Dissertações em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Mestrado) - PPGTPC/NTPC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2333
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 1987 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC), que integra o Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento(NTPC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Mestrado) - PPGTPC/NTPC por Orientadores "CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adoção de crianças e adolescentes com necessidades especiais: aspectos psicossociais envolvidos(Universidade Federal do Pará, 2013-03-06) SILVA, Fabíola Helena Oliveira Brandão da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Este trabalho teve por objetivo compreender e descrever aspectos psicossociais da adoção de crianças e adolescentes com necessidades especiais desde a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), em abril de 2008. Para tanto, foram estipulados objetivos que motivaram a realização dos três estudos constituintes da dissertação. O primeiro descreveu as características sociofamiliares e demográficas dos pretendentes a pais por adoção de crianças com e sem desenvolvimento típico. Além disso, traçou um perfil das crianças e adolescentes considerados aptos para adoção, inscritos no CNA. O segundo estudo objetivou investigar fatores de risco e de proteção para o desenvolvimento de três crianças adotadas que possuem necessidades especiais, analisando aspectos comuns e únicos de suas trajetórias de vida, desde a condição psicossocial dos pais biológicos até o processo de inserção e convivência na família substituta. O terceiro envolveu três famílias que adotaram crianças com necessidades especiais, que tinham conhecimento prévio desta condição infantil, com o objetivo de descrever as rotinas familiares. A partir dos resultados obtidos pelos três estudos foi possível conhecer as características sociodemográficas e aspectos da estrutura e dinâmica familiar que marcam de forma geral, e nos casos estudados em particular, as demandas geradas por crianças com necessidades especiais e como pretendentes e pais por adoção têm se proposto a respondê-las. Conclui-se que tanto os pretendentes à adoção de crianças com necessidades especiais, quanto os seus pais adotivos aparentaram privilegiar o atendimento das demandas infantis, em especial proporcionar a convivência familiar a essas crianças em situação de vulnerabilidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As atividades de vida diária de crianças em situação de acolhimento institucional(Universidade Federal do Pará, 2013-03-04) VASCONCELOS, Thamires Bezerra de; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar as atividades de vida diária (AVD) de crianças em situação de acolhimento institucional, discutindo a importância da avaliação sistemática desse tipo de atividade e o papel decisivo que cuidador pode ter na conquista de uma maior autonomia nos cuidados pessoais e na aquisição de habilidades diversas. Composta por dois estudos interligados, em sua primeira parte (estudo I) traz uma caracterização da produção científica acerca da avaliação das atividades de vida diária em diversos contextos, contemplando os métodos de pesquisa e os instrumentos utilizados com essa finalidade. Os resultados observados mostraram um predomínio do uso de instrumentos padronizados de avaliação, sendo Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI), o mais frequentemente encontrado na literatura revisada. Em que pese essa evolução nos métodos de avaliação, verificou-se pouca ou nenhuma atenção aos contextos de realização das AVD, dando maior ênfase nas características da pessoa, como a presença de patologias limitantes. O segundo estudo apresenta uma descrição dos níveis de assistência prestados pelos educadores nas AVD que envolvem, especificamente, crianças que convivem em uma instituição de acolhimento e as estratégias de incentivo utilizadas pelos cuidadores que se ocupam de suas rotinas para que cada uma delas possa para realizá-las da forma mais autônoma e eficiente possível. Esta descrição utilizou categorias inspiradas na parte II do teste PEDI, a Assistência do Cuidador. Os resultados mostraram um maior nível de assistência nas atividades de higiene e vestuário comparados aos dados obtidos nas atividades de alimentação. Atribui-se estes achados à rotina institucional e a traços pessoais dos participantes envolvidos. Conclui-se que, no contexto institucional, o maior nível de assistência observado pode ter um significado diferente do que seria esperado em ambiente familiar. Este nível maior de atenção e apoio verificado pode significar, de um lado, mais momentos de interação do educador com a criança, podendo ser este um aspecto positivo em um ambiente que tende a ser marcado pelo tratamento despersonalizado e rígidas rotinas. E, de outro, menos oportunidade de a criança se desenvolver a partir de um maior grau de autonomia nas AVD, o que pode ter implicações negativas para o curso do desenvolvimento. A importância de se avaliar e lançar um olhar ecológico para as atividades de vida diária de crianças em instituições de acolhimento faz com que esta pesquisa se situe na perspectiva de contribuir para um melhor entendimento acerca do desenvolvimento nesse contexto específico, uma vez que, nele, têm muitas vezes suas primeiras experiências de autocuidado. Os resultados e reflexões apontados podem orientar a constituição de programas que visem aperfeiçoar recursos e oportunidades presentes nas rotinas de autocuidado nesse ambiente de acolhimento institucional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Características biopsicossociais de autores de agressão sexual de crianças e/ou adolescentes em contexto intrafamiliar e extrafamiliar(Universidade Federal do Pará, 2015-08-28) COSTA, Lucilene Paiva da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender as características biopsicossociais de autores de agressão sexual de crianças e/ou adolescentes nos contextos intrafamiliar e extrafamiliar. Foram realizados dois estudos, um referente à revisão sistemática de literatura, e outro descritivo, documental, com caráter exploratório e abordagem quantitativa. O primeiro analisou as semelhanças e as diferenças das características biopsicossociais de autores de agressão de crianças e/ou adolescentes, no período de 1983 a 2013, a partir de publicações na literatura nacional e internacional. O segundo investigou e analisou, por meio de dados contidos em processos jurídicos, as características biopsicossociais de pessoas adultas acusadas de praticar agressão sexual contra crianças e adolescentes, no município de Belém, no Estado do Pará, no período de 2012 a 2014. O resultado do primeiro estudo indicou que as pesquisas sobre autores de agressão sexual são realizadas em sua maioria