Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2311
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 1987 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC por Orientadores "FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) O aberto na obra de Paulo Plínio Abreu(Universidade Federal do Pará, 2018-07-05) SANTIAGO, Rúbia de Nazaré Duarte; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Esta dissertação apresenta um estudo sobre a questão do aberto na obra do poeta paraense Paulo Plínio Abreu. Tal questão aparece explicitamente tematizada no poema “Oitava Elegia” de Rainer Maria Rilke e trouxe frutos para a filosofia de Martin Heidegger. O filósofo alemão apresenta, em sua obra Parmênides, o modo como os gregos compreendem o aberto, como a essência da verdade e, com isso, faz um paralelo com a citada elegia de Rilke. Tendo Paulo Plínio traduzido Rilke, também incorporou o tema do aberto em sua obra poética, como o pôr em obra da verdade, porém de maneira singular. Fazemos aqui um estudo de como cada um destes autores apresenta tal questão, detendo-nos, em especial, no modo como Paulo Plínio a inscreve em seus poemas, empreendendo, para este fim, a escuta das imagens da noite, da viagem, do anjo e da morte, presentes em sua obra Poesia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O aprender poético na obra Grande Sertão: veredas de João Guimarãres Rosa(Universidade Federal do Pará, 2019-02-21) PALHETA, Marcos Roberto Pinho; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373O objetivo desta pesquisa é investigar o aprender poético presente na obra Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, tendo como fio condutor o sentido do pensar, como um deixar-se atingir pela questão fundamental do humano enquanto ser-no-mundo, exposto no caminho de sua constituição ontológica pela linguagem originária, no constructo ontológico da personagem Riobaldo. Nesse sentido, pretende-se pesquisar o sentido poético originário que é tecido na obra-prima de João Guimarães Rosa, para situá-la como uma narrativa poético-educadora, ou seja, aquela que é poética porque realiza a verdade ontológica do ser e que é educadora porque realiza o humano como cuidador dessa verdade, como ente, cuja essência é ser-no-mundo. Não o humano como experiência entificadora, no interior das condições predeterminadas de uma ciência, considerado um sujeito formal do conhecimento, mas que somente pode ser encontrado na situação finita do entre-ser e que se realiza como transcendência finita. Propõe-se observar a obra Grande Sertão: veredas como uma narrativa cosmogônica que introduz o aprender poético como linguagem originária, revelando, na trajetória de Riobaldo, a travessia hermenêutica do aprender, como tarefa de um pensar questionante que realiza o humano no mundo. Mostrar, também, que a narrativa rosiana é poética, pois atravessa a palavra em uso instrumental, revelando, com isso, a linguagem originária como expressão poética. A linguagem é poética porque revela o próprio oculto na impropriedade da existência no mundo. É a expressão do poeta-pensador, porque toda linguagem é, originariamente, poesia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O desvelar do processo de criação: a questão da autoria em Um Sopro de Vida, de Clarice Lispector(Universidade Federal do Pará, 2020-12-02) RIBEIRO, Merissa Ferreira; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Este trabalho pretende alargar as concepções acerca da autoria na obra de Clarice Lispector, a partir do romance Um Sopro de Vida – o qual nos concede um rico conteúdo para pensarmos as dimensões do autor na obra literária, principalmente pelo fato de nele a questão da autoria ser posta em pauta de modo indubitável, não apenas pela personagem chamada Autor, mas porque, além disso, tal personagem inquieta-se a todo momento com o material de sua narrativa, inquirindo-se a respeito da autonomia e natureza de sua criação, Ângela Pralini. Essa criação (a personagem Ângela) do Autor, na obra, também tem espaço para expor seus pensamentos, suas manifestações e, numa espécie de diálogo indireto, questiona (em sintonia com o seu criador) o fazer artístico. Os elementos da narrativa expostos nesta obra publicada em 1978 abrem-nos, nesse sentido, novas