Teses em Zoologia (Doutorado) - PPGZOOL/ICB
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3419
O Doutorado Acadêmico foi criado em 1999 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) foi consolidado como um convênio entre Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
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Tese Acesso aberto (Open Access) Revisão taxonômica e filogenômica de Saimiri Voigt, 1831 (Primates, Cebidae)(Universidade Federal do Pará, 2019-07) MERCÊS, Michelle Pinto; LYNCH, Jessica Ward; http://lattes.cnpq.br/4735211013363847; SILVA JÚNIOR, José de Sousa e; http://lattes.cnpq.br/4998536658557008Os macacos-de-cheiro (gênero Saimiri Voigt, 1831) são primatas neotropicais de pequeno porte (650- 1200g), amplamente distribuídos na Bacia Amazônica, além de dois taxa que ocorrem na América Central. Existe grande divergência em relação ao número de espécies reconhecidas, podendo variar de 2 a 12 taxa. Recentemente diversos trabalhos foram publicados utilizando DNA mitocondrial visando entender a origem e diversificação de Saimiri, bem como o relacionamento entre as espécies. Entretanto, mesmo após estas publicações a diversidade e o relacionamento intra genérico ainda apresenta divergências, não havendo cogruência entre os dados morfológicos e genéticos. O presente estudo teve como objetivo propor uma hipótese filogenética para Saimiri através de parte do genoma (double digest restriction-site associated DNA sequencing - ddRADseq), assim como revisar taxonomia do genêro e sua distribuição. Esta tese está dividida em três capítulos. No primeiro, “Phylogenomics of Amazon squirrel monkeys (Saimiri; Primates; Cebidae)”, foram analisadas 44 amostras de tecido e seis de sangue para obtenção de uma filogenia molecular de parte do genoma (ddRADseq) através da análise de Máxima Verossimilhança e de uma árvore datada através do BEAST. Verificou-se a estrutura entre as populações estudadas através do STRUCTURE. Recuperou- se a monofilia recíproca entre o grupo Gótico e Romano. Além disso, as árvores recuperaram dez linhagens dentro de Saimiri da Bacia Amazônica, confirmando que a diversificação intra-genérica é recente, tendo ocorrido no Pleistoceno. No segundo capítulo, “How many squirrel monkey (Saimiri Voigt, 1831) species are there? A morphological diagnosis and refined mapping of geographical distribution”, foram analisados 887 espécimes de todas as espécies atualmente reconhecidas, incluindo 18 espécimes tipos. Foi verificada a congruência entre os resultados de análises morfológicas com a filogenia obtida no primeiro capítulo. Os resultados apoiam a existência de dois grupos morfológicos (Romano e Gótico) e o reconhecimento de 13 espécies, sendo uma espécie nova. Para cada uma delas são apresentados sinonímia, material tipo, localidade tipo, diagnose, variação, comparação com outras espécies, distribuição, comentários, status de conservação e material examinado. No terceiro capítulo, “New records of Saimiri collinsi Osgood, 1916 (Cebidae, Primates), with comments on habitat use and conservation”, a distribuição geográfica da espécie Saimiri collinsi, foi ampliada para uma área de transição entre Amazônia e Cerrado, indicando também a necessidade de monitoramento dessas populações devido à intensa ação antrópica na região que reduziu o habitat da espécie na maior parte do Maranhão e no norte do Tocantins.Tese Acesso aberto (Open Access) Conservação de tartarugas marinhas na costa maranhense, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2022-03) RIBEIRO, Luis Eduardo de Sousa; BARRETO, Larissa Nascimento; http://lattes.cnpq.br/1295307492454506; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-3396-4821; PEZZUTI, Juarez Carlos Brito; http://lattes.cnpq.br/3852277891994862; https://orcid.org/0000-0002-5409-8336Tartarugas marinhas têm longo histórico de exploração humana em todo o mundo, o que tem contribuído para o declínio populacional das espécies, juntamente com outras ameaças, com destaque para a captura acidental por diversos tipos de pesca, destruição dos hábitats e poluição. Atualmente, a interação com a pesca é a maior causa de mortandade entre as tartarugas marinhas, seguida por ingestão de material inorgânico (lixo). O acúmulo desses resíduos no mar, principalmente os plásticos, tem atraído uma considerável atenção nas últimas décadas, visto que a poluição é uma grande ameaça para a vida marinha. Neste trabalho, realizamos o mapeamento das áreas de ocorrência e de nidificação de cada espécie de tartaruga marinha na zona costeira do Estado do Maranhão, a análise da frequência de encalhes ao longo dos anos e a avaliação dos impactos sobre as populações de tartarugas marinhas no Parque Nacional (PARNA) dos Lençóis Maranhenses, assim como a composição da dieta e ingestão de resíduos sólidos. Essa pesquisa inclui registros de encalhes de animais vivos ou mortos durante os anos de 2005 a 2020, oriundos do banco de dados do Projeto Queamar - Quelônios Aquáticos do Maranhão – UFMA e de campanhas bimestrais ao PARNA dos Lençóis Maranhenses. Cinco espécies de tartarugas marinhas foram observadas (Caretta caretta, Eretmochelys imbricata, Lepidochelys olivacea, Chelonia mydas e Dermochelys coriacea), com registros reprodutivos para duas delas (E. imbricata e L. olivacea), ao longo de todo o litoral maranhense. Dos impactos registrados, a interação antrópica foi o fator mais notado (n=35), sendo o afogamento e a amputação as principais consequências do emalhamento (n=12). A obstrução intestinal causada pela ingestão de material inorgânico também foi frequentemente observada (n=13). Durante o período da pesquisa, foram realizadas duas Pesquisas Sísmicas Marítimas Marinhas 3D para prospecção de petróleo e gás, e que coincidiram com um aumento significativo na frequência de encalhes no PARNA dos Lençóis Maranhenses, que podem ter sido provocados pela poluição sonora causada pelos ruídos dos canhões de ar. Ainda que o litoral maranhense seja coberto por áreas legalmente instituídas para conservação, como o PARNA Lençóis Maranhenses e a RESEX de Cururupu, estudos a longo prazo sobre espécies de ciclo migratório internacional, como as tartarugas marinhas, que ocupam posição importante no cenário de conservação, possibilitam detectar tendências temporais e mudanças, assim como avaliar os impactos das zonas de atividades antropogênicas costeiras.Tese Acesso aberto (Open Access) Influência dos fatores ambientais sobre a estrutura de comunidade de peixes em diferentes ambientes aquáticos na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2024-04) SILVA, Ronaldo