Navegando por Assunto "Toxicologia"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Análise de parâmetros de exposição mercurial, suscetibilidade genética e intoxicação em populações ribeirinhas do Tapajós e Tucuruí(Universidade Federal do Pará, 2016-08-30) ARRIFANO, Gabriela de Paula Fonseca; CRESPO LÓPEZ, Maria Elena; http://lattes.cnpq.br/9900144256348265O mercúrio é um metal pesado responsável por episódios de intoxicação em todo o mundo. Sua forma mais tóxica é o metilmercúrio que possui afinidade pelo Sistema Nervoso Central, apresentando reconhecida neurotoxicidade. Algumas regiões da Amazônia são bem caracterizadas por exposição mercurial em humanos, como a região do Tapajós, devido à atividade garimpeira local, por exemplo. Contudo, outras, como Tucuruí, permanecem praticamente não estudadas, com apenas um estudo em humanos até o momento. Na Amazônia, existe um grande número de estudos sobre exposição, porém, os estudos sobre a intoxicação e suscetibilidade são bem menos numerosos nas populações amazônicas, e até hoje não existe nenhum estudo que analise simultaneamente os três fatores. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a exposição (conteúdo do agente tóxico no corpo através do nível de mercúrio em amostras de cabelo), a suscetibilidade individual (predisposição que cada indivíduo tem a sofrer um maior ou menor dano com a mesma quantidade de exposição, através da genotipagem da apolipoproteina E) e a intoxicação (quantificação da extensão do dano já provocado usando como biomarcadores a S100B e a NSE) em populações ribeirinhas amazônicas. Foram estudados 388 indivíduos, selecionados após critérios de inclusão e exclusão. Os genótipos da apolipoproteina E mais frequentes foi ɛ3/ɛ3, seguido pelo ɛ3/ɛ4. As frequências alélicas foram de 0,043:0,784:0,173 para ε2:ɛ3:ɛ4, respectivamente. A mediana do nível de mercúrio total no cabelo foi 4,2 μg/g (1,9- 10,2). Uma percentagem significativa de participantes (24,8%) apresentaram níveis de mercúrio total acima de 10 μg/g, limite preconizado pela OMS, e 12,8% dos participantes mostraram um conteúdo total em mercúrio maior ou igual a 20 μg/g. Os níveis de Tucuruí foram muito maiores do que os níveis no Tapajós (área reconhecida pela presença de garimpos). Foram identificados 29% de indivíduos portadores de ApoE4 (considerados de risco) e 8 indivíduos em risco máximo (portadores de ApoE4 e com mercúrio acima do limite de 10 μg/g). Ainda, houve diferença significativa nos níveis de RNAm da proteína S100B entre os grupos expostos a níveis altos e baixos de mercúrio. Pela primeira vez, foram estudados simultaneamente marcadores das três esferas de influência em toxicologia humana (exposição, suscetibilidade e intoxicação). Nossos dados apoiam já o uso em conjunto desses marcadores para um monitoramento adequado das populações amazônicas, que assistirá o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tomada de decisões governamentais frente ao problema do impacto causado pelo mercúrio na Amazônia.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação bioquímica, hormonal e de parâmetros de crescimento na exposição pós-natal ao metilmercúrio em ratos wistar(Universidade Federal do Pará, 2016-08-19) XAVIER, Fábio Branches; PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento; http://lattes.cnpq.br/6353829454533268Os efeitos do metilmercúrio sobre o hormônio de crescimento e a relação com a função hepática, peso e crescimento foram avaliados em modelo experimental de exposição aguda e subcrônica ao mercúrio em 40 ratos wistar, machos, os quais foram distribuídos em quatro grupos: controle, agudo, subcrônico2 (SB2) e subcrônico3(SB3). Medidas de mercúrio total(HgT), hormônio do crescimento (GH), glicose, atividades das enzimas ALT e AST além do peso e comprimento dos