perspectivas sobre as delimitações do autor na obra de arte. A fim de oferecer uma colaboração para a fortuna crítica da autora, o estudo se justifica em razão da vasta crítica que aborda as representações autobiográficas na obra clariceana, as quais apresentam, por vezes, um olhar restrito sobre a questão da autoria. Esta noção, todavia, passa pelos conceitos de literatura confessional e literatura feminina: no primeiro, pelo entendimento de que a obra literária é uma externalização ou projeção das vivências pessoais do escritor, o qual – sob a face de uma personagem – transpõe para narrativa uma autobiografia; na segunda, por evidenciarmos que “confessional” e “feminino” são termos por vezes amalgamados nas críticas literárias. Ao trazer-se para a discussão essas percepções, discutimos ligeiramente a cobrança por uma literatura engajada na obra de Clarice Lispector, posto que esse conceito é um dos critérios para se abordar a qualidade biográfica de determinada obra. Fazemos, para isso, um percurso por obras tidas como confessionais, por outros escritos de Lispector, bem como considerações acerca de sua fortuna crítica. Dessa forma, ancorando-nos em textos que nos deixam entrever o conceito de autor e no que postula Martin Heidegger (2010) sobre a origem da obra artística, buscamos instaurar outras possibilidades para a interpretação da autoria na obra da escritora.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O heroismo trágico de Aquiles e Augusto Matraga: um estudo de herói grego e do herói cristão, em Homero e Guimarães Rosa(Universidade Federal do Pará, 2018-12-20) SILVA, Adriely Cristina Duarte da; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373No presente trabalho, discutiremos como se dá o heroísmo trágico, especificamente na obra A Ilíada, de Homero, em diálogo com o conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa. O objetivo deste estudo é pensar o herói trágico na literatura, analisando questões ontológicas do humano, como a angústia e seu temor diante do fenômeno da finitude, onde ocorre a ausculta do sagrado nas vozes dos deuses, no tempo e no mundo. O trágico será um ponto essencial a ser apresentado aqui, pois o herói é aquele que, mesmo diante do terror, onde normalmente o coração é possuído pela angústia e desespero humano, permanece diante da finitude. Deste modo, percebemos Aquiles como um herói grego clássico que se caracteriza como trágico pois enfrenta a si mesmo diante do abismo da morte, e Augusto Matraga como um herói cristão trágico, pois é aquele que caminha na trilha da conversão e nesta vereda não teme perder a própria vida. Nesta senda contemplamos um eclodir de conflitos, valores e acontecimentos poéticos. Este trabalho dialoga com autores que discutem em uma perspectiva ontológica o herói, o trágico, a finitude, como Campbell (1949), Heidegger (2010), Kierkegaard (1979), Staiger (1977), Szondi (2004) e outros.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O interlúdio de Eros e Thánatos na poesia de Max Martins(Universidade Federal do Pará, 2017-02-17) RIBEIRO, Natália Lima; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373O presente trabalho tem como objetivo pesquisar de qual maneira Eros e Thánatos aparecem na obra poética de Max Martins, partindo do pressuposto que essas experiências ontológicas articulam-se em interlúdio (um jogo no entre). Dessa forma, será desenvolvida uma pesquisa que abarque novos rumos de pensar Amor e Morte fora de uma tradição metafísica, ou para fora dos paradigmas os quais foram empregados para esses fenômenos que excedem o homem dentro da poesia do escritor paraense. Na obra de Max Martins, é possível perceber um rompimento com as construções metafísicas que vigem na modernidade, haja vista que sua poética é permeada pelo questionar constante, oriundo de um pensamento sobre os acontecimentos que circundam a existência. Para o poeta, o homem é esse ente que cuida das coisas, faz sua trajetória existencial pelos questionamentos, que experimenta Amor e Morte originários, e não os categoriza em segmentos.Em outras palavras, para Max Martins o homem percorre a existência entre o jogo ontológico de Eros e Thánatos. De tal forma que em suas obras, esses fenômenos aparecem de formas e maneiras diferentes, pois Max