Dissertações em Ciências Farmacêuticas (Mestrado) - PPGCF/ICS

URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2313

O Mestrado Acadêmico em Ciências Farmacêuticas teve início em 2005 e homologado pelo CNE e funciona no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Diagnóstico situacional e análise espacial da logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso em uma rede varejista do Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 2023-07-05) OLIVEIRA, Camila Martins; SENA, Luann Wendel Pereira de; http://lattes.cnpq.br/6233488431016391; https://orcid.org/0000-0001-9363-5766
    Introdução: O processo de logística reversa do medicamento em desuso ou vencido da população em geral faz o fluxo invertido, retornando ao longo de sua cadeia de produção e distribuição, para ter o seu descarte final ambientalmente adequado. Neste sentido, o farmacêutico é fundamental pois exerce o papel de multiplicador do conhecimento, capacitando, treinando e instruindo colaboradores e consumidores quanto às boas práticas ambientais relacionadas aos resíduos de saúde. Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional da logística reversa e análise espacial de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso de uma rede varejista farmacêutica no Brasil. Método: É um estudo exploratório, transversal e prospectivo que se utilizou de informações de produtos/resíduos obtidos em diferentes pontos de coleta em uma rede de farmácias com 400 estabelecimentos no Brasil, no período de 2020 a 2022. Resultados: O estudo mostrou que a rede coletou um volume de 4.519,74 kg de medicamentos vencidos da população entre os anos de 2020 e 2022, concentrando o maior volume de coleta na região Norte (69,1%). Destaca-se também que Belém foi o munícipio com maior coleta, concentrando 92,5% da arrecadação no estado do Pará. Outro ponto importante foi a apresentação de um manual para implantação da logística reversa de medicamentos vencidos da população. Conclusão: Os achados desse estudo devem contribuir para o aperfeiçoamento e aplicação da logística reversa de medicamentos vencidos da população no Brasil.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estudos químico-farmacêuticos, atividade antitumoral e mutagênica de Eleutherine plicata. Herb.
    (Universidade Federal do Pará, 2020-11-03) CASTRO, Ana Laura Gadelha; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/ 0000-0002-3328-5650; DOLABELA, Maria Fâni; http://lattes.cnpq.br/0458080121943649; https://orcid.org/ 0000-0003-0804-5804
    As naftoquinonas têm sido relacionadas a atividade antitumoral, entretanto estes podem causar danos ao DNA e ser mutagênicos. Algumas destas, como por exemplos, a isoeleuterina e eleuterina, presentes em Eleutherine plicata Herb. carecem de estudos de mutagenicidade e atividade antitumoral. O presente trabalho avaliou o potencial antitumoral do extrato etanólicos de E. plicata (EEEP), fração em que se encontrava as quinonas (Fração diclorometano- FDEP) e o potencial genotóxico relacionado a estas substâncias. Para compreender se o fracionamento influencia na atividade antitumoral, foram obtidos o EEEP por maceração dos bulbos, este foi fracionado sobre refluxo e obteve-se a FDEP e esta fracionada em coluna cromatográfica aberta, sendo isoladas a eleuterina, isoeleuterina e o eleuterol. Ainda foram realizados os seguintes estudos químico farmacêuticos: in sílico toxicidade e farmacocinética (PreADMET), docking e dinâmica. A atividade antitumoral foi avaliada através do efeito citotóxico em linhagem de célula tumoral (câncer bucal-SCC-9) e linhagem de célula normal (queratinócitos humanos-HaCaT), ensaio tridimensional em modelo esferoide e migração celular nas mesmas linhagens. A genotoxcidade e mutagenicidade foram avaliadas no modelo de Allium cepa, sendo os resultados dos compostos isolados relacionados aos obtidos nos estudos in sílico. Além das natoquinonas isoeleuterina e eleuterina, o eleuterol foi isolado de FDEP, a avaliação in sílico demonstrou perfis farmacocinéticos semelhantes entre estes compostos. Na avaliação da atividades antitumoral observou-se que o fracionamento de EEEP contribui negativamente para a atividade, sendo o EEEP (SCC09: CI50= 12,87 ± 0,86 e HaCaT: 28,81 ± 1,82µg/mL) o mais promissor e com maior índice de seletividade para a célula tumoral, interferindo na velocidade e direcionalidade da migração tumoral. Tentando compreender este resultado, avaliou-se a capacidade de ligação das naftoquinonas a Topoisomerase II (TOPII) confirmando que os mesmos se ligam na bolsa desta, estabilizando o complexo DNA-TOP II. Em contrapartida, a eleuterina mostrou-se mais genotóxica, aumentando o índice de mitose, de aberrações, sendo observados micronúcleo, broto e ponte na fase de metáfase. Entretanto, não foi possível diferenciar a toxicidade da eleuterina e isoleuterina nos estudos in sílico (Algae, Daphinia, peixes e mutagenicidade), sendo obtidos resultados semelhantes. Em síntese, o EEEP é promissor como agente citotóxico em células tumorais e na prevenção das metástases de câncer escamoso de boca. Em relação as naftoquinonas, a isoleuterina, devido o menor potencial tóxico e capacidade de estabilização do complexo DNA-TOP II, merece ser avaliada em outras linhagens tumorais.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Síntese, caracterização e avaliação da atividade antimicrobiana e antiproliferativa de chalconas e derivados- in vitro
    (Universidade Federal do Pará, 2020-12-21) ANJOS, Maricelia Lopes; BITENCOURT, Heriberto Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/9418240134272692; https://orcid.org/ 0000-0002-0003-2876
    No presente trabalho realizamos a síntese, caracterização e avaliação de atividades antimicrobiana e antiproliferativa de chalconas e derivados- in vitro. O interesse pela obtenção de chalconas se deve as inúmeras atividades farmacológicas descritas na literatura para essas classes de compostos que são intermediários dos flavonoides. Dessa forma a síntese e caracterização de várias chalconas e derivados se tornam importantes para o desenvolvimento de compostos com atividade antimicrobiana e antiproliferativa. Foram sintetizadas dez substâncias, contendo sete chalconas e três naftoflavanonas, obtidas pela reação de condensação aldólica de Claisen Schmidt entre acetofenonas e aldeídos, em condições de temperatura ambiente ou com aquecimento. Os rendimentos variaram entre 65,35% e 97,45%. Sendo caracterizadas e confirmadas por meio de técnicas espectroscópicas. A atividade antimicrobiana in vitro foi analisada nas cepas: Staphylococcus aureus; Enterococcus faecalis; Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, seguindo o protocolo de microdiluição, porém seu resultado de inibição não foi satisfatório. Todas substâncias foram submetidas ao ensaio de viabilidade celular (MTT), para a avaliação da atividade antiproliferativa in vitro, em linhagem tumoral gástrica (AGP01), com comparação de dose resposta à linhagem celular normal de pulmão (MRC-5). As substâncias AMB, 34M, MEB, PEB e EBA, apresentaram atividade citotóxica significativas. O que pode representar novas possibilidades farmacológicas, até pelo fato, das mesmas não terem sido testadas nesta linhagem de célula.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Efeitos do antioxidante tempol nas alterações bioquímicas e estruturais induzidas pela metaloproteinase de matriz 2 no coração
