Dissertações em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Mestrado) - PPGDSTU/NAEA
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2296
O Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pertence ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento (PLADES) foi implantado em 1977 e foi pioneiro dos programas de pós-graduação stricto sensu das áreas de humanidades e ciências sociais aplicadas na Amazônia.
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Navegando Dissertações em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Mestrado) - PPGDSTU/NAEA por Linha de Pesquisa "DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, REGIONAL E AGRÁRIO"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Agricultura familiar camponesa no planalto santareno: formas de existência em Mojuí dos Campos-PA(Universidade Federal do Pará, 2020-09-09) BORGES, Anderson Coelho; FOLHES, Ricardo Theophilo; http://lattes.cnpq.br/5612208724254738A agricultura familiar camponesa é caracterizada por aquelas famílias que através da posse da terra e do acesso aos recursos naturais disponíveis, buscam solucionar seus problemas produtivos e reprodutivos por meio da produção rural extrativa, agrícola e não agrícola. Levando em consideração este conceito, objetiva-se analisar de forma multiescalar as características que habilitam o entendimento das condições relacionadas à decisão da família camponesa em buscar ou não o acionamento da pluriatividade. Para isso, utilizando-se de uma abordagem interdisciplinar, lançou-se mão de dados qualitativos e quantitativos, obtidos, respectivamente, mediante a técnica de observação participante em duas comunidades ¿ Mojuí dos Pereiras e Terra de Areia ¿ localizadas no município de Mojuí dos Campos e a partir da mobilização da base de dados secundários e da seleção de variáveis (terra, força de trabalho e contexto institucional) coletados em pesquisa de campo junto às unidades produtivas camponesas. Assim, à luz da teoria do investimento camponês, identificou-se um padrão entre as famílias camponesas que acionam atividades não agrícolas, elas possuem restrição de terra, trabalho ou ambos, enquanto aquelas famílias que têm terra e força de trabalho em condições suficientes para a sua reprodução se dedicam apenas ao trabalho agrícola.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação do projeto público “Paragominas: Município Verde” sob a ótica das mudanças climáticas(Universidade Federal do Pará, 2014-04-04) SILVA, Laryssa de Cassia Tork da; SZLAFSZTEIN, Claudio Fabian; http://lattes.cnpq.br/1348005678649555O município de Paragominas, localizado no nordeste do estado do Pará, apresenta um histórico que expressa muito bem a problemática ambiental do desmatamento na Amazônia, integrando as duas primeiras listas dos principais desmatadores divulgadas pelo MMA em 2008 e 2009. Após a inclusão do município, os produtores rurais de Paragominas passaram a sofrer diversas sanções como restrições ao acesso de créditos agrícolas e perda de mercado consumidor. Desta forma, no início de 2008, o governo municipal realizou um seminário na cidade em busca de soluções. Ao final do evento, as entidades aderiram ao Pacto pelo Desmatamento Zero, com objetivo de eliminar o desmatamento e a degradação florestal a partir da adoção de práticas sustentáveis. Inaugurava-se o projeto “Paragominas: Município Verde”. Após dois anos sofrendo restrições e embargos, cumprir as metas e adequar-se às exigências, reduzindo o desmatamento para menos de 40 km² em um ano e realizando o CAR de mais de 80% das propriedades rurais do município, o nome de Paragominas foi retirado da lista e o projeto “Paragominas: Município Verde” passou a ser amplamente divulgado na mídia como responsável por trazer diversos benefícios para a cidade, tornando-se referência do ponto de vista ambiental. Acredita-se, todavia, que o projeto “Paragominas: Município Verde” é, na verdade, reflexo das novas demandas estabelecidas pelo Governo Federal brasileiro no combate ao desmatamento ilegal e às mudanças do clima. Ou seja, insere-se no objetivo maior de identificar novos caminhos, soluções e práticas para o enfrentamento das mudanças provocadas pela variabilidade do clima através da política de redução de emissões de gases de efeito estufa decorrentes, em especial, das mudanças de uso da terra na Amazônia Brasileira. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva avaliar o projeto “Paragominas: Município Verde” enquanto uma prática de adaptação à variabilidade do clima inserida no contexto das ações de mitigação das mudanças climáticas globais. A metodologia adotada envolveu duas etapas: levantamento e análise exploratória de referências bibliográficas e documentais e aplicação de entrevistas semiestruturadas com os principais atores envolvidos, com base na aplicação do Índice de Utilidad de Prácticas de Adaptación (IUPA) apresentado e adaptado do paper “IUPA: a tool for the evaluation of the general usefulness of practices for adaptation to climate change and variability”, elaborado por Debels et al. (2009), com enfoque nas variáveis de eficácia, eficiência, participação social, sustentabilidade e replicabilidade do projeto. Contudo, o projeto “Paragominas: Município Verde” pode claramente ser compreendido como reflexo das novas demandas ambientais, resultante da necessidade de novas alternativas aos impactos da variabilidade climática. O objetivo inicial do projeto era apenas a retirada do nome de Paragominas da lista dos municípios embargados da Amazônia, mas frente a grande repercussão e resultados alcançados ganhou novos rumos, tornando-se uma importante ferramenta no enfrentamento da problemática da emissão de gases de efeito estufa. Entretanto, ainda necessita de algumas mudanças e ajustes para que, verdadeiramente, seja enquadrado como uma prática poderosa de adaptação climática com amplo potencial de combate e mitigação às mudanças provocadas pelo climaDissertação Acesso aberto (Open Access) O Grão-Pará: da extração florestal à industria fumageira(Universidade Federal do Pará, 1994) VEIGA, Hecilda Mary; COSTA, José Marcelino Monteiro daA atividade fumageira no estado do Pará constitui o problema central de nossa investigação. Para respondê-lo, formula-se a hipótese da concorrência do truste anglo-americano do tabaco, da fragilidade da economia regional e da hegemonia do capital mercantil sobre a produção do tabaco e de seus artigos manufaturados obstando o seu desenvolvimento. A partir desta questão, proceder-se-á a reconstituição histórica da atividade fumageira no Pará. Desse modo, examinar-se-á a evolução histórica da fumicultura e do comércio de tabaco no Pará, o desenvolvimento da indústria brasileira do fumo, a reconstituição das grandes empresas internacionais do ramo e a introdução destas no país.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Restauração florestal na Amazônia: uma análise a partir da concorrência de paradigmas e trajetórias tecnológicas na Região de Integração do Bico do Papagaio(Universidade Federal do Pará, 2023-02-15) SILVA, Camila de Cássia do Socorro; MATTOS JÚNIOR, José Sampaio; http://lattes.cnpq.br/2288193304873040; FOLHES, Ricardo Theophilo; http://lattes.cnpq.br/5612208724254738Os recursos naturais são cada vez mais afetados pelo uso massivo que o homem realiza. Como consequência, observa-se a instabilidade do clima, o aumento dos mares, o derretimento das calotas polares, a degradação dos solos, os desmatamentos das florestas, entre outros efeitos. Em várias regiões do mundo, em especial, na Amazônia, a restauração florestal, com os seus variados métodos, tem sido uma alternativa sustentável para mitigar esses efeitos. A discussão sobre trajetórias tecnológicas na Amazônia pode auxiliar na compreensão das agendas de restauração florestal que se multiplicam, pois é nesse meio que se verificam que as trajetórias tecnológicas estabelecem formas de produção distintas, que podem ou não levar em consideração a natureza originária (o bioma florestal amazônico). Devido a isso, os objetivos que nortearam esta pesquisa analisaram a concorrência entre distintas trajetórias tecnológicas, em especial, a T6 (silvicultural) e T2 (agroflorestal) em torno da restauração florestal. A região de estudo é Açailândia, município pertencente à Região de Integração do Bico do Papagaio (RIBP). Para expor a concorrência entre as distintas formas de restauração florestal, optou-se por obter a percepção de quatro grupos de agentes, entre os quais estão os camponeses representando os sistemas agroflorestais, o setor privado representando o reflorestamento com eucalipto, o setor público e os produtores de mudas. Metodologicamente, lançou-se mão do referencial teórico sobre trajetórias tecnológicas na Amazônia. Coletaram-se dados primários e secundários, os primeiros feitos a partir de questionários e entrevistas e os secundários por meio de plataformas e documentos oficiais. Os resultados indicam as distintas forças produtivas entre as trajetórias tecnológicas focos do estudo, pois, constatou-se uma forte concorrência por parte de T6 e, ainda da T7 (soja), ao passo que a T2 continua a resistir por meio dos movimentos agroflorestais, ainda que diante da ausência de apoios institucionais, técnicos e financeiros públicos. Além disso, os resultados apontam que apesar da resistência dos movimentos agroflorestais, há uma forte pressão por recursos naturais vindos da T6 e T7, principalmente, por terra, processos que conjecturam para o enfraquecimento da restauração florestal pelos métodos agroflorestais mais sustentáveis, tais quais, são realizados pela T2.