Martins não se prende a uma expressão, mas experimenta em sua linguagem poética o acontecer de Eros e Thánatos ao longo de quase cinquenta anos de poesia. Neste sentido, por meio de uma abordagem hermenêutica, a proposta que aqui se apresenta suscita o desenvolvimento de um percurso interpretativo em torno da poética de Max Martins nas obras que contemplam a coletânea Poemas Reunidos 1952 – 2001 e Para ter onde ir, em diálogo entre os autores Martin Heidegger, Octávio Paz, Manuel Antônio de Castro, George Bataille e Platão, com o propósito de fomentar a discussão acerca da relação entre Amor e Morte que diverge da oposição geralmente empregada na modernidade, mas que há um jogo entre essas duas instâncias norteadoras da vida.Dissertação Acesso aberto (Open Access) No subsolo do Nilismo: literatura e filosofia em Memórias Póstumas de Brás Cubas(Universidade Federal do Pará, 2016-03-28) LEAL, Mauro Lopes; BARROS, Roberto de Almeida Pereira de; http://lattes.cnpq.br/4521253027948817; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Machado de Assis é, com justeza, um grande escritor brasileiro não somente pela sua criatividade e escrita, mas principalmente pelas suas ideias, sua postura diante dos valores, que não raro são questionados em suas obras, o que poderia representar uma postura que, longe de ser simplesmente pessimista, está voltada mais para um padrão niilista de pensamento e visão de mundo. Questionar nem sempre significa destruir. Mas se a destruição se faz inevitável, há de se repor outros valores. A morte nem sempre se configura como um fim, mas pode claramente representar o inicio de uma nova existência. Neste trabalho, será observada a questão do niilismo em Memórias Póstumas de Brás Cubas, acionando filósofos como Nietzsche, para pô-los em diálogo com outros escritores, como Dostoiévski, demonstrando que o niilismo não pode ser considerado um fenômeno regional, mas mundial, demonstrando que em Brás Cubas, tal niilismo converge para outros padrões e para uma possibilidade de resistência através do humor, do riso, da alegria.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A poética do corpo na obra Linha-d'-água de Olga Savary(Universidade Federal do Pará, 2014-12-21) LEITÃO, Andréa Jamilly Rodrigues; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373A presente dissertação constitui uma interpretação do corpo e de suas inter-relações com o erotismo e com o amor, a partir de um diálogo com a obra Linha-d’Água (1987), de Olga Savary (1933). A hipótese de pesquisa, aqui articulada, compreende a transfiguração poética do corpo sob o elemento simbólico da água como a encenação poético-ontológica do princípio da unidade entre o ser humano e a natureza. Por meio de uma abordagem hermenêutica (RICOEUR, 1990), vislumbra-se nos poemas a abertura para a articulação textual de um ser-no-mundo, que diz respeito a uma nova experiência do homem com a existência. A obra opera a recriação poética dos corpos na manifestação das águas, de modo que a comunhão amorosa instaura uma aproximação do ser humano com a sua origem, como uma possibilidade de reconciliação com a natureza (PAZ, 1994). Para compor este diálogo, contrapõe-se à leitura que, à luz do ecofeminismo, compreende esta operação poética como a expressão de subjetividades relacionada a questões de gênero ou de papéis sociais (SOARES, 1999). Sob a vigência do erotismo, os corpos humanos desnudados são assimilados a uma doação da natureza, entendida como o desvelamento da phýsis grega (HEIDEGGER, 1999). Os versos de Linha-d’Água articulam um movimento de ruptura com o legado conceitual da metafísica platônica, que estabeleceu uma cisão entre o homem e a sua condição carnal, o homem e o real, aprofundada durante a modernidade. Em meio à dinâmica cíclica e incessante da phýsis, o ser humano reconhece na própria liquidez do seu corpo o retorno ao fundamento primordial; por outro, assume a sua condição de estar lançado no fluir temporal incessante. Na obra da escritora paraense, recoloca-se o horizonte humano, por via da poética corporal, em reconciliação com o élan originário da natureza e, ao mesmo tempo, com a própria natureza viva dos amantes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A superação da tradição mimética em A Rainha dos