Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano - PPGCMH/ICS
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano - PPGCMH/ICS por Linha de Pesquisa "AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO FUNCIONAL"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da sarcopenia e a sua associação com indicadores clínicos, funcionais e de qualidade de vida em pessoas idosas atendidas no ambulatório do hospital Universitário João de Barros Barreto(Universidade Federal do Pará, 2024-08-09) MORAES, Janine Brasil de Araújo; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-3115-2571; CARNEIRO, Saul Rassy Carneiro; http://lattes.cnpq.br/9162153771863939; https://orcid.org/0000-0002-6825-0239Introdução: O envelhecimento pode ser acompanhado por um declínio progressivo da massa, força e função muscular. Essa condição de saúde resultante é conhecida como sarcopenia, doença muscular que se desenvolve de forma progressiva e crônica. A sarcopenia relacionada à idade possui diversos fatores que aceleram esse processo e necessitam ser identificados e controlados para promover um bom prognóstico de saúde e qualidade de vida para a população idosa. Objetivo: Analisar a sarcopenia e a sua associação com indicadores clínicos, funcionais e de qualidade de vida em pessoas idosas atendidas no ambulatório do Hospital Universitário João De Barros Barreto. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, realizado no ambulatório de geriatria do HUJBB. Foram realizadas avaliações sociodemográficas e clínicas: avaliação da sarcopenia (SARC- Calf, avaliação da força de preensão manual, Bioimpedância Elétrica Tetrapolar (BIA) e Short Physical Performance Battery (SPPB)), avaliação de indicadores funcionais (Barthel, avaliação da força do quadríceps, avaliação do nível de atividade física (IPAQ) e presença de quedas em 60 dias) e avaliação da qualidade de vida (SF-12). Foi utilizado o algoritmo do Grupo de Trabalho Europeu de sarcopenia em idosos (EWGSOP2). Resultados: Avaliados 129 participantes (73% mulheres, p = 0,001), com média de idade de 75,4 anos e procedentes da capital (80,6%). Obtive-se 57% com risco de sarcopenia, prevalência de 27,1% de sarcopenia e 57,4% de sarcopenia grave, 36.4% apresentou quedas. A força de preensão manual (FPM) 18kg/f, massa muscular esquelética de 18,3kg; SPPB 9 pontos; Barthel de 58,8% dos participantes independentes; força do quadríceps de 14kg/f; IPAQ 38,8% com baixo nível de atividade física e SF-12 de 37,7 pontos para componente físico e 48,2 pontos mental. Observou-se associação entre a massa muscular esquelética apendicular (MMEA) e a a circunferência da panturrilha (CP), a idade, o SARC-Calf, a FPM e a qualidade de vida (componente físico) para homens (R2 ajustado 0,42 e p<0,05), bem como com a sarcopenia, classificada pela MMEA, com variáveis da BIA: resistência corporal, água corporal total na massa magra, massa magra e taxa metabólica basal para o homens (R2 ajustado 0,49 e p<0,05), e para mulheres, água intracelular e água corporal total no peso corporal (R2 ajustado 0,60 e p<0,05). Conclusão: Este estudo conclui que a CP, a idade, o rastreio do risco de sarcopenia, a FPM e a qualidade de vida se mostraram associadas à MMEA medida pela BIA. Para o diagnóstico da sarcopenia, houve associações distintas dos marcadores da BIA conforme ajustados para o sexo das pessoas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise Psicométrica da Versão Brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale (PFS-Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2024-04-24) SANTOS, Mayara do Socorro Brito dos; TORRES, Natáli Valim Oliver Bento; http://lattes.cnpq.br/1927198788019996; https://orcid.org/0000-0003-0978-211XIntrodução: Instrumentos de adequada psicometria são fundamentais para a qualidade das avaliações e reavaliações na prática clínica, norteadoras das tomadas de decisões sobre as condutas para a reabilitação. A Pittsburgh Fatigability Scale, originalmente publicada no idioma inglês, é a única escala validada para mensurar a fatigabilidade percebida em pessoas idosas. Considerando a importância desta ferramenta faz-se necessária a validação da sua versão traduzida para o português e para as especificidades do contexto brasileiro. Objetivo: Validar a versão brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale (PFS-Brasil) avaliando a validade em relação a medidas de atividade física, desempenho físico e cognitivo. Metodologia: 121 idosos saudáveis residentes na comunidade realizaram avaliação pela escala, testes de desempenho físico e cognitivo. Realizamos as análises estatísticas das subescalas física e mental da PFS-Brasil, utilizando coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para análise de confiabilidade, alfa de Cronbach para avaliação da consistência interna, correlação de Spearman para validade convergente, além de serem verificados a análise de concordância e efeitos teto e solo. O Statistical Package for Social Sciences 25.0 foi utilizado para análise dos dados. Resultados: As análises realizadas apontam que as subescalas física e mental apresentam confiabilidade teste-reteste satisfatórias considerando o CCI para as subescalas física (0,84; IC 95%: 0,80-0,88) e mental (0,83; IC 95%: 0,78-0,87), além de alta consistência interna (α = 0,84 e 0,82, respectivamente). Esses valores são indicativos de boa confiabilidade intraobservador, revelando baixa probabilidade de erro aleatório e sistemático. Os gráficos de Bland Altman apresentaram boa concordância para ambas as subescalas da PFS-Brasil. Para validade convergente, o maior escore físico mostrou associação moderada e o maior escore mental mostrou associação fraca com o menor desempenho físico (testes de caminhada de 6 minutos e na Bateria SPPB) e menor nível de atividade física (International Physical Activity Questionnaire – IPAQ); no desempenho cognitivo houve associação fraca entre o maior escore mental e a média de acertos no teste de flanker. Não foram observados efeito teto em ambas as subescalas, porém a subescala mental apresentou efeito solo (n= 24%). Conclusão: O presente estudo demonstrou que a versão brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale é um instrumento válido, consistente e confiável para avaliação da fatigabilidade percebida em idosos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos motores, funcionais e emocionais de indivíduos com sintomas vestibulares(Universidade Federal do Pará, 2024-03-01) MONTEIRO, Luiz Humberto Figueiredo; MORAES, Suellen Alessandra Soares de; http://lattes.cnpq.br/6278397231382779Indivíduos com sintomas vestibulares apresentam marcha instável, desequilíbrio e uma forma de mensurar o nível de desequilíbrio de um indivíduo é por meio da baropodometria, amplamente utilizada na prática clínica para mapear a área de pressão plantar por meio de registros gráficos e determinar os deslocamentos e oscilações do centro de pressão através da estabilometria. Além disso, o equilíbrio e ansiedade apresentam relação, pois dividem os mesmos circuitos centrais neurais. Assim, queixas psicológicas como ansiedade e depressão são frequentes em indivíduos com tontura. Dessa forma, o presente estudo tem o objetivo de analisar as características motoras, funcionais e emocionais de indivíduos com sintomas vestibulares. A análise da pressão plantar e do centro de pressão foi realizado através da baropodometria e da estabilometria em uma plataforma de força (BaroScan®, Londrina, Paraná, Brasil) e o software BaroSys, enquanto para a análise funcional utilizamos o teste Timed up and go (TUG) e o aspecto funcional do questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI) e para análise emocional o aspecto emocional do DHI. Verificamos que indivíduos com sintomas vestibulares apresentam pé plano, com valores de pressão máxima, pressão média, pressão máxima no mediopé e retropé e pressão média no retropé mais elevados quando comparados a pessoas sem sintomas vestibulares. Além disso, indivíduos com sintomas vestibulares tem redução da mobilidade funcional e maior risco de queda, além de apresentarem comprometimento da saúde emocional e mental, com sinais de ansiedade e sintomatologia depressiva de leve à moderada na maioria dos indivíduos quando comparado a indivíduos sem sintomas vestibulares.