Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6713
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2012 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Navegar
Navegando Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC por Autor "CHAGAS, Anne Carolina Pamplona"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Acesso aberto (Open Access) Narrativas em silêncio: descrição e análise sociolinguística da Língua de Sinais de Fortalezinha-PA, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2021-02-25) CHAGAS, Anne Carolina Pamplona; SOUZA, Ivani Fusellier; http://lattes.cnpq.br/7240672296199161; OLIVEIRA, Marilucia Barros de; http://lattes.cnpq.br/9728768970430501; SALLANDRE, Marie-AnneTrata-se de uma tese cujo objetivo é realizar a descrição e análise sociolinguística da língua de sinais emergente utilizada por uma micro comunidade de surdos que vive na Vila de Fortalezinha localizada no arquipélago de Maiandeua, município de Maracanã, estado do Pará. A descrição será seguida de análise sociolinguísticas, a partir do estudo de redes, a fim de se avaliar: a natureza dos vínculos e dos contatos estabelecidos na comunidade, a percepção e atitude linguística que esses falantes fazem da língua de sinais que utilizam e da língua de sinais institucionalizada (LIBRAS), bem como apontar as possíveis variações decorrentes do contato entre as duas línguas sinalizadas. Em decorrência do fenômeno complexo que se propõe a analisar, esta pesquisa se insere na confluência de três abordagens teóricas, quais sejam: a Antropologia Linguística de Duranti (1997, 2003, 2004) e os conceitos chaves de práticas socais e o método Etnográfico de Hymes (1962, 1996); Sociolinguística Variacionista, conforme Labov (1972), mais precisamente as definições de redes sociais de Bortoni-Ricardo (2011); a Teoria de Semiologia das línguas de sinais Cuxac (1983, 1996, 2000) o estudo de Línguas de Sinais Emergentes estabelecidos por Fusellier-Souza (2004, 2006), bem como nas categorizações propostas por Sallandre (2014, 2020 e 2021). O corpus que constitui o objeto de estudo desta pesquisa fundamenta-se em 49 registros audiovisuais de narrativas contadas pelos 10 surdos da micro comunidade da Vila de Fortalezinha e, também, entrevistas com 13 dos seus familiares e amigos. Ao todo, tem-se um total de 23 colaboradores. O corpus foi coletado em meio a encontros presenciais, iniciados e finalizados em 2017, por meio de pesquisa participante na qual adotaram-se os protocolos da Sociolinguística e da Etnografia. A descrição dos dados foi realizada a partir de uma grade de análise paramétrica, plurilinear e simultânea desenvolvida para o presente estudo. Com base nos resultados apresentados, confirma-se que os vínculos e contatos estabelecidos e mantidos entre os membros dessa comunidade asseguram os usos linguísticos comuns e a coesão da tessitura da rede social na qual esses sujeitos estão inseridos, configurando-se, portanto, como um poderoso símbolo de identidade e um fenômeno de resistência característico de grupos linguísticos minoritários.