Souza da; ORTEGA, Jean Carlo Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/7951329810755189; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-5097-9382; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099; https://orcid.org/0000-0001-9370-6747A diversidade de espécies varia no tempo e no espaço como reflexo da disponibilidade de recursos, condições adequadas e interações bióticas que podem localmente excluir espécies do conjunto regional. Compreender o que causa as variações nas espécies ainda se mostra desafiador para os ecólogos, mas já se sabe que variáveis bióticas (interações) e abióticas (condições do ambiente) são fatores importantes para determinar a riqueza e abundância de peixes. Condições ambientais atuam de formas distintas nos diversos ecossistemas aquáticos, levando à estruturação diferenciada da assembleia de peixes associada. Nesse contexto, o objetivo central desta tese foi avaliar como os fatores ambientais locais e regionais influenciam a estrutura da assembleia de peixes em diferentes ecossistemas aquáticos no sudoeste da Amazônia. Para isso, primeiramente foi avaliado como o ambiente afeta a comunidade de peixes em praias de rios. Em seguida, foi analisado como o ambiente e aspectos regionais influenciam a estrutura da comunidade de peixes associados a bancos de macrófitas aquáticas em ambientes de lagos. Por fim, avaliamos como a estrutura da comunidade de peixes em riachos responde a fatores ambientais locais e regionais. Nos ambientes de praia, constatamos que temperatura, oxigênio dissolvido e profundidade foram importantes para determinar a variação na composição de espécies de peixes, sendo a temperatura a única variável que influenciou a riqueza de espécies. Para os peixes dos bancos de macrófitas dos lagos, os resultados indicaram que as variáveis ambientais locais e regionais (espaço e período hidrológico) influenciaram a estrutura das comunidades de peixes. Para a riqueza de espécies, as variáveis foram profundidade do banco de macrófitas, tamanho do banco e espaço. Quanto à composição, os fatores ambientais como a composição de macrófitas, o tamanho do banco, a riqueza de macrófitas e as variáveis regionais como o espaço e o período hidrológico foram relevantes, sendo o período hidrológico foi o maior preditor dessa variação, evidenciando que o pulso de inundação é um forte determinante na estrutura das assembleias de peixes associadas aos bancos de macrófitas em lagos da planície amazônica. Por fim, analisamos a influência dos fatores ambientais locais, regionais (paisagem) e espaciais sobre a estrutura das assembleias de peixes em riachos de terra firme na Amazônia ocidental. A riqueza de espécies foi influenciada pela porcentagem de floresta e pelo componente espacial (identidade das Unidades de Conservação), enquanto a composição de espécies foi influenciada pelas variáveis físicas do habitat e do espaço, indicando que a assembleia de peixes em riachos amazônicos responde a ambientes íntegros e com características de habitat capazes de sustentar a permanência dessas assembleias dentro e entre as bacias hidrográficas.Tese Acesso aberto (Open Access) Impacto dos fatores antropogênicos e ambientais na dinâmica do microbioma e nas interações hospedeiro-patógeno em anfíbios(Universidade Federal do Pará, 2025-04) MOSER, Camila Fernanda; BECKER, Guilherme; PELOSO, Pedro Luiz Vieira Del; http://lattes.cnpq.br/0963420424755544; https://orcid.org/0000-0003-0127-8293Os anfíbios estão entre os vertebrados mais ameaçados, com 41% das espécies em risco de extinção devido à perda de habitat, mudanças climáticas, espécies invasoras e doenças emergentes. Um fator crucial para sua saúde é a microbiota cutânea, uma comunidade de microrganismos simbióticos que contribuem para a imunidade e resistência a doenças. No entanto, esse microbioma é altamente sensível a distúrbios ambientais, que podem alterar sua composição e reduzir suas funções protetoras. Uma das principais ameaças aos anfíbios é a quitridiomicose, causada por Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), um patógeno que compromete a integridade da pele e enfraquece as defesas do hospedeiro, levando a altas taxas de mortalidade. Essa infecção interage com estressores ambientais, como poluição e degradação do habitat, aumentando a vulnerabilidade dos anfíbios. Esta tese investiga a composição e os fatores ecológicos que influenciam a microbiota cutânea dos anfíbios, suas interações com Bd e os efeitos das perturbações ambientais. Os resultados mostram que a diversidade do microbioma varia entre espécies, estações do ano e condições ambientais. Um estudo de caso sobre a dinâmica do Bd em diferentes espécies e ambientes demonstrou que a prevalência e a carga da infecção foram menores em temperaturas mais altas e em espécies com hábitos não aquáticos, sugerindo que fatores abióticos e a ecologia dos hospedeiros influenciam significativamente a suscetibilidade ao Bd. Além disso, foram observadas variações sazonais na composição da microbiota, com uma redução na diversidade microbiana nos meses mais frios. Essas mudanças sazonais podem estar relacionadas a alterações no comportamento dos anfíbios e na função imunológica, ress altando a importância do monitoramento de longo prazo das interações entre microbiota, hospedeiro e patógeno. Em conclusão, esta tese fornece novos insights sobre as complexas interações entre microbiota de anfíbios, mudanças ambientais e dinâmica de doenças. Compreender como as perturbações antrópicas e as variações sazonais moldam a diversidade do microbioma é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de conservação. Pesquisas futuras devem focar no monitoramento a longo prazo dos microbiomas dos anfíbios, explorar o papel da microbiota em estágios larvais na resistência a patógenos e investigar intervenções baseadas no microbioma para apoiar populações de anfíbios diante das crescentes ameaças ambientais.Tese Acesso aberto (Open Access) Sistemática molecular e diversificação dos gêneros Nonnula e Monasa (Aves: Bucconidae)(Universidade Federal do Pará, 2016-10) SOARES, Leonardo Moura dos Santos; SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; http://lattes.cnpq.br/7941154223198901; https://orcid.org/0000-0001-8819-867XAs florestas Neotropicais compreendem uma das regiões biogeográficas mais ricas em termos de biodiversidade. E a origem da diversidade Neotropical e sua distribuição espacial tem sido abordada em uma perspectiva biogeográfica, assumindo que essa elevada diversidade foi resultado de fatores históricos