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Associação de obesidade sarcopênica, indicadores de composição corporal, de variabilidade da frequência cardíaca e de esforço no teste do degrau de seis minutos com a severidade da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono: Um estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2024-12-19) SOUZA, Leornado Brynne Ramos de; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0003-4683-9576; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571Introdução: A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é o distúrbio respiratório relacionado ao sono mais comum do mundo, com diferentes níveis de severidade. A literatura aponta que o aumento de gordura corporal pode aumentar o gasto energético, alterar a variabilidade da frequência cardíaca durante o sono e vigília, e impactar na gravidade da síndrome. Assim, há um maior o risco de catabolismo muscular, impactando negativamente a saúde celular, medida pelo ângulo de fase na bioimpedância elétrica. Contudo, existem poucos estudos que já ampliaram a avaliação da composição corporal quanto à obesidade sarcopênica nessa população. Além disso, os resultados de pesquisas vigentes também se mostram conflitantes ao analisar os impactos da severidade da SAOS no desempenho metabólico e físico durante os testes de esforço. Objetivo: Analisar a associação dos indicadores de composição corporal, de variabilidade da frequência cardíaca e de esforço no teste do degrau de seis minutos com a severidade da SAOS. Métodos: Estudo do tipo transversal de caráter quantitativo, que ocorreu entre dezembro 2023 e agosto 2024, com amostra única de 37 pessoas, idade média de 53,7 ± 13,8 anos, idade mínima 28 anos e idade máxima 78 anos, com diagnóstico de SAOS, confirmada por polissonografia tipo 1. A coleta dos dados foi realizada em duas fases: a) Repouso, utilizou-se a bioimpedância elétrica (Biodynamics BIA 450, Biodynamics Corporation, Washington, EUA) para coletar dados de composição corporal, a calorimetria indireta (Quark CPET, Cosmed, Itália) para coletar a taxa metabólica de repouso e as variáveis de domínio de tempo e frequência da variabilidade da frequência cardíaca pelo frequencímetro cardíaco (SmartLab, HMMGroup, Alemanha); b) Exercício, sendo utilizado o teste do degrau de 6 minutos com analisador de gases (Quark CPET, Cosmed, Itália) respiração a respiração para avaliar o esforço físico e metabólico. Para determinar a normalidade dos dados, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk, sendo a representação de dados normais por média e desvio padrão e para a representação de dados não normais por mediana e intervalo interquartílico. Para análise multivariada dos dados, utilizou-se a análise de componentes principais (PCA), empregando o algoritmo de rotação varimax para criação dos componentes. O valor reduzido de cada componente foi utilizado para realizar análise de regressão linear simples. Resultados: Foram avaliadas 37 pessoas com SAOS (54,05% homens), IMC 31,1 ± 5,31 kg/m2 e IAH 31,3 (11,3-61,6). A análise de PCA criou 6 componentes principais (CP), sendo esses: 1° CP: composição corporal; 2° CP: saúde celular; 3° CP esforço físico; 4°CP razões ventilatórias; 5° CP: estimulação simpatovagal; 6° CP: estimulação simpatovagal (muito baixa frequência). O componente de indicadores de composição corporal (IMC, circunferência cervical, taxa metabólica de repouso, resistência e capacitância do corpo) foi associado a maiores IAH, (F [3,32] = 3,05; p = 0,01), com valor de r2 ajustado de 0,22. Conclusão: A composição corporal está associada à severidade da SAOS, enquanto os componentes de saúde celular, esforço físico, razões ventilatórias, estimulação simpatovagal e estimulação simpatovagal de muito baixa frequência não estiveram associados com a severidade da síndrome.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Associação entre características clínicas, funcionais e psicossociais com o risco de cronicidade dos sintomas em pacientes com dor lombar crônica não específica(Universidade Federal do Pará, 2024-10-20) SILVA, Lucas Yuri Azevedo da; MAGALHÃES, Maurício Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7766377002832983; https://orcid.org/0000-0002-7857-021XIntrodução: A dor lombar é considerada a principal causa de incapacidade ao redor do mundo. A sensibilização central é um dos mecanismos que explica como a desregulação no sistema nervoso central pode modular a cronicidade da dor lombar, porém não é claro como as variáveis clínicas, funcionais e psicossociais estão associadas com a estratificação do risco de cronificação da dor lombar. Objetivo: Verificar a associação entre o baixo risco e o alto risco de cronicidade dos sintomas com os achados clínicos, funcionais e psicossociais em pacientes com dor lombar crônica não específica. Método: Trata-se de um estudo do tipo transversal, aplicado em pessoas com dor lombar crônica não específica, que seguiu as recomendações do The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) e que ocorreu entre abril de 2023 e junho de 2024. Foram utilizadas a escala de intensidade da dor Numerical Pain Rating Scale (NPRS) e o algômetro de pressão da marca INSTRUTHERM DD2000 20K para avaliar a intensidade e o limiar de dor; o questionário de Incapacidade de Roland-Morris (QRM) para avaliar a incapacidade funcional; o questionário Start Back Screening Tool (SBST) para estratificação do risco de cronicidade; a escala de catastrofização da dor (ECD), a escala tampa de cinesiofobia (ETC) e a Escala hospitalar de ansiedade e depressão (EHAD). A estatística descritiva foi realizada e foram conduzidas para testes de correlação entre as estratificações de cronicidade do SBST e os escores dos instrumentos de avaliação. Além disso, análises de regressão multinominal também foram utilizadas. Resultados: 150 participantes foram incluídos na análise. Na correlação entre o baixo risco de cronicidade e os parâmetros clínicos, funcionais e psicossociais, as variáveis com diferença estatística e correlações negativas e moderadas foram o QRM (r= -0,40), a ECD (r= - 0,48). As correlações entre o alto risco de cronicidade significativas, positivas e moderadas foram o QRM (r= 0,40) e a ECD (r= 0,48) e as positivas e fracas foram ETC (r= 0,39) e EHAD (r= 0,27). Além disso, na análise de regressão multinominal entre o alto risco e o baixo risco de cronicidade apresentou a incapacidade funcional como um preditor significativo para o risco elevado de cronicidade. Para cada aumento de uma unidade no questionário de incapacidade, a chance de estar no grupo de alto risco de cronicidade aumentou em 8,8% (OR = 1,088, IC 95%: 1,003 - 1,181, p = 0,043). Além disso, a catastrofização, também, foi um preditor significativo. Cada unidade adicional no escore de catastrofização aumentou a chance de ser classificado no grupo de alto risco de cronicidade em 10,0% (OR = 1,100, IC 95%: 1,049 - 1,154, p < 0,001). O modelo apresentou um intercepto significativo (β = -4,621, p < 0,001), indicando que, na ausência dos fatores preditores, a probabilidade de estar no grupo de alto risco de cronicidade é extremamente baixa (OR = 0,009, IC 95%: 0,002 - 0,043). Conclusão: Diante disso, os resultados sugerem que a probabilidade de apresentar um alto risco de cronicidade em relação ao baixo risco de cronicidade, foi de 36,8% e pode ser explicado pela incapacidade funcional e pela catastrofização da dor.