    (Universidade Federal do Pará, 2020-09-11) GONÇALVES, Pricila Rodrigues; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/ 0000-0002-3328-5650; PRADO, Alejandro Ferraz do; http://lattes.cnpq.br/7016475842644161; https://orcid.org/ 0000-0001-7495-9837
    A expressão da MMP-2 é elevada em muitas patologias cardiovasculares como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca, onde a remodelação do tecido e as respostas inflamatórias são perturbadas. Alterações na homeostase da MEC podem levar à disfunção cardíaca. Às MMPs mais analisadas em relação à disfunção cardíaca são a MMP-2 e MMP-9. Já foi demonstrado que inibidores de ERO, como antioxidantes, reduzem a expressão de MMP-2 em tecido vascular. Sendo assim antioxidantes com o Tempol tem grande potencial para atuar nesses mecanismos. Diante disso avaliamos a atividade e a pureza da rhMMP-2 pelo método de zimograma e SDS-PAGE corado pela prata. Os animais foram divididos em 4 grupos de tratamento. O grupo 1: recebeu salina a 0,9%; grupo 2: Tempol 18 mg/kg/v.o; grupo 3: MMP-2 150 ng/kg/i.p; grupo 4: Tempol 18 mg/kg/v.o + MMP-2 150 ng/kg/i.p; durante 4 semanas. Ao final do tratamento o coração foi coletado para quantificação de colágeno, quantificação das ERO por microscopia de fluorescência e imunofluorescência para TNFα e TGF-β. Após as analises, nossos resultados mostraram que a rhMMP-2 estava pura e ativa e que não houve diferença na média de peso dos animais (P>0,05). Já no grupo tratado com rhMMP-2 e Tempol, houve diminuição na razão peso coração/peso corporal, comparados ao grupo controle (P<0.05). O Tempol foi capaz de diminuir o colágeno no coração dos animais tratados com rhMMP-2. Vimos também a rhMMP-2 aumentou ERO no coração, o que foi impedido pelo Tempol. A rhMMP 2 também levou ao aumento de TNF-α e TGF-β no coração, no entanto o TGF-β foi reduzido pelo Tempol. Em conclusão, a infusão de rhMMP-2 aumentou as ERO cardíacas, que pode levar ao estresse oxidativo, com consequente aumento de TNF-α e TGF-β, podendo acarretar em um coração com perfil pró-fibrótico e inflamatório. No entanto, o Tempol foi capaz de reduzir o colágeno intersticial, inibir o aumento de ERRO, TNF-α, TGF-β e de aumentar catalase no coração.Tendo, o Tempol, potencial para inibir fatores que levam ao estresse oxidativo, inflamação e fibrose cardíaca.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Exposição ao MEHG provoca dano na medula espinhal: percepções a partir da análise proteômica e estresse oxidativo
    (Universidade Federal do Pará, 2020-08-27) EIRÓ, Luciana Guimarães; LIMA, Rafael Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3512648574555468; https://orcid.org/ 0000-0003-1486-4013
    O metilmercúrio (MeHg) é considerado pela Organização Mundial da Saúde como um dos produtos químicos de maior preocupação de saúde pública. Assim, conhecendo a suscetibilidade das regiões do sistema nervoso central e a ausência de evidências sobre os efeitos na medula espinhal, este estudo teve como objetivo investigar mudanças proteômicas e bioquímicas na medula espinhal após a exposição prolongada do MeHg em doses baixas. Para isto, ratos Wistar machos foram expostos a uma dose de 0,04 mg/kg/dia por 60 dias. Depois disso, o proteoma foi identificado com posterior análise de sobre representação (ORA). Para a bioquímica oxidativa, os parâmetros antioxidantes (ACAP, TEAC, GSH) e pró-oxidantes (LPO e íons nitritos) foram avaliados. A análise proteômica mostrou várias proteínas alteradas que participam de processos biológicos, componentes celulares e funções moleculares. Houve um aumento nos níveis totais de mercúrio (Hg) na medula espinhal, assim como um aumento nos íons LPO e nitrito e uma redução nos parâmetros ACAP, TEAC e GSH. Portanto, a exposição a baixas doses de MeHg pode desencadear estresse oxidativo associado a mudanças no perfil proteômico.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação do efeito imunomodulador da β-lapachona em modelo de sepse e in vitro
    (Universidade Federal do Pará, 2018-06-29) OLIVEIRA, Ana Lígia de Brito; BRAGA, Alaide; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/ 0000-0002-3328-5650
    Sepse é uma resposta inflamatória sistêmica decorrente de uma infecção e falha na resposta imune do hospedeiro. Apesar dos tratamentos atuais, a sepse continua sendo umas das principais causas de morte em UTI. Assim, se torna necessário a pesquisa por novas terapias para o controle da infecção. A β-lapachona é uma orto naftoquinona obtida a partir da casca de Tabebuia avellanedae conhecida por sua atividade antimicrobiana e anti-inflamatória por meio da imunomodulação. Neste estudo, foi avaliado o efeito de β-lapachona sobre a infecção polimicrobiana induzida por ligadura e perfuração cecal (CLP). Camundongos swiss foram divididos em 4 grupos pré e pós tratados, sendo que um deles apenas recebeu o procedimento cirúrgico sem indução de CLP (Sham). Os demais receberam por via intraperitoneal solução salina 0,9%, Antibiótico (Ceftriaxona ou ertapenem) e β-lapachona 24 horas antes, momento da indução (Pré-tratamento) da CLP e 7 dias após CLP (Pós tratamento). A taxa de sobrevida foi analisada por um período de 16 dias. Após 12, 24 horas e 7 dias do procedimento cirúrgicos amostras dos animais de cada grupo foram coletadas e foi avaliado a migração leucocitária, carga bacteriana, parâmetros oxidativos (NO, MDA e TEAC) e fagocitose. Além disso, foi investigado in vitro a viabilidade celular do composto em diferentes concentrações. O grupo pré-tratado com β-lapachona mostrou aumento da taxa de sobrevivência de 100% em 16 dias. O pré- tratamento com β-lapachona causou um aumento na migração de células mononucleares e reduziu o número de neutrófilos para o peritônio. Apresentou também redução da carga bacteriana,níveis de NO e MDA reduzidos e aumentodos níveis de antioxidante no soro. Por outro lado, houve aumento nas concentrações de MDA nas amostras de órgãos dos animais apesar do aumento de antioxidantes totais. Com relação ao pós-tratamento verificou-se aumento de sobrevida em 60% e alguns parâmetros semelhantes ao grupo CLP tratado com salina. No ensaio de viabilidade celular verificou-se que a concentração de 1,00 µM manteve 82% viáveis.Assim, os melhores resultados do potencial efeito farmacológico do composto no pré-tratamento, pode ter ocorrido porque a intervenção terapêutica ocorre mais cedo no processo da doença em comparação com a situação clínica.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Obtenção, caracterização e microencapsulação de extratos ricos em antioxidantes naturais a partir do co-produto das amêndoas do tucumã (astrocaryum vulgare mart.)