com condenados presos (84%) do sexo masculino (93%). Entre as publicações selecionadas, predominaram aquelas que se referiam simultaneamente aos contextos, intrafamiliar e extrafamiliar (77%). Essas publicações demonstraram que, no contexto intrafamiliar, os autores de agressão sexual mantêm relacionamento com a vítima de natureza não hostil e utilizam estratégias sutis e manipuladoras. Diferentemente do observado no contexto extrafamiliar, onde os autores dessa agressão tendem a utilizar estratégias coercitivas e a se expor a riscos mais elevados de apreensão. Os resultados do segundo estudo indicaram que no contexto intrafamiliar os principais autores foram os pais e padrastos das vítimas. No contexto extrafamiliar houve a predominância de autores conhecidos da família das vítimas, em ambos os contextos, as vítimas eram em sua maioria do sexo feminino. Os resultados encontrados no segundo estudo sugeriram que entre as pessoas acusadas nos processos jurídicos de praticar agressão sexual com idade acima dos 30 anos, com cônjuge e filhos, e com vínculo de parentesco com a vítima possuíam maior probabilidade de pertencer ao contexto intrafamiliar do que aquelas que possuem idade abaixo de 30 anos, com cônjuge e filhos, mas sem vínculo de parentesco com a vítima. A razão de chance (2,949) sugere que as pessoas acusadas acima dos 30 anos possuíam aproximadamente 2 vezes mais chance de pertencer ao contexto intrafamiliar quando comparado a uma com idade abaixo dos 30 anos. Neste estudo, utilizou-se como instrumento de coleta de dados um Formulário de Caracterização Biopsicossocial (FCB) e todas as análises foram realizadas no software estatístico SPSS versão 20.0 for Windows. Os resultados dos estudos realizados sugerem que existem diferenças nítidas no perfil dos autores de agressão sexual de crianças e adolescentes do contexto intrafamiliar e extrafamiliar, sendo no primeiro caso mais manipuladores e no segundo mais coercitivos, porém outras pesquisas precisam ser realizadas para que esta questão seja melhor compreendida. Espera-se que este estudo possa contribuir com a discussão dessa temática, principalmente, no contexto da região Amazônica, que necessita de mais investigações que utilizem como referencial a perspectiva bioecológica do desenvolvimento humano para compreensão do perfil e trajetória dos autores de qualquer forma de agressão, principalmente a sexual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Concepções de desenvolvimento e práticas de cuidado à criança em ambiente de abrigo na perspectiva do Nicho Desenvolvimental(Universidade Federal do Pará, 2011-04-28) CORRÊA, Laiane da Silva; MAGALHÃES, Celina Maria Colino; http://lattes.cnpq.br/1695449937472051; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Há tempos a psicologia tem se ocupado de pesquisas com foco no cuidado institucional. Este interesse fez aflorar no campo científico a necessidade de se estudar os ambientes coletivos de cuidado da criança na perspectiva do Nicho Desenvolvimental, onde o ambiente físico e social, as práticas de cuidado comumente adotadas na rotina institucional, além da psicologia dos que cuidam são subsistemas que devem ser entendidos de forma integrada e indissociável. Este estudo teve como objetivo investigar, assim, aspectos do ambiente físico e social, conhecimentos e concepções sobre desenvolvimento infantil, rotinas e práticas de cuidado presentes entre educadores de uma instituição de acolhimento infantil. Fizeram parte do estudo 100 educadores (95% da população) responsáveis pelo cuidado diário a crianças encaminhadas a um espaço de acolhimento infantil. Os educadores responderam ao Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI), instrumento composto por 75 questões, dividido em quatro categorias: práticas de cuidado, saúde e segurança, normas e aquisições e princípios do desenvolvimento. Deste universo, foram selecionados 10 educadores, que compuseram as sessões observacionais, com destaque para as rotinas de cuidado na instituição, sendo que o critério principal para essa escolha foi à seleção com base no desempenho obtido no KIDI. Das sessões observacionais foram selecionados momentos em que cada educador esteve envolvido com situações de banho, alimentação, sono e brincadeira. A partir destes relatos foram extraídos episódios que ilustram práticas de cuidado e atividades de rotina na instituição. Os resultados mostram que entre estes profissionais a maioria é mulher (99%), com mais de 35 anos, possui filhos, completou o ensino médio e tem mais de 24 meses de experiência como educador. No que concerne ao resultado da aplicação do instrumento, vê-se que 66% dos educadores acertaram em média 66 questões. Deste modo, apresentaram desempenho superior a 50% de acerto em todas as categorias avaliadas pelo instrumento, entretanto os melhores resultados foram obtidos em assertivas relacionadas às práticas de cuidado (80%) e princípios do desenvolvimento (68%). A escolaridade se apresentou como variável significativa no nível de conhecimento. No que se refere à rotina institucional verifica-se que o espaço conta com um conjunto de normas e regras que são seguidas pelos educadores e crianças, em horários e locais determinados. Observou-se ainda que o conhecimento sobre desenvolvimento infantil se apresenta como variável relevante para a qualidade das interações e do cuidado oferecido à criança, especialmente nas situações de brincadeira e sono. Identificou-se que os educadores alteram a rotina, modificam o ambiente físico e social e adaptam suas práticas de acordo com a demanda e estrutura da situação, visando promover o seu bem estar, mas também o da criança, dando-lhe possibilidade de alterar o ambiente de acordo com seus interesses. Além de proporcionar à criança experiências que resgatam a comunidade cultural ao qual fazem parte. A partir dos resultados encontrados neste estudo, verifica-se o quanto se faz importante conhecer estes espaços enquanto um Nicho de Desenvolvimento que guarda mútua relação entre ambiente, práticas e a psicologia dos cuidadores, e que, portanto devem ser entendidos nas suas diversas dimensões.