associados à mudança da paisagem nessa região. Várias hipóteses biogeográficas baseadas, principalmente, em eventos vicariantes foram propostas na tentativa de explicar os padrões geográficos nos quais se organiza a diversidade biológica na região Neotropical. Dentre elas destacamos: o soerguimento dos Andes, refúgios florestais do Pleistoceno, rios como barreiras e incursões marinhas do Mioceno. Dentro desse contexto, utilizamos dois gêneros da Família Bucconidae: Monasa e Nonnula para tentar interpretar esses padrões de diversificação Neotropical. Esta tese teve como objetivos, reconstituir as relações filogeográficas entre os táxons que compõem os gêneros Nonnula e Monasa, a partir de marcadores moleculares nucleares e mitocondriais; datar os eventos cladogenéticos para inferir quais processos históricos foram responsáveis pela diversificação e tentar estimar o efeito de cada um destes processos entre os diferentes táxons que os vivenciaram. Foram sequnciadas 100 amostras distribuidas em 6 espécies do gênero Nonnulo e 166 amostras para as 4 especies reconhecidas para o gênero Monasa. Nossos dados indicam incongruência entre o tratamento taxonômico atual e a história evolutiva de Nonnula. Nossa análise recuperou 19 linhagens recíprocas monofiléticas dentro de Nonnula, revelando a existência de pelo menos 6 espécies biológicas no complexo N. rubecula. Além disso, nossa análise recuperou 10 linhagens recíprocas monofiléticas em N. ruficapilla que apresentaram parafilética com N. amaurocephala. As distribuições dessas linhagens geralmente coincidem com áreas neotropicais conhecidas de endemismo (AE). Já para o gênero Monasa foram delimitadas 12 linhagens bem suportadas estatisticamente, e que a taxonomia tradicional não representa a diversidade de linhagens desse grupo. Com exceção de Monasa atra, todas as espécies mostraram estruturação filogeografica. Foram recuperadas duas linhagens em M. flavirostris, duas linhagens em M. nigrifrons e 7 linhagens em M. morphoeus. Essas linhagens estão delimitadas pelos principais rios amazônicos. M. flavirostris foi a primeira linhagem a se diversificar, seguido por M. morphoeus que é o táxon irmão de M. atra e M. nigrifrons. A diversidade filogenética desses dois gêneros é subestimada pela taxonomia atual, fornecendo um exemplo de como endemismo enigmático amplamente distribuidos pode ser um bom exemplo para se estudar os padrões filogeográficos na região Neotropical, especialmente na Amazônia.Tese Acesso aberto (Open Access) Revisão taxonômica e análise filogenética do gênero Protopolybia Ducke, 1905 com uso de caracteres morfológicos e moleculares (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae)(Universidade Federal do Pará, 2018-05-27) SANTOS JUNIOR, José Nazareno dos; SILVEIRA, Orlando Tobias; http://lattes.cnpq.br/9654506257169791; https://orcid.org/0000-0002-5899-199XPolistinae é uma das mais diversas subfamílias de Vespidae com cerca de 950 espécies, 25 gêneros e quatro tribos. Seus representantes são reconhecidos por apresentarem garras tarsais simples e ausência de paratégula. Ducke (1905) descreveu dois novos gêneros para Polistinae: Protopolybia e Pseudochartergus. Bequaert (1938) revisou Pseudochartergus reconhecendo somente duas espécies. Bequaert (1944a) realizou a primeira revisão de Protopolybia, na qual descreveu quatro espécies novas, considerou P. minutissima e P. sedula como formas de uma única espécie e definiu P. bella como espécie tipo do gênero. Richards (1978) fez a segunda revisão de Protopolybia e o gênero passou a compreender 23 espécies e duas subespécies. Por considerar inconsistentes os caracteres diagnósticos de Pseudochartergus e Protopolybia, Carpenter e Wenzel (1989) propuseram sua sinonímia, reconhecendo como caráter diagnóstico a presença de um processo posterior medial no metanoto. Carpenter (2011) propôs a sinonímia de quatro espécies do gênero. Santos-Junior et al. (2015) revisaram o grupo de Protopolybia exigua e usando caracteres morfológicos propuseram a primeira filogenia para Protopolybia sensu Carpenter & Wenzel (1989). Contudo, ainda existe um razoável número de espécies cuja identificação é imprecisa. Assim, esse projeto buscou ampliar o conhecimento sobre a taxonomia e o relacionamento filogenético das espécies de Protopolybia através de uma revisão e elaboração de uma filogenia usando caracteres morfológicos e moleculares. Para análise molecular foram isolados os fragmentos do genoma nuclear e mitocondrial - citocromo subunidade I (COI), 28s, 12s e 16s, contudo apenas o primeiro e ultimo foram utilizados. Como resultados têm-se notas adicionais para o grupo de Protopolybia exigua, assim como a descrição de uma nova espécie. Para o grupo de espécies P. sedula, todas as espécies são redescritas, uma nova chave de identificação é apresentada e as genitálias de P. weyrauchi e P. sedula são descritas. No grupo de espécies de P. picteti-emortualis, duas novas espécies são descritas. No grupo de espécies de P. chartergoides, propõe-se a sinonimização de uma subespécie, e redescreve-se as quatro espécies válidas, bem como a genitália masculina de P. chartergoides, P. fuscatus e P. pallidibalteatus. Quanto à filogenia de Protopolybia, a hipótese de monofilia do grupo de espécies de P. chartergoides é corroborada. A sua posição relativa dentro de Protopolybia é resolvida, com indicação de uma relação mais estreita com o grupo de P. sedula. Por outro lado, na presente análise o grupo de P. exigua resulta parafilético.Tese Acesso aberto (Open Access) Filogenia do gênero Mischocyttarus de Saussurre, baseado em caracteres morfológicos e moleculares, e revisão taxonômica do subgênero Megacanthopus Ducke (Hymnoptera, Vespidae, Polistinae)(Universidade Federal do Pará, 2019-03) FELIZARDO, Sherlem Patrícia de Seixas; SILVEIRA, Orlando Tobias; http://lattes.cnpq.br/9654506257169791; https://orcid.org/0000-0002-5899-199XTese Acesso aberto (Open Access) Influência de diferentes práticas de uso da terra sobre a fauna de riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2019-02-27) SOUSA, Híngara Leão; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099Os distúrbios causados por atividades de uso da terra têm provocado uma série de efeitos negativos sobre a biodiversidade de riachos. Por isso, essa tese foi desenvolvida com o objetivo de contribuir com informações sobre os efeitos dessas atividades na biodiversidade de riachos na Amazônia. A tese está organizada em três capítulos. O primeiro consiste em uma revisão de trabalhos que estudaram os efeitos dos usos da terra sobre a fauna de riachos