animais foram aferidos em todos os grupos. Os resultados demonstraram que a dose de 25mg/Kg administrada foi letal para todos os animais desse grupo. As concentrações de mercúrio medidas no pelo dos animais dos grupos SB2 e SB3 foram significativamente maiores que os do grupo controle. Os níveis de GH foram elevados no grupo agudo e reduzidos nos grupos subcrônicos. A redução da glicemia dos animais dos grupos subcrônicos foi altamente significativa em relação ao grupo controle (p<0,01). As provas de função hepática mostraram-se alteradas, principalmente a AST. Esses resultados sugerem que, metilmercúrio no modelo do rato e nas doses administradas é hepatotóxico, é capaz de comprometer o controle da glicemia e de promover alterações significativas nos níveis de GH, os quais podem interferir principalmente no crescimento dos animais. Novos estudos são necessários para melhor compreensão das alterações encontradas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação temporal da exposição humana ao mercúrio no Oeste paraense(Universidade Federal do Pará, 2015-11-27) ANDRADE, Paulo Douglas de Oliveira; SOUZA, Givago da Silva; http://lattes.cnpq.br/5705421011644718Na presente pesquisa foi realizada uma descrição da evolução temporal da exposição ao mercúrio (Hg) em duas comunidades ribeirinhas localizadas na bacia do rio Tapajós, Amazônia brasileira. Tais comunidades são expostas a este metal através do consumo do peixe contaminado pelo metilmercúrio presente no rio, processo que ocorre em virtude principalmente do intemperismo do solo da região (que é naturalmente rico em Hg) e da atividade garimpeira que utiliza o mercúrio para isolar o ouro. A análise utilizou um banco de dados que continha os valores dosimétricos de mercúrio a partir de amostras de cabelo de ribeirinhos do Tapajós. A coleta foi realizada por um período de 17 anos (1998 a 2014) e totalizou 1.502 (uma mil, quinhentas e duas) amostras, que foram separadas em quatro grupos: masculino adulto, feminino adulto, masculino criança e feminino criança. Nossos resultados apontam para um grupo com maior risco de exposição: os adultos do sexo masculino. Ao longo de todos os anos do estudo, este foi o grupo que apresentou maior média dos níveis de Hg (14,41 μg/g ± 10 μg/g). Por outro lado, todos os grupos apresentam uma tendência a queda destes níveis, sendo que os homens demoraram mais tempo para iniciar esse processo de redução das taxas. Seus níveis baixaram de 16,61 μg/g em 2007 para 11,23 μg/g em 2013. Já o grupo das mulheres reduziu de 13,92 μg/g em 2004 para 7,04 μg/g em 2013. As crianças apresentaram redução mais significativa, sendo que as meninas foram de 15,42 μg/g em 2001 para 3,83 μg/g em 2014, e os meninos de 12,96 μg/g para 5,95 μg/g nos mesmos anos. A situação problemática envolvendo o grupo masculino adulto pode indicar uma rotina de vida mais tradicional (regrada em uma elevada ingestão desse pescado), um menor contato com os profissionais e pesquisadores que instruem a população quanto aos riscos de intoxicação, e um menor acesso aos alimentos diversos, tais como carne vermelha, frutas, etc. Neste sentido, torna-se evidente a necessidade de uma maior conscientização desse grupo em específico, devendo-se potencializar as políticas públicas de ação em saúde voltadas pontualmente aos homens da região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Contaminação por mercúrio dos rios Crepori e Marupá - Bacia do Tapajós - PA(Universidade Federal do Pará, 1992-08-07) BRABO, Edilson da Silva; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537Tese Acesso aberto (Open Access) Contribuição ao conhecimento do escorpionismo e do escorpião Tityus obscurus Gervais, 1843 (Scorpiones: Buthidae), de duas regiões distintas no Estado do Pará na Amazônia brasileira(Universidade