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desempenho neuropsicomotor de crianças em creches no município de Belém: uma análise a partir do teste de triagem do desenvolvimento de Denver II(Universidade Federal do Pará, 2015-03-03) SILVA, Mariane Lopes da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) de crianças de três anos que frequentam Unidades de Educação Infantil (UEI) do município de Belém, a partir do seu desempenho (êxitos e falhas) no Teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II (TTDD-II). Para tal, foram realizados dois estudos de caráter descritivo-exploratório. O primeiro consitiu em uma revisão sitemática de pesquisas de avaliação do desenvolvimento infantil no Brasil, que procurou identificar quais instrumentos têm sido utilizados para avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) de crianças e as variáveis consideradas favoráveis ou desfavoráveis às aquisições esperadas nesse período da vida. A coleta foi realizada nas bases indexadas: Biblioteca Virtual de Saúde-BVS (Scielo, Medline, Lilacs), SCOPUS, PUBMED e WEB OF SCIENCE. Ao final, 48 estudos foram selecionados para revisão pelos juízes (IC= 91,66%). Neles, foram identificados 13 instrumentos de avaliação do desenvolvimento infantil. O TTDD II foi o mais utilizado nas pesquisas, e a variável baixa condição socioeconômica a mais frequente entre os fatores e condições considerados desfavoráveis ao desenvolvimento. O segundo estudo investigou o perfil do DNPM de crianças a partir da análise do seu desempenho no TTDD-II, questionando possíveis diferenças em relação ao sexo. Participaram desta pesquisa 318 crianças matriculadas em Unidades de Educação Infantil (UEI) públicas do município de Belém. Para avaliação do desempenho das crianças no TTDD II em relação à variável sexo, foram feitas análises de frequência e o teste t. Verificou-se que as meninas obtiveram melhor desempenho em três das quatro áreas pesquisadas no teste: pessoal-social (p<0,001), motor-fino (p=0,017) e linguagem (p=0,014). Na área Motor Amplo não houve diferenças significativas entre os sexos. Ao se analisar o desempenho das crianças na execução do teste, observou-se que na área Pessoal Social os itens falhos foram os mesmos para meninos e meninas: „Lava as mão‟, „Nomeia 1 amigo‟, „Veste a camisa‟. Na área Motor Fino os meninos falharam mais nos itens, „Imita a linha vertical‟, „Faz torre de 8 cubos‟ e „Indica a linha mais longa‟, já as meninas falharam mais nos itens, „Faz torre de 8 cubos‟, „Copia um círculo‟ e „Copia uma cruz‟. Na área da Linguagem, os itens mais falhos para os meninos foram, „Conhece 2 adjetivos‟, „Nomeia 1 cor‟ e „Uso de 3 objetos‟ e, para as meninas, „Nomeia 1 cor‟, „Conta 1 bloco‟ e ‟Uso de 3 objetos‟. Na área Motor amplo, crianças de ambos os sexos falharam mais nos itens: „Joga bola de cima para baixo‟, „Salto amplo‟ e „Pula em um pé só‟. Além dos mencionados, as meninas mostraram pior desempenho também no item „Equilibra-se em 1 pé só por 2 segundos‟. Ressalta-se a importância do monitoramento do DNPM e a necessidade de se oferecer subsídios teóricos e empíricos mais específicos para a intervenção, visando com isso minimizar os danos que possíveis atrasos nas aquisições esperadas no período podem ter para todas as áreas pesquisadas ou quaisquer delas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento linguístico de crianças de Belém: associação com características pessoais e ambientais(Universidade Federal do Pará, 2014-11-07) COSTA, Elson Ferreira; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar o perfil neuropsicomotor de crianças que frequentam Unidades de Educação Infantil (UEI) do município de Belém, particularmente na área de linguagem, segundo o Teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II (TTDD-II). Para tal, foram realizados dois estudos, ambos transversais e quantitativos, com caráter descritivo-exploratório. O primeiro investigou o perfil do neurodesenvolvimento de crianças distribuídas pelos Distritos Administrativos de Belém, segundo o TTDD-II, e mapeou os distritos e o percentual de crianças avaliadas como normais em termos neurodesenvolvimentais ou com suspeita de atraso. Já o segundo trabalho verificou as associações entre o escore de desenvolvimento da área da linguagem, segundo o TTDD-II, com as variáveis pessoais e contextuais pesquisadas. Participaram desta pesquisa 319 crianças de três anos que frequentaram as Unidades de Educação Infantil (UEI) públicas do município de Belém, no período de agosto a dezembro de 2012. Para avaliação do desenvolvimento foi utilizado o TTDD-II, já a coleta dos dados pessoais e contextuais foi feita a partir da aplicação de questionário com os pais e instrumento para medição do nível de pobreza familiar. Os resultados do primeiro estudo indicaram a prevalência de suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor de 77,7% das crianças pesquisadas, sendo este valor igual a 59,2% na área linguística. A variável nível de pobreza familiar apresentou associação estatisticamente significativa com o nível de desenvolvimento global (p=0,011) e da linguagem (p=0,003). Os resultados do segundo estudo apontam 59,2% de suspeita de atraso na área da linguagem. As variáveis que apresentaram relação estatisticamente significativa com o desfecho foram escolaridade paterna (p=0,003), idade materna (p=0,03) e o nível de pobreza urbana (p=0,003). A alta prevalência de suspeita de atrasos no desenvolvimento das crianças participantes aponta a importância da implantação de programas de estimulação ou vigilância do desenvolvimento infantil, utilizando instrumentos como o TTDD-II, além de alertar para a presença de fatores de risco que podem interferir no neurodesenvolvimento dos anos iniciais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento neuropsicomotor de crianças das unidades de educação infantil do município de Belém: características pessoais e fatores ambientais associados(Universidade Federal do Pará, 2013-08-08) GUERREIRO, Talitha Buenaño França; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735O desenvolvimento infantil é considerado uma sequência de mudanças no comportamento e processos subjacentes, sendo influenciado por fatores biológicos e ambientais. A triagem e o acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), têm se revelado como procedimentos eficientes na identificação precoce de diferentes afecções do desenvolvimento na infância. Este estudo teve como objetivo relacionar o estado do desenvolvimento neuropsicomotor de crianças, na faixa etária de 36 a 48 meses, que frequentavam Unidades de Educação Infantil (UEI), distribuídas nos Distritos Administrativos do município de Belém, a características pessoais e variáveis do seu ambiente ecológico. O estudo é transversal, de caráter exploratório descritivo. Para avaliação do desenvolvimento foi utilizado o Teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II, tendo sido aplicado questionário para levantamento das características biopsicossociais da criança e outro instrumento para medição do nível de pobreza de suas famílias. O estudo revelou que das 319 crianças avaliadas, 77,74% apresentaram desenvolvimento suspeito de atraso. As variáveis que apresentaram relação estatisticamente significativa foram escolaridade paterna (0,000**), principal cuidador da criança (0,039*), planejamento da gravidez (0,007*). Quanto ao instrumento de medição do nível de pobreza urbana, a pontuação variou de 28 a 52 pontos, e apresentou relação estatisticamente significativa com o desfecho (0,003*). A alta prevalência de possíveis atrasos no desenvolvimento observados em crianças das UEI do município mostrou a importância de programas de estimulação precoce, incentivando o acompanhamento do desenvolvimento infantil através de triagem, além de alertar para a questão da interferência negativa dos fatores socioeconômicos e culturais no crescimento e desenvolvimento infantil.