amazônicos nos últimos 25 anos, a fim de mostrar o cenário da pesquisa científica na região. O segundo capítulo teve como objetivo avaliar os efeitos de três práticas de uso da terra (exploração madeireira manejada, exploração madeireira convencional e pastagem) em assembleias de peixes de riachos, considerando os impactos sobre a estruturação da comunidade e sobre características de nicho das espécies. Por fim, o objetivo do terceito capítulo foi avaliar a singularidade ecológica de assembleias de peixes nessas áreas, a fim de identificar os tipos de uso da terra e as espécies que mais contribuem para a diversidade beta da ictiofauna de riachos na região. Como resultados gerais do primeiro capítulo, foram encontrados 42 artigos na literatura avaliando os efeitos do uso da terra em comunidades de peixes e macroinvertebrados em riachos da Amazônia, principalmente em áreas de exploração madeireira. Recentemente, tem ocorrido um aumento de estudos na região, onde apenas os últimos quatro anos contabilizaram 74% dos registros. Porém, identificamos uma falta de informações sobre o histórico de uso da terra nas áreas estudadas, ausência de estudos utilizando apenas o grupo dos crustáceos como táxon bioindicador e poucos estudos multi-táxon. No segundo capítulo, foi encontrado maior impacto negativo das práticas de exploração madeireira convencional e pastagem sobre a ictiofauna de riachos, e nenhum efeito foi observado em áreas de exploração manejada. Além disso, a pastagem foi o principal uso da terra responsável pela separação de nicho das espécies, sustentando espécies com maior marginalidade e menor amplitude de nicho. Por fim, no terceiro capítulo, a pastagem foi o uso que mais contribuiu para a diversidade beta, principalmente devido à grande variação observada nos níveis de perturbação associados a essa prática. Além disso, espécies especialistas e generalistas de habitat contribuíram para a diversidade beta na área. Concluindo, os resultados dessa tese mostraram que diferentes usos da terra causam efeitos particulares sobre comunidades de riachos e sugerem que diferentes abordagens podem ser úteis na avaliação de impacto ambiental sobre esses ecossistemas.Tese Acesso aberto (Open Access) Revisão taxonômica e análise cladística do gênero Novamundoniscus Schultz, 1995 (Crustacea: Isopoda: Oniscidea)(Universidade Federal do Pará, 2018-07-02) CARVALHO, Jonathas Teixeira Lisboa; ARAÚJO, Paula Beatriz de; http://lattes.cnpq.br/6693864880223173; BONALDO, Alexandre Bragio; http://lattes.cnpq.br/8721994758453503O táxon Oniscidea (ordem Isopoda) foi criado por Latreille em 1802. A partir de Schmalfuss (1989), o monofiletismo de Oniscidea foi aceito, com base nos caracteres comuns a todos os Oniscidea. A família Dubioniscidae foi instituída por Schultz para incluir os gêneros Dubioniscus, Calycuoniscus e Phalloniscus, anteriormente alocados na família Bathytropidae, além do gênero Novamundoniscus para alocar as espécies das Américas previamente incluídas em Phalloniscus. O presente estudo teve, por objetivo, testar a hipótese de monofiletismo do gênero, estabelecendo relações de parentesco entre seus integrantes, com base em dados morfológicos. Elaborar uma hipótese de relacionamento filogenético entre Novamundoniscus e os demais gêneros de Dubioniscidae. Revisar Novamundoniscus, redescrevendo espécies conhecidas e descrevendo eventuais espécies novas. O trabalho é apresentado em capítulo único, dividido em duas partes (taxonomia e filogenia de Novamundoniscus). Ao todo, 18 espécies de Dubioniscus, Novamundoniscus e Phalloniscus foram analisadas e uma matriz com 73 caracteres foi gerada. A árvore final revelou o monofiletismo de Dubioniscidae, mas a inclusão de terminais adicionais torna-se necessária para confirmar as relações entre as espécies que compõem Novamundoniscus, que se revelou um clado parafilético no presente estudo. Os resultados da analise filogenética aqui apresentada são considerados provisórios, e como tal, as implicações taxonômicas da topologia discutida não foram adotadas na revisão de Novamundoniscus. Contudo, as otimizações dos caracteres nesta topologia fornecem conclusões importantes para o entendimento da história evolutiva dos táxons analisados e a matriz de caracteres proporciona uma base sólida para a continuidade desta linha de pesquisa.Tese Acesso aberto (Open Access) As aves do estado do Maranhão: atualização do conhecimento e conservação em uma região de ecótono entre a floresta Amazônica e Cerrado(Universidade Federal do Pará, 2018-09-12) CARVALHO, Dorinny Lisboa de; SILVA, Daniel de Paiva; http://lattes.cnpq.br/1409353191899248; SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; http://lattes.cnpq.br/7941154223198901O estado do Maranhão localiza-se entre o leste da Amazônia e o norte do Cerrado, apresentando uma grande variedade de ambientes em sua área ecotonal. Devido a esta heterogeneidade ambiental, o Maranhão possui uma das mais ricas avifauna do Brasil. Contudo toda esta riqueza também está situada entre as províncias biogeográficas mais ameaçadas do mundo. Com o intuito de contribuir para o conhecimento e conservação da avifauna nesta região, este estudo teve como principais objetivos nos seguintes capítulos: 1) a revisão e atualização da lista de espécies de aves do maranhão, buscando identificar lacunas de amostragem ainda existentes no Estado; 2) testar a efetividade do sistema de Áreas protegidas (APs) e Terras Indígenas (TIs) do Estado na proteção de espécies de aves ameaçadas e endêmicas, utilizando SDMs e; 3) avaliar os potenciais impactos das alterações climáticas na distribuição e conservação de 24 táxons de aves ameaçados que ocorrem no Estado, comparando as distribuições atuais e futuras previstas (2070) com o atual sistema de reservas, buscando identificar áreas potencialmente mais estáveis que podem servir como corredores de dispersão das espécies. No capítulo 1) registramos a ocorrência de espécies de aves, distribuídas em 88 famílias e 30 ordens. Assim, adicionamos 114 espécies novas (95 residentes, 13 migratórias e 6 vagantes) à lista reportada 27 anos para a mesma região. No capítulo 2) observamos que táxons com distribuições mais amplas são potencialmente tão protegidos quanto os táxons com distribuições menores e APs maiores são mais eficientes que APs menores. No entanto, as APs do Cerrado são na sua maioria mal alocadas. Sugerimos seis áreas prioritárias para conservação das aves presentes no Estado e destacamos a importância das TIs na conservação da biodiversidade. No capítulo 3) nossos resultados indicaram