    (Universidade Federal do Pará, 2019-07-01) FERREIRA, Lindalva Maria de Meneses Costa; SILVA JÚNIOR, José Otávio Carréra; http://lattes.cnpq.br/4437885351749994; https://orcid.org/ 0000-0003-1691-1039
    Este trabalho objetivou microencapsular o extrato do co-produto das amêndoas do tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) por spray drying usando maltodextrina como agente encapsulante. As técnicas de termogravimetria e espectroscopia na região do infravermelho, atividade de água, microscopia eletrônica de varredura, potencial zeta serviram para caracterização do extrato microencapsulado. O total de polifenóis, flavonoides e taninos condensados do extrato microencapsulado foram determinados por espectroscopia UV e identificados por cromatografia líquida de ultra-alta performance, a atividade antioxidante foi mensurada por ABTS e DPPH. As micropartículas mostraram heterogeneidade, estrutura esférica e sem fissuras confirmando a eficiência do processo de microencapsulação utilizando a maltodextrina como agente encapsulante. O extrato microencapsulado apresentou valores de polifenóis totais entre 130 mg ± 0,024 e 104,7 mg EAG/100g ± 0,024, flavonoides totais 27,17 ± 0,002 e 25,36 mg QE/100g ± 0,004 e taninos condensados 62,07 100g ± 0,137 e 47,95 mg CE/100g ± 0,087 e boa atividade antioxidante para os dois métodos testados. A análise por cromatografia líquida de ultra-alta performance identificou a presença do ácido gálico e ácido cafeico. De modo geral, os resultados mostraram boa utilidade do co-produto do tucumã na forma de micropartículas rica em compostos antioxidantes, adicioanadas em pães e exploradas como alimento funcional.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação funcional de neutrófilos circulantes em portadores de leucemia mielóide crônica antes e após o início do tratamento com mesilato de imatinibe
    (Universidade Federal do Pará, 2019-07-02) DAMASCENO, David Wendell Isacksson; RIBEIRO, Carolina Heitmann Mares Azevedo; http://lattes.cnpq.br/3848996822163999; https://orcid.org/ 0000-0002-9457-2733
    Objetivo: Avaliar a função dos neutrófilos em portadores de leucemia mielóide crônica (LMC) antes e após o início do tratamento com mesilato de imatinibe (MI). Material e Métodos: Participaram da pesquisa 13 pacientes diagnosticados com LMC (casos novos), com idade média de 51 anos, de ambos os sexos, selecionados no ambulatório de hematologia do Hospital Ophir Loyola, Belém-PA. Realizou-se nesse grupo três coletas sanguíneas. A primeira coleta no momento do diagnóstico com o paciente sem tratamento (Grupo B1), a segunda coleta após um mês do tratamento com MI (Grupo B2) e a terceira coleta após quatro meses de tratamento (Grupo B3). O grupo controle (Grupo A) constituiu de 13 voluntários sadios de ambos os sexos. Além do hemograma e leucograma, realizou-se também os ensaios de fagocitose e o teste citoquímico de redução espontânea do tetrazólio nitroazul (NBT) para avaliar o metabolismo oxidativo dos neutrófilos. Resultados: A avaliação da função fagocítica indicou diferença estatística quando comparado o Grupo A com os Grupos B1, B2 e B3, p=0,0001. Os grupos B1, B2 e B3 apresentaram menores índices fagocíticos (IFs) com 2,07±0,5; 1,99±0,4 e 1,97±0,6 respectivamente, em relação ao Grupo A com 3,72±0,8. Na avaliação do metabolismo oxidativo não houve diferença estatística entre o grupo A com os grupos B1, B2 e B3, p=0,2997. Discussão: Os resultados demonstraram que os pacientes sem tratamento apresentaram menor IF em relação ao grupo controle. Isso significa que mesmo o paciente possuindo inúmeras células do processo proliferativo, estas células estão com as suas funções diminuídas. Os pacientes tratados com MI também apresentaram menor IF em relação ao grupo controle. Ainda que o número de leucócitos e neutrófilos tenha reduzido nestes pacientes, a capacidade fagocítica destas células manteve-se diminuída. Não houve diferença estatística quanto à ativação do metabolismo oxidativo na prova de redução do NBT. Isso significa que a produção de EROs pelo sistema NADPH oxidase não apresenta alteração independente do tratamento com MI. Conclusão: Houve redução da quantidade de neutrófilos circulantes após o início do tratamento com MI. A função fagocítica dos neutrófilos manteve-se diminuída após o início do tratamento com MI. O metabolismo oxidativo dos neutrófilos não apresenta alteração independente do tratamento com MI. Logo, estudos adicionais são importantes para avaliar o exato mecanismo de alteração de função envolvidos nesses pacientes para permitir um melhor direcionamento em relação à terapia utilizada.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Exposição a rifampicina e adesão ao tratamento da tuberculose pulmonar
    (Universidade Federal do Pará, 2020-08-28) ELIAS, Gisely France Abrantes; VIEIRA , José Luiz Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2739079559531098; https://orcid.org/ 0000-0003-4842-8762; VASCONCELOS, Flávio de; http://lattes.cnpq.br/3695753129639448; https://orcid.org/ 0000-0001-9568-6268
    A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, afetando geralmente os pulmões e levando ao óbito. O Ministério da Saúde recomenda para o tratamento dos casos novos de tuberculose pulmonar a associação de quimioterápicos administrados em duas fases: a intensiva, que dura dois meses, e são administrados Rifampicina (600 mg), Isoniazida (300 mg), Pirazinamida (1600 mg) e Etambutol (1100 mg) (2RHZE) e a de manutenção, por quatro meses, quando são administrados Rifampicina (600 mg) e Isoniazida (300 mg) (4RH). A dose plena de medicamentos é indicada para pacientes acima de 50 Kg. Um determinante do sucesso terapêutico é a exposição do bacilo por determinado intervalo de tempo a concentrações efetivas dos quimioterápicos, isto é, acima da concentração inibitória mínima (CIM), que no caso da rifampicina varia entre 0,05 ug/ml a 0,5 ug/ml, além disso, estudos mostraram que concentrações plasmáticas máximas do fármaco acima de 8,0 ug/ml estão associadas a elevada taxa de sucesso terapêutico. Entretanto, há uma alta variação intra e