Dissertações em Artes (Mestrado) - PPGARTES/ICA
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6806
O Mestrado em Artes, em 2008 foi autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) com funcionamento no Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGARTES) do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Quebras: Uma poética travesti em pinturas da Amazônia paraense(Universidade Federal do Pará, 2025-06-27) MONTEIRO, Rafaela Maria Moreira; SANTOS, Mayrla Andrade Ferreira dos; http://lattes.cnpq.br/3654924974448971; BRITTO, Rosangela Marques de; REALE, Heldilene Guerreiro; MOKARZEL, Marisa de Oliveira; GRUNVALD, Vitória Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/3188863381591509; http://lattes.cnpq.br/6303416965971617; http://lattes.cnpq.br/3082635788360876; http://lattes.cnpq.br/8841107365533657O presente memorial descritivo tem como objetivo refletir sobre a série de pinturas “Quebras” que relaciona a pesquisa em artes visuais da artista-pesquisadora com a visualidade do movimento modernista “Raio que o Parta”, onde a criação só é possível a partir da quebra, da destruição de uma forma anterior. A pesquisa de natureza qualitativa, teórico-empírico, aborda os processos de instauração da obra de arte, em poéticas. A metodologia adotada para a escrita deste memorial consiste na memória da artista e no esquecimento de tudo aquilo que a limita como ser humano e adere ao conceito de baixa teoria do autor Jack Halberstam (2020) apresentando uma escrita pessoal e autobiográfica. As vinte e sete (27) obras apresentadas buscam reimaginar os gêneros clássicos da pintura a partir da emancipação da imagem de mulheres trans e travestis, e da própria artista, do que a autora Mariah Silva (2023) vai conceituar de olhar cisgênero.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Um imenso estranhamento com a natureza: Fotografia e Memória(Universidade Federal do Pará, 2025-09-01) ELIAS, Guido Couceiro; SEQUEIRA , Alexandre Romariz; http://lattes.cnpq.br/0763555042066498; MANESCHY, Orlando Franco; MOKARZEL, Marisa de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6198572031091761; http://lattes.cnpq.br/3082635788360876; https://orcid.org/0000-0001-8917-1348Este memorial propõe uma investigação artística, poética e afetiva sobre a fotografia como dispositivo de memória familiar. A pesquisa tem como objetivo compreender como a fotografia pode funcionar como elo entre presente e passado, ativando lembranças, afetos e camadas de subjetividade a partir de imagens fixadas no tempo. A metodologia se baseia na criação artística a partir da manipulação e recombinação de imagens do arquivo pessoal, em diálogo com vivências, relatos orais, experiências sensoriais e processos de escuta e rememoração. A investigação utiliza também processos fotográficos analógicos e digitais, incorporando experimentações visuais e técnicas diversas, como a fotografia pinhole, a digitalização de negativos e a colagem de camadas visuais e simbólicas. Teoricamente, dialoga com autores como Roland Barthes, André Bazin, Susan Sontag, Marisa Mokarzel, Sigmund Freud e Eugenia Vilela, refletindo sobre o tempo, a memória, a permanência e a ressignificação. O projeto adensa o vínculo entre imagem e lembrança, mostrando como a fotografia pode condensar tanto a dor do luto quanto a celebração da vida, funcionando como cápsula do tempo e veículo de afeto. Como resultado, apresentase uma produção poética e visual que recria a história familiar a partir de fragmentos, explorando o potencial evocativo e narrativo das imagens como matéria viva da memória e da identidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Baile de Palillos na Amazônia: quando o bailaor se torna músico(Universidade Federal do Pará, 2025-07-07) ANJOS, Allany Cassius Cruz dos; CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes; http://lattes.cnpq.br/2551648142775344; COHEN , Liliam Cristina Barros; LOPEZ GALLUCCI, Natacha Muriel; CRUZ, Jessé da; http://lattes.cnpq.br/0286644614789784; http://lattes.cnpq.br/6417676403385648; http://lattes.cnpq.br/9360892583440760A presente pesquisa tem como foco principal a experiência da performance – gestos dançados-tocados – dos bailaores-tocaores de palillos (castanholas) em bailes realizados pela Companhia Flamenca do Pará, na Amazônia brasileira. A pesquisa buscou analisar as formas expressivas (usos, toques e modos de transmissão) desse instrumento musical, com mais de três mil anos de existência, a partir dos relatos de experiência dos bailaores-tocaores participantes dos Bailes por Sevillanas realizados semanalmente nas aulas de Flamenco da Companhia. Nos tópicos da dissertação abordaremos, sucessivamente: a contextualização histórica dos bailes em Belém, desde a sua chegada; as características musicais (e exemplos) de bailes de palillos; a história dos usos das castanholas (das mais primitivas às contemporâneas); aspectos da Crotalogía ou Ciência das Castanholas; e, por fim, a descrição de um baile de Palillos no contexto de uma aula de Flamenco, com suas diversas pertinências etnocoreomusicológicas: técnicas de toques das castanholas, relação entre percussão de mãos e pés; especificidades do gesto dancístico-musical do bailaor-tocaor; modos de transmissão etc. Uma das constatações mais relevantes desta pesquisa é o modo como a performance dos bailaores-tocaores se particulariza nos corpos dançantes amazônicos, produzindo processos singulares de subjetivação. Finalmente, para a análise dos dados coletados em campo, lançaremos mão das lentes teóricas de José de Udaeta (1989), autor da obra La Castañuela Española: origen y evolución; Joaquín Díaz (1994), autor de La Castañuela Tradicional e diretor do Centro Etnográfico de Valladolid – Espanha; e Francisco Agustin Florencio, criador da Ciencia de las Castañuelas ou Crotalogía.