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico durante o uso de educador vaginal inovador: estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2022-11-08) DUARTE, Natália de Souza; MELO NETO, João Simão de; http://lattes.cnpq.br/1547661999153615; https://orcid.org/0000-0002-4681-8532O assoalho pélvico necessita de uma estrutura anatômica íntegra devido às suas múltiplas funções. Por isso, são necessários equipamentos inovadores para o aprimoramento dessa estrutura. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do uso do educador vaginal inovador iGeni sobre a atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico, além de analisar as diferentes posições do quadril e fatores de interferência como faixa etária, partos, atividade sexual, incontinência urinária e menopausa. Para isso, foi desenhado um estudo transversal, composto por 30 mulheres, que foram avaliadas pelos instrumentos: ficha de avaliação, International Consultation On Incontinence Questionnaire - Short Form e Eletromiografia de superfície. Os achados coletados foram: RMS do período de 5 segundos da contração, valores de pico RMS, valores da área, %CVM (RMS normalizado pelo pico do sinal) e frequência mediana. Esses achados foram comparados sem e com o uso do iGeni, nas posições pélvicas de anteversão, neutra e retroversão. Os resultados evidenciaram que o uso do iGeni aumentou a atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico na posição neutra. Mulheres em condições de maior tendência a disfunções dessa musculatura também se beneficiaram, aumentando a atividade bioelétrica em condições específicas. Concluiu-se então, que este equipamento inovador de biofeedback foi eficaz no maior recrutamento de fibras musculares e que tem maior efetividade na posição neutra do quadril, podendo ser um aliado eficaz no treinamento desta musculatura.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atividade física, qualidade do sono e fatores associados à capacidade para o trabalho de fisioterapeutas da linha de frente contra a COVID-19(Universidade Federal do Pará, 2021-06-28) MORAES, William Rafael Almeida; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19 ressaltou a importância da fisioterapia para controle e prevenção de complicações pulmonares e musculoesqueléticas, com destaque para a especialidade Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva. Entretanto, as exigências físicas e mentais requeridas pelo trabalho na linha de frente, bem como as mudanças no estilo de vida frente à pandemia, podem ter interferido negativamente na capacidade para o trabalho dos fisioterapeutas. OBJETIVO: Associar o nível de atividade física, a qualidade do sono e os fatores demográficos e ocupacionais com a capacidade para o trabalho de fisioterapeutas na linha de frente contra a COVID-19. MÉTODOS: Estudo do tipo analítico, transversal e quantitativo. Fisioterapeutas brasileiros atuantes na linha de frente contra à COVID-19 responderam a um questionário online que agrupou quatro instrumentos: a) dados demográficos, ocupacionais e de estilo de vida; b) o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ); c) o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI); d) o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Os dados foram analisados e apresentados em estatística descritiva (valores absoluto e relativo, média, desvio-padrão) e associações entre os resultados de ICT e as variáveis independentes, conferindo significância quando p ≤ 0.05. Utilizou-se o software estatístico R versão 4.0.0. RESULTADOS: Obteve-se respostas de todas as regiões do Brasil. Não houve associação entre a capacidade para o trabalho e o nível de atividade física, porém a inadequada capacidade para o trabalho foi associada à má qualidade do sono (p < 0.001) e os valores de ICT e PSQI apresentaram correlação negativa significante (r = -0.340; p < 0.001). Na análise ajustada, a capacidade para o trabalho apresentou associação com sexo feminino (p = 0.018) e com o diagnóstico clínico de COVID-19 pregresso (p < 0.001). CONCLUSÃO: Em tempos de pandemia, a redução da capacidade para o trabalho está associada à má qualidade do sono, mas não ao nível de atividade física entre fisioterapeutas da linha de frente contra a COVID-19. Os resultados alertam sobre o potencial impacto do sono sobre o trabalho dos profissionais que lidam com a saúde da população, ressaltando a necessidade de estratégias de suporte à saúde ocupacional dos fisioterapeutas, especialmente em períodos de crise de saúde pública.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da força muscular isocinética em mulheres no pós operátorio de câncer de mama(Universidade Federal do Pará, 2025-01-16) BRANDÃO, Rayane de Nazaré Monteiro; CARNEIRO, Raul Rassy; http://lattes.cnpq.br/9162153771863939; https://orcid.org/0000-0002-6825-0239O câncer de mama (CM), consiste em uma neoplasia que se desenvolve a partir da associação entre a influência de mutações genéticas e fatores epigenéticos e tem um impacto significativo na saúde física e emocional das pacientes. O tratamento cirúrgico, incluindo mastectomia e cirurgia conservadora, pode resultar em alterações na função muscular, particularmente nos membros superiores, afetando a qualidade de vida (QV) das mulheres sobreviventes. Analisar a força muscular em pacientes pós-cirurgia de CM, utilizando a dinamometria isocinética para avaliar os movimentos do ombro ipsilateral e contralateral à mama operada é de extrema importância. Este é um estudo, transversal e observacional, foi realizado com 37 mulheres pós- cirurgia oncológica de mama. A força muscular foi avaliada por dinamometria isocinética, considerando movimentos de flexão, extensão, rotação interna e rotação externa do ombro, com velocidade de 60º/s. A análise estatística utilizou o software STATA 18.0, com testes t e Kruskal- Wallis para comparar os índices de pico de torque (PT) e trabalho total (TT) entre os membros. Os resultados indicaram que, em geral, não houve diferenças significativas entre o membro envolvido e o não envolvido para os movimentos de flexão, extensão, rotação interna e rotação externa, tanto para o índice de trabalho quanto para o pico de torque. A rotação interna apresentou uma tendência de diferença, mas não alcançou significância estatística. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na força muscular entre os membros envolvidos e não envolvidos na cirurgia. No entanto, a mastectomia radical foi associada a maiores picos de torque em todos os movimentos, especialmente na rotação externa, indicando que o tipo de cirurgia pode impactar na força muscular. A análise revelou ainda que a força na flexão do ombro estava relacionada a uma melhor QV, porém a fadiga não apresentou correlação significativa. A reabilitação pós-cirúrgica deve levar em consideração essas diferenças de função muscular e os impactos da cirurgia, visando otimizar a recuperação e melhorar a qualidade de vida das pacientes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da função neuromuscular e estresse oxidativo de pessoas com doença renal crônica no início do tratamento hemodialítico(Universidade Federal do Pará, 2023-04-05) ALMEIDA, Clara Narcisa Silva; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571Introdução: A crônica (DRC) frequentemente evolui de forma silenciosa em diferentes estágios, sendo o estágio 5 o mais avançado e grave, geralmente necessitando de terapia renal substitutiva. Conforme a doença progride, as alterações metabólicas resultantes da redução da função renal podem acarretar desordens neuromusculares e redução do desempenho funcional nessa população. Objetivos: Avaliar a função neuromuscular e o estresse oxidativo em pessoas em transição não planejada para o estágio 5 da DRC no início da hemodiálise. Métodos: Estudo transversal, avaliando a função neuromuscular (capacidade funcional [teste de sentar e levantar de 1 minuto], força muscular periférica [dinamometria isométrica de membros inferiores], força muscular respiratória [manovacuometria] e excitabilidade neuromuscular [teste de eletrodiagnóstico de estímulo],) e estresse oxidativo (malondialdeído) em pessoas em transição não planejada para o estágio 5 da DRC, hospitalizadas e que iniciaram hemodiálise em caráter emergencial (grupo DRC) em comparação a pessoas sem DRC (grupo controle) e sua associação. Resultados: Vinte e quatro participantes, 14 no grupo controle sem DRC (42 ± 12 anos) e 14 no grupo DRC (53 ± 18 anos), foram avaliados. O grupo DRC, comparado aos controles sem DRC, apresentou comprometimento na capacidade funcional (13.8 ± 4.9 vs 36.7 ± 9.1 repetições, p < 0.001), na força muscular periférica de membros inferiores (extensores de joelho [12.3 ± 4.6 vs 23.5 ± 9 kgf], flexores de joelho [11.3 ± 3.2 vs 17.8 ± 4.3 kgf], dorsiflexores [8.7 ± 2.8 vs 16.7 ± 4.3 kgf] e flexores plantares [11.2 ± 2.5 vs 16.6 ± 4.4 kgf], todos p < 0.001), na força muscular expiratória (60 ± 23 vs 83 ± 27 cmH2O, p = 0.02) e na excitabilidade neuromuscular (cronaxia do vasto lateral, 654 ± 230 vs 415 ± 190 μs, p = 0.008; cronaxia do tibial anterior, 600 [500 – 1000] vs 400 [300 – 400] μs, p = 0.001). Força muscular inspiratória (-70 ± 33 vs -87 ± 29 cmH2O, p = 0.7) e estresse oxidativo (3.51 ± 1.13 vs 3.53 ± 0.92 nmol/ml, p = 0.95) não apresentaram diferenças significantes. No grupo DRC, a capacidade funcional foi influenciada apenas pela força muscular periférica, enquanto a força muscular expiratória e a capacidade funcional demonstraram influência sobre a força muscular periférica. Conclusão: Pessoas em transição não planejada para o estágio 5 da DRC que iniciaram hemodiálise em caráter emergencial apresentam alteração na função neuromuscular. Os achados deste estudo podem direcionar tanto estratégias de rastreio e monitoramento de deficiências neuromusculares quanto o planejamento de reabilitação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da potência vertical de membros inferiores em pessoas com Parkinson(Universidade Federal do Pará, 2024-12-23) SILVA, Vinicius Baia; MONTEIRO, Elren Passos; http://lattes.cnpq.br/0920248966438368; https://orcid.org/0000-0001-7757-6620A doença de Parkinson (DP) é considerada neurodegenerativa, polissomática e idiopática, que acomete o sistema nervoso central, mais precisamente os neurônios dopaminérgicos dos núcleos da base. As desordens neurais da doença acarretam declínios neuromusculares, como redução nas respostas dos motoneurônios, nos disparos dos potenciais de ação, recrutamento muscular, potência, força e massa muscular. A potência muscular é fundamental na iniciação de movimentos, e o seu declínio implica em fragilidades, riscos de quedas, maior dependência e baixa qualidade de vida. Nesse contexto, é relevante avaliar a potência muscular em pessoas com Parkinson (PcP). No entanto, a utilização de equipamentos de alto custo, de difícil transportabilidade e manuseio apresentam desafios para a realização de avaliações clínicas nessa população. A avaliação da potência vertical dos membros inferiores permite interpretar mecanismos biomecânicos, como força, velocidade e potência. Clinicamente, a análise desses aspectos na doença de Parkinson é essencial para estratégias de reabilitação que enfatizem a manutenção e o aprimoramento desses componentes. A literatura reporta que aplicativos móveis são uma alternativa aos instrumentos específicos (por exemplo, células fotoelétricas, goniômetros). No entanto, é necessário testar a reprodutibilidade e concordância desses instrumentos em populações com declínios motores significativos, como indivíduos com doença de Parkinson (DP). Objetivo: Descrever a potência vertical de PcP por meio do desempenho do salto vertical countermovement jump (CMJ) e avaliar a concordância nas medições de desempenho dos saltos por diferentes avaliadores (intra-avaliadores) e entre equipamentos (inter-instrumentos): um tapete de contato para saltos verticais e um aplicativo para dispositivos móveis My Jump 2®. Métodos: Participaram 19 PcP acima de 40 anos (15 homens e 4 mulheres), em estadiamento da DP entre 1 a 3 de acordo com a Escala Hohn & Yearh. Os participantes realizaram avaliações clínicas de: rastreio cognitivo, anamnese, e monitoramento da doença. Nas avaliações antropométricas, utilizamos um estadiômetro, balança digital e trena antropométrica. Para a avaliação de desempenho, utilizamos o teste de saltos verticais CMJ, que foram registrados simultaneamente pelo tapete de contato para saltos verticais e pelo aplicativo My Jump 2® instalado em um smartphone IOS versão 17.2, com gravação em 240 Hz e 1080 HD. Os voluntários foram orientados a realizar 3 saltos consecutivos, com intervalo de 120 segundos entre cada salto. Para a análise estatística, foi utilizado o teste de estatística descritiva para caracterização da amostra e posteriormente um ajuste de um modelo misto para avaliar a diferença entre as medições. Em seguida, a técnica de Bootstrap com 10.000 reamostragens foi aplicada para calcular os limites de concordância, e foram gerados histogramas para visualizar a distribuição do Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC). Por fim, gráficos de Bland-Altman foram criados para visualizar a concordância entre os avaliadores e instrumentos. Todas as análises foram realizadas no software R. Resultados: Como resultados, os valores de ICC= 0,952 entre avaliadores e ICC= 0,948 entre instrumentos indicam uma correlação muito forte intra-avaliadores e inter- instrumentos. Em ambas as análises os limites do intervalo de confiança foram próximos, com pouca variação nas estimativas e confiabilidade do ICC. Nas análises de de Bland-Altman houve concordâncias e consistências entre avaliadores e instrumentos, com vieses de 0,36 cm entre avaliadores e -1,3 cm entre instrumentos. Conclusão: Os nossos resultados sugerem que o aplicativo My Jump 2® é uma ferramenta alternativa para a avaliação da potência de membros inferiores, por meio do teste de saltos verticais CMJ em pessoas com Parkinson.