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Habilidades sociais em escolares de Belém e suas características pessoais e fatores contextuais(Universidade Federal do Pará, 2014-02-19) SILVA, Thaciana Araujo da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Este estudo teve por objetivo avaliar as habilidades sociais de escolares de Belém e relacioná-las a variáveis pessoais e contextuais analisadas. Este propósito orientou os três estudos que constituem a dissertação. O primeiro relacionou as médias de habilidades sociais às características biosociodemográficas das crianças. O segundo associou as médias de habilidades sociais às condições socioeconômicas e sociodemográficas da família das crianças avaliadas, além de aspectos do envolvimento dos pais nas atividades de vida escolar dos filhos. O terceiro, por sua vez, comparou dois grupos de dez crianças que obtiveram médias baixas e altas de habilidades sociais em relação a características pessoais (relacionamento e comportamento), contextuais (atividades), e aspectos escolares descrevendo e analisando as semelhanças e diferenças entre eles, conforme o enfoque teórico da Bioecologia do Desenvolvimento Humano. Verificou-se a partir dos resultados dos estudos que as crianças avaliadas possuem um adequado repertório de habilidades sociais, tendo obtido médias de reações socialmente habilidosas maiores que as ditas não habilidosas. Algumas características pessoais, familiares e escolares da amostra, sobretudo atividades realizadas nesses contextos, relacionaram-se à emissão de respostas socialmente habilidosas. Não foram encontradas associações significativas entre aspectos socioeconômicos e sociodemográficos familiares, ou envolvimento parental nas atividades escolares das crianças, com as médias de habilidades sociais. Conclui-se que habilidades sociais podem sofrer influência de aspectos pessoais, e que a qualidade das relações familiares e atividades que estimulam o desenvolvimento da criança contribuem para a presença de um adequado repertório de habilidades sociais. Este tipo de estudo pode orientar outros para intervenção em crianças de contextos semelhantes aos da amostra pesquisada, e ampliar o conhecimento sobre esta área de pesquisa em escolares da cidade de Belém ao incluir na investigação outros aspectos, tais como os processuais e os temporais em contextos específicos, apresentando-se como um importante desafio para os pesquisadores do desenvolvimento humano na atualidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Homens autores de violência conjugal: caracterização biopsicossocial e a relação com a vítima, o tipo de agressão praticada e suas consequências processuais(Universidade Federal do Pará, 2017-05-03) MORAES, Maria do Socorro Barros; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735A violência conjugal (VC) é um fenômeno mundialmente disseminado, abrangendo diversas culturas e classes sociais, que assume formas e se expressa em contextos variados, sendo considerada hoje um problema de saúde pública. Esta pesquisa teve como objetivo conhecer as relações existentes entre as características biopsicossociais do autor da agressão e da vítima, os tipos de atos violentos por ele praticados, além de investigar possíveis variações em relação às consequências processuais para o perpetrador de acordo com a forma de agressão identificada. O presente estudo analisou a violência conjugal em casais heterossexuais, tomando como referência o homem como autor da agressão. Assim, utilizou-se como fonte de pesquisa 150 Processos Judiciais de Ação Penal, sentenciados no ano de 2015, em uma Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, na comarca de Belém-PA. Os dados coletados, com base no Formulário para Caracterização Biopsicossocial do Autor e da Vítima de Violência Conjugal foram submetidos e avaliados por meio de três tipos de análise estatística: Análise Descritiva, Analise de Cluster e Regressão Logística. Os resultados obtidos pela Análise Descritiva apontam que, em termos sociodemográficos, o autor e a vítima têm características semelhantes quanto à faixa etária (ambos de 24 a 34 anos de idade), declararam cor/etnia parda e moram em bairros populosos, porém, divergem quanto à escolaridade: os homens em sua maioria cursaram até o ensino fundamental e as mulheres chegaram ao ensino médio. Quanto às características biopsicológicas dos autores de agressão destacam-se: fazer uso de bebida alcoólica, comportamento agressivo, dificuldade em lidar com a frustração, humor irritável e ciúme exacerbado. Nesta categoria as mulheres mostraram maior frequência na dependência afetiva em relação aos parceiros conjugais. Sobre a relação conjugal, foi identificado que a maioria dos casais ou ex-casais tinha filhos, se relacionaram por período compreendido entre quatro a sete anos, estavam separados quando da ocorrência do ato agressivo denunciado, com período de separação situado em um intervalo entre um a seis meses, com indicação de agressões anteriores, em especial violência física, mas sem registro destas ocorrências junto à polícia. Considerando as características da agressão, os resultados apontam que a maior frequência foi de violência física, praticada na residência do casal, em finais de semana, no turno da noite, tendo o autor declarado estar sob o estado de forte emoção. Os dados processuais indicam que os denunciados em sua maioria negaram a acusação, não apresentaram defesa e nem compareceram às audiências designadas pelo juiz, tendo sido considerados culpados e obtido sentenças condenatórias de um a dois meses. O método de Análise de Cluster segmentou os participantes em três grupos, segundo as suas características que os aproximam e os afastam entre si. No Cluster 1 estão participantes que apresentam entre suas características, ter praticado agressão física, negar a agressão, não apresentar defesa na Ação Penal e não comparecer às audiências marcadas, tendo sido julgados culpados. Já o Cluster 2 apresenta indivíduos sem registro de agressividade ou antecedentes criminais, que cometeram agressão física com uso de força, em locais públicos, compareceram às audiências marcadas e foram absolvidos da acusação de agressão. Os participantes que ficaram alocados no Cluster 3, apresentavam registro de agressividade, mas não respondiam a processos, praticaram de forma equivalente agressão física com uso de força e agressão psicológica com ameaça, participaram de todas as audiências, e