Família negra como resistência: o uso de fontes em sala de aula para um ensino de História antirracista

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20-01-2023

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SOZINHO, Henrique Magno. Família negra como resistência: o uso de fontes em sala de aula para um ensino de História antirracista. Orientador: Wesley Garcia Ribeiro Silva. 2023. 96 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História) - Campus Universitário de Ananindeua, Universidade Federal do Pará, Ananindeua, 2023. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15571. Acesso em:.

DOI

Partindo do pressuposto de que a escola é um espaço propício para questionar a discriminação racial presente em nossa sociedade, este trabalho discute a família negra na transição do século XIX para o século XX como tema mediador para promoção de debates sobre questões étnico-raciais com os estudantes das turmas do 9º ano da Escola Centro Educacional Mosaico, situada em Belém-PA. Ao refletir sobre os saberes que tenho mobilizado para o tratamento de questões sensíveis como racismo ao longo de minha trajetória profissional, relaciono os conceitos “saber docente” e “epistemologia da prática profissional” de Maurice Tardif (2014) com a intenção de promover ensino de história antirracista. Busco no debate nacional sobre escravidão e pós-abolição encontrar referências para o estudo da família negra por meio da perspectiva que interpreta escravizados, libertos e livres como sujeitos, resultado de abordagens fundamentadas em fontes e pesquisas documentais renovadas, que evidenciam a relativa autonomia de africanos (e seus descendentes), e os avanços na luta por uma história afro-brasileira, através da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório no currículo escolar da Educação Básica o estudo da História da África. Proponho o emprego de fontes históricas iconográficas (fotografias e pinturas), através de um álbum de famílias negras temático digital, como dimensão propositiva final deste trabalho, contendo imagens que retratam o cotidiano dos negros na Amazônia e em outras regiões do país em situações diversas: trabalho urbano, momentos em família, vestimentas utilizadas, adornos corporais, bem como suas expressões e posturas que nos concedem pistas que nos ajudam a revelar suas identidades, o convívio familiar e possíveis semelhanças com as famílias negras na contemporaneidade. Constato os resultados positivos ao utilizar o álbum como ferramenta pedagógica para apresentar aos estudantes uma visão do negro como sujeito histórico, permeando o estudo da escravidão negra e pós-abolição no Brasil por caminhos que tornam o aprendizado mais produtivo e desafiador. Concluo que o trabalho com fontes iconográficas no processo de ensino possibilita espaço privilegiado de produção do conhecimento histórico escolar, bem como promovem reflexões e debates sobre questões étnico-raciais com os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental.

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Brasil

Instituição(ões)

Universidade Federal do Pará

Sigla(s) da(s) Instituição(ões)

UFPA

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Disponível na internet via correio eletrônico: bbca@ufpa.br

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