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Câncer de mama: aspectos epidemiológicos sobre a mortalidade e os efeitos da fisioterapia na sintomatologia e amplitude de movimento(Universidade Federal do Pará, 2021-04-07) COSTA, Thalita da Luz; MELO NETO, João Simão de; http://lattes.cnpq.br/1547661999153615; https://orcid.org/0000-0002-4681-8532INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o câncer mais diagnosticado, e a causa de morte por câncer mais comum, em mulheres no mundo. Apesar do avanço do tratamento, ainda são muitas as complicações associadas. OBJETIVO: analisar a influência dos fatores sociais, demográficos, dos procedimentos para rastreamento e da cobertura populacional da atenção básica sobre a mortalidade por câncer de mama no Brasil, e verificar o efeito da fisioterapia na sintomatologia clínica e na amplitude de movimento em mulheres submetidas à mastectomia com linfadenectomia axilar, após quimioterapia e radioterapia. MÉTODO: Foram analisados dados secundários disponíveis e de open access, do Departamento de Informação e Informática do SUS, SIDRA (Sistema IBGE de Recuperação Automática) e eGestor AB (Informação e Gestão de Atenção Básica). Também foram analisados os prontuários de 25 mulheres (idade média 55 ± 14 anos) após tratamento cirúrgico de mastectomia com linfadenectomia axilar para diagnóstico de câncer de mama. Os sinais e sintomas avaliados foram dor, sensibilidade, síndrome da mama fantasma, braço pesado e inchado, linfedema e síndrome da teia axilar. A amplitude de movimento de flexão, abdução, rotação interna e rotação externa da articulação glenoumeral também foi avaliada. RESULTADOS: Observou-se que a taxa de mortalidade é maior em mulheres pardas; nas regiões Sudeste e Sul; e cresce com o aumento da idade. A região Norte possui menor mortalidade e menor sobrevida. A taxa de mortalidade não apresentou redução com o aumento da cobertura da atenção primária à saúde e do número de procedimentos de biópsia. No entanto, a taxa reduziu com a maior execução de análise citopatológica. Além disso, a fisioterapia contribuiu para a redução da dor decorrente do tratamento clínico-cirúrgico do câncer de mama, e promoveu aumento da amplitude de movimento da articulação glenoumeral. CONCLUSÃO: A cobertura de serviços de saúde e o número de procedimentos de triagem não apresenta correlação com a taxa de mortalidade do câncer de mama e a fisioterapia colabora na melhora da dor e da amplitude de movimento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Determinantes de sarcopenia e fragilidade em pessoas com Parkinson no contexto amazônico(Universidade Federal do Pará, 2025-03-26) SANTOS, Ana Carla de Matos; MONTEIRO, Elren Passos; http://lattes.cnpq.br/0920248966438368; https://orcid.org/0000-0001-7757-6620Introdução: O envelhecimento é um processo natural caracterizado pela perda progressiva da função dos tecidos e órgãos, aumentando a predisposição a diversas doenças, incluindo a Doença de Parkinson (DP). Dentre as condições associadas à DP, a sarcopenia e a fragilidade destacam-se como síndromes geriátricas relevantes. A sarcopenia é definida pela redução progressiva da massa, força e função muscular, enquanto a fragilidade caracteriza-se por maior vulnerabilidade a estressores, impactando a reserva fisiológica e a capacidade funcional. Apesar de conceitos distintos, ambas compartilham mecanismos fisiopatológicos, como inflamação crônica, estresse oxidativo e degeneração neuromuscular, afetando a potência muscular. A ausência de instrumentos acessíveis e padronizados para o rastreio dessas síndromes geriátricas em ambientes clínicos representa um desafio, especialmente quando se considera a aplicabilidade desses métodos em diferentes contextos sociodemográficos, como na Região Amazônica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o perfil de sarcopenia e fragilidade, bem como as possiveis associações com parâmetros clínicos da DP e aspectos sociodemográficosem pessoas com Parkinson (PcP) residentes na comunidade de um Estado da região Amazônica. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e analítico, incluindo PcP acima de 40 anos, de ambos os sexos. Inicialmente foi realizada uma anamnese para coleta de dados sociodemográficos, seguido da utilização de instrumentos como SARC-Calf e Short Physical Performance Battery (SPPB) para rastreio da sarcopenia e Fenótipo de Fried para rastreio da fragilidade. A potência vertical foi analisada pelo aplicativo My Jump 2, utilizando parâmetros como altura de salto, tempo de voo, velocidade de saída, força e potência. Para análise estatística foi usado o coeficiente de correlação de Spearman para identificar possíveis associações entre sarcopenia e fragilidade com variáveis clínicas e sociodemográficas. Após isso, foi conduzida uma regressão logística para avaliar se a massa corporal constituía um preditor para a sarcopenia. Em relação à fragilidade, nenhum dos preditores foram significativos. Todas as análises foram feitas utilizando o software SPSS (IBM, Greenville, SC) versão 25.0. Resultados: Foram avaliadas 24 pessoas com Parkinson (PcP), sendo 83,3% do sexo masculino, com média de idade de 66,35 anos e residentes na companhia do cônjuge e filhos (37,5%), estratificados em grupos sarcopênicos (29,2%) e não sarcopênicos (70,8%). Foi observada associação entre sarcopenia e massa corporal (OR = 1,438; IC = 1,045 – 1,980). Em relação à fragilidade, a prevalência foi inferior à relatada na literatura, possivelmente devido ao tamanho reduzido da amostra. Conclusão: Este estudo concluiu que a massa corporal foi um preditor de risco para a sarcopenia em PcP e que o perfil dessa amostra foi majoritariamente masculino, com maior ocorrência de quedas no estágio 2 da DP e com alta prevalência de pré- fragilidade. Apesar da ausência de outros preditores significativos para sarcopenia e fragilidade, os achados ressaltam a necessidade de padronização clínica e critérios diagnósticos universais, considerando aspectos sociodemográficos regionais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dor Musculoesquelética na Coluna Vertebral em Crianças e Adolescentes: uma análise de rede(Universidade Federal do Pará, 2024-08-27) GOMES, Marcella Veronnica Pereira; MAGALHÃES, Maurício Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7766377002832983; https://orcid.org/0000-0002-7857-021XIntrodução: A dor musculoesquelética é comum em crianças e adolescentes com prevalência variando de 4 a 40%. Os sintomas relacionados a dores nas costas ocupam o 5o lugar em termos de anos vividos com incapacidade em crianças entre 10 e 19 anos de idade, afetando cerca de 2.443.170 milhões de pessoas. Além disso, é associada a altos custos em saúde, podendo desenvolver dor persistente na idade adulta. Objetivo: Analisar a relação de dor musculoesquelética na coluna vertebral em crianças e adolescentes por meio de abordagem em rede. Métodos: A população do estudo é constituída por crianças e adolescentes de ambos os sexos, com matrícula regular no ensino fundamental e médio. Foram incluídos crianças e adolescentes de ambos os sexos entre 10 a 16 anos. Foi utilizado Instrumento de Avaliação de Dor nas Costas e Postura Corporal (BackPEI-CA) e o algômetro de pressão da marca Instrutherm, modelo DD-500 para avaliar a intensidade e o limiar de dor, respectivamente. Os dados foram tabulados e para a análise estatística foi utilizado JASP. Foi realizada uma análise de rede (Network Anal.ysis) para investigar as relações descritivas entre fatores individuais e de contexto com sintomas autorrelatados de dores nas costas e cervicais. Resultados: 185 participantes foram incluídos na análise. A análise de rede observou que a variável 'Dor Lombar' esteve negativamente correlacionada com 'Histórico de Dor Familiar' (-0.14) e positivamente correlacionada com 'Sexo' (0.19) e 'Dor Cervical' (0.12). A 'Posição ao Sentar-se ao Utilizar Celular/ tablet' apresentou uma correlação negativa com 'Dor Cervical' (-0.19). Foi observada uma correlação negativa entre 'Sexo' e a prática de 'Atividade Física Fora da Escola'. As métricas de centralidade apontaram que 'Idade' (betweenness = 1.420). e 'Sexo' (betweenness = 1.278) tiveram os maiores valores de intermediação. Conclusão: O estudo conclui que o sexo é uma variável significativa na dor nas costas em crianças e adolescentes, com maior prevalência entre meninas, possivelmente devido à maturação sexual e menores níveis de atividade física em comparação aos meninos, que são mais ativos. Além disso, a dor é influenciada por posturas inadequadas ao escrever na escola e ao usar dispositivos eletrônicos. No entanto, os resultados devem ser interpretados com cautela devido às limitações da análise.