foram julgados culpados das agressões denunciadas. Também foi aplicado o método estatístico de Regressão Logística, que demonstrou haver uma associação significativa entre a variável praticar agressão física, com as variáveis ter praticado agressão física anteriormente, ter 11 praticado agressão psicológica anteriormente e o rompimento da relação conjugal. Os resultados indicam a existência de uma razão de chance de 2,159 de um homem que praticou violência física anteriormente, venha a praticá-la novamente. Quando a prática de violência física é associada ao rompimento da relação conjugal, a razão de chance um homem vir a se tornar autor de violência sobe para 8,56. Espera-se que este estudo possa contribuir para a construção de estratégias de intervenção contextualizadas e, por isso, supostamente, mais eficazes na prevenção e na adoção de medidas capazes de coibir os vários tipos de violência conjugal de acordo com as características dos sujeitos envolvidos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Interações criança-criança no pátio da escola e no abrigo: o comportamento de cuidado entre pares(Universidade Federal do Pará, 2011-08-29) COSTA, Débora Lisboa Corrêa; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Estudos mostram que ao interagir a criança tem a oportunidade de desenvolver suas habilidades sociais. Dentre elas, o comportamento de cuidado se destaca como açoes diversas que se assemelham ao cuidado parental, que têm por objetivo dar suporte físico ou afetivo ao outro a partir de atitudes como ajudar, compartilhar e brincar de cuidar. No caso de crianças que estão vivendo e crescendo em instituições de Abrigo, estudos consideram que devido à sua condição peculiar de vulnerabilidade pessoal e social, elas podem se beneficiar da presença deste comportamento nas interações estabelecidas nesse tipo de ambiente e ou em outros, como o escola. Este estudo teve como objetivo investigar aspectos físicos e sociais do ambiente que concorrem para a manifestação do comportamento de cuidado entre pares observados em suas interações nos pátios da Escola e do Abrigo. Assim como, verificar e analisar características físicas e socioais dos sujeitos que participaram da pesquisa que podem igualmente ter influenciado a manifestação desta modalidade de comportamento pró-social. Participaram do estudo cinco crianças, entre quatro e seis anos, que moravam há mais de um ano no Abrigo e freqüentavam regularmente a Escola. Para a coleta de dados, cada sujeito focal e suas interações com outras crianças foram filmados ao longo de dez sessões de observação, durante cinqüenta minutos, em ambos os ambientes. Ao todo, foram 500 minutos de observação dos participantes da pesquisa. Quanto aos resultados derivados da observação dos sujeitos focais, constatou-se que todos os cinco participantes manifestaram comportamentos de cuidado nos ambientes da pesquisa. Ao todo, foram registrados 43 eventos comportamentais (sendo 26 na Escola e 17 no Abrigo), organizados em torno das seguintes subcategorias: Estabelecer Contato Afetuoso, Ajudar, Brincar de Cuidar e Entreter. A avaliação intragrupal mostrou que não houve diferença estatística na diferença dos percentuais do comportamento de cuidado observados nos pátios da Escola e do Abrigo. Quando se considera para análise o desempenho de uma a uma das categorias do cuidado, percebe-se que o comportamento de Ajudar quando emitido na Escola (n=14; 53.8%) apresentou freqüências maiores que no Abrigo (n=7; 41,2%). Contudo, o Teste Binomial indica que esta diferença não é estatisticamente significativa (p>0,05), sendo semelhantes os percentuais referentes a ações de ajuda em ambos os ambientes. O mesmo constata-se em relação ao comportamento Brincar de Cuidar, que em termos percentuais foi mais presente no Abrigo (n=4; 23.5%) do que na Escola (n= 2;7.7%). Entretanto, a análise estatística aponta que não houve variação estatística significativa entre os ambientes. A descrição da freqüência do comportamento Estabelecer Contato Afetuoso mostra que apresenta uma maior ocorrência na Escola (n=7; 26.9%) do que no Abrigo (n=6 ; 35.3%), porém, o teste mostra que não houve diferença estatística entre as médias quando se compara os ambientes. E por fim, verificou-se que o comportamento Entreter não teve nenhuma ocorrência no Abrigo, tendo sido observado somente no ambiente da Escola (n=3, 11.5%), não sendo possível assim a aplicação do teste estatístico. Os dados mostraram que cada ambiente predominou uma forma de cuidado, devido as características físicas e sociais de cada instituição. Bem como, as características dos participantes (a idade e o tempo de permanência dos sujeitos focais) e o sexo do receptores e o cuidado oferecido.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Metas parentais de socialização da emoção em Vilas agrícolas e pesqueiro extrativistas no norte do brasil.(Universidade Federal do Pará, 2021-07-07) REIS, João Victor Medeiros da Silva; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735A partir do conceito de socialização como processo de transmissão cultural que envolve o compartilhamento de regras, valores e crenças parentais, a presente dissertação, embasada no Modelo Ecocultural do Desenvolvimento Humano, objetivou analisar e comparar as metas e estratégias parentais de socialização da emoção de mães e pais em vilas agrícolas e pesqueiroextrativista. Assim, investigaram-se os objetivos desses cuidadores em relação ao desenvolvimento emocional que inicia na infância e como estes acreditam que podem alcançá- los. Participaram desta pesquisa 66 cuidadores, entre mães e pais residentes em vilas pesqueiroextrativistas do município de Bragança-PA, na Mesorregião do Nordeste Paraense, e também de vilas agrícolas do município de Castanhal-PA, na Mesorregião Metropolitana de Belém. Os dados foram coletados a partir do Formulário de Identificação dos Participantes (FIP), do Formulário de Dados Sociodemográficos (FDSD) e do Questionário de Metas de Socialização da Emoção (QMSE). Primeiramente foram relatados os resultados referentes às vilas pesqueiroextrativistas, contexto inédito em investigações como esta, e logo após foram descritos e comparados os dados coletados em vilas pesqueiro-extrativistas de Bragança e vilas agrícolas de Castanhal. Verificou-se inicialmente que nas metas de socialização da emoção de cuidadores das vilas pesqueiro-extrativistas predominaram evocações da categoria ‘automaximização’ (63,64%), seguidas da categoria ‘emotividade’ (19,83%). Quanto às condições para o desenvolvimento das crianças, os cuidadores responderam em sua maioria com evocações referentes à categoria ‘centradas no cuidador’ (37,70%), já em relação às estratégias que os cuidadores acreditavam ser possível realizar para que as crianças desenvolvessem as características almejadas, prevaleceram evocações