que, embora os táxons ameaçados da Amazônia e do Cerrado estejam potencialmente protegidos, em ambos os cenários, presente e futuro, a maioria dos táxons provavelmente apresentará declínios drásticos em suas populações e até mesmo a previsão de extinção global em um futuro próximo. Destacamos a possibilidade de criação de um sistema de corredores de dispersão que interliguem APs nesta região, bem como a implementação de políticas públicas para manutenção e mitigação das áreas adjacentes a esses corredores, visando a conservação da riqueza e diversidade de espécies nessa região.Tese Acesso aberto (Open Access) Padrões de distribuição de espécies de percevejos semi-aquáticos (Hemiptera: Gerromorpha): utilizando fatores ambientais e espaciais para determinar a estrutura das comunidades em riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2018-08-02) CUNHA, Erlane José Rodrigues da; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029Os ecossistemas lóticos amazônicos são sistemas complexos e dinâmicos, com uma extensa variação espacial e ambiental entre eles. Entender como as espécies aquáticas estão distribuídas é essencial para pensar em planos ou projetos de conservação desse bioma, fazendo-se necessária a tentativa de elucidar como tais condições fetam a distribuição dos organismos em resposta à especificidade de habitat e dispersão das espécies sob diferentes escalas. Diante desse cenário, esta tese teve o objetivo geral de avaliar como os fatores ambientais e espaciais estruturam as comunidades de percevejos semiaquáticos (Hemiptera) em riachos amazônicos. Para isso, dividimos a tese em três capítulos. No primeiro, avaliamos os fatores determinantes da estruturação das metacomunidades, considerando fatores ambientais, estrutura espacial linear e fluvial dentro de uma bacia de drenagem. Observamos que o efeito do ambiente teve maior influência sobre a estrutura da metacomunidade e somente fatores relacionados a dispersão via fluvial foram importantes para esses organismos. Assim, em escala de bacia hidrográfica, a estrutura da metacomunidade foi estruturada principalmente por species sorting sendo que mass effects pode atuar sobre a dispersão em escalas menores dentro da rede hidrográfica. No segundo capítulo analisamos os padrões de metacomunidades de percevejos semiaquáticos entre diferentes áreas biogeográficas da região amazônica. Em escala biogeográfica, encontramos que a limitação da variação das comunidades através do espaço foi determinante na estruturação da diversidade das comunidades. Esses resultados mostraram que ocorre alto turnover dentro das eco-regiões avaliadas devido à heterogeneidade ambiental. Além disso, a diversidade beta entre diferentes áreas biogeográficas da região amazônica evidenciou um padrão geral de decaimento da similaridade em decorrência das distâncias ambientais e espaciais. No terceiro capítulo, desconstruímos as comunidades de percevejos em assembleias de organismos ápteros e alados para avaliação da alteração do ambiente em áreas com alteração antrópica. Demonstramos que a composição das assembleias com espécies aladas difere da composição total da comunidade de percevejos, contudo, assembleias de ápteros e alados mostraram respostas associadas à perda de diversidade causada por atividade antrópica. Entretanto, as variáveis ambientais que estruturam essas assembleias foram diferentes, indicando que ocorre um trade-off entre reprodução (ápteros) e dispersão (alados) para o alcance do fitness dessas populações. Destacamos que características do habitat aquático em escala local, e a conectividade fluvial entre habitats são os principais determinantes na estruturação das comunidades desses organismos em escala de bacia hidrográfica. Considerando escalas biogeográficas, a limitação da dispersão através do espaço foi o principal fator na estrutura das comunidades, contudo, a diversidade beta entre regiões mostrou também ser dependente de fatores locais. Consideramos que a especificidade desses organismos em viver na superfície da água, além de mostrar forte relação com esse habitat, também evidencia que a locomoção sobre a superfície da água é o principal mecanismo a dispersão desses organismos na rede hidrográfica. Além disso, processos que determinaram os padrões de diversidade das comunidades atua em escalas locais até biogeográficas. Contudo, destacamos que avanços dos impactos de atividades antrópicas na Amazônia podem também interferir nesses processos e atuar sobre a distribuição das espécies entre os ecossistemas lóticos da região.Tese Acesso aberto (Open Access) Abelhas das orquídeas (Apidae: Euglossini) e as plantações de palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.) na Amazônia Oriental: mudanças na composição de espécies, tamanho corporal e diversidade funcional(Universidade Federal do Pará, 2018-08-02) BRITO, Thaline de Freitas; MAUÉS, Márcia Motta; http://lattes.cnpq.br/0976385386657517; CONTRERA, Felipe Andrés León; http://lattes.cnpq.br/0888006271965925Neste trabalho, foi avaliado o papel das reservas legais (RL) e das áreas de preservação permanente (APP) na manutenção das espécies de abelhas das orquídeas, e testada a influência de parâmetros abióticos e estruturais do hábitat sobre a diversidade taxonômica e funcional desse grupo. Além disso, foi investigada a ocorrência de variações fenotípicas (tamanho corporal e de asas e assimetria flutuante) como resposta ao estresse ambiental provocado por plantações de palma de óleo. Os machos de abelhas das orquídeas foram coletados em nove áreas (3 RL, 3 APP e 3 plantios de palma de óleo) no município de Tailândia, sudeste do estado do Pará. Em cada área foram instaladas seis estações de coleta separadas 500 m entre si, contendo seis armadilhas odoríferas; totalizando 36 armadilhas por área e 108 por tipo de hábitat. Foram comparadas as diferenças na abundância e riqueza observadas usando uma ANOVA One-Way, os padrões de composição de espécies foram avaliados através de uma PCoA, e também por uma análise de indicador de espécies. Uma RDA parcial foi aplicada para avaliar a influência de atributos do hábitat, do espaço e do tipo de hábitat sobre parâmetros taxonômicos e funcionais das abelhas. Adicionalmente, foram comparadas as variações de tamanho corporal e de asas dos indivíduos em função do tipo de hábitat. Os resultados deste trabalho indicam que os plantios de palma de óleo são caracterizados pela presença de poucos indivíduos e espécies, baixa diversidade funcional e por abelhas de maior tamanho corporal. Apesar disso, foram registradas quatro espécies