Federal do Pará, 2014-03-21) PARDAL, Pedro Pereira de Oliveira; VIEIRA, José Luiz Fernandes; ISHIKAWA, Edna Aoba YassuiIntrodução: O Tityus obscurus Gervais, 1843 (Scorpiones: Buthidae), sinônimo sênior de T. paraensis Kraepelin, 1896 e T. cambridgei Pocock, 1897 têm ampla distribuição na Amazônia brasileira, sendo o de maior importância médica na região e apresenta manifestação clínica diversificada, dependendo da região. Objetivos: Contribuir para o conhecimento da diversidade do escorpionismo e do escorpião T. obscurus na Amazônia brasileira, Metodologia: Descrever, analisar e comparar os aspectos clínico-epidemiológicos do envenenamento, o molecular ao nível do ácido desoxirribonucleico (DNA) de espécimes que ocasionaram acidentes, assim como, analisar a morfometria e a peçonha destes espécimes capturados nas regiões Leste e Oeste do Estado do Pará, Brasil, distantes cerca de 850 km. Resultados: No estudo clínico epidemiológico, foram analisados 48 envenenamentos comprovados por estes espécimes, no período de janeiro de 2008 a julho de 2011, sendo 70,8% da região Leste e 29,2% da Oeste, com maior ocorrência na faixa etária acima de 15 anos, nos membros superiores e no período diurno; contudo, o tempo para o atendimento médico foi abaixo de 3 horas, com maior mediana e intervalo interquartil no Oeste. Na Leste, predominou gravidade leve, enquanto na Oeste, o moderado foi significante. A frequência dos sintomas no sítio da picada foi similar em ambas as áreas, enquanto as manifestações sistêmicas foram significantes na Oeste, predomindo os sintomas gerais, oftalmológicos, gastrointestinais e neurológicos. Dentre os neurológicos, destacam-se as mioclonias, sensação de “choque elétrico”, disartria, parestesia, ataxia, dismetria e fasciculação, encontrados somente nesta região. No estudo do DNA, foi utilizado o gene mitocondrial 16S rRNA, cuja análise comparativa das sequências das duas regiões mostrou 9.06% de polimorfismo, com divergência de 9.7 a 11%, com as árvores filogenéticas formando dois clados distintos no Neijgbor-Joininge e na Máxima Parcimônia. Para a análise morfológica, foram aplicados critérios taxonômicos morfométricos em 18 espécies coletadas na região Leste e 20 da Oeste, com tamanho variando de 62,15 mm a 85,24 mm, cujas medidas dos 29 caracteres dos machos e fêmeas das duas populações apresentaram maiores proporções das médias nos espécimes da Oeste, enquanto a análise multivariada dos dois sexos mostrou nos estudos de conglomerados e na análise discriminante, distinção entre os indivíduos das duas populações. Já a análise química da peçonha por meio do RP-HPLC e pela espectrometria de massa do tipo MALDI-TOF/TOF encontrou divergência qualitativa e quantitativa no perfil cromatográfico das duas populações e nenhuma similaridade na composição química entre os seus componentes, com uma maior concentração de neurotransmissores para canais de K+ e para Na+ na região Oeste. Conclusões: Concluímos que os escorpiões analisados das populações das regiões do Leste e Oeste do Estado do Pará da Amazônia brasileira e que hoje conhecemos como T. obscurus Gervais, 1843, colocam em evidência uma diversidade regional deste escorpião que pode estar relacionada à especiação dos espécimes, decorrente da distância e de barreiras geográficas, chegando a formar duas linhagens distintas, o que justifica a diversidade genética na composição química da peçonha e nas manifestações clínicas nos envenenamentos encontrados neste estudo e sugerimos uma revisão taxonômica destes “espécimes”.Tese Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento de métodos por CL-EM/Em e ocorrência de antimicrobianos em peixes de aquicultura(Universidade Federal do Pará, 2016-11-22) GUIDI, Letícia Rocha; GLÓRIA, Maria Beatriz de Abreu; http://lattes.cnpq.br/6895373188728113; SILVA, Luiza