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A Teoria dos stakeholders e os efeitos de encadeamento para trás do capital transnacional na Amazônia: o reflexo econômico da Hydro no setor terciário do município de Barcarena(Universidade Federal do Pará, 2021-06-29) RIBEIRO, Erlon Cid Reis; SILVA, Fábio Carlos da; http://lattes.cnpq.br/3704903975084467; https://orcid.org/0000-0001-5266-9935Abordagens em torno da ideia de desenvolvimento pautado numa visão integral no sentido de que a transcendência da consciência humana promova uma postura agregadora em suas relações, sejam, sociais, econômicas e até mesmo no tratamento das questões ambientais é a essência deste trabalho. No intuito de concebê-lo dentro de um padrão científico, pautou-se como objetivo, discorrer sobre a Teoria dos Stakeholders com seu potencial colaborativo para o desenvolvimento humano e em consequência para a sua coletividade, ilustrada a partir de uma perspectiva do pensamento clássico do desenvolvimento hirschmaniano em sua Teoria dos Efeitos de Encadeamento para Trás. A referida observação deu-se no importante polo industrial do Pará, localizado no município de Barcarena, elencando-se a refinaria de alumina Hydro, enquanto um recorte da reprodução costumaz do capital transnacional em nações periféricas do ponto de vista econômico e o reflexo disto na referida região local. Uma abordagem a respeito da Teoria dos Stakeholders quanto a mudança do paradigma organizacional em relação a maximização do lucro, a assimilação da natureza, ao indivíduo e sua coletividade, como partes da fisiologia do mundo corporativo, apresentando a essência capitalista, suas contradições, externalidades negativas e seu reflexo nas interações globais a nível político, econômico, humano, social e ambiental foi o caminho escolhido, na tentativa em se aproximar de uma percepção da relação do capital transnacional com a região local do município de Barcarena. Ao final, sem o detrimento da compreensão dos efeitos nocivos imputados pelo modo de produção capitalista as sociedades da periferia econômica global, entende-se a importância da Teoria do Stakeholders e seu “perfil integralizante”, apresentada como um pensamento contributivo que se observa materializado na ideia dos Efeitos de Encadeamento para Trás, corroborando com o fortalecimento do setor terciário do município de Barcarena.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Trajetória das famílias do oeste paulista que expandiram seus negócios para a Amazônia: a família Lunardelli no norte do Paraná e sul do Pará(Universidade Federal do Pará, 2012-05-28) MORENO, Ariane Angélica; SILVA, Fábio Carlos da; http://lattes.cnpq.br/3704903975084467Os Lunardelli possuíram empreendimentos em diversos Estados brasileiros. O objetivo do presente trabalho é descrever a atuação e contribuição da família Lunardelli para o desenvolvimento da região Norte do Paraná, que assim como outros cafeicultores em busca da afamada terra roxa atravessaram a fronteira de São Paulo para o Paraná. Geremia Lunardelli chegou a possuir empreendimentos além Brasil, no país vizinho - no Paraguai. Na década de 1960 chegaram à Amazônia, onde se instalaram na região do Araguaia. Paralelamente, procura-se destacar o processo de ocupação do território paranaense a partir do deslocamento de três frentes pioneiras: a do Paraná Tradicional, com a procura de ouro e depois o tropeirismo; a do Sudoeste, com a pequena propriedade dos imigrantes gaúchos e catarinenses; e a da Região Norte, com os paulistas e mineiros procurando expandir suas plantações de café, destaca-se nesta frente à obra da CTNP, principal articuladora dos caminhos para escoar o café paranaenseDissertação Acesso aberto (Open Access) UHE Belo Monte e a soberania alimentar dos povos indígenas na Volta Grande do Xingu(Universidade Federal do Pará, 2023-06-23) ROSA, Lorena Garcia da; PEZZUTI, Juarez Carlos Brito; http://lattes.cnpq.br/3852277891994862; GONÇALVES, Marcela Vecchione; http://lattes.cnpq.br/9274854854102856A trajetória histórica do processo de licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte incluiu a elaboração das medidas de mitigação e compensação voltadas para os povos indígenas afetados pelo empreendimento e que compõem o Plano Básico Ambiental (PBA). Dentre as medidas do PBA, destacam-se aquelas voltadas para a garantia da alimentação do povo indígena Yudjá (Juruna), que vive na Terra Indígena (TI) Paquiçamba, localizada na região da Volta Grande do Xingu (VGX). Esta região corresponde a um trecho de aproximadamente 130 km, onde a vazão do rio Xingu foi reduzida após a instalação da barragem que desvia suas águas para o reservatório da hidrelétrica. Entretanto, o monitoramento ambiental territorial independente realizado pelo povo Yudjá indica, no bojo do registro dos impactos sobre seu território e seus modos de vida, que as medidas do PBA não consideram os aspectos socioculturais de sua alimentação, de modo que a soberania alimentar dessa população pode estar em risco. Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral explorar os processos de conflito entre as medidas do PBA e o monitoramento independente realizado pelo povo Yudjá, partindo das afetações e contradições geradas pelas ameaças à soberania alimentar desses grupos. A perspectiva de análise para a diferenciação entre o PBA e o monitoramento independente deu-se pelos instrumentais da análise do discurso, mais especificamente da análise de conteúdo dos dois documentos. Os principais resultados indicam contradições relacionadas à diminuição no consumo de pescado, às alterações nas espécies de peixes pescadas e às mudanças nos apetrechos de pesca na VGX.