da categoria ‘educar/orientar’ (56,92%). Na comparação entre os dois contextos de pesquisa, predominaram, em ambos, metas de socialização da emoção da categoria ‘automaximização’ e a aplicação do Teste Qui-quadrado de Independência apontou associação significativa (p = 0,0021) entre esta categoria e os contextos pesquisados. O teste indicou ainda que os cuidadores das vilas pesqueiro-extrativistas de Bragança que apresentaram frequência de respostas, nesta categoria, maior que a obtida nas vilas agrícolas de Castanhal. Também predominaram nos dois contextos de pesquisa respostas representadas pela categoria ‘centradas no cuidador’, mas sem diferença significativa das categorias centrais na comparação entre os dois contextos, como sugere o resultado obtido pelo Teste Qui-quadrado de Independência e Teste Exato de Fisher. Quanto às ações dos próprios pais para que as crianças tenham as características objetivadas, os cuidadores dos dois contextos apresentaram respostas em sua maioria referentes à categoria ‘educar/orientar’, porém sem associação significativa entre tal categoria e os contextos pesquisados, segundo o Qui-quadrado de Independência e Exato de Fisher. Tais resultados sugerem que os cuidadores socializam seus filhos a partir da construção de um self autônomo-relacional, com tendência à valorização da autonomia na expressão das emoções e na tomada de decisões relacionadas a estas. Além disso, também se espera que a criança priorize expressões emocionais que contribuam para a harmonia das relações interpessoais e para interdependência emocional em relação a família, o que a literatura tem demonstrado ser uma característica geralmente presente em contextos que experimentam um processo de transição do rural para o urbano, com modernização de suas estruturas econômicas e sociais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Qualidade dos berçários e aspectos biopsicossociais e familiares no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças em Belém(Universidade Federal do Pará, 2017-03-10) LIMA, Samyra Said de; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Esta dissertação teve como objetivo geral investigar a associação entre a qualidade de berçários públicos municipais e aspectos biopsicossociais e familiares no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças de Belém. Para tal, foram realizados três estudos transversais e descritivos. O primeiro estudo investigou a qualidade dos doze berçários públicos municipais de Belém por meio da escala Infant/Toddler Environment Rating Scale, Revised Edition (ITERS-R), identificando os berçários com maiores e menores médias de qualidade e as principais diferenças entre eles. O segundo estudo traçou o perfil de desenvolvimento neuropsicomotor de 54 crianças, pertencentes às quatro turmas de berçário com maiores e menores médias de qualidade, por meio do Teste de Triagem de Desenvolvimento Denver II (TTDD II), analisando os aspectos biopsicossociais e familiares associados. Já o terceiro estudo procurou relacionar os aspectos de qualidade do ambiente ecológico das Unidades de Educação Infantil ao desenvolvimento das crianças. Os resultados do primeiro estudo indicaram médias de qualidade pela escala ITERS-R entre as turmas de berçário que variaram de 2,62 (inadequada) a 4,42 (minimamente adequada), com média de qualidade por grupo de turmas de 3,68. As subescalas com menores médias de qualidade entre as turmas foram Rotinas de cuidado pessoal e Espaço e mobiliário e Atividades, consideradas como inadequadas e minimamente adequada, respectivamente. A subescala com maiores médias foi Estrutura do programa, avaliada como de boa qualidade. Os itens que obtiveram as menores pontuações de qualidade entre as turmas foram Provisões para necessidades pessoais da equipe, com média igual a 1, além de Móveis para cuidados de rotinas e brincadeiras e Práticas de saúde, ambas com médias de 1,25. Já os itens que obtiveram as maiores pontuações de qualidade entre as turmas foram Interação e cooperação entre a equipe com média de 5,83 e Estabilidade da equipe com média 6. Os resultados do segundo estudo apontaram que 62,96% das crianças foram classificadas pelo TTDD II com suspeita de atraso ao desenvolvimento, em especial no domínio de Linguagem. As variáveis peso ao nascer, realização de pré-natal, complicações no parto, cuidador principal da criança, local de moradia da criança e também de localização da Unidade de Educação Infantil, apresentaram relação estatisticamente significativa ao desfecho do TTDD II. Os resultados do terceiro estudo evidenciaram que as médias indicadoras da qualidade dos berçários pela escala ITERS-R, assim como em diversos itens de seis das sete subescalas nela contidas, estiveram associadas significativamente aos escores apurados pelo TTDD II, em especial na área demotricidade fina. Os achados dos três estudos reforçaram a influência tanto das características biopsicossociais e familiares, quanto dos fatores ecológicos descritores da qualidade das UEI, no processo de desenvolvimento das crianças. Em razão disso, torna-se necessário estimular a complementariedade dos cuidados e educação oferecidos pela família e pelos berçários públicos, a fim de se obter escores de desenvolvimento neuropsicomotor mais adequados nos anos iniciais da infância e nos seguintes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Relações de amizade de adolescentes em situação de acolhimento institucional: fatores de risco e de proteção(Universidade Federal do Pará, 2016-01-29) COSTA, Amanda Cristina Ribeiro da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Estudos apontam que além da família, o grupo de pares constitui-se em um importante contexto de desenvolvimento para o adolescente, sendo as relações de amizade entre seus membros um influente fator de risco e de proteção nesse período da vida. Nesse sentido, esta dissertação objetivou investigar os fatores de risco e de proteção associados às relações de amizade e a percepção da qualidade desse tipo de relacionamento por adolescentes no contexto do acolhimento institucional. No primeiro estudo, quantitativo e com caráter descritivo e exploratório, buscou-se averiguar os fatores de risco e de proteção aos quais os adolescentes acolhidos institucionalmente estão expostos na Região Metropolitana de Belém (RMB), afora identificar a presença ou não dos amigos em eventos de vida que podem ser caracterizados como situação ou experimentação de risco ou proteção. Participaram da pesquisa 40 adolescentes acolhidos institucionalmente em cinco instituições da RMB, amostra esta que foi selecionada por conveniência. Foi utilizado o Questionário Juventude Brasileira (QJB) para coleta de dados. Os resultados apontaram que ser adolescente do sexo masculino esteve associado de forma estatisticamente significativa às variáveis: ‘ter