Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal
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Navegando Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal por Orientadores "TRUSEN, Sylvia Maria"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) (Des)encantos para a educação sensível nas etnopoesias de Márcia Kambeba(Universidade Federal do Pará, 2025-02-17) OLIVEIRA, Juliana Lara Melo de; TRUSEN, Sylvia Maria; http://lattes.cnpq.br/1704721088122823Essa pesquisa objetivou trazer as relações existentes entre as poéticas e a literatura que têm sido produzidas pelos povos originários e a educação sensível. Para isso, utilizou-se da obra poética da escritora indígena Márcia Wayna Kambeba para responder a questão acima e averiguar a hipótese de proposição de materiais, como a sequência expandida, em oficinas de leitura para estudantes do nono ano. Assim, amparada nas obras de Santin (1995), Dorrico et al (2018), Kambeba (2018; 2020; 2021), dentre outras, realizou-se estudo, que utilizou-se do método levantamento bibliográfico consultado na literatura, e, portanto da análise qualitativa do estudo. O trabalho teve por objetivo geral entender de que forma os poemas de Márcia Kambeba correlacionam-se às concepções de educação sensível, e por objetivos específicos: verificar aspectos da resistência ameríndia nos etnopoemas da autora; compreender a educação sensível e seus apontamentos sobre a alteridade nos povos indígenas; e sugerir uma sequência expandida que compreenda os poemas da autora em destaque junto à formação como processo de educação sensível. A partir da pesquisa foi feito um levantamento nas bases da CAPES, a respeito dos trabalhos existente sobre a obra da autora relacionados à educação sensível, por meio do qual constatou-se existência de trabalhos na obra de Kambeba, mas nenhum relacionado ao tema supracitado. Desse modo, construiu-se a proposição de sequência expandida que priorizou a literatura ameríndia, pois demonstrou-se a falta de inclusão dessa nas redes de ensino, apesar das políticas públicas. Também, verificou-se a importância de discussões de conceitos relevantes, como alteridade, educação sensível e a respeito da produção e divulgação das produções literárias indígenas. Chegou-se a conclusão de que ainda negam-se os espaços a esses corpos e às suas culturas. Portanto, discussões sobre a educação sensível, inclusiva e sobre a alteridade são muito pertinentes ao tratar-se da inserção das literaturas e formas de organização bem como aceitação das práticas do outro no espaço escolar e na sociedade. Ademais, o trabalho com as narrativas indígenas demonstra-se crucial para o respeito às relações de alteridade em um sistema de ensino cuja herança é colonial, e corrói as práticas de sensibilidade na formação dos indivíduos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Livro infantil multiformato em sistema pictográfico: lançando a semente da inclusão pela via literária, em estudo com professores e seus alunos com TEA(Universidade Federal do Pará, 2023-12-05) LAGO, Mara Rita Araújo; PIRES, Yomara Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5304797342599931; https://orcid.org/0000-0001-7724-6082; TRUSEN, Sylvia Maria; http://lattes.cnpq.br/1704721088122823As crianças com autismo, em sua maioria, necessitam de mediação específica e adaptações que possam contribuir para seu aprendizado, dentre elas destaca-se: o livro infantil multiformato, estudado nesta pesquisa. Dessa forma, atentou-se a seguinte questão da pesquisa: como o livro adaptado constitui ferramenta importante no sentido de contribuir para a comunicação, conforme observação do pesquisador e dos docentes? Este estudo objetiva descrever a interação entre as crianças e o livro infantil multiformato, com base nas observações explicitadas pelos docentes no questionário da pesquisa. A metodologia empregada consiste em abordagem qualitativa, a coleta de dados ocorreu por meio de pesquisas documentais, bibliográficas e questionários online e presenciais, realizados em uma escola, na educação infantil, no município de Castanhal Pará, envolvendo como sujeitos, professores e seus alunos autistas. Os resultados deste