interindividual nas concentrações plasmáticas de rifampicina nas doses terapêuticas usuais, causada por fatores relacionados ao paciente e ao medicamento dispensado, as quais podem interferir na exposição, bem como as doses administradas e as medidas antropométricas dos pacientes. O objetivo do presente estudo foi investigar os fatores que influenciam a concentração plasmática quando da exposição à rifampicina no tratamento da tuberculose pulmonar em uma Unidade Básica de Saúde de Belém/Pa. Foi realizado um estudo transversal e observacional de 70 casos de sujeitos de ambos os sexos, com diagnóstico clínico, radiológico e laboratorial de tuberculose por M. tuberculosis, distribuídos nas fases intensiva e de manutenção do tratamento. Foram determinadas as concentrações plasmáticas de rifampicina, bem como aferidas as medidas antropométricas de peso, altura, percentual de gordura e circunferência abdominal de cada indivíduo e a aplicação do Teste de Morisky-Green para avaliar a adesão. Dessa forma, a casuística incluída no estudo foi composta principalmente de homens adultos com baixa escolaridade e renda. As concentrações plasmáticas de rifampicina foram acima da concentração inibitória mínima do M. tuberculosis indicando exposição adequada ao fármaco, o que pode ser aferido pela elevada proporção de pacientes que apresentaram conversão da baciloscopia ao final do primeiro mês de tratamento. O sexo não foi um preditor da variação das concentrações plasmáticas de rifampicina. A fase de tratamento foi considerada um preditor de variação das concentrações plasmáticas do fármaco. As concentrações de rifampicina não se associaram ao Índice de Massa Corporal, circunferência abdominal e percentual de gordura tanto em pacientes na fase intensiva, quanto naqueles na manutenção do tratamento. A adesão ao tratamento da tuberculose foi de 88.1% e 82.14% nos pacientes nas fases intensiva e de manutenção, respectivamente. As concentrações plasmáticas de rifampicina não se associaram ao Teste de Morisky-Green.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação de neutrófilos circulantes em pacientes com neoplasias mieloproliferativas philadelphia negativas em tratamento quimioterápico
    (Universidade Federal do Pará, 2018-06-27) SARGES, Érica dos Santos; RIBEIRO, Carolina Heitmann Mares Azevedo; http://lattes.cnpq.br/3848996822163999; https://orcid.org/ 0000-0002-9457-2733
    As neoplasias mieloproliferativas (NMPs) fhiladelfia (Ph1) negativas são um grupo de doenças das células sanguíneas mielóides que surgem a partir de uma alteração na célula-tronco hematopoiética. As mais clássicas são Policitemia vera (PV) e Trombocitemia essencial. As NMPs Ph1 negativas apresentam um curso clínico prolongado e de comportamento relativamente benigno, mas que não tem cura. A quimioterapia citorredutora atua não somente nos eritrócitos e megacariócitos, mas também tem sua ação nos leucócitos, especificamente nos neutrófilos. Uma das terapias empregadas é a Hidroxiureia (HU), que apresenta como um dos seus efeitos colaterais a neutropenia, estudos mostram que esse medicamento pode ter efeitos diretos nos neutrófilos. A identificação de possíveis alterações quantitativamente e qualitativamente de neutrófilos sob efeitos da quimioterapia citorredutora em pacientes com NMPs Ph1negativas representa um avanço na compreensão do tratamento nestas NMPs. Hemograma e leucograma fazem parte do protocolo de acompanhamento do tratamento. Para avaliar qualitativamente algumas funções os neutrófilos foram sensibilizados com zimosan, estimulando assim a fagocitose, em relação ao metabolismo, foi feito o teste citoquímico de redução espontânea do tetrazólio nitroazul (NBT), além de quantificação de mieloperoxidase (MPO) através da citometria de fluxo. Neste estudo foram realizadas todas as metodologias citadas anteriormente para avaliação quantitativamente e qualitativamente em amostras de sangue de 46 pacientes (PV=17; TE=29). Os pacientes portadores de PV apresentaram menor IF que os indivíduos do grupo controle, com p=0,0002 (2.83±1,28; 3.83±1,38 respectivamente). O mesmo foi observado nos pacientes com TE que apresentaram menor índice que os indivíduos controles com p=0,0002 (2.85±1,34; 3.83±1,38 respectivamente). Nossos resultados mostraram que não houve diferença quanto à ativação do metabolismo oxidativo na prova de redução do NBT, entre o grupo controle com o grupo PV em uso de HU, com p=0,9047 (5±2,7; 2,9±3,5 respectivamente) e grupo controle com grupo TE em uso de HU, apresentando p=0,2870 (5±2,7; 5±6,9 respectivamente). O teste de MPO foi realizado todos os pacientes com NMPs que estavam sob regime do tratamento com HU. Nossos resultados mostraram que não houve diferença entre o grupo controle e os pacientes do grupo com PV, com p= 0,8438 (98,47±1,15; 98,54±1,46 respectivamente), o mesmo foi observado com os controles e portadores de TE, com p=0,5842 (98,47±1,15; 97,93±3,21 respectivamente). Os pacientes portadores de PV e TE que faziam uso de HU apresentaram alterações qualitativas nos neutrófilos, no qual, o uso de HU diminui a atividade fagocítica dos neutrófilos nestes pacientes.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação da atividade cicatrizante do extrato hidroalcoólico de Ayapana triplinervis (Vahl) R.M. King & H. Robinson (ASTERACEAE)
    (Universidade Federal do Pará, 2020-07-16) NASCIMENTO, Suellen Carolina Martins do; LIMA, Anderson Bentes de; http://lattes.cnpq.br/3455183793812931; https://orcid.org/ 0000-0002-0534-2654; ANDRADE, Marcieni Ataíde de; http://lattes.cnpq.br/8514584872100128; https://orcid.org/ 0000-0001-5875-695X
