Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6713
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2012 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC por Orientadores "FURTADO, Marli Tereza"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir e De Campos Ribeiro e as territorializações afro-amazônicas urbanas (da belle époque à década de trinta)(Universidade Federal do Pará, 2019-11-22) SANTOS, Josiclei de Souza; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592O presente trabalho faz uma leitura das territorializações afro-amazônicas profanas e sagradas na cidade Belém na passagem do século XIX para o XX, e nas primeiras décadas deste, a partir das obras Batuque (1939), de Bruno de Menezes, Gostosa Belém de Outrora (1965), de José de Campos Ribeiro, e Belém do Grão Pará (1960), de Dalcídio Jurandir, observando como os referidos autores, a partir de vivências e pesquisas, conseguiram criar obras que reinseriram na narrativa da cidade os grupos minoritários afro-amazônicos que haviam sido ocultados pela narrativa dos grupos majoritários do período da belle époque amazônica, que se deu durante o ciclo econômico gomífero, tendo tais comunidades sido ocultadas da narrativa de conformação da cidade. Houve no referido ciclo um agenciamento enunciativo de essencialidade euro-indígena, alimentado por meio de uma produção artística comprometida com o aparelho de Estado. Interessa para este trabalho o que as referidas obras possuem de Literatura Menor, trabalhando com os signos das territorializações afro-amazônicas na cidade de Belém, rasurando as genealogias de origem geradoras de racismos e hierarquias, que diminuíram a participação afrodescendente na história da Amazônia. Como ferramentas para a leitura das obras estudadas serão utilizados os Estudos Comparativos, bem como os Estudos Culturais, numa perspectiva transdisciplinar. Para o estudo do conceito de territorialização utilizou-se Deleuze e Guattari (2012). Para o conceito de literatura menor também utilizou-se o estudo dos mesmos (2014). Para o estudo da narrativa de nação foram utilizados os estudos de Homi Bhabha (2013). Para se estudar o espaço urbano foram utilizados os estudos de Ricoeur (2007), Costa (2013) e Foucault (1987). Para o estudos do Modernismo no Pará foram utilizados Leal (2011), Figueiredo (1996) e (2001), e Furtado (2002). Para os estudos afro-amazônicos foram utilizadas as pesquisas de Salles (2005), (2004) e (2003).Tese Acesso aberto (Open Access) Dalcídio Jurandir: leitor e criador de personagens-leitores no ciclo do extremo Norte(Universidade Federal do Pará, 2019-08-30) COSTA, Regina Barbosa da; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592; https://orcid.org/0000-0001-7597-7834O presente estudo objetiva analisar a proposta literossocial de Dalcídio Jurandir (1909 – 1979) quanto à elevação da condição social, por meio da cultura. Para isso, o escritor agregou realidade social e estética literária, expondo-as nos livros que compõem o Ciclo do Extremo Norte (1939 - 1978). Nesse projeto, o escritor deixou rastros a serem seguidos, o que resultou na investigação das práticas de leitura realizadas por personagens-leitores. No intuito de desvendar as leituras fictícias dos personagens, foi preciso adentrar no arquivo pessoal do escritor e conhecer o espólio cultural que o fez um grande leitor. Desta forma, a pesquisa traz um novo olhar sobre a produção ficcional do escritor, posto que, a partir das leituras dos personagens-leitores, foi possível recuperar textos de grande sucesso, que circularam na região amazônica, no início do século XX, mas que ficaram adormecidas, durante muito tempo, em estantes, livreiros, sebos, leiloeiros, bibliotecas físicas e virtuais. Esta pesquisa foi dividida em seis seções, para contemplar os dez livros do ciclo do Extremo Norte, com um prólogo, que apresenta um painel sobre a questão do desenvolvimento de projetos de pesquisa na região Norte, e as produções literárias do escritor Dalcídio Jurandir. Nas “Trilhas de leitura de Dalcídio Jurandir” terão destaque “As Imagens da biblioteca sem muros de Dalcídio Jurandir” com um detalhamento sobre os produtos culturais adquiridos pelo escritor. No tópico teórico acerca das “Leituras, leitores, personagens