sido expulso da escola’ (X²=4,09; p= 0.04), ‘acolhido em instituições’ (X²= 5,87; p=0,01) e ‘já trabalhado na rua’ (X²=8,67; p=0,003). O sexo feminino entre os adolescentes pesquisados esteve associado significativamente com a variável ter sofrido agressão por meio de soco ou surra (X²=4,73; p=0,02). Entre os fatores de risco que envolviam a relação de amizade do adolescente com seus pares, o sexo masculino demonstrou associação estatisticamente significativa com as variáveis: ‘você possui amigos que usam drogas’ (X²=4,5; p=0,03), ‘amigos que usam drogas lícitas’ (X²=3,74; p=0,05) e ‘amigos que usam drogas ilícitas’ (X²=6,34 e p=0,01). Nas situações que representavam fatores de proteção e envolviam os amigos não foi encontrada associação estaticamente significativa, embora seja importante ressaltar que os adolescentes revelaram altas expectativas de ter amigos que lhe darão apoio (72,5%). No segundo estudo, com abordagem qualitativa dos dados, buscou-se conhecer aspectos referentes à qualidade da amizade a partir da percepção de adolescentes acolhidos institucionalmente. Foi utilizada entrevista semiestruturada cujo roteiro foi elaborado especialmente para este trabalho. Participaram 20 adolescentes escolhidos por conveniência. Para compreensão das percepções dos participantes acerca da qualidade da amizade, o conteúdo das transcrições das entrevistas foi organizado em categorias pré-estabelecidas, sendo ‘ajuda e direção’ e ‘companheirismo’ as mais frequentes com 18 menções cada, seguidas por ‘resolução de conflito’ (05 menções), ‘validação e cuidado’ (02), ‘abertura íntima’ (02) e ‘traição e conflito’ (03). Identificou-se que as relações de amizade dos adolescentes acolhidos foram destacadas em suas características positivas e protetivas em termos desenvolvimentais. Constata-se que os adolescentes deste estudo estiveram expostos a diversos fatores de risco e proteção em contextos do desenvolvimento como a família, a instituição de acolhimento e o grupo de pares. Neste último, em particular, verificou-se o caráter paradoxal que podem ter as relações de amizade, representando tanto um fator de risco quanto proteção ao desenvolvimento, pois, embora esta relação exponha o adolescente a comportamento de risco como o uso de drogas, também se mostra como uma importante base de apoio social dos adolescentes. Este tipo de estudo poderá contribuir com ações específicas para a população pesquisada e com estudos sobre desenvolvimento humano e relações interpessoais contextos marcados pela longa permanência em instituições.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Rotina de crianças e adolescentes em instituições de acolhimento: uma abordagem bioecológica(Universidade Federal do Pará, 2017-07-30) HEUMANN, Sabine; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Dissertação Acesso aberto (Open Access) Rotinas de moradores no contexto do pré e pós-remanejamento habitacional(Universidade Federal do Pará, 2015-09-26) COSTA, Danielen rodrigues; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735A estrutura e a previsibilidade nas rotinas diárias são apontadas como os principais elementos da estabilidade no microssistema familiar, o que torna as investigações sobre remanejamentos habitacionais involuntários particularmente interessantes na medida em que permite compreender o quanto esse sistema ecológico pode ser afetado por mudanças no contexto de moradia. Com o objetivo de investigar possíveis relações entre as rotinas diárias e os níveis de satisfação no período pós remanejamento habitacional, o presente estudo realizou uma pesquisa de campo com moradores do município de Ananindeua-PA, região metropolitana, utilizando dois instrumentos para a coleta de dados: o Questionário de Adaptação Habitacional (QAH) e o Inventário de Rotinas (IR). Os dados do primeiro estudo apontaram que, entre os 34 participantes, prevaleceram avaliações positivas no pós-remanejamento (94.1%), bem como a associação estatisticamente significativa entre avaliação pós-remanejamento e as variáveis referentes à casa atual: chefia familiar (p=0,001), composição da renda (p=0,008), privacidade na casa (p=0,044), instalação hidráulica (p=0,048), relações de vizinhança (p=0,001), pretensão à mudança (p=0,006), uso do tempo com o cônjuge (p=0,042), com os filhos (p=0,033) e no local de trabalho extrafamiliar (p=0,050). Os resultados do segundo estudo indicaram que, entre os 34 participantes, 29 consideram que suas rotinas foram completa ou parcialmente alteradas em razão do remanejamento habitacional, três relataram tanto permanências quanto mudanças em sua vida diária e dois não perceberam tais alterações. O conteúdo das mudanças apontadas pelos moradores foi organizado em seis grandes categorias de análise: “características do espaço e organização das atividades”, “relações e composição da família”, “renda e orçamento doméstico”, “rede de relações e convívio social”, “sem alterações na rotina” e “mudanças e permanências nas rotinas”. Pesquisas nessa direção podem contribuir para o estudo do desenvolvimento humano em populações que estão em transição de um contexto para outro, na medida em que investigam características particulares das interações da pessoa com seu ambiente ecológico que passa por transformações substanciais. Espera-se que este estudo entre outros que realizaram esse tipo de investigação possa contribuir efetivamente com a compreensão de ambientes 14 interacionais que foram alterados por razões diversas, mas, neste caso, pela transição vivida por moradores remanejados de um contexto habitacional (casa) e reassentados em outro (apartamento), e que tiveram que adequar as suas rotinas diárias às mudanças por eles percebidas no processo de constituição desse novo ambiente ecológico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Transição ecológica: crianças no início da vida escolar e as mudanças de ambiente, atividades, relações e papeis(Universidade Federal do Pará, 2013-08-26) ALVÃO, Maureanna Cardoso; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Ao longo da vida o indivíduo passa por mudanças na sua forma de pensar, fazer e sentir, em geral decorrentes das transições vividas na infância e as alterações que são subjacentes à troca de papeis e mudança de ambiente ecológico. Nesse sentido, entende-se que o conceito de transição ecológica por ter sido formulado no escopo de uma teoria do desenvolvimento humano se aplica a estudos que como este pretende investigar a percepção que a criança tem de sua inserção e adaptação à escola como um contexto ecológico que se diferencia do ambiente familiar. Esta pesquisa objetivou estudar o processo de transição ecológica que envolve a ligação entre os microssistemas família e escola do ponto de vista da criança e seus cuidadores, a partir da investigação das mudanças de ambiente, atividades, relações e