicações, do envio e recebimento de correspondências, participações em eventos, entre outros mecanismos, que privilegiavam acontecimentos, personagens e narrativas da história da Amazônia, especialmente as origens da região, as efemérides locais, regionais e nacionais, a biografia de nomes considerados exemplares, a economia amazônica, a história das cidades e dos estados, a cultura e a terra da Amazônia, dentre outros. A argumentação principal desta tese volta-se para demonstrar que a partir da formação de um campo historiográfico regional não ocorreu um processo de fechamento desse campo em torno da história da Amazônia, mas sim um processo de escrita da História do Brasil a partir da Amazônia. Assim, esta tese busca demonstrar que a História do Brasil não foi escrita unicamente sobre os desígnios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), mas foi também escrita a partir dos espaços regionais a partir da zona de contato entre a instituição matriz e suas congêneres, sobretudo em função das lutas de representações e negociações da intricada relação entre região e nação, vista a partir da historiografia.Tese Acesso aberto (Open Access) Entre as terras do Rio Branco e a Guiana Inglesa: relatos de viajantes sobre povos indígenas (1835-1899)(Universidade Federal do Pará, 2023-05-12) LAPOLA, Daniel Montenegro; SANJAD, Nelson Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/9110037947248805; https://orcid.org/0000-0002-6372-1185A tese se ampara na linha historiográfica de Peter Burke sobre a história cultural das representações e na história indígena para analisar os relatos de viajantes sobre os indígenas na região entre o extremo norte brasileiro e a Guiana Inglesa no século XIX. Trabalhamos os relatos do explorador prussiano Robert Hermann Schomburgk (1804-1865), do geólogo canadense Charles Barrington Brown (1839-1917), ambos a serviço da Royal Geographical Society da coroa britânica; em sequência, analisamos o viajante francês Henri Anatole Coudreau (1859-1899), em missão do Ministério da Marinha e das Colônias francesas e do governo do estado do Pará. Como objetivo central, analisei a relação dos viajantes junto aos indígenas, as alianças e estratégias utilizadas através da investigação científica para servir aos interesses demarcatórios e de ocupação de terras do país patrocinador do empreendimento na fronteira do extremo norte brasileiro com a Guiana Inglesa entre 1835-1899.Tese Acesso aberto (Open Access) Entre o TIbre e o Amazonas: a romanização serpenteia a igreja de Manaus (1916-1958)(Universidade Federal do Pará, 2023-09-11) SOARES, Elisângela Socorro Maciel; NEVES, Fernando Arthur de Freitas; http://lattes.cnpq.br/1491729914353266A tese intitulada “Entre o Tibre e o Amazonas: a romanização serpenteia a Igreja de Manaus (1916-1958)” apresenta um resgate histórico da trajetória da Diocese/Arquidiocese de Manaus, partindo da inquietação da relação Igreja/Estado, das ações do Episcopado e do Laicato durante a segunda e a terceira fases do processo de romanização, projeto que ganhou mais força durante o Papado dos Pios, aqui enfatizado nos governos de Pio XI (1922-1939) e Pio XII (1939-1958). As ações romanizantes são aqui visualizadas, em três capítulos, na administração do Episcopado dirigente da Igreja de Manaus, nas suas três fases diocesanas, sendo a primeira apresentada de forma introdutória, e na primeira fase arquidiocesana: Dom José Lourenço da Costa Aguiar (1894-1905) e Dom Frederico Benício de Sousa Costa (1907-1913), a primeira Fase do Episcopado; Dom João Irineu Joffily e Dom Frei Basílio Manuel Olímpio Pereira (1926 -1941), a segunda Fase do Episcopado; Dom João da Mata Andrade e Amaral (1941-1948) e Dom Alberto Gaudêncio Ramos (1949-1952), a terceira Fase do Episcopado; sendo este último elevado a Arcebispo pela mesma bula de elevação de Manaus a Arquidiocese, em 1952, constituindo a primeira fase arquidiocesana, até o início de 1958. O último capítulo, traz a outra face eclesiástica da Diocese/Arquidiocese, em consonância com o Episcopado e com as diretrizes da Santa Sé, o laicato, que assume um protagonismo diferenciado nesse período recortado pela tese, e, que no casso da Igreja de Manaus, foi dado visibilidade, para as duas de maior atuação: a Pia União das Filhas de Maria, com liderança expressiva de 1913 até a década de 1930; e a Ação Católica, que assumiu a liderança das associações católicas desta década em diante, e com seus setores atingindo diversas instâncias da sociedade. Assim, as duas faces eclesiais que compõem a Igreja de Manaus, são apresentadas historicamente, dentro do recorte, da problematização e do contexto trazidos por esta tese.Tese Acesso aberto (Open Access) Ernesto Cruz: um diálogo entre a história e a construção do patrimônio cultural no Pará (1940-1960)(Universidade Federal do Pará, 2023-03-31) TUTYIA, Dinah Reiko; HENRIQUE, Márcio Couto; http://lattes.cnpq.br/9096024504515280Esta tese analisa as contribuições do historiador paraense Ernesto Horácio Cruz para a preservação patrimonial no Pará. Seu nome, dentre as várias associações culturais paraenses as quais pertenceu, encontra-se sempre atrelado à direção da antiga Biblioteca e Arquivo Público do Estado do Pará (BAP) e ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), permanecendo sua face preservacionista, pouco evidenciada ao longo de sua trajetória de vida, exposta nos livros, em notas de jornais e homenagens, assim como nas falas de seus confrades. Porém, nos processos de tombamento de bens patrimoniais, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (IPHAN/PA), ao longo dos anos 1940 a 1960, sua figura encontra-se presente, fato que motivou a incursão da história da preservação patrimonial paraense a partir da figura de Ernesto Cruz. Este trabalho tem como finalidade compreender as práticas e o conjunto de ações operados por esse sujeito nas ações de patrimonialização das décadas iniciais de atuação do IPHAN no Brasil, logo, propõe um estudo histórico da política de preservação patrimonial paraense. Nesse sentido, a originalidade desta tese é apresentar a dimensão preservacionista de Ernesto Cruz, aspecto ainda não explorado no campo da Historiografia amazônica nem na Arquitetura. A partir de sua atuação enquanto delegado do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), Ernesto Cruz tornou-se uma figura fundamental no processo de institucionalização do patrimônio histórico no estado do Pará. A investigação encontra-se embasada em fontes do século XX, como a produção intelectual do historiador, o que inclui livros e artigos em jornais, além da documentação presente nos processos de tombamento do SPHAN e fontes que dialogam com os temas que emergiram do material, tais como a transformação da cidade, arquitetura e história de Belém.
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