e personagens-leitores” serão demonstradas as produções de pesquisadores que trabalham essa temática nas mais diversificadas áreas de estudos. A análise dos livros do ciclo do Extremo Norte será agrupada em dois núcleos: um rural e outro urbano. O núcleo rural será analisado na terceira seção, e o urbano na quarta e quinta seções. O primeiro núcleo contempla os livros de ambientação na ilha do Marajó: Chove nos campos de Cachoeira, Marajó e Três casas e um rio, com a representação de uma comunidade de leitores numa ilha não hegemônica em relação à capital do estado do Pará. Na quarta seção, serão considerados os livros do núcleo urbano intitulados: Belém do Grão-Pará, Passagem dos Inocentes e Primeira Manhã, que apontam para a “desagregação de leitores num horizonte em ruínas”. Nesta seção, o romance Belém do Grão-Pará será evidenciado por focalizar as áreas centrais da cidade de Belém, sendo a periferia da cidade analisada em Passagem dos Inocentes e Primeira Manhã. Na quinta seção, ainda voltada para o núcleo urbano, as leituras são demonstradas num quadro terminal, em “O ciclo da Fênix no Extremo Norte”. Nesta seção, as imagens de aniquilamento de cidades, livros, leituras e estudos ficam evidenciados nos livros Ponte do Galo, Os Habitantes, Chão dos Lobos e Ribanceira, numa ambientação das leituras e da narrativa de maneira fosca e caótica, no entanto, no último livro, sutilmente emerge a ideia de renascimento dessa cultura antes fragilizada. O aporte teórico da pesquisa compreende os estudos realizados por pesquisadores pertencentes à História Cultural e História da Leitura, com destaque para Roger Chartier, que analisa o estudo da leitura como processo complexo e dinâmico, Carlos Reis e Antônio Candido no estudo das personagens, das estudiosas brasileiras Marisa Lajolo e Regina Zilberman, na análise da leitura e da figuração da leitura, além dos relevantes estudos realizados pela pesquisadora Marli Tereza Furtado sobre críticos e literários da obra do escritor Dalcídio Jurandir.Tese Acesso aberto (Open Access) A figuração da mulher em Dalcídio Jurandir: entre o desamparo, a opressão e a transgressão(Universidade Federal do Pará, 2018-05-24) SANTOS, Alinnie Oliveira Andrade; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592Dalcídio Jurandir (1909-1979), escritor brasileiro, publicou onze romances, dez dos quais compõem o chamado Ciclo do Extremo Norte: Chove nos Campos de Cachoeira (1941), Marajó (1947), Três Casas e um Rio (1958), Belém do Grão Pará (1960), Passagem dos Inocentes (1963), Primeira Manhã (1967), Ponte do Galo (1971), Os Habitantes (1976), Chão dos Lobos (1976) e Ribanceira (1978), que tematizam sobre o homem e os costumes da região amazônica. Apesar de nessas obras homens ocuparem a posição de protagonistas, impressiona o grande número de personagens femininas que colaboram para o desenvolvimento das narrativas, contribuindo de forma marcante para a construção dos enredos e dos dramas presentes na obra. Esta tese, portanto, objetiva analisar as personagens femininas do referido Ciclo, agrupando-as conforme a situação social em que se encontram. Sendo assim, criamos as seguintes categorias de análise: desamparo, opressão e transgressão, as quais não são excludentes entre si, mas defendemos neste trabalho que as personagens transitam entre essas três categorias. Para tanto, fizemos uso dos trabalhos de BRAIT (2006), ROSENFELD (2011), CANDIDO (2011), WOOD (2011), REIS (2015) para refletir sobre a personagem de ficção; CASTELO BRANCO e BRANDÃO (1989), BRANDÃO (2006), ZOLIN (2009) e ZINANI (2013), para pensar a relação entre mulher e literatura e os estudos de RAGO (2011), SAFFIOTI (2013), ALAMBERT (2004), LENIN (1979), BEAUVOIR (2009), os quais nos possibilitaram compreender as questões relativas à mulher, bem como sobre as relações de gênero. Das dezesseis personagens analisadas, seis, predominantemente, estão na categoria do desamparo, das quais se destacam: Orminda, D. Inácia e Lucíola; três na opressão, tendo como destaque Felícia e sete na transgressão, das quais se destacam: Alaíde, D. Amélia e Isaura. Investigar, pois, a personagem feminina dos romances produzidos por Dalcídio Jurandir, os quais possuem como forte aspecto a denúncia social, nos