Helena Meller da; http://lattes.cnpq.br/2311121099883170O consumo de peixes no Brasil vem aumentando nos últimos anos, especialmente devido à divulgação de que a sua ingestão pode trazer inúmeros benefícios à saúde e também devido ao seu alto valor nutricional (proteínas de alto valor biológico, teor elevado de ácidos graxos ômega-3). A qualidade, a inocuidade e a segurança de peixes cultivados para alimentação humana constituem, portanto, tema de saúde pública e devem ser monitoradas. No Brasil, há uma carência de informações no que diz respeito ao uso de antimicrobianos destinados à aquicultura. Apesar de apenas dois antibióticos serem permitidos para uso em aquicultura no Brasil, existe uma grande diversidade de antibióticos que podem ser utilizados ilegalmente ou que podem chegar aos peixes devido a contaminações do meio ambiente, principalmente dos recursos hídricos. Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver métodos de análise multirresíduos de antimicrobianos em músculo de peixe e avaliar a qualidade dos peixes cultivados nos Estados de Minas Gerais e do Pará no que diz respeito à presença destes resíduos. Além disso, foi realizada uma extensa revisão da literatura com relação aos métodos existentes de análise e à ocorrência de cloranfenicol (antibiótico banido) e anfenicóis em alimentos. Foi validado um método de screening por CL-EM/EM para análise de 40 antibióticos de seis classes diferentes (aminoglicosídeos, beta-lactâmicos, macrolídeos, quinolonas, sulfonamidas e tetraciclinas) em músculo de peixe. Apenas 15% das amostras (n=29) foram positivas para enrofloxacina. Um método quantitativo por CL-EM/EM de análise de quinolonas e tetraciclinas em músculo de peixe também foi otimizado e validado. A precisão, em termos de desvio padrão relativo, foi abaixo de 20% para todos os analitos e as recuperações variaram de 89,3% a 103,7%. CCα variou de 17,87 a 323,20 μg.kg-1 e CCβ variou de 20,75 a 346,40 μg.kg-1. No geral, as amostras de peixe analisadas apresentaram qualidade adequada quanto à presença de resíduos de antibióticos. Todas as 29 amostras positivas para enrofloxacina continham teores abaixo do Limite Máximo de Resíduo permitido pela legislação brasileira (100 μg.kg-1).Tese Acesso aberto (Open Access) Estresse oxidativo na hepatotoxicidade aos medicamentos anti-tuberculose(Universidade Federal do Pará, 2016-06-30) COSTA, Maria Heliana Alencar da; MACCHI, Barbarella de Matos; http://lattes.cnpq.br/5330351659478942; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978O tratamento da tuberculose envolve uma associação de fármacos com ocorrência de interações entre si e outros fármacos. Seus efeitos adversos mais frequentes estão relacionados à hepatotoxicidade. A biotransformação de fármacos pode resultar na formação de metabólitos reativos capazes de produzir danos celulares, e tem sido considerada como um importante processo da patogênese de algumas formas de hepatotoxicidade. Objetivos: Avaliar a participação do estresse oxidativo em pacientes com hepatotoxicidade com medicamentos anti-tb. Metodologia: Este estudo é tipo Caso Controle e para a Revisão sobre hepatotoxicidade como reação adversa aos medicamentos anti-Tb, foi realizado uma ampla busca no Portal da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) visando a disponibilidade de literatura em língua portuguesa e inglesa para encontrar artigos publicados até dezembro de 2014. Para a análise das enzimas antioxidantes foram incluídos os pacientes atendidos no HUJBB no Ambulatório de Referência Secundária de Clínica de Pneumologia e internados na Clínica de Pneumologia, e os pacientes atendidos no Ambulatório da Unidade Básica de Saúde do Guamá em Belém do Pará. Resultados: Conforme a revisão da literatura sobre Reações adversas a