    A cicatrização de feridas é um processo complexo que envolve a organização de células, sinais químicos e remodelamento com objetivo de reparar tecido lesionado. Dados estatísticos norte-americanos evidenciam uma prevalência de lesões cutâneas em aproximadamente 22,8% da população do mundo. No Brasil, as feridas constituem um grave problema de saúde pública. Neste sentido, a utilização de plantas medicinais como agentes terapêuticos tem despertado interesse junto aos pesquisadores devido os seus mais diferentes efeitos, dentre eles o cicatrizante. Assim, estudos etnofarmacológicos são encontrados na literatura, que associam o uso de A. triplinervis a cicatrização de feridas, porém não há evidências científicas que comprovem esta atividade. Desse modo, este estudo tem como objetivo realizar a avaliação do potencial cicatrizante do extrato hidroalcoólico de A. triplinervis incorporado em pomada de 5 e 10%. Para isso, foram realizadas análises fitoquímicas: prospecção da droga vegetal e do extrato hidroalcoólico, por meio de testes colorimétricos, de precipitação, cromatografia em camada delgada e cromatografia líquida de alta eficiência do extrato hidroalcoólico. Além das análises macroscópica, morfométrica, e exame histológico da pomada de extrato hidroalcoólico em 5% e 10%, utilizando como controles positivo e negativo, Dersani® e solução salina, respectivamente. Através destes testes, observou-se que a droga vegetal apresentou diversos composto: saponinas, antraquinonas, esteroides e triterpenos, polifenois e cumarinas. Para o extrato hidroalcoólico o resultado foi semelhante, porém os testes não indicaram a presença de antraquinonas. Análise por cromatografia em camada delgada do extrato hidroalcóolico revelou resultados positivos para cumarinas, esteroides e triterpenos. No perfil cromatográfico, do extrato, obtido por cromatografia líquida de alta eficiência, demonstrou pico, sendo sugestivo de cumarina. A Análise macroscópica das lesões demonstrou que os grupos de pomada do extrato 5% e 10% tiveram mais feridas reepitelizadas. Na morfometria não houve diferença estatística entre os quatro grupos testes no percentual de contração da ferida. Entretanto, o exame histológico mostrou que a pomada com 10% de extrato hidroalcoólico apresentou melhor qualidade no desenvolvimento do reparo tecidual, pois aumentou fibroblastos, colágeno, queratinização, mais que os outros grupos. Assim, este estudo mostrou que a pomada do extrato de A. triplinervis não acelerou a velocidade do fechamento das feridas, entretanto, mostrou influenciar de maneira benéfica, na qualidade, em que as lesões evoluíram, ainda assim novas pesquisas são necessárias para melhor entendimento do efeito.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Efeitos do quelante de ferro, a deferoxamina, sobre as alterações oxidativas e cognitivas induzidas pela dapsona, em modelo animal
    (Universidade Federal do Pará, 2020-11-17) MENDES, Paulo Fernando Santos; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/ 0000-0002-3328-5650
    A dapsona (DDS) é um antibiótico que atua inibindo a síntese do folato, apresentando boa ação bacteriostática. No entanto, pode acarretar eventos adversos severos como distúrbios neurológicos, metemoglobinemia e hemólise. Estes distúrbios hematológicos levam a alteração da homeostasia do ferro e com isto aumenta a formação de ERO's que podem levar a um dano celular e tecidual. Esta alteração apresenta um papel importante nas doenças neurodegenerativas, seja como um agente causador e/ou intensificador nessas doenças. Neste contexto, fizemos uso de um quelante de ferro, a deferoxamina (DFX), para avaliar seus efeitos na formação de ERO desencadeadas pelo aumento no ferro livre induzido pelo uso de DDS. Para isto, foi induzido a alteração da homeostasia do ferro, em camundongos Swiss, fazendo se uso de DDS, seguido de administração de DFX. Após isto, foi realizado a dosagem de parâmetros de estresse oxidativo no hipocampo e no plasma, além da dosagem dos níveis de ferro. Nossos resultados mostraram que a DDS diminuiu a TEAC e que o tratamento com DFX restabeleceu. Além disso, a DDS diminuiu a GSH e o tratamento com DFX restabeleceu. Aumentou a LPO e o tratamento com DFX reduziu este efeito, aumentou a concentração de ferro e que foi revertido pelo tratamento com DFX. Adicionalmente, os animais foram submetidos ao labirinto aquático de Morris, onde nossos resultados mostraram que os animais tratados com DDS apresentaram uma redução na capacidade mnemônica e que o tratamento com DFX foi capaz de inibir a perda. Estes resultados sugerem que o uso de quelantes de ferro podem ser uma alternativa para reduzir os efeitos de acumulo de ferro no sistema nervoso observados nas doenças neurodegenerativas.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    A exposição prolongada ao fluoreto durante a adolescência à fase adulta modula o proteoma hipocampal e gera danos cognitivos associados a um padrão neurodegenerativo no hipocampo de camundongos
    (Universidade Federal do Pará, 2021-11-19) BITTENCOURT, Leonardo de Oliveira; GOMES, Bruna Puty Silva; http://lattes.cnpq.br/3013433540155834; https://orcid.org/ 0000-0001-5570-8530; LIMA, Rafael Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3512648574555468; https://orcid.org/ 0000-0003-1486-4013
    O fluoreto (F) é utilizado na fluoretação de águas devido à sua atividade anticariogênica e também está presente naturalmente e por ações antropogênicas em solos e reservatórios, caracterizando-se como um potencial poluente ambiental. Além da fluorose esquelética e dentária em pessoas que vivem em regiões com altos níveis de F, alguns estudos exploraram a associação entre a exposição ao F e danos cognitivos e, embora as evidências indiquem que apenas níveis elevados apresentam um efeito deletério sobre a cognição, um intenso debate tem crescido em relação à segurança da fluoretação artificial do abastecimento de água. Dessa forma, este estudo investigou se a exposição prolongada ao F, da adolescência à fase adulta, sob os paradigmas da fluoretação artificial do abastecimento doméstico de água e da questão ambiental, estaria associada a prejuízos de memória e aprendizagem em camundongos. Para isso, camundongos com 21 dias de idade receberam por 60 dias, 10 mg/L ou 50 mg/L de F na água de beber; o grupo controle recebeu apenas água sem adição de F. Em seguida, as funções cognitivas foram avaliadas pelo teste labirinto aquático de Morris e Esquiva Inibitória, seguido pela coleta de sangue e hipocampo para determinação do nível F plasmático e análise do proteoma hipocampal por espectrometria de massa. Alguns animais foram perfundidos para análises imunohistoquímicas da densidade de neurônios maduros nas regiões CA1, CA3, hilo e giro denteado (GD). Os resultados indicaram que a exposição prolongada ao F da adolescência à idade adulta aumentou a biodisponibilidade plasmática de F e a maior concentração de F desencadeou prejuízos de memória de curta e longa duração, estando associados à modulação do perfil proteômico global, além de um padrão neurodegenerativo nas regiões CA3 e GD. Assim, em uma perspectiva translacional, os achados dão evidências de potenciais alvos moleculares da neurotoxicidade do F no hipocampo, além de reforçarem a segurança de baixas concentrações de F e da necessidade de atenção às pessoas que vivem em regiões endêmicas.