ajuda a desvelar a sociedade brasileira do início do século passado, assim também como essa sociedade foi retratada pela literatura brasileira.Tese Acesso aberto (Open Access) A infância desvalida em Dalcídio Jurandir: um bulício de crianças, picado de risos e gritos(Universidade Federal do Pará, 2019-02-27) VELOSO, Ivone dos Santos; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592; https://orcid.org/0000-0001-7597-7834A tese propõe uma leitura analítico-interpretativa que objetiva demonstrar que a categoria infância tem um papel de relevo na produção literária de Dalcídio Jurandir e, de modo especial, na dimensão ética e estética da construção do seu projeto literário que ficou conhecido como ciclo Extremo - Norte. Para tanto, esse estudo, de abordagem qualitativa do tipo bibliográfica, incide, principalmente, sobre os cinco primeiros romances do ciclo dalcidiano, a saber: Chove nos Campos de Cachoeira (1941), Marajó (1947), Três casas e um rio (1958), Belém do Grão-Pará (1960) e Passagem dos Inocentes (1963). O enfoque analítico-interpretativo se apoia na técnica temática e discursiva, o que permite observar as formações ideológicas da construção discursiva do escritor marajoara, e ao modo como a figuração da infância e da criança colaboram com o tom social de seu projeto estético. Nessa perspectiva, os eixos fundamentais que orientam essa leitura são as relações entre Literatura e Sociedade e Literatura e Memória de maneira que revisitamos autores que se inserem nesse âmbito teórico, bem como aqueles que dão tratamento ao tema da infância e da obra dalcidiana. A pesquisa evidenciou, entre outras constatações, que o universo infantil que emerge das narrativas dalcidianas não se restringe apenas à presença de personagens infantis, ou que rememoram essa etapa da vida, mas também vem à tona por meio da representação do imaginário da criança, e, ainda, pela inserção na própria estrutura narrativa, através da incorporação e, muitas vezes, reelaboração de contos de fada, de mitos, ou de outros signos da cultura popular e erudita que se aproximam, de algum modo, com o mundo da puerícia. Tais estratégias, por sua vez, se alinham ao compromisso ético e estético de Dalcídio Jurandir, em cujas narrativas se aliam comprometimento social e consciência do fazer literário.Tese Acesso aberto (Open Access) Narradores do extremo norte: o ciclo romanesco de Dalcídio Jurandir(Universidade Federal do Pará, 2021-04-18) MOREIRA, Alex Santos; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592A presente tese tem como objetivo principal o estudo do narrador e do foco narrativo nos romances Chove nos Campos de Cachoeira (1941), Marajó (1947), Passagem dos inocentes (1963), Primeira manhã (1967) e Ribanceira (1978). Essas obras integram a saga ficcional do Ciclo Extremo Norte criada pelo romancista paraense Dalcídio Jurandir (1909-1979). O ciclo, integralmente, composto por dez livros, narra a vida de mulheres, homens, crianças e idosos no interior da Amazônia brasileira no início do século XX, apresentando como personagem principal o jovem Alfredo (exceto em Marajó), cuja trajetória de vida se conecta aos dramas sociais e pessoais dos demais personagens. Quanto à sua tessitura narrativa, a saga de Jurandir apresenta uma recorrente oscilação na focalização dos acontecimentos narrados manifestando, desse modo, níveis distintos do foco narrativo e da narração. No intuito de analisar a constituição dessa categoria nas obras acima mencionadas, recorreu-se as principais teorias pertinentes ao ponto de vista na ficção. Diante disso, optou-se pelo uso da tipologia narrativa proposta por Norman Friedman (1967 [2002]) correlacionando-a aos estudos de Pedro Maligo (1992), Marlí Tereza Furtado (2002 [2010]), Benedito Nunes (2004) e de outros pesquisadores da ficção de Dalcídio Jurandir. Além disso, para melhor compreender a(s) perspectiva(s) dotada(s) no processo narrativo de Jurandir, os romances que compõem o corpus desse estudo foram separados em três núcleos narrativos: o marajoara, os acontecimentos narrados ocorrem na ilha de Marajó; o belenense, a ação predominantemente se concentra na cidade de Belém e o amazônico-paraense, composto unicamente por Ribanceira, último livro do ciclo que mostra uma terceira