medicamentos antituberculosos, realizada em 2015 foi constatado que o comprometimento hepático está entre as reações adversas de maior incidência associada aos medicamentos anti-tuberculose no cenário brasileiro, e que as reações adversas durante o tratamento da tuberculose são um dos principais fatores associa- dos ao abandono. Conforme as análises das enzimas antioxidantes, Glutationa nos grupos Controle, grupo com hepatotoxicidade (PCH) e o grupo sem hepatotoxicidade com medicamentos anti-TB (PCT) apresentaram medianas de níveis de glutationa com valores de 221 nmol/mL, 227 nmol/mL e 236 nmol/mL, respectivamente. As distri- buições da Catalase nos grupos controle, grupo com hepatotoxicidade (PCH) e o grupo sem hepatotoxicidade com medicamentos anti-TB (PCT), apresentaram medianas de atividade de catalase com valores de 213 nmol/mL, 319 nmol/mL e 2.035 nmol/mL, respectivamente. A mediana dos níveis de antioxidantes da glutationa para o grupo PCT foi a maior, e não se observou uma diferença estatisticamente significante ao aplicar o teste ANOVA. As distribuições da atividade da Catalase na população de pacientes com TB nos grupos que evoluíram com hepatotoxicidade (PCH) e os que evoluíram sem hepatotoxicidade (PCT) foram aumentadas quando comparados com os voluntários saudáveis. Particularmente, observou-se uma diferença estatisticamente significante da atividade da catalase no grupo (PCT) em relação aos demais grupos. Conclusão: Os resultados sugerem que a hepatotoxidade não está somente associada às enzimas antioxidantes e novas análises com mais variáveis explanatórias devem ser realizadas para entender este fenômeno.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo dos aspectos clínicos e epidemiológicos do escorpionismo na Região Metropolitana de Belém(Universidade Federal do Pará, 2015-11-27) COELHO, Johne de Souza; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui; http://lattes.cnpq.br/3074963539505872O escorpionismo ou acidente por escorpião é um problema de saúde pública em todas as regiões brasileiras. Na Região Norte, é o Estado do Pará o que mais notifica a ocorrência de casos. Os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB) são os que mais têm apresentado estudos sobre estes acidentes, porém em poucos casos há comprovação do escorpião agressor. O objetivo principal deste estudo foi determinar os aspectos clínicos e epidemiológicos dos acidentes comprovadamente causados por escorpiões na RMB. Foram realizadas a identificação, a caracterização e a avaliação da importância médica dos escorpiões responsáveis por escorpionismos, doados ao Centro de Informação Toxicológica de Belém (CIT-Belém). Após notificação e atendimento médico das vítimas, foi traçado o perfil clínico e epidemiológico dos acidentados entre janeiro de 2007 a junho de 2015. Os municípios da RMB que apresentaram 55 acidentes comprovadamente causados por escorpião foram Belém (50,9%), Ananindeua (47,3%) e Benevides (1,8%). Os escorpiões identificados são espécies nativas na região: o Tityus obscurus Gervais, 1843 (76%), de cor escura que atinge até 87,95 mm de comprimento e o Tityus silvestris Pocock, 1897 (24%), de cor amarelada com manchas escuras que atinge até 45,84 mm de comprimento. As duas espécies acidentaram as pessoas preferencialmente no ambiente domiciliar e durante o período diurno, as vestimentas eram o local preferencial que ocultava o escorpião T. silvestris antes de ocasionar o acidente (53,8%), enquanto o abrigo mais frequente de T. obscurus foram os frutos (35,5%). Os casos ocorreram com maior frequência em pessoas entre 30 e 44 anos de idade, sendo as mãos o sítio anatômico preferencial da picada, não houve predominância de gênero nos acidentados. A maioria das vítimas de T. obscurus apresentou manifestações locais de envenenamento (83,3%), algumas evoluíram com manifestações sistêmicas (11,9%), todos os acidentados por T. silvestris tiveram manifestações locais e destes 23% evoluíram para quadro clínico de envenenamento sistêmico. Todas as vítimas após atendimento evoluíram para alta com cura total. Concluímos que ocorre escorpionismo na RMB por duas espécies nativas na Amazônia, o T. obscurus e o T. silvestris com diferenças morfológicas e epidemiológicas. É a primeira vez que se relata sintomatologia sistêmica nos envenenamentos por T. silvestris revelando a importância médica desta espécie. Estudos da peçonha desta devem ser realizados para verificar sua real importância em saúde pública.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudos de citotoxicidade e genotoxicidade de Eleutherine plicata Herb(Universidade Federal do Pará, 2014-09-30) GALUCIO, Natasha Costa da Rocha; BAHIA, Marcelo de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3219037174956649; DOLABELA, Maria Fâni; http://lattes.cnpq.br/0458080121943649O objetivo do presente trabalho foi realizar estudos fitoquímicos de E. plicata, bem como avaliar a citotoxicidade, o papel do estresse oxidativo e a genotoxicidade. O pó dos bulbos de E. plicata foi submetido à maceração com etanol, a solução concentrada até resíduo em rotaevaporador. O extrato etanólico foi submetido ao fracionamento em coluna cromatográfica aberta de sílica gel, sendo utilizado como fase móvel solventes de polaridade crescente. A fração diclorometano foi submetida ao refracionamento em cromatografia em camada preparativa, utilizando como fase móvel o diclorometano, sendo obtidas 3 subfrações. O extrato etanólico, suas frações e subfrações foram submetidos a análises cromatográficas e espectrofotométricas. Todas as amostras foram submetidas aos ensaios: viabilidade celular (MTT), da capacidade antioxidante (DPPH), cometa e micronúcleo. A partir do extrato etanólico obteve-se uma fração rica em naftoquinona (Fração diclorometano). O fracionamento desta levou ao isolamento da isoeleuterina (fração S2 e majoritária), sendo a fração S3 minoritária (não identificada e não testadas). Estudos cromatográficos e espectrofotométricos permitiram a identificação de S2 (isoeleuterina). O fracionamento contribuiu positivamente para citotoxicidade em células VERO, sendo a amostra mais citotóxica a S1. Para células HepG2, a citotoxicidade foi concentração dependente, sendo que o fracionamento não contribuiu positivamente para esta. Também, em relação ao tempo, quanto maior o tempo de exposição, menor foi a citotoxicidade para as células HepG2. A capacidade antioxidante máxima foi observada para subfração S1, sendo que esta possuiu baixa genotoxicidade em ambos os métodos e foi a mais citotóxica. A fração diclorometano possui uma capacidade antioxidante intermediaria, porém apresentou uma elevada genotoxicidade no ensaio do micronúcleo. A isoeleuterina (S2) mostrou-se menor capacidade antioxidante, menor citotoxicidade e resultados conflitantes na genotoxicidade. O extrato etanólico possuiu a menor capacidade antioxidante, genotoxicidade moderada e menor citotoxicidade. Ao se analisar os resultados verifica-se que: a subfração S1 é a mais promissora como candidato a 9 fármaco antimalárico, visto possuir taxas de citotoxicidade e genotoxicidade em níveis aceitáveis. A isoeleuterina necessita de investigações complementares sobre a genotoxicidade. Em relação à fração diclorometano desaconselha-se seu uso para o desenvolvimento do medicamento antimalárico, visto ser a mais genotóxica.Tese Acesso aberto (Open Access) Exposição ao mercúrio e desenvolvimento motor de crianças quilombolas na região do Baixo Amazonas(Universidade Federal do Pará, 2014) TAKANASHI, Silvania Yukiko Lins; PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento; http://lattes.cnpq.br/6353829454533268Na