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Artes indígenas no sistema das artes visuais: modos de exibição na Argentina e no Brasil(Universidade Federal do Pará, 2025-08-12) MELI, Marlene Binder; SOUZA, José Afonso Medeiros; http://lattes.cnpq.br/6045766440369156A pesquisa analisa os modos de exibição das artes indígenas no Brasil e na Argentina, partindo da invenção moderna do conceito de arte e explorando as categorias de artesanato, arte indígena e arte popular no contexto contemporâneo dos dois países. A partir da análise da trajetória historiográfica local e duma reflexão sobre duas exibições – Tierra de encuentros, cielos y colores (Buenos Aires, 2015) e a I Bienal das Amazônias (Belém, 2023), o texto busca reconhecer práticas insurgentes e repensar as narrativas sobre a inserção dessas produções nos sistemas de arte visuais. Ao questionar as categorias e as formas estabelecidas de exibição de artes indígenas em instituições de arte em ambos os casos, tenta-se estabelecer uma abordagem comparativa para tentar entender a dinâmica cultural e de exibição de cada país. Também problematiza a influência da colonialidade na valorização da arte indígena, propondo uma reflexão crítica sobre como essas obras são inseridas (ou marginalizadas) no circuito institucional da arte.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Memórias do Hip-Hop na Amazônia : Os pioneiros na formação e resistência da cena de Belém-PA.(Universidade Federal do Pará, 2025-06-24) LEÃO, Gesiel Ribeiro de; BRITO, Márcia Mariana Bittencourt; http://lattes.cnpq.br/3710898379776654Este estudo tem como objetivo principal analisar como a resistência dos pioneiros moldou e construiu a cultura Hip-Hop paraense. A pesquisa explora a trajetória histórica do Hip-Hop em Belém-PA, enfatizando a formação de sua identidade e as estratégias de resistência adotadas pelos artistas locais diante de contextos de exclusão e xenofobia. A metodologia utilizada é fundamentada na pesquisa-ação proposta por Michel Thiollent (2011), que permite uma análise reflexiva e engajada, promovendo um diálogo direto com os participantes da cena. Por meio de entrevistas e análise de discurso crítica de Viviane de Melo, o trabalho busca integrar a voz dos artistas e coletivos às reflexões teóricas, visando compreender as dinâmicas que configuram o Hip-Hop. Os resultados da pesquisa mostram que o Hip-Hop no Pará é marcado por uma forte ligação com as memórias coletivas de suas comunidades, o que é fundamentado nas ideias de Eric Hobsbawm sobre a construção da memória cultural. As letras e performances dos artistas não apenas refletem as experiências vividas, mas também atuam como ferramentas de resistência e afirmação de identidade, confrontando narrativas dominantes e estigmatizantes. O estudo também aborda a questão da xenofobia, utilizando os conceitos de Franz Fanon para examinar as opressões enfrentadas pela juventude negra e periférica. Além disso, discute a hibridação cultural, apoiando-se nas ideias de Nestor Clanclini, que mostra como o Hip-Hop parte dessa hibridação e contribui para a formação de uma identidade dinâmica, Antônio Gramsci, fortalece os diálogos trazendo sua concepção e teoria sobre resistência cultural. Em suas conclusões, o trabalho reafirma que o Hip-Hop na Amazônia, especialmente em Belém, é uma forma potente de resistência cultural, sendo diferente de outras partes do mundo. Ele não só preserva as memórias históricas, mas também reafirma uma concepção de identidade única, desafia a marginalização e promove a luta por direitos e dignidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distopia Neocabana (2021): Ficção especulativa e imaginário nos quadrinhos na Amazônia Paraense(Universidade Federal do Pará, 2025-07-10) MATHEUS, Keoma Calandrini de Azevedo; SMITH JÚNIOR, Francisco Pereira; http://lattes.cnpq.br/4369023473293807A presente pesquisa analisa o tema da distopia na revista em quadrinho AÇAÍ PESADO: Distopia Neocabana (2021), produzida no contexto da cidade de Belém do Pará pelo Coletivo Açaí Pesado. Partindo da proposição dos quadrinhos enquanto arte e expressão cultural, o estudo investiga como a ficção especulativa e o tema da distopia refletem as tensões sociais, ambientais e políticas contemporâneas, sob o recorte da Amazônia Paraense. A análise se movimenta nas áreas das Artes, Ciências Sociais e Tecnologia, explorando a relação entre os elementos ficcionais e o debate crítico sobre política, globalização e crises ecológicas; destacando a maneira como a obra apresenta referências locais e globais para construir uma visão distópica da realidade amazônica. A metodologia da literatura comparada permite traçar conexões entre Distopia Neocabana e outras obras de ficção especulativa, estabelecendo paralelos temáticos e estilísticos com tradições literárias e visuais diversas. Assim, revela como os quadrinhos operam não apenas como entretenimento, mas como um produto para refletir sobre as transformações socioambientais e culturais na Amazônia. Com uma perspectiva crítica e interdisciplinar, a dissertação insere Distopia Neocabana como uma obra expressiva ao imaginário contemporâneo, que ressignifica a Amazônia como território de criação e resistência artística.