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Investigação da toxicidade oral aguda e propriedades farmacológicas de uma espécie do gênero Cassytha
    (Universidade Federal do Pará, 2019-05-15) BARROS, Mayra Arouck; FONTES JÚNIOR, Enéas de Andrade; http://lattes.cnpq.br/7056265073849866; https://orcid.org/ 0000-0002-6186-9581
    As plantas têm estado presentes na cultura humana desde sua origem, sendo utilizadas para diversos fins, inclusive para o tratamento de doenças. Prática que foi transmitida de geração em geração. A evolução do conhecimento, no entanto, demanda abordagens mais amplas sobre as espécies vegetais com potencial terapêutico, visando garantir a segurança e validar seu uso tradicional. A Cassytha filiformis (Cas01), espécie do gênero Cassytha, é utilizada na medicina popular para tratar câncer, tripanossomíase, doenças renais e gonorreia. Dentre suas atividades comprovadas, destacam-se os efeitos antiagregante plaquetário, relaxante vascular, antioxidante, citotóxico, anti-hipertensivo, hepatoprotetor, antiepilético, diurético e antagonista do receptor alfa-adrenérgico. Entre seus metabólitos secundários, têm sido identificados alcaloides com proveito terapêutico. Até o momento, no entanto, inexistem estudos que subsidiem a segurança de sua aplicação terapêutica ou que explorem possíveis propriedades anti-inflamatórias como base para suas ações terapêuticas. Portanto, a toxicidade oral aguda foi avaliada de acordo com a OECD 425. Partindo de uma administração de 2.000 mg/kg (v.o.) do extrato em ratos, foram avaliados nas primeiras 4 h e nos 14 dias seguintes, sinais hipocráticos de toxicidade, atividade locomotora espontânea, ganho de peso, consumo de água e alimento, além de peso relativo dos órgãos e os padrões hematológicos ao final do período. A atividade antinociceptiva foi avaliada em camundongos, sendo aplicados o teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético e o teste da formalina (CEUA nº 1050140817). A dose limite do extrato não promoveu sinais hipocráticos de toxicidade ou mortes. Também não houveram alterações nos padrões de consumo de ração e água ou no ganho ponderal. A avaliação do peso relativo dos órgãos (fígado, rins, estômago e coração) e do hemograma evidenciaram padrões equivalentes entre os animais tratados e controles. O Cas 01 também não prejudicou a atividade locomotora dos animais. O Cas01 demonstrou não ter influência sobre as contorções induzidas pelo ácido acético, bem como não promoveu alterações significativas sobre a nocicepção bifásica induzida pela formalina. Tais achados demonstram pela primeira vez que o Cas 01 é um xenobiótico de baixa toxicidade oral aguda. Demonstram ainda que suas ações terapêuticas não envolvem mecanismos nociceptivos ou inflamatórios.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Efeito de uma espécie do gênero Varronia sobre a viabilidade celular, atividade antimicrobiana, toxicidade dérmica aguda e o processo de cicatrização (in vitro e in vivo)
    (Universidade Federal do Pará, 2019-09-09) RIBERA, Paula Cardoso; FONTES JÚNIOR, Enéas de Andrade; http://lattes.cnpq.br/7056265073849866; https://orcid.org/ 0000-0002-6186-9581
    Lesões teciduais, particularmente na pele, resultam em danos a estruturas, camadas e linhagens celulares por toda sua extensão. Nessas condições, a cicatrização é o processo fisiológico responsável pela reparação do tecido. A inflamação é uma etapa importante no reparo tecidual e, portanto, um forte alvo para estudos clínicos. A espécie Varronia multispicata é usada popularmente para o tratamento de contusões, sendo evidenciado recentemente efeitos anti inflamatórios e analgésicos. O presente trabalho visou investigar o efeito do extrato aquoso das folhas de Varronia multispicata (VAR01) na viabilidade celular, atividade antimicrobiana, toxicidade dérmica e cicatrização in vitro e in vivo. In vitro foi avaliado a viabilidade celular e a cicatrização em fibroblastos murinos da linhagem BALB/c 3T3 e a ação antimicrobiana pela determinação de concentração inibitória mínima e concentração bactericida mínima. In vivo foi realizado o teste de toxicidade dérmica usando ratos Wistar fêmeas (grupo salina, 100mg/ml, 200mg/ml e 1000mg/ml do VAR01) e avaliação do processo de cicatrização usando camundongos Mus musculus (grupo sham, controle negativo, tratado (creme VAR01 10%) e controle positivo (Dersani®). In vitro o VAR01 manteve as células viáveis no período de 24h, com redução de fibroblastos no tempo de 48h na concentração de 500 µg/ml, aumentou a contração da lesão em fibroblastos e não apresentou atividade antimicrobiana. In vivo o VAR01 não promoveu morte ou mudanças comportamentais, não apresentou perfil irritativo, não causou alterações sobre o consumo de água e ração, ganho de peso, peso relativo e análise histológica dos órgãos. O VAR01 mostrou redução nas concentrações séricas de fosfatase alcalina e TGO no grupo tratado com 100 mg/ml quando comparado como grupo controle e, em contrapartida um aumento significativo de concentrações de TGP no grupo de 200 mg/ml em relação ao controle. O extrato, portanto, evidencia-se seguro e de baixa toxicidade, mostrou- se promissor no processo de regeneração tecidual com possível modulação na via inflamatória, sendo um resultado estimulante para a realização das etapas seguintes de avaliação de atividade biológica e elucidação sobre o processo de cicatrização.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Atividade antitumoral em células de câncer gástrico e atividade antioxidante de extratos de Eugenia patrisii vahl