associadas às RL, que podem ser indicadores úteis de comunidades de abelhas de orquídeas da floresta Amazônica. A estrutura do hábitat não foi um bom preditor da composição funcional e taxonômica, e não foram detectados níveis de assimetria flutuante, mas as abelhas dos plantios apresentaram asas maiores comparadas com as das áreas de floresta. Esta pesquisa destaca que as APPs desempenham um papel importante na manutenção da composição taxonômica e funcional das abelhas das orquídeas, o que poderia reforçar o fato de que as abelhas utilizam essas áreas como corredores de deslocamento em uma matriz formada por plantação de palma de óleo. Assim, tanto as RLs quanto as PPAs cumprem seu propósito de proteger a biodiversidade das abelhas das orquídeas.Tese Acesso aberto (Open Access) Revisão taxonômica do gênero Actinopus perty, 1833, com a descrição de quatro espécies novas de Missullena walckenaer, 1805 (Araneae, Mygalomorphae, Actinopodidae)(Universidade Federal do Pará, 2014-03-06) MIGLIO, Laura Tavares; Pérez-Miles, Fernando; BONALDO, Alexandre Bragio; http://lattes.cnpq.br/8721994758453503Tese Acesso aberto (Open Access) Influência da exploração madeireira na estrutura do hábitat e diversidade das assembleias de peixes de riachos na amazônia oriental(Universidade Federal do Pará, 2017-02-17) PRUDENTE, Bruno da Silveira; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099A exploração madeireira encontra-se entre as principais atividades responsáveis pelo descatamento na Amazônia, sendo considerada uma importante ameaça para biodiversidade dessa região. Contudo, a demanda do mercado internacional por produtos florestais sustentáveis resultou em uma substituição parcial do método de exploração convencional (EC) pela técnica de exploração de impacto reduzido (EIR), também condiderada uma importante estratégia para minimizar danos à floresta Amazônica e sua biodiversidade. No entanto, pouco se conhece sobre o efeito dessas atividades na estrutura e funcionamento dos ecossistemas de riachos e suas comunidades biológicas. Nesse sentido, o presente estudo objetivou avaliar o efeito dos diferentes métodos de exploração madeireira sobre a estrutura do habitat físico de riachos e diversidade taxonômica e funcional das assembleias de peixe desses ambientes, além da elaboração de índices multimétricos que permitam uma avaliação rápida e robusta da integridade ecológica desses ambientes. Foram amostrados 47 riachos na bacia do Rio Capim, sendo 13 em áreas não exploradas, 11 em áreas de EC e 23 em áreas de EIR. A estrutura do hábitat foi caracterizada com base em 19 variáveis ambientais, posteriormente comparada entre os diferentes métodos de exploração. As assembleias de peixes foram amostradas utilizando rede de mão, com um esforço padronizado, e avaliadas quanto a composição e diferentes componentes da diversidade funcional. Ambos os métodos de exploração madeireira resultaram em alterações na estrutura do habitat físico dos riachos, no entanto somente em áreas de EC essas alterações influenciaram na composição taxonômica das espécies de peixes. Em áreas de EIR, foram observadas apenas variações na abundância relativa das espécies de peixe em relação ao gradiente temporal de exploração. Apesar dos resultados acima, a presença da exploração madeireira, seja ela EC ou EIR não afetou componentes da diversidade funcional das assembleias de peixe. No entanto, alterações no habitat de raichos associados a presença da exploração madeireira estivera diretamente relacionado à atributos funcionais comumente associados a estratégias generalistas das espécies, as quais são comuns associadas a ambientes alterado. De acordo com os índices multimétricos, riachos em áreas de EIR apresentaram uma melhor integridade do habitat quando comparados a riachos em áreas de EC, mas que asinda sim foi inferior a integridade do habitat em riachos não explorados. Em média, áreas de EIR também apresentaram valores intermediários de integridade biótica, contudo, este diferiu somente em áreas de EC. Na região estudada, a EIR mostrou ser uma estratégia interessante para minimizar as alterações nos ecossistemas de riach resultante da exploração madeireira. Contudo, o presente estudo foi realizado apenas em uma escala espacial local, e considerando áreas que passaram por um único ciclo de exploração. Contudo as alterações no habitat físico demosntram que a EIR também influência na estrutura e consequentemente na integridade ecológica desses ambientes, reforçando a necessidade de um maior número de estudos para compreensão do real efeito dessa atividade nesses ambientes.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação dos efeitos da plantação de palmas (Elaeis guineensis) na conservação de anuros na Amazônia oriental(Universidade Federal do Pará, 2017-06-30) CORREA, Fabricio Simões; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; COSTA, Maria Cristina dos Santos; http://lattes.cnpq.br/1580962389416378Esta tese analisou os efeitos do cultivo de palmas de dendê (Elaeis guineensis) sobre a diversidade taxonômica e funcional de anuros na Amazônia oriental, além de como o grupo responde às variações ambientais nas áreas de cultivo e de florestas ao redor. Fizemos amostragens durante o mês de abril de 2012, 2015 e 2016, usando o método de parcelas de 2100 m² por procura ativa visual e acústica. Durante as coletas de 2016 também foram medidas variáveis microclimáticas (temperatura e umidade do ar) e estruturais do hábitat (profundidade e largura da poça, altura de serrapilheira, abertura de dossel e densidade de árvores) nas áreas de floresta e de plantação de dendê. Observamos maior riqueza e diversidade funcional nas florestas, com diferença na composição de espécies e distribuição dos caracteres funcionais entre esses dois ambientes. Nas plantações de palma de dendê, largura e profundidade do corpo d’água afetaram positivamente a riqueza e abundância total de anuros, respectivamente, enquanto que profundidade do corpo d’água e temperatura diurna tiveram influência na composição de espécies. Nas áreas de floresta, somente a abundância total de anuros foi afetada positivamente pela temperatura diurna e umidade noturna, enquanto que nenhuma variável ambiental afetou a composição de anuros nesse ambiente. Nossos resultados deixam claro que a conversão de hábitats florestais para monoculturas de palma de dendê afeta negativamente a diversidade de anuros tanto no nível taxonômico quanto funcional, tornando cada vez mais necessária a manutenção de florestas ao redor das monoculturas como forma de amenizar seus