Amazônia a exposição ao mercúrio (Hg) pode ser considerada crônica, com as principais áreas de estudo localizadas em áreas com histórico de atividades de mineração de ouro, uma das fontes desse metal. Recentemente tem se atribuído a liberação a partir da biomassa e dos solos durante a queima de floresta e aos solos ferralíticos com quantidades significativas de Hg. A constatação da presença de Hg em humanos e em peixes e as consequências da exposição ao metal, já documentadas na literatura, levam a uma preocupação quanto à saúde da população exposta. Os quilombolas, uma das populações tradicionais da região do baixo Amazonas, apresentam um forte vínculo com o meio ambiente que ocupam e tem no peixe uma opção de dieta, meio de subsistência e possibilidade de exposição ao Hg, motivo da sua participação nessa pesquisa, que objetivou avaliar a exposição mercurial de crianças quilombolas e a interferência no desenvolvimento motor. Participaram do estudo 279 crianças, residentes em nove comunidades discriminadas como de áreas de várzea (Saracura, Arapemã, Nova Vista do Ituqui, São José e São Raimundo do Ituqui) e de planalto (Bom Jardim, Tiningu, Murumuru, Murumurutuba). A avaliação de amostras capilares revelou valores de mercúrio total (HgT) de 0,03 a 14,94μg/g, com as crianças de várzea estando mais exposta que as de planalto (p-valor=0,011). Foi identificada uma correlação estatisticamente significante dos valores de HgT com a idade (p-valor=0,010) e com o sexo masculino (p-valor=0,001). A frequência de consumo de peixes, elevada nas comunidades, mostrou correlação estatística com os níveis de HgT das crianças. A investigação do desenvolvimento motor, realizada pela Escala de desenvolvimento Motora (EDM) proposta por Rosa Neto (2002), revelou não haver diferença média estatisticamente no resultado do quociente motor geral (QMG) entre as crianças do grupo controle, com HgT abaixo de 2μg/g, e do grupo pesquisa, com HgT acima de 2μg/g. Na avaliação das áreas da motricidade foi constatado diferença estatisticamente significante: no resultado normal alto da motricidade fina entre os grupo (p-valor<0,001), com o grupo controle apresentando melhores resultados; no resultado normal alto do esquema corporal (p-valor=0,034), com o grupo controle com melhores resultados; no resultado muito inferior da organização temporal (p-valor=0,004) para o grupo pesquisa e resultado normal baixo, com maiores frequência no grupo controle (p-valor=0,003). Em relação às medidas antropométricas, identificaram-se diferenças estatísticas nos resultados de peso do grupo pesquisa (p-valor=0,012), assim como as crianças com baixa estatura (p-valor=0,001), com piores resultados na EDM. A investigação de parasitoses intestinais, anemia e classificação socioeconômica, outros prováveis interferentes do desenvolvimento infantil dessa população, revelou diferenças estatisticamente significantes da EDM para a ocorrência de anemia apenas (p-valor=0,041). As crianças quilombolas estão expostas ao Hg, apesar de não residirem próximas de áreas de garimpo. A orientação sobre o consumo consciente de peixes foi realizada, mas essa população deve ser monitorada, pois o Hg pode continuar a afetar progressivamente o seu desenvolvimento.