Cárceres da Grécia, de Osman Lins(Universidade Federal do Pará, 2022-12-22) TANCREDO, Rogério Alan; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Na passagem do XIX para o século XX, a narrativa contemporânea sofre uma ruptura provocada por experimentações realizadas por autores como Franz Kafka, Marcel Proust, James Joyce e Virginia Woolf. A partir de então, o romance nunca mais será o mesmo, pois a narrativa, ao invés de representar a realidade em seus ricos detalhes, agora traz para a superfície o ato de criação e a realidade própria da narrativa. Este trabalho consiste em uma pesquisa que tratará da revisão da tradição mimética empreendida pelo livro A Rainha dos Cárceres da Grécia (2005b), de Osman Lins, que tem como foco o processo de escrita de um romance travestido de ensaio, isto é, de um romance que debruça-se sobre si mesmo; o trabalho possui como embasamento teórico o pensamento de Giorgio Agamben sobre a contemporaneidade e o conceito de Fora, de Maurice Blanchot, que podem ajudar a esclarecer e a entender as transformações pelas quais o gênero passou, assim como a posição atual do romance contemporâneo. Para isto, vamos trazer narradores que transformaram e inovaram o ato de narrar para dialogar como o narrador de Lins, que acreditamos ter apontado uma nova tendência a partir da fusão do gênero romance com o gênero ensaio, especificamente no livro citado acima, explorando as múltiplas possibilidades do processo de criação e escrita.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Tempo e memória em o Cacaulista e o coronel sangrado, de Inglês de Sousa(Universidade Federal do Pará, 2018-01-19) GONÇALVES, Messias Lisboa; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Inglês de Sousa nasceu na cidade interiorana de Óbidos, localizada no estado do Pará, em 28 de dezembro de 1853, e faleceu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1918. O escritor passou a maior parte de sua vida fora da cidade natal, mas foi na região amazônica que se inspirou para compor as suas obras literárias: História de um Pescador (1876), O Cacaulista (1876), O Coronel Sangrado (1877), O Missionário (1891) e Contos Amazônicos (1893). É possível cogitar que a valorização, apenas, da textura documental sócio-político-histórica pela crítica foi responsável por instaurar o obscurecimento do lastro estético dos romances O Cacaulista e O Coronel Sangrado. No entanto, é justamente o lastro estético que os mantém vivos. Sendo assim, esta pesquisa objetiva estudar as questões do tempo e da memória postas em obra por esses romances. Diante disso, é necessário lançar-se no abismo do pensamento e realizar uma crítica literária enquanto escuta poética das questões. Para uma maior compreensão e aprofundamento, esta pesquisa limitou-se à reflexão do personagem protagonista Miguel Faria, que migra de um romance para o outro. Dessa forma, entende-se que esse personagem-questão vive uma experienciação com o tempo, que foge àquele cronometrado pelo relógio ou mesmo àquele pensado pela ciência, e no seu tempo experiencia o tempo humano e poético. Para realizar este intento, dialogou-se especialmente com Henri Bergson (1859-1941), Martin Heidegger (1889-1976), Benedito Nunes (1929-2011) e Manuel Antônio de Castro (1941-) para pensar a escuta poética das questões naqueles romances inglesianos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Travessia poética: o pacto entre crítica e escuta em "Grande Sertão Veredas"(Universidade Federal do Pará, 2017-02-17) CARVALHO, Taís Salbé; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373A pesquisa propõe um exercício de crítica literária que tem como foco o pacto dialogal entre crítica e escuta, em Grande Sertão: Veredas, romance de Guimarães Rosa, publicado em 1956, a partir de umadesconstrução da tradição metafísica, que vê a arte como mera representação da realidade, e não mais comoencenadora de questões do real.Portanto, dialogamos comum tipo de hermenêutica que questiona os conceitos de críticarepresentativa que, ao nosso ver,aprisionam a obra literária, pois aanalisama partir de teorias predeterminadas,e nos doamos ao exercício de crítica como escutaoriginária das questões postas em obra pela obra literária. Neste exercício, somos convocados a pensar o não-pensado