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito agudo do HIIT e do alongamento no controle inibitório, desempenho matemático e na variabilidade da frequência cardíaca: Um ensaio randomizado e cruzado(Universidade Federal do Pará, 2021-07-01) MODA, Tomé Edson dos Reis; COSWIG, Victor Silveira; http://lattes.cnpq.br/0097939661129545; https://orcid.org/0000-0001-5461-7119O Treinamento Resistido (TR) é uma modalidade que tem alta aplicabilidade e eficiência em contextos físicos, clínicos e funcionais. Nesse sentido, com o avanço científico nessa modalidade, uma série de recomendações de manipulação de variáveis e dosagem do TR surgiram para diferentes finalidades e população. No entanto, não está claro como essas diretrizes de prescrição do TR afetam a responsividade que, por sua vez, caracteriza-se capacidade particular de um indivíduo em responder/beneficiar-se de uma intervenção, para uma determinada medida. Portanto, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão sistemática para investigar o efeito do TR na responsividade de adultos saudáveis, em variáveis de força, potência, funcionalidade e hipertrofia muscular, a partir da taxa de prevalência. Foram considerados apenas ensaios clínicos randomizados, em língua inglesa, indexados nas bases de dados PubMed/MEDLINE, SCOPUS, EMBASE e SPORTDiscus, publicados até junho de 2021. O estudo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), identificado pelo código CRD42021265378. Após o processo de seleção dos estudos, foi analisado o risco de viés por meio da ferramenta ROB2 da Chrocrane. Após a estratégia de busca, 3033 estudos foram encontrados e, mediante o processo de triagem, 14 estudos foram selecionados para análise sistemática, totalizando 1056 sujeitos. Somente dois estudos apresentaram baixo risco de viés.Quanto a efetividade do TR, a margem de prevalência para indivíduos não- responsivos, em relação a força muscular foi de 0% a 44%, para hipertrofia 0% e 84% e funcionalidade 0 a 42%, enquanto, para potência muscular, apenas um estudo investigou taxa de responsividade e relatou 37%. Portanto, percebe-se que alterações para hipertrofia muscular podem ser menos sensíveis ao TR, comparada as outras variáveis. Maior volume de TR mostrou ser mais efetivo em todas as variáveis, contudo, a intensidade pode ser fator chave para responsividade de força e funcionalidade. No entanto, é importante ponderar aspectos metodológicos e estatísticos ao analisar desfechos em responsividade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito do exercício físico na força muscular, massa muscular e desempenho físico em pessoas sarcopenicas com câncer: uma revisão sistemática(Universidade Federal do Pará, 2024-12-20) GUEDES, Laerte Jonatas Leray; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571O câncer é a principal causa de sarcopenia secundária, representando um problema crescente entre pessoas com diagnóstico de câncer. Essa condição está associada a desfechos desfavoráveis tanto em relação à progressão da doença quanto aos diversos tipos de tratamento oncológico. O exercício físico, é recomendado por diversos guidelines para pacientes oncológicos. No entanto, os guidelines não apresentam recomendações específicas para a sarcopenia, e poucas revisões sistemáticas exploraram esse tema. Além disso, o efeito exercício físico para melhorar sarcopenia (força muscular, massa muscular e desempenho físico), em pacientes com câncer, ainda não está completamente elucidado. Objetivo: Verificar efeito do exercício físico na força muscular, massa muscular e desempenho físico em pessoas sarcopenicas com câncer. Materiais e métodos: O estudo é uma revisão sistemática, utilizamos para critério de inclusão o acrônimo PICOS, população: pacientes adultos com diagnóstico de câncer com diagnóstico de sarcopenia; Intervenção: exercício físico isolado ou associado a outras intervenções; controle: pacientes em cuidados usuais, ausência de tratamento ou sem exercício físico; desfecho: força muscular, massa muscular e desempenho físico; Tipos de estudos: ensaios clínicos randomizados controlados. As bases de dados utilizadas foram Pubmed, Excerpta Medica database (EMBASE), Cochrane (CENTRAL), Physiotherapy Evidence Database (PEDro), Literatura Latino-americana e do Caribe de Saúde em Ciências da saúde (LILACS), Cumulative Index to Nursing and Allied. Health Literature (CINAHL) e, SPORTDiscus. Para literatura cinzenta foram verificadas o Clinical trials.gov, Proquest, Catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, sem limite de idioma e tempo. As buscas foram até 10 de outubro de 2024. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado pela Cochrane Risk of Bias Tool 2 e o nível da evidência pelo Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation. A síntese qualitativa (narrativa) foi realizada na revisão apresentando as medidas de efeitos extraídas dos estudos individualmente. Resultados: Foram incluídos oito ensaios clínicos randomizados controlados. Três estudos demonstraram efeito no índice de massa muscular esquelética a favor do exercício resistido (MD= 0,32 Kg/m2, IC 95% [0,04; 0,60), exercício resistido e aeróbico no índice de massa muscular esquelética apendicular (MD= 2,4 Kg/m2, IC 95% [4,1; 1,30]) e exercício resistido associado suplementação proteica (MD= 0,03 Kg/m2, IC 95% [0,1 0,5]). Não houve diferenças entre grupo intervenção e controle para as variáveis força muscular e desempenho físico. Os estudos inclusos apresentaram risco de viés com algumas preocupações e alto risco. Adicionalmente todos os desfechos receberam baixo nível de evidência no GRADE. Conclusão: Apesar do exercício parecer seguro e três artigos apontarem um possível efeito na massa muscular, os estudos não tinham a sarcopenia como um desfecho primário, apresentando prevalências <50% de sarcopênicos em 7 estudos. Assim, ainda existe uma carência de evidências sobre a real efeito do exercício físico na sarcopenia em pacientes com câncer.