Teses em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Doutorado) - PPGTPC/NTPC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2334
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2000 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC), que integra o Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento (NTPC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Doutorado) - PPGTPC/NTPC por Orientadores "CARVALHO NETO, Marcus Bentes de"
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Tese Acesso aberto (Open Access) O conceito de punição na obra de B. F. Skinner: uma análise Histórico-conceitual (1930-1990)(Universidade Federal do Pará, 2017-07-06) SANTOS, Buna Colombo dos; CARVALHO NETO, Marcus Bentes de; http://lattes.cnpq.br/7613198431695463Duas definições de punição são mais citadas por analistas do comportamento: a definição de Skinner e a de Azrin e Holz. Tais definições representam duas teorias sobre punição (teorias assimétrica e simétrica). A posição simétrica é a mais referida, entretanto isto parece não ter levado a um total abandono de posicionamentos assimétricos. Portanto, ambas as teorias coexistem no cenário analítico comportamental e são discutidas. Neste sentido, alguns trabalhos vêm examinando tais posições e, com relação à posição assimétrica, analisam mais especificamente a que é assumida por Skinner. Estes estudos contribuíram para a compreensão do posicionamento de Skinner sobre punição, porém deixaram algumas lacunas a serem preenchidas: (1) não incluíram documentos referentes a todo período de publicação de Skinner, concentrando-se apenas em 1953; e (2) não fizeram a análise do conceito de punição em relação a outros conceitos chave e suas modificações dentro do arcabouço teórico Skinneriano. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar, sistematicamente, o conceito de punição na obra de B. F. Skinner, entre 1930 e 1990, enfatizando: (a) as definições apresentadas pelo autor ao longo de sua obra e (b) os mecanismos explicativos utilizados por Skinner ao tratar de punição. Foram analisados documentos publicados entre 1930 e 1990 e alguns documentos não publicados coletados na Universidade de Harvard. Os resultados, apresentados em três capítulos, mostraram que houve mudanças na terminologia, definição e explicação da punição na década de 1930, e que essas mudanças estiveram atreladas, entre outros fatores, ao desenvolvimento do conceito de reserva do reflexo. Esse conceito foi questionado no início dos anos 40 e completamente abandonado nos anos 50. Argumentou-se que o conceito foi chave para a formulação Skinneriana da punição como assimétrica ao reforçamento e que, embora tenha sido abandonado nos anos 50, algumas de suas características essenciais sobreviveram nos escritos Skinnerianos. Também se verificou que dos anos 60 em diante, não houve grandes modificações no conceito de punição.Tese Acesso aberto (Open Access) Simetria e assimetria entre reforçamento e punição(Universidade Federal do Pará, 2014-08-22) MAYER, Paulo César Morales; CARVALHO NETO, Marcus Bentes de; http://lattes.cnpq.br/7613198431695463Em análise do comportamento, considera-se central o papel das consequências na explicação do comportamento. Reforçamento e punição são as ferramentas conceituais utilizadas para se referir às relações comportamentais básicas entre o organismo e seu ambiente e seus possíveis efeitos sobre o responder. Apesar de consensual a noção de que certas consequências possam aumentar a probabilidade do responder (reforçamento) há um extenso debate quanto ao papel de consequências em suprimir o responder e o modo pelo qual isso ocorreria (punição). Duas perspectivas predominam nesse debate, uma denominada simétrica, que considera reforçamento e punição como diferindo essencialmente apenas na direção do efeito sobre a probabilidade do responder e outra denominada assimétrica que, sob diversos aspectos, considera punição e reforço como fenômenos essencialmente distintos e estabelece bases distintas para considerar cada um deles. O presente trabalho é uma investigação das bases experimentais da proposição assimétrica e uma proposta de redimensionamento do debate sobre a simetria entre reforçamento e punição. Três estudos empíricos foram realizados investigando proposições assimétricas. O Estudo 1 foi uma de replicação de um experimento de Thorndike (1932), buscando verificar se a magnitude de efeitos da punição sobre o responder seria proporcional a do reforçamento. Participaram do estudo 10 universitários em um procedimento de múltipla escolha no qual as respostas eram consequenciadas com os estímulos verbais “Certo” e “Errado”. Assim como no estudo original, constatou-se, que embora escolhas seguidas de “Certo” aumentaram de probabilidade, respostas seguidas de “Errado” continuaram a ocorrer em proporção próxima ao nível do acaso, sugerindo um efeito desigual entre os dois tipos de consequências. O Estudo 2 foi uma replicação de um experimento de Skinner (1938), avaliando a extensão dos efeitos supressivos da punição comparativamente aos da extinção. Seis ratos passaram por um treino de pressão à barra em FI e então foram submetidos a duas sessões de extinção. Metade dos sujeitos recebeu jatos de ar quente (punição em FR1) como consequência para o pressionar a barra nos 10 minutos iniciais da primeira sessão de extinção. Novamente os dados obtidos reproduziram o observado do estudo original: apesar de se observar uma supressão quase completa do responder dos sujeitos que passaram por punição, quando a punição foi descontinuada estes responderam em taxas mais elevadas e o número total médio de respostas dos sujeitos não diferiu tendo eles passado ou não por punição. O Estudo 3 foi uma replicação de Arbuckle e Lattal (1987) avaliando a relação entre a supressão comportamental produzida pela punição e o reforçamento negativo. Participaram do estudo sete ratos. Foi utilizada uma caixa de condicionamento operante com duas barras e equipamento de autoadministração de drogas. Após treino em VI, uma das barras produzia alimento (VI-120s) e infusões intravenosas de histamina (supressor comportamental) em diferentes VI’s, de no máximo 15s. Respostas na outra barra preveniam as infusões de histamina (esquiva). Constatou-se que a histamina foi eficaz em suprimir o responder. Entretanto, não se conseguiu estabelecer confiavelmente o responder de esquiva, mesmo quando em fase posterior do estudo foi realizado umv treino específico de esquiva não sinalizada. Ao se analisar conjuntamente os dados destes três estudos, verificou-se a dificuldade de discutir a questão da simetria entre reforçamento e punição sob apenas um enfoque. Cada um dos estudos, apesar de relacionados ao tema geral abordado, pautava-se em diferentes perguntas específicas de pesquisa. Diante desse cenário, uma seção adicional foi redigida com o objetivo de examinar o problema do ponto de vista conceitual. Foi proposta, então, uma categorização da literatura, redimensionando o debate.