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Corpo-Raiz: O processo de criação do bolero Interamor(Universidade Federal do Pará, 2025-06-25) ALCANTARA, Wallesson Amaral; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776A presente pesquisa trata da noção de Corpo-Raiz, que é um modo de fazer-pensar a Dança de Salão imbricado com a trajetória de vida e arte de um artista-professor-pesquisador. Esta trajetória é permeada por diferentes experiências artísticas na Dança de Salão, sobretudo no bolero, constituindo-se de vivências atravessadas pela Neurociência (Marçal, 2019), tendo como fundamentação teórico-prática a Ecologia do Movimento (Bolsanello, 2016) e a Dança Imanente (Mendes, 2008), além da noção de “dança como política de aparecimento” (Castelo, 2022). Como resultado, apresenta-se a poética Interamor, seus desdobramentos metodológicos, aplicáveis tanto na criação quanto no ensino da Dança de Salão e a discussão de cunho social disparada pela obra de arte.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atos performativos de uma Bufonaria Matuta: Arte, cura e ancestralidade em Belém do Pará.(Universidade Federal do Pará, 2025-06-30) NUNES, Ana Carolina Marceliano; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414; https://orcid.org/0000-0001-8277-5210O presente trabalho é fruto da pesquisa “Atos performativos de uma bufonaria matuta - Arte, Cura e Ancestralidade em Belém do Pará”, dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Artes da UFPA, 2023. A pesquisa investigou o processo de criação voltado à bufonaria e ao teatro de rua, que vem sendo desenvolvido desde 2015, com o foco no cruzamento de saberes que esta criação cênica tem articulado ao longo dos anos, propondo a reflexão teórico-poética a partir de atos performativos de cura da bufonaria matuta. A escrita traz à tona as seguintes questões: É possível por meio da arte reconectar saberes apagados pelo tempo? De que forma saberes característicos da Amazônia paraense podem resistir ao projeto colonial? Poderá a arte ser um canal de reconexão com a ancestralidade e resgate de memórias? Como atos performativos de cura através do humor podem fazer frente às estruturas hegemônicas de poder, que causam o adoecimento das populações e sua marginalização? Norteada pela cosmovisão contracolonial (Santos, Krenak) a pesquisa trabalha com a encruzilhada epistemológica (Martins) que converge três caminhos principais: arte, cura e ancestralidade; por meio da bufonaria (Bosque; Brondani; Freire; Marques;) e dos atos de cura (Almeida e Lima; Jung; Miranda; Souza), a oralitura de um corpo-encruzilhada-fêmea faz emergir subjetivações de origem cabocla da Amazônia paraense.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Vestígios na tela: Dança floresta, corpo situado em Improviso(Universidade Federal do Pará, 2025-02-26) CASTRO, Roberta Suellen Ferreira; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211O Videomaker, assim como, o Editor são modalidades recentes na arte da dança, sendo necessário traçar estudos para o que vem aos poucos, surgindo enquanto artista da dança, que em ato se interpela com o vídeo numa relação de imersão e contato exploratório com o espaço, câmera, computador e outros corpos. Sem roteiro e sob condições da composição em tempo real, nas etapas de filmagem e edição, a artista maneja competências e habilidades da dança gerando um campo intensivo somático de fragilidade e incertezas, já que produz gestos e posições com a câmera em movimento. A alteração em ato exige atenção constante de um cuidado com a câmera e com os movimentos que realiza. É o próprio artista quem conduz a produção imagética derivada do processo de captação e edição, onde se origina outra dança com seus cortes, ligações e desdobramentos formando um corpo o qual se vê interpelado por uma dança primeira, que não é a primeira, mas vestígio de uma dança outra, que se faz na seleção de quadros móveis no processo de pós-produção. Partindo da residência artística “Dança Floresta”, realizada em 2021 pela Cia Experimental de Dança Waldete Brito, este estudo tem por objetivo investigar subjetividades do corpo dançante, a partir da relação que o artista multimídia do Videodança estabelece com os meios no contexto amazônico. A pesquisa parte das seguintes questões: Qual a natureza e subjetividades da dança contemporânea? O que move o Videomaker que dança que improvisa no