trabalho mostraram como os livros infantis multiformatos podem auxiliar os docentes nos aspectos metodológicos em relação a contação de histórias para seus alunos com autismo, estimulando-os na comunicação, compreensão do enredo da narrativa que permeia a história, tendo uma abrangência positiva, contribuindo para alargar o desenvolvimento e aprendizagem dos mesmos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Maravilhoso e alteridade em narrativas da Matintaperera(Universidade Federal do Pará, 2019-07-12) RAMOS, Andressa de Jesus Araújo; TRUSEN, Sylvia Maria; http://lattes.cnpq.br/1704721088122823Este trabalho, vinculado ao Projeto de Pesquisa Alteridade, Literaturas do Insólito e Psicanálise (ALLIP), objetiva, de modo geral, compreender o maravilhoso a partir da alteridade em narrativas orais da Matintaperera, recolhidas pelo Projeto O Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia Paraense (IFNOPAP). De forma específica, objetivamos verificar aspectos comuns entre a Matintaperera, o Saci-Pererê, o Acauã e a Mula sem cabeça, bem como examinar a ocorrência de Das Unheimliche (O estranho) em narrativas orais da Matintaperera. O referencial teórico deste estudo ampara-se em Bravo (1985), Freud (1919/2017) e Paz (2018). Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, com abordagem qualitativa, cuja metodologia consistiu em, primeiramente, fizemos uma revisão da literatura, em seguida, realizamos o exame das narrativas orais da Matintaperera presentes nos livros Santarém conta..., Belém conta..., Abaetetuba conta... e Bragança conta..., feito isso selecionamos dois contos da Matintaperera e, por fim, realizamos a análise literária das narrativas orais escolhidas. Os resultados revelaram que é possível compreender o conto maravilhoso da Matintaperera a partir da noção de alteridade em narrativas orais do IFNOPAP, uma vez que a Matinta, em sua constituição humana, pode ser compreendida pela alteridade (mulher- homem), (jovem-velha). No que se refere à metamorfose, a Matintaperera pode se metamorfosear em animais, de classes biologicamente distintas tais como (ave, anfíbio, réptil, mamífero e peixe), o que a possibilita transitar em meios (aéreos-terrestres), (rural-urbano), podendo ser (quadrúpede ou bípede). O assobio, por sua vez, se estabelece pela alteridade (boca-ânus). Além disso, constatamos que a Matinta possui aspectos comuns com o Saci-Pererê, o Acauã e a Mula sem cabeça, o que nos faz pensá-la não através de uma unidade, isto é (mulher-velha que se transforma em coruja), mas sim em uma pluralidade cultural. Desse modo, como veremos, os opostos em Matintaperera, assim como o termo alemão Das Unheimliche (O estranho), de Freud, não são excludentes, mas se relacionam mutuamente. Sendo assim, acreditamos que esta dissertação trará valiosas contribuições aos estudos das literaturas do insólito, uma vez que, amparados em Victor Bravo, podemos pensar o conto maravilhoso da Matintaperera a partir da noção de alteridade e isso promove uma experiência resultante da transformação de si pela relação com a alteridade do outro (o texto, a cultura, os sujeitos).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Relações de alteridade e letramento literário no conto indígena brasileiro de Daniel Munduruku: A Pele Nova da Mulher Velha(Universidade Federal do Pará, 2024-04-29) OLIVEIRA, Lanna Fonsêca de Araújo; TRUSEN, Sylvia Maria; http://lattes.cnpq.br/1704721088122823A literatura é indispensável ao ser humano e a partir desta compreensão apresentamos esta dissertação que tem por objetivo refletir acerca das relações de alteridade no conto “A pele nova da mulher velha”, de Daniel Munduruku e sua adaptação para a formação de leitores proficientes no âmbito da educação sensível. Partimos da compreensão de que a necessidade da prática de leitura por meio da literatura é uma realidade latente, uma vez que as narrativas indígenas são ainda pouco utilizadas ou nem sequer apresentadas no contexto escolar, nas práticas de ensino e aprendizagem. Dessa forma, apresentamos como tal obra é permeada de elementos que demonstram sua cultura, identidade e tradição, pois apresenta e inserem-nos em nossa própria