    (Universidade Federal do Pará, 2020-09-09) REIS, Herald Souza dos; AMARANTE, Cristine Bastos do; http://lattes.cnpq.br/4101983776191966; https://orcid.org/ 0000-0002-8602-8180; PRADO, Alejandro Ferraz do; http://lattes.cnpq.br/7016475842644161; https://orcid.org/ 0000-0001-7495-9837
    Diversas drogas antineoplásicas são de origem natural ou de compostos derivados e as plantas são uma das fontes primárias de substâncias para esses fármacos. Estudos com vegetais da família Myrtaceae, demonstraram diversas efeitos, como anticâncer e antioxidante. Uma planta desta família que apresenta atividades biológicas é a Eugenia patrisii Vahl, popularmente conhecida como Ubaia-rubi-da amazônia, uma planta nativa da Região Amazônica. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antitumoral e antioxidante de extratos hidroalcoólicos da folha e do caule da espécie vegetal E. patrisii. O perfil químico dos extratos foram feitos através de cromatografia de camada delgada. A atividade antioxidante foi avaliada pelo teste do DPPH. Para a atividade antitumoral, foi realizado teste de viabilidade celular utlizando o método do MTT em linhagens de câncer gástrico (ACP02, ACP03 e AGP01) e linhagens normais (VERO e MN01). Também foram realizadas zimografia em gel para avaliar a atividade de MMP-2 e MMP-9. Os dados obtidos foram analisados no programa Graph Pad Prism versão 8.0. Os testes utilizados foram análise de variância (ANOVA) e Test t Student, sendo considerado significante p<0,05. As placas derivatizadas da cromatografia de camada delgada mostraram a presença de terpenos, flavonoides, compostos fenólicos e ausência de cumarinas e alcaloides. Os extratos mostraram possuir capacidade antioxidante através do ensaio do DPPH. No teste de viabilidade celular os extratos apresentaram uma alta potência frente as linhagens tumorais gástricas e não afetando a linhagem normal. Além disso o extrato da folha diminuiu a atividade MMP-2 e MMP-9 em gel. Os extratos possuem terpenos, flavonóides e compostos fenólicos que possuem atividade antioxidante de 82% comparado com o padrão e antitumoral contra as linhagens gástricas ACP03 e AGP01, com potencial de isolamento de compostos de interesses farmacológicos.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Conciliação medicamentosa e revisão da farmacoterapia em oncopediatria: ações efetivas para prevenção de erros
    (Universidade Federal do Pará, 2018-08-23) PENHA, Nathalia Santos da; SILVA, Marcos Valério Santos da; http://lattes.cnpq.br/0379783635000306; https://orcid.org/ 0000-0002-7824-0042
    Os erros de medicação em oncopediatria afetam o tratamento quimioterápico de forma a prolongar o tempo de internação, agravam as reações adversas e resulta em potenciais efeitos não desejáveis para o paciente infanto-juvenil. Por ser um público onde os testes pré-comercialização dos medicamentos são bastante limitados, compete a Farmácia Clínica a identificação e prevenção de erros de medicação que podem vir a ocorrer durante o tratamento quimioterápico prolongado de pacientes internados. Este trabalho inédito no Brasil de caráter observacional e descritivo sobre prevenção de erros em oncopediatria de pacientes em uso de quimioterapia endovenosa e oral em um hospital público referência em oncopediatria da região norte e nordeste, identificou 617 erros em potencial durante a revisão da farmacoterapia sendo que 87,5% destes foram prevenidos com 65% dos pacientes alcançando status de resultado estável e 35% status resolvido. Além disso, foram reconciliados 236 medicamentos, identificando-se 51% de discrepâncias, destas 90% não intencionais e com 100% de aceitabilidade das intervenções realizadas. Baseando-se nestes dados, é possível propor que conciliação medicamentosa e revisão da farmacoterapia são essenciais para prevenir erros e promover mais segurança durante tratamento quimioterápico de crianças com câncer.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação de atividade antimicrobiana e perfil fitoquimíco de plantas medicinais utilizadas por comunidades remanescentes de quilombos no Marajó
    (Universidade Federal do Pará, 2020-12-28) SILVA, Suzana Helena Campelo Nogueira da; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/ 0000-0002-3328-5650; SILVA, Consuelo Yumiko Yoshioka e; http://lattes.cnpq.br/8337688339279747; https://orcid.org/ 0000-0002-9120-1910
    O levantamento etnofarmacológico é reconhecido como um dos métodos mais viáveis na busca de novas plantas medicinais, com a finalidade última de produzir medicamentos de origem natural ou semissintético. Neste sentido, as comunidades remanescentes de quilombolas amazônicas (Marajó-PA) carregam consigo um grande conhecimento sobre o uso de plantas medicinais, que foi passado por gerações em solo marajoara, promovendo o valor do conhecimento popular e sua aplicabilidade em estudos futuros. O objetivo deste estudo é fornecer subsídios científicos ao uso tradicional de plantas no tratamento de doenças dermatológicas em comunidades quilombolas do Marajó que ainda não possuam estudo químico e/ou farmacológico adequado. Durante o trabalho de campo, realizado entre 2017 e 2018, 13 comunidades foram entrevistadas, nas quais 7 plantas com uso em doenças de pele foram citadas. Tais plantas foram coletadas, e tiveram suas exsicatas preparadas. Após identificação botânica por profissional qualificado, efetuou-se extensa revisão bibliográfica, após a qual 3 plantas foram selecionadas para estudo fitoquímico e farmacológico (in vitro em Microsporum e Staphylococcus aureus). Além disso, foram submetidas a teste de antioxidante ORAC e de polifenois totais TP. O perfil fitoquímico foi analisado através de cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LC-MS) proporcionando 17 constituintes químico, pertencente a classe dos flavonoides. Os resultados dos testes in vitro demostraram potencial antibacteriano do extrato etanólico das folhas de C. alatus (CIM) de 0,625 ug/mL e (CBM) de 0,734 μg/mL e do extrato etanolico das raízes D. floribunda (CIM) de 125,0 ug/mL e (CBM) de 200,0 μg/mL frente a S. aureus, com destaque a fração F3 (CIM) 25,0 μg/mL e (CBM) de 132,0 o qual apresentou a maior inibição bacteriana. Diante disso, os resultados contribuíram para a validação do uso popular e caracterização química da espécie que apresentou potencial antimicrobiano, que pode ser um promissor candidato a fitoterápico.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação do efeito neuroprotetor da cafeína em ratas intoxicadas por etanol no padrão binge