papeis que marcam o início da vida escolar. Os objetivos específicos foram verificar como a criança vivencia e percebe os processos de transição ecológica caracterizados por sua inserção e participação no cotidiano em dois microssistemas distintos, mas interligados - a família e a escola; identificar fatores que facilitam e dificultam o processo de adaptação à escola e que marcam a vivência dessa forma de transição ecológica do ponto de vista das crianças e seus familiares e professores; descrever processos de transição ecológica vivenciados por crianças no primeiro ano de sua vida escolar, identificando possíveis semelhanças e diferenças na sua percepção em razão da idade. Participaram da pesquisa 53 pessoas, sendo quarenta e seis crianças matriculadas na Escola Casa da Criança Santa Inês (ECCSI), quatro pais e/ou responsável e três professores. Além do ambiente familiar (aqui considerado como o local de moradia) e escolar (dependências internas da escola, sobretudo os dormitórios infantis, a sala dos professores, e as salas de aula), as crianças (especialmente as que participaram do estudo de casos múltiplos) foram observadas no seu trajeto de ida à escola e na sua volta para casa. Os pais foram entrevistados na sala dos professores, assim como no dormitório infantil masculino. Já os professores foram entrevistados nas salas de aula do Jardim I, e na sala dos professores. Dentre os principais resultados, verificou-se que, cotidianamente, durante os percursos de ida à escola e volta para a casa as crianças demonstraram tanto sentimentos de bem-estar/alegria (envolvimento da mãe e outros familiares nas rotinas diárias, relacionamentos iniciados no ambiente escolar) como malestar/tristeza (queixas de dor e outros sintomas de doenças, violência). No que se refere aos fatores que facilitam e que dificultam o processo de adaptação à escola que foram organizados em torno dos quatro núcleos do modelo bioecológico, observou-se serem as categorias mais frequentes: pessoa (vivência de emoções confortáveis e positivas; manifestações corporais e alterações fisiológicas), e processo (atitude positiva em relação à escola e à aprendizagem). Ao se comparar os três casos selecionados, percebeu-se que cada uma das crianças viveu de forma particular o processo de adaptação no início da vida escolar, sendo importante observação o quanto resistiram às mudanças decorrentes da sua permanência em um novo ambiente e suas atividades, relações e papeis. Este estudo pode ser útil para ampliar o conhecimento sobre esta e outras transições ecológicas vividas na infância, com destaque para o processo de adaptação da criança no início da vida escolar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A visita familiar no contexto do acolhimento institucional de crianças(Universidade Federal do Pará, 2015-08-31) SILVA, Tamires Santos Rufino e; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735A visita familiar (VF) deve ser entendida como um importante meio de aproximação entre pessoas que, por razões diversas, encontram-se afastadas uma da outra e/ou tiveram o convívio dificultado. Esta pesquisa objetivou investigar aspectos que caracterizam a visita familiar em instituições de acolhimento infantil na Região Metropolitana de Belém (RMB). Para tal, foram realizados três estudos, sendo um quantitativo e dois qualitativos, com caráter descritivo-exploratório. O primeiro estudo buscou descrever características gerais da visita familiar em instituições de acolhimento da Região Metropolitana de Belém. O segundo estudo investigou aspectos da organização do ambiente e da preparação da criança antes, durante e após a visita, considerando, para tanto, o ponto vista de técnicos e educadores nas instituições pesquisadas. Já o terceiro investigou a visita familiar como processo proximal, analisando as interações ocorridas entre crianças que estavam em situação de acolhimento e familiares que as visitavam. No primeiro estudo, por se tratar de uma pesquisa documental, a coleta dos dados foi feita exclusivamente em prontuários disponibilizados pelas instituições pesquisadas, utilizando como instrumentos de pesquisa um formulário de caracterização de crianças e um questionário de descrição da instituição. No segundo estudo a coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas para identificar a percepção dos técnicos e educadores acerca da VF nesse contexto específico. Já no terceiro estudo a coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas com os visitantes e a observação das suas interações com as crianças no momento da visita. Os resultados do primeiro estudo indicaram que houve associação estatisticamente significativa entre a condição da criança receber ou não receber visita com as seguintes variáveis: tempo de acolhimento (p=0,034) e destino da criança após a sua saída da instituição (p=0,012). Constou-se ainda associação estatisticamente significativa entre a condição da criança receber ou não visita da mãe com as seguintes variáveis: abandono (p=0,25) e violência sexual (p=0,002), assim como visita dos tios com abandono (p=0,001) e violência sexual (p=0,000). Além disso, os resultados indicaram uma associação estatisticamente significativa entre as variáveis receber visita da comunidade com abandono como motivo do acolhimento da criança (p=0,037). No segundo estudo, os dados da pesquisa sugerem que na instituição governamental pouca ou nenhuma atenção tem sido dada à preparação da criança e do ambiente para o momento destinado à visita familiar, enquanto que na instituição não governamental observou-se um cuidado e uma atenção maiores com essa forma de contato face-a-face e a convivência social entre membros de uma mesma família ou comunidade que por quaisquer razões foram afastados. No terceiro e último buscou discutir por que e como a visita pode se constituir em um processo proximal importante em termos da bioecologia do desenvolvimento humano. Com base em quatro estudos de caso, foram analisados aspectos que procuraram descrever os processos proximais observados em diferentes momentos de visita familiar. Os resultados apontaram que, em todos os casos, houve efeitos de competência9 e de disfunção nas relações proximais entre os visitantes e os visitados. Os estudos relatados no presente trabalho permitiram verificar que a visita familiar (VF) pode atuar como um meio de garantir o direito à convivência familiar e comunitária para crianças acolhidas institucionalmente, na medida em que contribui em razão da qualidade das interações mantidas nesse momento para a preservação dos vínculos familiares. Neste sentido, considera-se que a visita familiar pode favorecer o desenvolvimento saudável da criança mesmo em um ambiente muitas vezes hostil, como as instituições de acolhimento, e por isso deve ser incentivada a sua prática e novas investigações sobre o tema.