fase da vida de Alfredo. A saga dalcidiana é urdida por um narrador global onisciente em terceira pessoa, que alterna sua postura entre a neutralidade, a intrusão e o uso de múltiplos ponto de vista, provocando o esfacelamento da narrativa. Quando esse recurso é exacerbadamente explorado, o narrador global distancia-se significativamente da matéria narrada, atribuindo a outros personagens o status de narrador, criando assim as categorias de personagens-narradoras. Essa categoria divide-se em dois tipos: o primeiro, tipo I, assume a condição de narrador dando progressão à matéria narrada, o segundo, tipo II, conta histórias encaixadas ao enredo principal, apresentado, ainda, uma subdivisão de narradores populares que contam, oralmente, narrativas permeadas por elementos do imaginário amazônico. Sendo assim, elimina-se a mediação entre o leitor e história narrada, pois, não apenas a focalização como a própria enunciação da narrativa torna-se responsabilidade dessas personagens-narradoras. Considera-se que ao dar voz a mulheres, pescadores, vaqueiros, lavradores e demais personagens, a ficção dalcidiana denuncia as trágicas formas de violência (social, política, econômica e mítico-regiliosa) perpetradas no extremo norte do Brasil.Tese Acesso aberto (Open Access) A presença da mulher na música do Pará: o texto na canção de autoria feminina, da Belle Époque até a primeira metade do século XX(Universidade Federal do Pará, 2020-08-25) SOUZA, Dione Colares de; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592; https://orcid.org/0000-0001-7597-7834Objetiva-se constatar a presença feminina na produção artística e musical em Belém do Pará, da Belle Époque até a primeira metade do século XX, a partir do texto na canção de autoria de compositoras que nasceram ou viveram no Pará. Trata-se de pesquisa interdisciplinar para se compreender a produção musical de autoria feminina, a partir de uma perspectiva historiográfica, sociológica e de gênero que propiciará também desvelar os processos de inserção da mulher no âmbito das práticas culturais desse período, além de se depreender a relação entre o texto e a linguagem musical. Portanto, são elucidadas as seguintes questões: Quais são as canções de autoria feminina no período investigado? Houve crítica, recepção e circulação da canção de autoria feminina no período da Belle Époque no Pará até a metade do século XX? Qual a relação dessas representações artísticas musicais com o pensamento social, a realidade cultural e o ideário estético da época? Em meio à experiência cultural da Belle Époque, a canção de autoria feminina dispõe de particularidades amazônicas em seus estratos literários e musicais ou projetam uma relação de poder ou discurso socioideológico padrão da época? O conjunto documental foi coletado a partir de investigação de fontes documentais primárias e fontes orais. Desta feita, tal conjunto de informações assume caráter científico para análise do texto na canção de autoria feminina, cujos fatos históricos e sociais serão alinhados aos componentes estéticos descritos nas obras analisadas. Além disso, delimitou-se o campo teórico com base na revisão da literatura na área de estudos literários, buscando-se fundamentos nas orientações de Candido (1973, 1996, 2010, 2012), bem como em Oliveira (2002), Murray Schaffer (2001), na área interdisciplinar, Vieira (2001, 2009, 2012, 2013), Salles (1980, 2007, 2012, 2016), Bourdieu (1974, 2007, 2017), e Citron (2000), no campo da história social, estudos culturais e de gênero. Apontam-se como resultados: a presença feminina na cena artística e musical paraense da Belle Époque até a primeira metade do século XX, embora suas composições permanecessem sem visibilidade; as mulheres não apenas atuaram na docência e performance musicais como compunham textos e canções; as temáticas predominantes nas canções são Sacras, Sentimentais, Festivas e Regionais e, relacionam-se com as práticas sociais das mulheres pesquisadas; o piano marca esse período como elemento simbólico de europeização de costumes e ideológico enquanto dote feminino e meio de distinção social; o obscurecimento da história e das obras das compositoras pesquisadas deve-se a questões de gênero e práticas sociais e culturais da época.