espaço da floresta? Como analisar/investigar subjetividades do corpo dançante pelas imagens do Videomaker em contato com o intérprete-criador em dança, quando compõem em tempo real? De natureza qualitativa e sob a perspectiva do pesquisador participante, a produção de dados provém da análise de vídeos, imagens e de questionário semiestruturado. Situada na linha tênue entre campos de conhecimento distintos, a pesquisa aponta como resultado um caminho possível de produção de vídeo. Embora perpasse pelos meios técnicos, a imagem produzida provém da captação e entrelaçamento de subjetividades que se multiplicam na tela, aponta uma tecnologia de alta complexidade, que embora se aproprie do dispositivo câmera, é gerenciada pela natureza humana, uma engrenagem orgânica dotada de sensibilidade, percepção e desejos particulares. Esses mecanismos não só orientam o processo de criação coreográfica, como também, subvertem a ordem do que tem sido empregado como inovação tecnológica. Sendo assim, o corpo dançante não se coloca a serviço desses utensílios, mas dialoga com eles tornando-se a própria tecnologia corporificada pelo ato criativo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Arte, imaginação e criação com crianças da cidade de Benevides-PA(Universidade Federal do Pará, 2025-05-15) CALDERARO, Kelly Lene Lopes; BRITO, Márcia Mariana Bittencourt; http://lattes.cnpq.br/3710898379776654O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a pintura das crianças, e o que estas podem representar em sua vida. Especificamente nesta pesquisa foi estabelecido a escuta de crianças, através de desenhos sobre o território de Benevides, Pará, e procurar estabelecer relações com sua vida buscando os conceitos de Imaginação e Arte na infância. Para embasamento conceitual considerou-se a perspectiva Histórico-Cultural de Lev Vigotski (2014), na qual observa-se que, quanto mais rica culturalmente a experiência humana for, maior será o material disponível para sua imaginação e criação. Vendo por esta perspectiva, a imaginação da criança estaria expressivamente aberta a inúmeras experiências criativas considerando que ela, quando comparada ao adulto, não estaria com seu repertório permeado por marcas de vivências já amplamente experimentadas. E é neste sentido que o projeto Arte, Criança e Cidade buscou esta vivência de escuta, para dar voz as crianças e trazê-las ao centro do processo, no qual estas podem sim participar da construção de um território, pois tem a percepção do lugar em que vivem e desejos a serem realizados para este lugar demonstando sua sensibilidade e afetividade. É nesse sentido que se ressalta a importância do olhar tanto para as experiências que a criança já possui quanto para àquelas que estão em aberto. Observar as relações que se estabelecem entre a criança, a arte e sua criação. A metodolofia utilizada foi a pesquisa participante. A técnica aplicada foi a escuta de crianças, através de desenhos, em quatro praças públicas no território de Benevides, com a ergunta norteadora de como elas vêem esta cidade e como gostariam que a mesma estivesse? Foram coletados setenta e oito desenhos para análise de construção dos resultados. Da mesma forma, na metodologia desenvolvida foi realizada pesquisa bibliográfica, cujos dados apresentados provêm de livros, dissertações, teses, pesquisas divulgadas em periódicos e apresentações de trabalhos científicos. Para análise destes esenhos foi utilizado médoto da análise do discurso e o embasamento de Vygotsky sobre a Arte e a maginação.Espera-se que esta pesquisa, junto a outras pesquisas, possa contribuir para o espaço acadêmico, assim como para dar maior visisbilidade a importância de escuta as crianças, seus anseios, ideias e sonhos, através da Arte e da Imaginação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Inacontecimentos, Amazônia : [re]ações ambientais(Universidade Federal do Pará, 2024-09-27) NEGRÃO, Lucas da Silva; OLIVEIRA, Hosana Celeste; http://lattes.cnpq.br/4177178840952700A pesquisa aborda a degradação do bioma Amazônia resultante da ação humana, utilizando três fontes principais: sistemas de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), imagens do Google Earth e fotografias aéreas autorais produzidas no estado do Pará. Essa dissertação objetiva ompreender como as interações entre arte, corpo e ambiente no processo criativo da obra interativa-reativa 'Inacontecimento' pode auxiliar nas discussões sobre a degradação ambiental da Amazônia, a partir de autores como Ailton Krenak, Gilles Deleuze, Bruno Latour, Milton Sogabe e Tetsuro Watsuji. Além disso, a pesquisa inclui uma curadoria de exposição que reúne obras de artistas focadas nos impactos de projetos de exploração na Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Máscara Búfala: Cartografia Cênica de um Corpo-Saudades(Universidade Federal do Pará, 2025-01-17) SILVA, Bruno Rangel Viana e; SARÉ, Larissa Latif Plácido; http://lattes.cnpq.br/3313460196086035O memorial apresenta pesquisa em teatro que emerge de um contexto íntimo: a descoberta de estar em luto, assim como as saudades provocadas pela perda de minha mãe durante a pandemia de