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Os efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua na dupla tarefa de indivíduos com doença de Parkinson: uma revisão sistemática(Universidade Federal do Pará, 2022-10-31) ARAÚJO, Ana Paula Monteiro de; ALVES, Erik Artur Cortinhas; http://lattes.cnpq.br/9125390243566397; https://orcid.org/0000-0001-8824-8075Introdução: Na doença de Parkinson (DP), existem alterações na conectividade do cérebro, especificamente nas áreas motoras e do cerebelo, quando é necessário realizar uma Dupla Tarefa (DT). Somado aos sinais e sintomas, provoca repercussão negativa na realização de atividades de vida diária e no risco de queda, que é agravado em condições de DT. Em contrapartida a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) se mostra capaz de modular o cérebro para estabelecer novos padrões de atividade, possui atuação nas variáveis cognitivas e motoras, melhorando a funcionalidade desses indivíduos. Todavia, no importante contexto da DT não existe uma revisão com esse desfecho na DP. Objetivo: Investigar se a ETCC isolada ou associada, é capaz de alterar o desempenho da DT de pessoas com DP. Métodos: esta revisão utilizou como base as Diretrizes dos Principais Itens Para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-nálises (PRISMA) e foi registrada no Banco de Dados PROSPERO. Utilizou-se as bases de dados PubMed, Wiley, Scopus e Web of Science, sem restrição de idioma ou de tempo. Foram incluídos ensaios clínicos, que avaliaram a DT depois da ETCC (anodal ou catódica), isolada ou associada quando comparada ao grupo Sham ou controle. Resultados: Apenas 4 estudos foram incluídos. 62 participantes foram avaliados com Hoehn and Yahr (HY) mínima 1 e máxima 4.2 estudos aplicaram de forma isolada (50%) e 2 estudos associaram à protocolos de exercício físico (50%). Sobre a quantidade de sessões, 3 autores avaliaram uma sessão única (75%) e 1 autor avaliou 9 sessões (25%) associadas a intervenção motora. Todos usaram a 2mA de intensidade. 3 autores usaram ETCC por 20 mim (75%) e 1 autor durante 30 min (25%). 75% posicionaram o eletrodo anódico no Córtex Pré-Frontal Dorso Lateral Esquerdo (CPFDL) e o instrumento avaliativo mais usado foi o Timed Up Go (75%). Conclusão: a ETCC pode ter efeito positivo sobre o desempenho da DT na DP sobretudo associada a terapia farmacológica e não farmacológica. A principal área estimulada foi o CPFDL esquerdo, porém a amostra não foi suficiente para defini-lo como melhor alvo. 20 minutos de estimulação parece ser suficiente e um número maior de sessões pode proporcionar maior efeito. Necessita-se de maiores ensaios clínicos com maior padronização, a fim de permitir melhor comparação entre os estudos e reduzir possíveis vieses.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Eficácia da terapia manual aos exercícios para melhora da intensidade da dor e incapacidade funcional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica: Revisão sistemática e metanálise(Universidade Federal do Pará, 2025-02-27) SANTOS, Emmanuele Celina Souza dos; MAGALHÃES, Maurício Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7766377002832983; https://orcid.org/0000-0002-7857-021XA dor lombar está entre as principais causas de incapacidade global, com sintomatologia acima de 12 semanas. A terapia manual é uma estratégia de tratamento recomendada, além dos exercícios terapêuticos, os quais têm mostrado efeitos neurofisiológicos benéficos. Porém, ainda não está claro se há benefícios da terapia manual e exercícios comparada a exercícios isolados. Objetivos: Avaliar a efetividade da terapia manual combinada com exercícios versus exercícios isolados para melhora da intensidade da dor e incapacidade funcional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática. As buscas foram feitas nas bases de dados: PubMed, PEDro, Cochrane, Library, EMBASE, Web of science e CINAHL. Dois revisores independentes selecionaram ensaios clínicos randomizados, que verificaram a melhora da intensidade da dor e/ou incapacidade funcional em pacientes com dor lombar crônica inespecífica submetidos a terapia manual e exercícios comparados com exercícios isolados. Resultados: Ao final, foram incluídos cinco ensaios clínicos randomizados, totalizando 260 participantes. Foi possível conduzir a metanálise, que demonstrou que a terapia manual associada aos exercícios comparado aos exercícios isolados, não foi eficaz no desfecho dor (SMD= -0.87, IC:-1.87; 0.12, I2= 90%), porém o desfecho de incapacidade evidenciou resultados estatisticamente significativos a curto prazo (SMD= -0.73, IC:-1.05 a -0.42, I2= 0%) e a longo prazo (SMD= -1.13, IC: -2.06; -0.19, I2=80%). No entanto, esses achados foram classificados como tendo evidências GRADE moderada a baixa. Conclusão: Pacientes que realizaram uma terapia associada à outra comparada a terapia isolada, não obtiveram melhora na intensidade da dor, mas o desfecho incapacidade funcional obteve resultados estatisticamente significativos a curto e a longo prazo, esses achados se mostraram benéficos. Embora a qualidade geral das evidências nos estudos tenha sido moderada a muito baixa, esses achados representam um importante campo de pesquisa que deve ser guiado por estudos com mais participantes e métodos homogêneos de análise e isso pode nortear o manejo da dor lombar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estratificação de risco de fragilidade, incapacidade e avaliação de distúrbios de sono na pessoa idosa residente da comunidade: estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2023-10-30) RIBEIRO, Breno Caldas; CARNEIRO, Saul Rassy; http://lattes.cnpq.br/9162153771863939; https://orcid.org/0000-0002-6825-0239; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571Introdução: A fragilidade é considerada um estado de vulnerabilidade a estressores de saúde, tornando pessoas idosas predispostas a incapacidade, hospitalização e mortalidade. Recentemente estudos apontam o aumento da prevalência do risco de fragilidade em pessoas idosas com distúrbios do sono. Considerando que a fragilidade apresenta um estado dinâmico com potencial de reversão, é primordial o rastreio de possíveis fatores modificáveis para prevenção, atenuação ou interrupção do processo de fragilidade. Sendo assim, se faz necessária a estratificação da fragilidade e investigação da possível relação entre qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e risco de distúrbios do sono em pessoas idosas. Objetivo: Estratificar o risco de fragilidade e incapacidade e pesquisar possíveis associações com qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e risco de Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) em pessoas idosas residentes em comunidade. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal de caráter quantitativo que seguiu as recomendações do The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) e que ocorreu entre abril de 2022 e agosto de 2023. O estudo consistiu em estratificar o risco de fragilidade e incapacidade por meio do questionário The Frail Non-disable (FiND) (incapacidade) e FRAIL Scale (fragilidade), e a avaliação de risco de apneia obstrutiva do sono, qualidade de sono e sonolência diurna excessiva em pessoas idosas residentes da comunidade, por meio do questionário STOPBANG (Snoring, Tiredness, Observed apnea, high blood Pressure, Body mass index, Age, Neck circumference, and Gender), Escala de Qualidade Sono de Pittsburgh (PSQI) e Escala de Sonolência Diurna de Epworth (ESE), respectivamente. Foi utilizado o teste KolmogorovSmirnov para normalidade dos dados. Para comparações categóricas binomais foi o utilizado o Teste Binomial e para comparações múltiplas o Teste de Proporções. Para avaliação de correlação foi utilizado o Teste de Correlação de Spearman. Resultados: Foram avaliadas 109 pessoas idosas (61% do gênero feminino, p = 0,02), com mediana de idade de 68 anos, procedentes da capital (86%), autodeclarados pardos (68%) e em estado de pré-obesidade (36%). De