impactos.Tese Acesso aberto (Open Access) Efeitos ecológicos e evolutivos nos padrões de diversidade de aves na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2018-09-20) ALMEIDA, Sara Miranda; SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; http://lattes.cnpq.br/7941154223198901Estudos abrangendo diversidade filogenética e funcional têm sido cada vez mais utilizados para explicar os padrões de diversidade e organização de assembleias biológicas, constituindo ferramentas complementares à abordagem tradicional de avaliação de diversidade taxonômica (p.ex. riqueza de espécies). O conhecimento biogeográfico também pode contribuir para o entendimento desses padrões, uma vez que a distribuição geográfica de diferentes taxa depende de processos históricos relacionados à dispersão e à especiação e, dessa forma influenciando a formação dos pools regionais de espécies. Nesta tese avaliamos a influência de processos históricos e de fatores ambientais sobre a diversidade de assembleias de aves amazônicas. Compilamos dados da composição de 80 assembleias de aves, 12 em savanas e 68 em florestas de terra firme, totalizando 878 espécies. No Capítulo 1 avaliamos a diversidade filogenética e funcional de aves Passeriformes considerando dois fatores: a história biogeográfica de cada subordem (Passeri e Tyranni) e o tipo de habitat (floresta e savana). Verificamos a importância dos distintos habitats para a manutenção da diversidade de aves uma vez que, embora as savanas amazônicas apresentem baixa riqueza de espécies quando comparadas às florestas, este habitat possui assembleias com combinações únicas de atributos funcionais e linhagens específicas. Os resultados encontrados nesse capítulo evidenciaram que a maior diversidade funcional de Passeri em ambos os habitats e a maior diversidade filogenética de Tyranni em floresta de terra firme está relacionada à história biogeográfica de cada subordem e de sua adaptação ao tipo de hábitat. No Capítulo 2 testamos a contribuição das regiões biogeográficas da Amazônia (i.e., áreas de endemismo) e de variáveis climáticas para a composição de espécies e para a estrutura filogenética de assembleias de aves do dossel e do sub-bosque. Hipotetizamos que deve haver maior diferença na composição de espécies entre os interflúvios para as assembleias do sub-bosque, que são compostas por espécies com menor capacidade de dispersão, do que para as aves do dossel. Nesse capítulo, encontramos que as assembleias do sub-bosque foram mais influenciadas pelas barreiras biogeográficas do que as do dossel, corroborando nossa hipótese. As variáveis climáticas foram importantes para explicar a diversidade de espécies e para estrutura filogenética de ambos os grupos de aves. Com os resultados gerados nessa tese concluo que a diversidade de aves na Amazônia é resultado de processos relacionados à história biogeográfica, das características ecológicas das espécies e das condições ambientais.Tese Acesso aberto (Open Access) Padrões de diversidade e suas implicações para a conservação de Odonata (Insecta) em igarapés amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2018-08-03) BRASIL, Leandro Schllemmer; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029Conhecer os padrões de distribuição de espécies ao longo da paisagem e entender os mecanismos que os geram são perguntas extremamente relevantes, para que possamos avançar no conhecimento ecológico das comunidades biológicas. Essas questões supracitadas são essenciais para o gerenciamento e tomada de decisão sobre a conservação da biodiversidade, das condições ambientais e dos recursos ecossistêmicos. Nesta tese, utilizamos as comunidades de Zygoptera (Insecta: Odonata) de igarapés da Amazônia brasileira para investigarmos seus padrões de diversidade alfa (Capítulo 1), diversidade beta (Capítulo 2), elementos que estruturavam suas metacomunidades (Capítulos 3) e para uma análise de priorização espacial para conservação da ordem estudada na Amazônia (Capítulo 4). Utilizamos preditoras ambientais, biogeográficas e espaciais para investigar os mecanismos estruturantes para a distribuição das comunidades alvos da tese. Analisando a diversidade alfa (Capítulo 1) as hipóteses de heterogeneidade ambiental (clima) e produtividade primária foram mais importantes para os padrões de riqueza de espécies de Zygoptera. Considerando a diversidade beta (Capítulo 2), o turnover foi o componente mais importante para a mudança na composição de espécies ao longo da paisagem, conjuntamente com a distância espacial entre os sítios e a região biogeográfica (áreas de endemismo) foram as preditoras mais importantes para os padrões de diversidade beta de Zygoptera. Analisando os padrões de metacomunidades (Capítulo 3) verificamos que em comunidades de igarapés ambientalmente preservadas o padrão é Clementsiano, mas em comunidades de igarapés ambientalmente alterados o padrão é alterado para aninhamento de comunidades, onde estes igarapés representariam subconjuntos dos locais mais preservados. No quarto capítulo evidenciamos que a distribuição espacial das unidades de conservação da Amazônia não as torna eficiente para conservar o habitat de grandes porções de diversidade beta de Odonata. Uma vez que as áreas prioritárias estão localizadas principalmente na região sul da Amazônia e a maior parte destas áreas já está desmatada, pois estão inseridas dentro do arco do desmatamento, em seguida, considerando apenas áreas florestadas, as áreas prioritárias deslocam-se para a faixa mais central da Amazônia. Apartir daí sugerimos a criação de 2 novas unidades de conservação ou incentivos para atividades de baixo impacto nas regiões mais centrais, prioritárias e ainda florestadas, bem como, o incentivo para a restauração das áreas prioritárias já desmatadas. Uma possibilidade para isso, seria a implementação de programas que pagam por serviços ecossistêmicos, como créditos de carbono provenientes de reflorestamento, e/ou o desenvolvimento de atividades com menor impacto sobre a biodiversidade, como agrosilvicultura. Contribui consideravelmente para diminuir as lacunas wallaceanas e hutchisonianas de Zygoptera na Amazônia brasileira.