COVID-19. A partir de memórias pessoais, como os cafés da manhã em minha casa, as conversas que aconteciam à mesa e o cotidiano transformado pela presença e pela ausência, proponho uma poética do corpo-saudades. Identifico também que alguns sentimentos e minha casa são indutores e contribuem para a construção dessa poética. O trabalho se estrutura em três pilares principais: as saudades como potencialidade artística, as memórias como dispositivo de criação e o corpo-saudades como um arquivo de vivências registradas no meu corpo, onde compartilho com o público. Utilizo o método da cartografia, a dramaturgia pessoal do ator e a criação com imagens/fotografias, fundamentando-me nas referências teóricas de Virginia Kastrup (2009), Wlad Lima (2005) e Sônia Rangel (2015). Essas três mulheres me deram suporte para que eu fomentasse meu pensamento e o transformasse em linguagem para o teatro autobiográfico e poético. A pesquisa vai se estruturando a partir das experimentações cênicas realizadas ao longo do mestrado, que são acionadas por meio das memórias essoais do artista-pesquisador, onde objetos, músicas e a relação com o público são colocadas em foco, com o intuito de aproximar quem assiste das minhas intimidades. A casa onde vivo é vista como o primeiro universo. Surge, então, um modo de criar cenas em que primeiro se olha o espaço físico e, em seguida, se processa o campo do simbólico, que oferece uma geografia emocional à narrativa. Por fim, este memorial também busca expor um descontentamento pessoal com relação ao descaso político e social que intensificou as perdas durante a pandemia, transformando a dor pessoal em um manifesto coletivo, elevando o meu rabalho a uma produção de memória coletiva, para que assim possamos enxergar as possibilidades de lidar com o luto. Ao entrelaçar a dimensão pessoal e política, o trabalho propõe uma ressignificação do meu luto, um ato poético é concebido e um convite é feito, à reflexão sobre memória, presença e ausência.Dissertação Acesso aberto (Open Access) VIDEOCLIPES QUE REIVINDICAM O DIREITO A OLHAR: Sentidos decoloniais da América Latina em This Is Not América, Tierra Zanta e Reza Forte(Universidade Federal do Pará, 2025-01-30) MAIA, Yasmim Oliveira; DAMASCENO, Alex Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8620263171962896Esta dissertação aborda os videoclipes latino-americanos, investigando narrativas contrárias às hegemônicas, com base na Contravisualidade, conceito de Nicholas Mirzoeff. Para tanto, são analisadas as obras Reza Forte (Baiana System), This Is Not America (Residente) e Tierra Zanta (Trueno). O objetivo é compreender como esses videoclipes constroem sentidos não hegemônicos sobre a cultura latino-americana, destacando as audiovisualidades que reivindicam o direito a olhar desses povos. Dessa forma, a pesquisa contextualiza a linguagem do videoclipe na América Latina, identifica vertentes distintas que são produzidas neste território e mostra o que são imagens feitas a partir do olhar dos colonizadores e como modificar esse olhar. Portanto, buscamos apresentar clipes que apresentam as seguintes similaridades: a presença do indígena, dos afrodescendentes e do respeito com a natureza. Para isso, são utilizados teóricos decoloniais como Darcy Ribeiro, Aníbal Quijano e Walter Mignolo, para abordar aspectos da América Latina e autores da Cultura Visual, como Ulpiano Meneses e John Berger, com o intuito de mostrar o que seria o olhar que identificamos como colonizado. Nos videoclipes, encontramos uma narrativa que empodera, celebra e enaltece a cultura e a resistência dos povos latino-americanos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Me inscreva quando sentir a minha falta: Poética da ausência na reinscrição de um acervo fotográfico(Universidade Federal do Pará, 2025-02-06) SILVA, Paola Barros; DAMASCENO, Alex Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8620263171962896Este memorial dissertativo apresenta o processo de criação da obra visual e do fotolivro experimental intitulado Me inscreva quando sentir a minha falta. A partir da percepção da minha ausência imagética no acervo fotográfico da minha família, busquei me inserir nas imagens esquecidas na câmera cyber-shot da minha mãe. Para isso desenvolvi uma metodologia que tem como base os conceitos de Autoficção e Databending que nesta pesquisa atuaram como recurso técnico para a criação das imagens Pure Glitch que dão corpo ao ensaio imagético pertencente ao livro de artista e livro-objeto desenvolvido. O texto apresenta uma pesquisa hibrida de caráter sistemático e transdisciplinar, organizado em etapas de pesquisa teórica e de processos de criação e experimentação em ateliê. Tendo como temática a Poética da ausência, a obra desenvolvida se vale da estética Glitch Art como ferramenta criativa para elaborar o conceito de Metáfora visual do erro e assim criar visualidade expressa em imagens que refletisse a ausência, a desterritorialização e questões complexas à memória. Com este estudo, viso contribuir para o arsenal reflexivo sobre a arte contemporânea e sua relação com os trabalhos de levante e contranarrativa, além de somar junto ao corpo