acordo com o FiND, 26% dos participantes foram considerados frágeis e 32% foram considerados incapazes. Já de acordo com a Escala FRAIL, 33% eram pré-frágeis e 25% frágeis. Além disso, a maioria dos pacientes apresentou má qualidade do sono (80%, p = 0,010), risco moderado de apneia obstrutiva do sono (49%, p < 0,010) e ausência de sonolência diurna excessiva (62%, p < 0,010). Houve fraca relação entre fragilidade e incapacidade com má qualidade do sono (rho = 0,39; p < 0,001) e risco de apneia obstrutiva do sono (rho = 0,26; p = 0,000). Não foi observada relação entre fragilidade e incapacidade e sonolência diurna excessiva (rho = 0,04; p = 0,660). Na análise de correlação com fragilidade, também foi 6 observada relação fraca com a qualidade do sono (rho = 0,33; p < 0,001) e o risco de apneia obstrutiva do sono (rho = 0,27; p = 0,001) também foi observada na análise de correlação com fragilidade, mas não foi encontrada relação com sonolência diurna excessiva (rho = 0,05; p = 0,590). Conclusão: Este estudo mostrou uma fraca relação entre o risco de fragilidade e incapacidade com a qualidade do sono e o risco de apneia obstrutiva, mas não foi observada relação com a sonolência diurna excessiva.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Força de preensão manual e funcionalidade em pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradimiciliares e escolares de área endêmica: Correlação com biomarcador molecular e sorológico de infecção pelo Mycobacterium leprae(Universidade Federal do Pará, 2023-04-26) CONDE, Renatto Castro; BARRETO, Josafá Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1894551542259862A hanseníase pode causar importantes incapacidades físicas quando não diagnosticada e tratada precocemente. O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio de exame dermatoneurológico, incluindo o subjetivo teste manual de força muscular. Os contatos intradomiciliares de pacientes sem tratamento são as pessoas com maior risco de desenvolver a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para a quebra da cadeia de transmissão e para prevenção de incapacidades. Nesse contexto, o uso da dinamometria fornece dados objetivos sobre a força de preensão manual, por meio de um teste clínico simples e de melhor custo-benefício, e com os testes funcionais, poderiam contribuir para uma detecção precoce de disfunções de nervos periféricos. O objetivo deste estudo é correlacionar dados de força de preensão manual e de funcionalidade com biomarcadores de infecção pelo Mycobacterium leprae entre pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares de áreas endêmicas. O estudo foi aprovado (Parecer 5384136) e realizado em Imperatriz (MA), Marituba (PA) e São luís (MA). Os sujeitos com diagnóstico de hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares <15 anos foram examinados clinicamente e tiveram amostras biológicas coletadas para detecção de anticorpos IgM-anti-PGL-I e para detecção molecular do M. leprae por meio de RT-PCR. A força foi medida através de dinamômetros manuais, enquanto utilizamos escala e testes funcionais para avaliação da funcionalidade. Foram incluídos 179 sujeitos no estudo, sendo 94 do sexo feminino (52,51%), 67 casos de hanseníase (28 casos novos e 10 casos índices), 60 contatos intradomiciliares saudáveis (36,5 ±14,69 anos) e 52 escolares saudáveis de região endêmica. Encontramos uma prevalência significativa na perda de força muscular (p=0,0003) em casos de hanseníase comparados aos indivíduos saudáveis. Os sujeitos saudáveis >15 anos do sexo masculino obtiveram valores significativamente maiores de média de força de preensão e de pinça (p<0,05) em comparação aos casos de hanseniase do sexo masculino, exceto na pinça polpa. Os casos de hanseníase> 15 anos apresentaram significativas perdas funcionais (p<0,05), avaliados pelos TFMJT e 9-PnB e um maior tempo de teste, quando comparados ao grupo saudável, principalmente as mulheres. Foi observado que os casos de hanseníase apresentaram mais limitações de atividades ao avaliados na escala SALSA (p<0,05). Os sujeitos com alteração na palpação de nervos e diminuição de sensibilidade tátil, apresentaram mais fraqueza muscular e perda funcional (p<0,05). Encontramos correlação inversamente proporcional entre os títulos de IgM anti-PGL-I e a força de preensão muscular e de pinça em maiores de 15 anos (p<0,05). Foi observado fraqueza muscular na maioria dos casos positivos para RT-PCR. Os RT-PCR positivos, 42,31% apresentaram perda funcional nos testes, apresentando significativamente um maior tempo no TFMJT (p=0,028). Os positivos para RT-PCR, apresentaram tempos significativamente maiores nos subtestes de empilhamento de blocos (p=0,046) e simulação de alimentação (p=0,025). Observamos fraqueza muscular em 28,75% e perda funcional em 33,33% de sujeitos duplo positivos para anti-PGL-I e RT-PCR. Portanto, esses dados nos mostram que pode haver um comprometimento motor e funcional nessa população mais vuneravél para o desenvolvimento da hanseníase, onde esses testes podem encontrar incapacidades, além daquelas da avaliação clínica tradicional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Funcionalidade após hospitalização por COVID-19 não crítico: implicações à curto e médio prazo na independência funcional, atividades de vida diária, capacidade funcional e dessaturação ao exercício(Universidade Federal do Pará, 2021-11-03) CRUZ, Soany de Jesus Valente; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571A doença Coronavírus 2019 (COVID-19) é uma doença altamente infecciosa, que pode levar a hospitalização. A doença pode comprometer o sistema musculoesquelético, cardiopulmonar e vascular, dentre outros, podendo resultar em impactos à mobilidade e capacidade funcional. Objetivo: Avaliar a funcionalidade após hospitalização por COVID-19 não crítico: implicações à curto e médio prazo na independência funcional, atividades de vida diária, capacidade funcional e dessaturação ao exercício. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico e descritivo. Foram incluídos indivíduos com idade superior a 18 anos, diagnosticados com COVID-19 não crítico, que estiveram internados por ao menos 24 horas e que receberam alta hospitalar, no estado do Pará. Foi realizado avaliação da funcionalidade e atividades de vida diária (AVD’s) com aplicação de formulários eletrônicos de 30 a 180 dias pós alta hospitalar (Índice de Barthel e Escala London Chest Activity of Daily (LCADL) – (Artigo 1), e avaliação da capacidade funcional e dessaturação ao exercício de 90 a 180 dias pós hospitalização (Teste de caminhada de 6 minutos (TC6) – Artigo 2). Resultados: Foram recrutados 216 indivíduos, sendo incluídos 58 indivíduos no artigo 1 e 46 indivíduos no artigo 2. No artigo 1, houve diferença significativa no Índice de Barthel entre 1 e 6 meses pós hospitalização (p=0,042). Não foi observado diferença significativa na escala LCADL. Pessoas ativas fisicamente tem maior probabilidade de obter pontuações maiores no Índice de Barthel (OR 7,32, p=0,025). No artigo 2, indivíduos após 3 meses de alta hospitalar caminharam 420m no TC6, com 28% apresentando queda >=4% na SpO2. Após 6 meses, a distância percorrida foi de 442m, com 19,05% apresentando dessaturação. Não houve diferença entre os grupos. Conclusão: Foi observado dependência para realização de AVD’s, redução da capacidade funcional e dessaturação ao exercício em pacientes pós COVID-19 não critico a curto e médio prazo após alta hospitalar.