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação dos efeitos de monocultura de palma de dendê na estrutura do habitat e na diversidade de peixes de riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2018-03-30) RUFFEIL, Tiago Octavio Begot; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099O cultivo de palma de dendê na Amazônia vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, alterando as características naturais da paisagem e constituindo uma possível ameaça à biodiversidade. As alterações provocadas se estendem aos ecossistemas aquáticos, que por serem altamente relacionados com a vegetação adjacente, também sofrem os impactos decorrentes dessa prática agrícola, como alterações na estrutura do habitat físico, afetando a distribuição das espécies e os processos ecossistêmicos. Com isso, estudos que avaliam o impacto dessa monocultura na Amazônia são fundamentais para subsidiar estratégias mais eficientes para a redução dos impactos e a manutenção da biodiversidade. Sendo assim, esta tese busca responder as seguintes perguntas: 1) Quais as diferenças entre riachos que drenam plantações de palma de dendê e fragmentos florestais quanto às estruturas do hábitat e das assembleias de peixes? 2) Quais os efeitos da substituição da floresta na paisagem por palma de dendê na estrutura física do habitat, bem como na diversidade taxonômica de peixes de riachos neotropicais? 3) Como os padrões de diversidade, taxonômica e funcional, das assembleias de peixes de riachos amazônicos respondem às alterações ambientais, do habitat físico e da paisagem, provocadas pela monocultura de palma de dendê? Para responder a essas questões foram amostrados e analisados 39 riachos na Amazônia Oriental. Para a caracterização do habitat físico de riachos foi aplicado um extenso protocolo da avaliação, gerando 238 variáveis ambientais do habitat, além da utilização de características da paisagem baseadas na porcentagem de usos de solo adjacente aos riachos. Para a coleta dos peixes utilizou-se rede de mão pelo período de seis horas em cada riacho. Foram tomadas medidas morfológicas e informações ecológicas das espécies coletadas para posterior cálculo dos atributos funcionais referentes ao terceiro capítulo. Com os resultados obtidos, verificou-se que as monoculturas de palma de dendê afetam a estrutura do habitat físico de riachos, modificando principalmente a morfologia do canal, a estrutura do substrato e a oferta de micro-habitat, como presença de madeiras e raízes. Consequentemente, a distribuição das espécies de peixes foi afetada, resultando em mudanças na estrutura das assembleias de peixes. Por outro lado, não foram registradas alterações na estrutura funcional dessas assembleias. Em resumo, estes resultados auxiliam a idenficar alguns problemas ocasionados pela expansão da palma de dendê na Amazônia, gerando conhecimento necessário para uma produção mais sustentável, minimizando os impactos ambientais e, consequentemente, protegendo a biodiversidade.Tese Acesso aberto (Open Access) Filogenia, biogeografia e história evolutiva dos macacos-prego, gênero Sapajus Kerr, 1792 (Primates: Cebidae)(Universidade Federal do Pará, 2016-07-31) LIMA, Marcela Guimarães Moreira; ALEIXO, Alexandre Luis Padovan; http://lattes.cnpq.br/3661799396744570; SILVA JÚNIOR, José de Sousa e; http://lattes.cnpq.br/4998536658557008Em um estudo recente, utilizando dados moleculares, morfológicos e ecológicos, Cebus e Sapajus foram reconhecidos como gêneros distintos. Apesar de Sapajus ser um dos gêneros de primatas neotropicais com maior volume de informação acumulada na literatura, eles têm sido considerados como um dos primatas que possuem a taxonomia mais confusa entre os mamíferos neotropicais. Até pouco tempo atrás, havia poucas informações disponíveis na literatura acerca da origem e diversificação das espécies pertencentes ao gênero Sapajus. Apesar dos recentes trabalhos publicados ainda não há uma hipótese robusta sobre a origem e evolução desse grupo. No presente trabalho, nosso primeiro objetivo foi testar a diversificação dos macacos-prego usando o banco de dados moleculares e geográficos mais completo disponível até o momento. Nós reconstruímos uma filogenia molecular datada para esse grupo através de inferência Bayesiana de três genes mitocondriais (D-loop, Cytb e COI). Nossos resultados apoiam uma vicariância entre as populações ancestrais dos Andes e Amazônia versus da Mata Atlântica, e uma invasão na Amazônia durante o Pleistoceno pelos Sapajus para explicar a atual simpatria entre Cebus e Sapajus. Nosso segundo objetivo foi montar o primeiro banco de dados filogenômicos para o gênero Sapajus através de elementos ultraconservados do genoma (UCE) e reconstruir a primeira filogenia robusta para o gênero. Foram extraídos os SNPs do conjunto de dados UCE, e foram geradas filogenias por meio de inferência bayesiana e máxima verossimilhança. Nossas análises apoiam fortemente a monofilia recíproca entre Cebus e Sapajus. Dentro de Sapajus, nossas árvores de SNPs recuperam seis espécies: S. xanthosternos, S. robustus, S. nigritus, S. flavius, S. libidinosus, e S. apella (que inclui S. cay e S. macrocephalus). Como as subdivisões morfológicas e moleculares do grupo amazônico são discordantes, recomendamos colapsar todas as espécies de macaco-prego da Amazônia e savanas do sudeste da Amazônia como S. apella sem subespécies.Tese Acesso aberto (Open Access) Sistema social do macaco-de-cheiro (Saimiri collinsi) em cativeiro(Universidade Federal do Pará, 2015-03-30) MAGALHÃES, Tatyana Pinheiro; LOPES, Maria Aparecida; http://lattes.cnpq.br/3377799793942627A maioria das espécies de primatas vive em grupo. Apesar das vantagens, esse tipo de organização social também pode aumentar a competição intragrupo por recursos. A prioridade no acesso a esses recursos está ligada a hierarquia de dominância. As posições hierárquicas e as relações sociais influenciam na qualidade de vida, por exemplo, alterando os sistemas reprodutivo e imunológico. Este trabalho caracteriza a hierarquia social do macaco-de-cheiro, Saimiri collinsi, em cativeiro e examina a influência de atributos intrínsecos na hierarquia. Descreve as redes de associações intragrupais e relaciona as associações com a hierarquia e comportamento reprodutivo. E descreve o cuidado com a prole (parental e aloparental) e testa a associação entre mães e alomães dentro e fora do período de cuidado com a prole. Os resultados mostraram que a estrutura de dominância de S. collinsi é do tipo hierarquia parcial e que ela sofre influência da idade e o tamanho corporal. As redes de associação são formadas com base nas classes sexuais e não são constituídas por idade, classe etária ou posição hierárquica. As associações parecem ter relação com o poder das fêmeas de resistência às investidas sexuais dos machos. E as alomães incluíram fêmeas com e sem filhotes e a associação entre mães e alomães não foi diferente dentro e fora do período de cuidado com os infantes.