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Levels of As, Cd, Pb and Hg found in the hair from people living in Altamira, Pará, Brazil: environmental implications in the Belo Monte area(2009) CARVALHO, Antonio Sergio Costa; SANTOS, Alberdan Silva; PEREIRA, Simone de Fátima Pinheiro; ALVES, Claudio NahumAmostras de cabelo foram utilizadas como bioindicador para avaliar os níveis de As, Cd, Pb e Hg na população residente na área "Volta Grande" do rio Xingu, no Norte do Brasil. As concentrações de As e Cd estão de acordo com os valores encontrados na literatura, no entanto, foram encontrados valores anômalos de Pb e Hg , o que pode sugerir uma variação inter-regional. Os elevados valores encontrados de Pb e Hg, em cabelos de moradores da Ilha do Canteiro, podem ser atribuídos à exposição ambiental das famílias, por estarem em uma área ambiental impactada pela mineração de ouro. A aplicação dos métodos de estatística multivariada mostrou que a concentração dos metais, estudados neste trabalho, pode ser classificatória entre pessoas de localidades diferentes do município de Altamira. Os resultados neste trabalho refletem o impacto ambiental destes elementos sobre a saúde dos habitantes desta área de garimpagem de ouro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Marcadores oxidantes e antioxidantes em populações expostas ao mercúrio em diferentes regiões geográficas do estado do Pará, Amazônia brasileira(Universidade Federal do Pará, 2014) OLIVEIRA, Claudia Simone Baltazar de; PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento; http://lattes.cnpq.br/6353829454533268Este trabalho teve como objetivo avaliar os níveis de Hg-T, estresse oxidativo e defesas antioxidantes em populações consumidoras de pescado de diferentes regiões geográficas do estado do Pará.As comunidades selecionadas para o estudo foram: Samaúma, Caratateua, e Barreiras todas localizadas no estado do Pará. Participaram 51 residentes de Samaúma, 96 de Caratateua e 52 de Barreiras, de ambos os sexos, entre 13 e 55 anos de idade. Foram coletadas amostras de cabelo e sangue durante as visitas as comunidades para analise de Hg-T e bioquímica oxidativa e antioxidatva em 2013. A dosagem de GSHtotal, GSSG e GSH foi realizada em campo. Para a quantificação de TEAC e MDA, as amostras foram congeladas e analisadas no laboratório de estresse oxidativo do NMT. As analises de Hg-T foram realizadas no laboratório de toxicologia humana e ambiental do NMT. O Hg-T em Samaúma foi 0.9 μg/g. Caratateua 1.9 μg/g , máximo de 20.7 μg/g. Barreiras 4.6 μg/g e máximo de 15.7 μg/g de Hg-T. Na dosagem de Hg foi observada diferença estatística altamente significativa entre as comunidades. Quanto a frequência da ingestão de peixe, os níveis de Hg-T de Caratateua e Barreiras diferiram estatisticamente quando comparada aos níveis de Samaúma nas categorias > 2 refeições. A relação entre a GSSG/GSH foi maior na comunidade de Barreiras, 10. Caratateua e Barreiras apresentaram níveis de TEAC semelhantes estatisticamente 0,6 mm/L. Na dosagem de MDA, Caratateua apresentou os maiores níveis, 3.1 ml/MDA, diferindo estatisticamente das demais comunidades. Somente a comunidade de Barreiras apresentou fraca correlação negativa entre os níveis de Hg-T e GSH. Conclui-se que a população de Samaúma e Barreiras apresentou menor e maior grau de exposição ao Hg respectivamente. No entanto, 11% comunidade de Caratateua apresentou níveis acima do preconizado pela OMS. Barreiras e Caratateua apresentaram maiores de grau de oxidação celular. Desta maneira, há necessidade de mais estudos, na comunidade de Caratateua. Além da aplicação de medidas educativas na alimentação, como: introdução de antioxidantes, a escolha das espécies de peixe e variabilidade na dieta.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Mercury toxicity in the Amazon: contrast sensitivity and color discrimination of subjects exposed to mercury(2007-03) RODRIGUES, Anderson Raiol; SOUZA, Cleidson Ronald Botelho de; BRAGA, Alexandre Melo; RODRIGUES, Paulo Sergio Silva; SILVEIRA, Antonio Tobias; DAMIN, Enira Teresinha Braghirolli; CÔRTES, Maria Izabel Tentes; CASTRO, Antonio José de Oliveira; MELLO, Guilherme Arantes; VIEIRA, José Luiz Fernandes; PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento; VENTURA, Dora Selma Fix; SILVEIRA, Luiz Carlos de Lima