    (Universidade Federal do Pará, 2019-05-03) BARROS, Mayara Arouck; FERNANDES, Luanna de Melo Pereira; http://lattes.cnpq.br/0156144290849777; https://orcid.org/0000-0001-7004-0719; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101
    O álcool etílico é uma substância consumida desde os primórdios da humanidade, se estendendo até os dias atuais. Nesse contexto, os adolescentes estão atraindo a atenção pelo fato do consumo neste grupo estar em constante elevação, principalmente na forma de Binge Drinking. Esse modelo de consumo acarreta em prejuízos funcionais, tais como sintomas associados a ansiedade e depressão. Por esse motivo, tem-se buscado compostos bioativos para prevenir tais danos causados, dentre elas podemos destacar a cafeína, substância amplamente consumida no mundo. Diante disto, este trabalha se propôs a investigar o efeito neuroprotetor da cafeína em “self administration” sobre os danos provocadas pela intoxicação por Etanol (EtOH) no padrão binge, visando uma alternativa para minimizar os danos neurotóxicos promovidos pelo álcool com o simples hábito de tomar café. Para isso, foram utilizados ratos Wistar, fêmeas, idade 35 dias (n=40). No tratamento, os animais receberam repetidamente, cafeína a partir do 35º até 72º dia pós-natal (DPN). A cafeína foi administrada na forma de solução cafeinada na dose de 0,3g/L em “self-administration” no período ativo, iniciando 14 dias antes do primeiro dia da intoxicação com EtOH e persistindo durante as 4 semanas de BD. Para a intoxicação por EtOH no padrão binge, foi administrada por gavagem na dose de 3 g/kg/dia (20 p/v) durante três dias consecutivos semanalmente nos animais do 49º ao 72º DPN. Para os testes comportamentais, os animais foram expostos aos ensaios de Campo Aberto, Labirinto em Cruz Elevado (LCE), Splash e Nado Forçado. Em relação ao comportamento tipo ansioso, o Grupo Cafeína + EtOH apresentou aumento significativo na distância e tempo percorrido na área central no Teste do Campo Aberto quando comparado ao grupo EtOH. No Teste do LCE, o grupo EtOH mostrou redução na %EBA e %TBA quando comparado ao grupo controle. Porém o grupo cafeína mostrou reversão ao aumentar ambos os parâmetros quando comparado ao grupo EtOH. No comportamento tipo depressivo, o grupo EtOH-intoxicado apresentou redução do tempo de lambida e aumento do tempo de imobilidade, nos testes Splash e Nado Forçado, respectivamente. O grupo EtOH + Cafeína conseguiu aumentar o tempo de lambida no primeiro teste e reduzir o tempo de imobilidade no segundo. Desta forma, podemos concluir que o consumo crônico de cafeína, promoveu neuroproteção ao reverter os sintomas semelhantes a ansiedade e depressão.
  • DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Investigação fitoquímica e avaliação da atividade anti inflamatória do extrato hidroetílico de folhas de salix humboldtiana em modelo zebrafish (Danio rerio)
    (Universidade Federal do Pará, 2021-09-25) RAMOS, Uêbem Fernandes; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070; https://orcid.org/ 0000-0002-2421-8245
    As folhas do Salix humboldtiana, família Salicaceae, são utilizadas na medicina tradicional para o tratamento de diversas doenças inflamatórias, estados febris, entre outras. Porém, existem poucas informações sobre a espécie na literatura. Todavia, o gênero Salix apresenta uma diversidade bastante significativa de usos na medicina popular, tendo na espécie Salix alba L. o seu mais consagrado representante, que está incluído no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Este trabalho se propõe a investigar os constituintes químicos com ênfase nos compostos fenólicos, através de estudos farmacognósticos (análise de qualidade físico-químico); abordagem fitoquímica, os testes, serviram para demonstrar a presença de classes de metabólitos secundários: açúcares redutores, fenóis e taninos, flavonoides, catequinas, esteróides e derivados de cumarina; fracionamento, CCD e CLAE-DAD. Além de teste biológico em modelo animal (D. rerio) para investigação das atividades anti-inflamatórias. Neste sentido, os objetivos de realizar as análises fitoquímicas e o bioensaio, foi utilizado o Extrato etílico do Salix humboldtiana (EBSh) nas diferentes doses em testes in vivo. Os grupos previamente tratados com EBSh 75 mg/kg apresentaram inibição de 5%; 150 mg/kg apresentaram inibição de 14%; 300 mg/kg apresentaram inibição de 54%; 500 mg/kg apresentaram inibição de 60%, 750 mg/kg apresentaram inibição de 43% de edema abdominal em comparação ao controle negativo. Entre as cinco diferentes concentrações do EBSh testados e avaliados no modelo zebrafish, a concentração de 500 mg, forneceu resposta estatisticamente mais expressiva quanto à atividade anti-inflamatória e grau anti-edematogênico após 5 h de tratamento. Essa resposta foi superior ao padrão indometacina se comparados ao controle negativo, indicando dessa forma a capacidade de redução e/ou inibição do edema na região peritoneal. Os animais submetidos aos ensaios apresentaram alterações no comportamento normal em todas as doses testadas, essas alterações variaram de acordo com a concentração do EBSh administrada. Nas três menores doses (75 mg, 150 mg e 300 mg), os peixes apenas manifestaram alterações leves à moderadas e em menor frequência, enquanto nas duas concentrações maiores (500 mg e 750 mg), eles manifestaram importantes alterações comportamentais, algumas com maior frequência e intensidade.