de criação de artistas do eixo nortista e amazônida do Brasil. Quanto ao caráter crítico, o estudo apresentado ainda tem como desdobramento a reflexão acerca do termo Glitch Art e Autoficção como uma linguagem experimental para a área de artes visuais. No campo social a obra desenvolvida lança luz a necessidade do resgate das memórias invisibilizadas propondo uma reflexão (visual e teórica) sobre ausência e pertencimento inspirando novos olhares criativos e apreciativos para a arte e a memória em intersecção com a tecnologia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) ESCRITA DE TEXTOS TEATRAIS : Material didático em Ambiente Online sob uma perspectiva BIPOC(Universidade Federal do Pará, 2024-08-09) ROCHA, Danilo José Assunção da; BRITO, Márcia Mariana Bittencourt; http://lattes.cnpq.br/3710898379776654O presente trabalho tem como objetivo central desenvolver material didático para um curso online que introduz a escrita de textos teatrais para indivíduos BIPOC - acrônimo em inglês que se refere a pessoas negras, indígenas e de cor. Ao compreendermos a linguagem como um produto social e histórico, um veículo para representações ideológicas em que a materialização se manifesta através do discurso (FIORIN, 1990), esta dissertação aborda o estudo da Dramaturgia e se propõe a investigar o tema como parte do fenômeno do teatro dramático (MAGALDI, 1994) e suas possibilidades frente à veiculação de discursos. Fundamentada nas interseções entre Arte, Educação e Tecnologias Digitais, a pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011) de metodologia híbrida combina pesquisa bibliográfica sobre teatro como gênero textual, educação online (KENSKI, 2012), e esign (KENSKI, 2012; PAWAN, 2012) para criar o material didático-dramatúrgico em espaço digital (ØSTERN, 2021). A elaboração desse material, com elementos-chave e estratégias de ensino para introduzir a escrita de dramaturgia teatral em ambiente de aprendizagem aberto, busca promover o acesso ao conhecimento mencionado e democratizar a criação artística, além de contribuir com perspectivas relacionadas ao uso de ferramentas tecnológicas na escrita.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Quando os Caramujos vão ao Funeral e Mira o Amor que Parte…Mira o Amor que Fica: O processo criativo para uma dramaturgia da saudade(Universidade Federal do Pará, 2024-12-02) ROSÁRIO, Adilson Pimenta do; MARTINS, Benedita Afonso; http://lattes.cnpq.br/6379814397024971"Temos Dorflex, paracetamol, dipirona, anador, cataflam original e o genérico.”. O processo criativo para uma dramaturgia da saudade, da poesia, da vivência e do Amor nos espetáculos Quando os Caramujos vão ao Funeral e Mira o Amor que Parte…Mira o Amor que Fica. ...E para a saudade, qual é o remédio? A relação da saudade e da herança afetiva na arte. Essa pesquisa surgiu da necessidade de estudar o processo criativo de dois espetáculos vivenciados em distintos períodos, e de distintos grupos da cidade, ao qual eu estive presente nessas construções cênicas. Ao abrir manuscritos e álbuns de fotografias de uma gaveta, me reencontro com um grupo de 45 jovens que integravam o grupo cênico da Fundação Curro Velho e vou ao reencontro de diretores, roteiristas, músicos, iluminadores, figurinistas, maquiadores, cenógrafos que integravam as montagens teatrais dos espetáculos do Grupo Cênico da Fundação Curro Velho, fundado em 2002, encerrando as suas atividades em 2010. Todas as produções custeadas pela mesma fundação. O grupo foi pensado pela Professora Olinda Charone. Minha proposta é analisar dois espetáculos, o primeiro de 2003, na montagem de Quando os caramujos vão ao funeral, da adaptação de Neuza Titan, de um conto do escritor francês Jacques Prévert , a mesma assina a direção cênica. É o meu primeiro espetáculo que eu adentro no grupo cênico como ator. A segunda montagem é “Mira o Amor que Parte…Mira o Amor que Fica”. (2021). Produzido e executado pelo Espaço Artístico Cultural D. Mira. Sob a direção cênica de Maurício Franco. Ao qual exerço a função de idealizador do espaço cultural, ator e assino a dramaturgia construída com Wellington Romário e Luciano Cantanhêde. Ambos os espetáculos me atravessam de forma arrebatadora para a arte. Os meus atravessamentos de lembranças, memórias, afetos que enfatizo nessa escrita durante os processos dessas construções coletivas, com devida atenção para as construções das dramaturgias dos dois espetáculos, pois as mesmas foram escritas em momentos de perdas de grandes amores de nossas vidas. Neuza Titan faz a adaptação do texto com uma escrita de uma adequação da mulher amazônida, após a perda de seu esposo e depois de 18 anos, escrevemos o Mira amor que parte Mira o Amor que Fica, sobre a perda da minha mãe, uma das vítimas da Covid. Nossas dramaturgias são metáforas da saudade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Educação musical e o ensino de violino para crianças autistas: Uma vivência com o método de Edgar Willems.