do pensamento, deixando com que a própria obra nos solicite sua teoria, convocando-nos à escuta crítica. Para tanto, fez-se necessário o questionamento dasquestões originárias manifestadas noromance de Rosa, como: Linguagem, Arte, Verdade (desvelamento), Ser, Ser-no-Mundo, Travessia, Diálogo e Pacto com o Diabo. Neste sentido, reaviva-se a relação essencial entre arte e verdade, em que esta é a própria dinâmica de velamento-desvelamento-velamento do ser das coisas, da phýsis.A obra de arte nadamaisé do que essa dinâmica, e nela e por elaprocura-se percorrer nossa travessia poética, questionando-nos a partir das questões que vão se manifestando, e das quais também somos doação, em busca de nossa aprendizagem poética.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O voo da criação literária: procura, verdade e ser / ser, verdade e procura em Alvorada de Osman Lins(Universidade Federal do Pará, 2013) DOLZANE, Harley Farias; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373A pesquisa busca uma abertura para compreender o sentido da obra literária imbricada no mistério da criação artística a partir das suas figurações em Avalovara (1973), de Osman Lins. Em meio à interpretação do romance, pretende-se percorrer questões fundamentais que subjazem no revestimento conceitual instaurado ao longo da modernidade literária. Em Avalovara, o leitor é encaminhado a um pensamento originário que resgata a instância poética da narrativa, projetando o fazer artístico em uma dimensão mítica que é Linguagem acontecendo em seu silêncio. Isso só é possível pela elaboração de uma narrativa que já não representa, mas encena questões, realizando-as na tessitura de seus elementos. O romance se põe à procura de sentido para realidade, questionando a tradição mimética – corolário de uma metafísica essencialista e subjetivista –, e, em seu procurar desvela-se o seu sentido de ser, o seu ser-obra de arte. Neste sentido, reaviva-se a referência essencial entre arte e verdade, em que esta, é a própria dinâmica de re-velação do real retraindo sua realidade em tudo o que se manifesta. A obra de arte corresponde a essa dinâmica de ser das coisas. Nelas e por elas a procura se dá, passo a passo, revelando-se aos poucos em cada palavra, obra e verdade. Procurando pela verdade, o homem, coisas entre coisas, pode se reintegrar com a realidade de ser; Abel, o humano, o artista, o escritor pode reingressar no paraíso pelo exercício do amor pleno que há no cuidado para com as coisas em seu silêncio, silêncio da Linguagem que acolhe não só o poder criativo da literatura, mas também da própria existência humana.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A voz do silêncio na poesia de Max Martins(Universidade Federal do Pará, 2014-03-17) BARBOSA, Thiago de Melo; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373No presente trabalho interpreta-se a poesia de Max Martins, focando, principalmente, a abertura que ela oferece para o acontecer do silêncio da linguagem. Pensa-se, aqui, no silêncio como uma questão que fala e se confunde com a questão da essência da linguagem e, por conseguinte, também com a da essência do poético. Sendo assim, a dissertação desdobra-se em discussões poético-filosóficas, articulando essas duas esferas criativas nas várias dimensões em que a obra martiniana manifesta o silêncio: na linguagem, no diálogo com o pensamento e a poesia orientais, no erotismo e na verbivocovisualidade. Busca-se a escuta da “voz do silêncio”, como aparece no título do trabalho. Nessa travessia, importante dizer, as reflexões implementadas pelo filósofo alemão Martin Heidegger acerca da linguagem, assim como suas ideias sobre hermenêutica poética, são de grande valia. Certamente, além de Heidegger, há outros pensadores cujos nomes ecoam pelo trabalho, mas o do alemão merece destaque, pois a compreensão da essência da linguagem como fala silenciosa encontra abrigo tanto em sua filosofia como na obra poética de Max Martins. Realizando um diálogo entre poesia e filosofia no que elas têm em comum — o pensamento de questões —, aqui não se aplicou uma teoria prévia ao acontecer da arte. Procurou-se, ao contrário, empreender ao longo desta jornada interpretativa a escuta da poética que os próprios textos martinianos põe em obra.