história. Assim, objetivamos especificamente: a) evidenciar a alteridade estabelecida no conto em análise, a partir da identidade indígena e de sua rica cultura; b) apresentar e enfatizar o quanto os textos de Munduruku são propícios à reflexão e à análise a partir de uma perspectiva de leitura sensível; c) verificar de que forma esses dois aspectos podem contribuir para a implementação da proposta de atividade a partir de uma Sequência Básica (Cosson, 2014). Esta investigação consiste em um estudo teórico-analítico a partir de uma pesquisa bibliográfica propositiva da noção mais ampla da Literatura, perpassando pela alteridade presente na obra estudada, bem como o percurso apropriado para o letramento literário, afunilando à análise do conto indígena de Munduruku (2021) com a perspectiva de uma leitura sensível e humanizadora para formar leitores proficientes, conhecedores da própria história e identidade. Para tanto, ancoramo-nos nos estudos de Candido (1971); Sá (2012); Souza (2015); Bueno (2018; Petit (2009); Lajolo (1993), Bakhtin (2014), Cosson (2014), bem como Munduruku (2021), além de outros autores que são basilares nesta investigação. Como proposta de um ensino diferente do tradicional realizado com a Literatura em sala de aula, apresentamos a elaboração de uma Sequência Básica a partir do conto indígena de Daniel Munduruku com etapas que partem de um ensino interacionista, em vista da formação de leitores proficientes e ativos, percebendo a leitura como bússola que nos leva ao autoconhecimento e à visão crítica e reflexiva do mundo que nos cerca.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Tradução e alteridade nas narrativas Moça retrato da lua e Iapinari de Antônio Brandão de Amorim(Universidade Federal do Pará, 2021-07-01) MELO, Arlen Maia de; TRUSEN, Sylvia Maria; http://lattes.cnpq.br/1704721088122823Esta dissertação tem por objetivo analisar narrativas indígenas recolhidas pelo etnólogo Antônio Brandão de Amorim em suas viagens realizadas às margens do alto Rio Negro, interior da floresta amazônica, no início do século XX, a partir da articulação entre as noções de tradução e alteridade, conceitos estes que se articulam neste trabalho como fator direcional para análise das narrativas selecionadas na obra de Brandão de Amorim. Em vista de tais observações é possível traçar considerações acerca dos estudos envolvendo a tradução e alteridade e suas relações na tradição mítica indígena, bem como compreender essas manifestações pertencentes à tradição oral e, posteriormente, a transposição para a modalidade escrita, entendida a partir dos relatos do viajante amazonense. O presente estudo situa-se a partir da compreensão da fenomenologia cosmológica indígena e realça uma aproximação com os saberes, costumes, crenças e culturas existentes entre os povos da floresta. Os textos mitológicos analisados estão presentes na obra do autor amazonense que integram a coletânea intitulada Lendas em Nheengatu e em Português publicada em 1928 A referida obra é composta em edição bilíngue por Brandão de Amorim com tradução partir da Língua Geral Amazônica –Nheengatu- para a Língua Portuguesa. A metodologia utilizada neste trabalho consiste em pesquisa bibliográfica a partir da seleção das narrativas, tomando por base a articulação dos conceitos tradução e alteridade a partir da averiguação de material teórico que sustente esta análise. Os autores basilares deste estudo são Roman Jakobson (2007), Jorge Larrosa (2003), Lúcia Sá (2012), Mircea Eliade (1972), Viveiros de Castro (2002), Lévi-Strauss (1989), Freud (2012) entre outros estudiosos que versaram de maneira contundente sobre os conceitos tratados ou que de alguma forma complementam o diálogo desta pesquisa. Os saberes, crenças e práticas difundidas por meio da tradição indígena, foram, por muito tempo, marginalizadas, ignoradas ou encaradas de forma equivocada, pelo olhar estrangeiro na figura do colonizador. Por fim, este trabalho elucida a importância de se refletir a literatura de expressão indígena através de seus mitos, no intuito de proporcionar uma interpretação crítica, plural e interdisciplinar a partir da reflexão sobre a literatura e o pensamento indígena.