(Universidade Federal do Pará, 2024-07-10) PINHO, Vivian Ferreira.; FREITAS JÚNIOR, Áureo Déo de; http://lattes.cnpq.br/9902320223569217No âmbito legislativo, está em vigor a Lei Nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e em seu artigo 3º estabelece que são direitos da mesma o acesso à educação e ao ensino profissionalizante. Nessa perspectiva, o professor precisa estar preparado para assumir os desafios da docência para esse público. Este estudo visa contribuir com essa questão ao abordar estratégias metodológicas para a educação musical e ensino do violino para crianças autistas, inspiradas na proposta pedagógico-musical de Edgar Willems e consequentemente fornece diretrizes para o docente que pretende se especializar no campo da educação musical para turmas inclusivas com crianças autistas. Tem-se como objetivo geral desta pesquisa investigar quais as contribuições do método de Edgar Willems para o processo de musicalização e ensino do violino em turmas inclusivas com crianças autistas. Este objetivo se desdobra especificamente em dois, que são: propor atividades musicais, por intermédio da revisão da literatura, baseadas no método de Willems; e verificar o aprendizado musical dos alunos autistas alcançado por meio de uma escala avaliativa. Para tanto, uma revisão de literatura foi realizada, em artigos, dissertações, teses e livros nos idiomas português e espanhol, disponíveis em plataformas on-line, para identificar o que a literatura trata sobre a educação musical, na perspectiva da educação inclusiva direcionada a pessoas com TEA, envolvendo temáticas como a legislação inclusiva, educação musical inclusiva, autismo, relações entre a educação musical e a psicomotricidade na perspectiva inclusiva, educação musical e ensino de violino e a educação musical para Edgar Willems. Esta é uma pesquisa-ação, de abordagem qualitativa e tem caráter exploratório. Os participantes desta pesquisa são oriundos do Grupo de Pesquisa Transtornos do Desenvolvimento e Dificuldades de Aprendizagem (GP-TDDA), em atividade na Universidade Federal do Pará (UFPA), como técnica de coleta foi realizada a observação participante e estruturada uma escala avaliativa baseada nos pilares da proposta pedagógico musical de Edgar Willems, são eles: a canção, o ritmo, o movimento sonoro (altura do som) e a audição. Ocorreram 11 aulas e 3 avaliações, as aulas foram planejadas previamente e baseadas nos pilares do método revelados na revisão de literatura. Os resultados do aprendizado das crianças autistas coletados nas avaliações foram expressos em gráficos e foi realizada a descrição mediante à pesquisa participante dos avanços musicais e quanto ao comportamento de todos os participantes. O estudo revelou que a turma como um todo, tanto os alunos autistas quanto os típicos, evoluiu. As crianças autistas demonstraram desenvoltura e entendimento das práticas musicais, experimentaram os elementos musicais e com autonomia transferiram esse conhecimento para o estudo do violino.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Artivismo sapatão amazônida na cultura digital como dispositivo de afeto(Universidade Federal do Pará, 2024-12-10) SALIMOS, Nícia Coelho; MELO, Ana Cláudia da Cruz; http://lattes.cnpq.br/4777116947247545A pesquisa investiga o artivismo lesbofeminista de coletivas amazônidas paraenses, as quais denomino sapativistas, focando nas expressões visuais, disponíveis digitalmente, que configuram um “dispositivo artificado de afeto sapatão”. O conceito de dispositivo é fundamentado em Michel Foucault (1979) e direcionado às interseccionalidades de gênero, raça e classe, presentes, especialmente, em bell hooks (1995; 2019) e Sueli Carneiro (2005; 2019), e será entendido como prática cultural que articula afeto, identidade e resistência LBTQ+ no contexto da cultura digital. A pesquisa busca compreender como as produções visuais e poéticas de coletivas como Sapato Preto Amazônida e Rede ALAMP, no Instagram e nos espaços físicos, expressam e constroem um imaginário de resistência e afeto, evidenciando símbolos e narrativas de pertencimento. A identificação das imagens como formas de arte é fundamentada em conceitos do artivismo, com base em Lucy Lippard (2024), e na hipótese da artificação, trazida principalmente por Ellen Dissanayake (2009). A metodologia de análise combina abordagens feministas e epistemologias sapatãs e queer, fundamentadas em autoras como Adrienne Rich (2012), Audre Lorde (2019), Glória Anzaldúa (2000; 2005), Ann Cvetkovich (2021) e Sara Ahmed (2006; 2010), que trazem perspectivas para entender a produção poética dissidente por meio da existência e do continuum lésbico, ajudando a desvendar os códigos estéticos e afetivos presentes nas imagens e ações coletivas, bem como o impacto dessas produções em ampliar a visibilidade lésbica e fomentar políticas públicas. Entre os resultados, identifica-se o artivismo lesbofeminista amazônida na contemporaneidade, que se movimenta nas redes sociais digitais, e se apropria desses espaços para dar existência e, sobretudo, ampliar, visibilizar, ressignificar imagens e aglutinar pessoas em espaços físicos ou não por meio de encontros de resistência política e cultural. Sob as perspectivas de uma poética ativista e da artificação, as sapativistas tornam-se não apenas sujeitas ativistas e protagonistas sociais, em todos os grupos analisados, mas também artivistas criativas e criadoras que dão novos sentidos às imagens, tornando-as potentes formas de afetos e afecções. Com este estudo esperamos ajudar a evidenciar as expressões artísticas historicamente dissidentes, além de contribuir com o debate sobre o papel da cultura digital na expansão e reconfiguração de discursos lésbicos e feministas das coletivas amazônidas. Algo desafiador frente aos algoritmos de mídias marcadas por um conceito de heteronormatividade compulsória, enquanto promovem novas formas de articulação política para a comunidade sáfica local.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Experimento Social Online e Fenômeno Artístico: Uma análise do r/place(Universidade Federal do Pará, 2024-09-30) BOTELHO, Marcela Jatene Cavalcante; STOCO, Savio Luís; http://lattes.cnpq.br/3206903170798612; OLIVEIRA, Hosana Celeste; http://lattes.cnpq.br/4177178840952700Esta pesquisa almeja entender a seguinte problemática: como uma análise do experimento social online, r/place, pode nos ajudar a utilizar o campo da arte para compreender produções e fenômenos online até então não contemplados. Para isso, foram elencados os seguintes objetivos: identificar o r/place nas edições de 2017 e 2022, traçar uma metodologia de análise para fenômenos online, analisar o r/place diante a metodologia elaborada e por fim, relacionar os r/place com fenômenos artísticos com características particulares que os colocam à margem dos modos de pensar formais da arte. Para identificar o r/place, fez-se um levantamento de literatura de trabalhos de pesquisa realizados acerca desse fenômeno, tanto de 2017, como 2022. Como ferramenta de análise, elaborou-se a metodologia de análise triangular híbrida (MATH), para compreender fenômenos online, tais como o r/place, sob três vertentes: o comportamento, elucidado pela teoria de artificação de Ellen Dissanayake, a técnica, a partir da teoria de Lev Manovich sobre o papel do software, e imagem, com base nos estudos de arte e tecnologia de Stephen Wilson e Christiane Paul. O r/place foi analisado a partir dessas três características, constatando: i. o comportamento artificado de seus participantes, exibindo exemplos das cinco operações estéticas descritas por Dissanayake, ii. identificando o papel do software e técnicas empregados pelos responsáveis pelo desenvolvimento do evento, e como suas intenções transbordaram nas funcionalidades do r/place e nas decisões feitas a respeito do software, e iii. o aspecto da imagem, entendido dentro do contexto da arte digital como o resultado de um objeto (analógico ou digital), que sofre uma mediação intencional de software, focalizando a mediação específica do r/place, investigando as características imagéticas do fenômeno não de uma imagem estática, e sim, constantemente sofrendo transformações, em grande parte pela mediação. Por fim, estabeleceu-se a relação entre o r/place e duas expressões artísticas consideradas por mim à margem do entendimento formal artístico, por motivos distintos, a não arquitetura paraense conhecida como Raio Que o Parta, e a pixel art, não como obra, mas como meio de produção artístico, percebendo-se paralelos com o r/place e os modos de compreender tais fenômenos. Concluiu-se que os objetivos foram alcançados, e a análise do r/place, a partir da MATH, pode nos auxiliar na utilização do campo da arte para entender fenômenos online ainda à margem dessa área de conhecimento, possibilitando, futuramente, a aplicação da metodologia para outras produções semelhantes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) CORPO – CASA – GAIOLA: O Tapete de Penélope(Universidade Federal do Pará, 2024-12-19) LIMA, Penélope Lopes de; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776A partir do entendimento da trajetória de vida como uma grande fonte de criação dramatúrgica, poética e cênica; bem como da compreensão do corpo do atuante em cena como uma colcha de retalhos costurados por memórias, vivências e emoções; esta pesquisa em artes se propõe a desfiar, escavar e cartografar o corpo-colcha de retalhos da artista-pesquisadora que se constitui como sujeito e objeto da pesquisa. O recorte de um período da infância da trajetória de vida da atriz é o catalisador base para a construção de um experimento cênico solo que explora o teatro narrativo, apresentando o seu corpo-casa-gaiola e compartilhando relatos íntimos da dramaturgia de vida da atuante para o espectador. Ao transformar a sala de ensaio em um portal direcionado ao passado (no qual fotografias e escritos registrados no diário de bordo durante os ensaios são verdadeiros tesouros do processo criativo), a atriz re-presentifica momentos da infância em um retorno à sua própria criança através da narração de trechos da Odisseia (poema épico atribuído a Homero), dialogando aspectos que influenciam em seu corpo cênico hoje, como a maternidade e a negritude. No reencontro entre a menina e a mulher, o mito. Doravante torna-se possível reconhecer, analisar e compreender as reações que a dramaturgia de vida e o corpo cênico efetuam um sobre o outro, impulsionando processos de criação.
