Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos - PPGCTA/ITEC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/8900
O Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) integra o Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e iniciou suas atividades em 2004 com o curso de Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Em 2010, a CAPES aprovou o Doutorado, que teve início em 2011.
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adição de ácido esteárico e surfactante em filmes elaborados com proteínas miofibrilares obtidas de corvina (micropogonias furnieri).(Universidade Federal do Pará, 2017-03-03) VIEIRA, Lorena Limão; LOURENÇO, Lúcia de Fátima Henriques; http://lattes.cnpq.br/7365554949786769O interesse em filmes biodegradáveis como embalagens de alimentos é uma tendência mundial que tem aumentado de modo significativo nos últimos anos. As proteínas miofibrilares, particularmente as de peixe, vem ganhando interesse na tecnologia de filmes. Os filmes elaborados a partir de polissacarídeos ou proteínas apesar de possuírem excelentes propriedades mecânicas e ópticas, apresentam alta permeabilidade ao vapor de água (PVA). A incorporação de substâncias hidrofóbicas, como o ácido esteárico na solução filmogênica é uma alternativa para aumentar as propriedades de barreira ao vapor d’água do filme. Mas para facilitar a incorporação do lipídeo na matriz proteica, é necessária a adição de surfactante, que são substâncias capazes de interagir com a proteína e com o ácido graxo. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar filmes de proteínas miofibrilares obtidas a partir de subprodutos do processamento da corvina (Micropogonias furnieri) utilizando dodecil sulfato de sódio (SDS) e ácido esteárico (AE), visando melhorar as propriedades tecnológicas do filme. Foi realizada a caracterização do subproduto e das proteínas miofibrilares liofilizadas (PM) que apresentou elevado teor proteico (96,03% b.s.), importante para a formação da matriz biopolimérica. Realizou-se um planejamento fatorial completo para definir a região de melhores propriedades mecânicas, física e de barreira dos filmes. O filme otimizado foi elaborado com 2,84% PM, 3,18% AE, e 78,41% SDS e 30% de glicerol. As concentrações de AE e SDS provocaram significativamente a diminuição de PVA, alcançando 5,87E-11 g m m- ² s- ¹ Pa-¹, representando uma redução de 31% quando comparado ao filme controle. As propriedades mecânicas do filme apresentaram excelentes resultados de elongação (235,60%) e resistência a tração (6,35Mpa), indicando filmes fortes e flexíveis. Os valores de transparência foram elevados, indicando tendência ao opaco e de tom amarelado, no entanto, com excelentes propriedades de barreira UV podendo ser utilizado em alimentos sensíveis à luz. O filme otimizado também apresentou boa estabilidade térmica e a microestrutura revelou mudança estrutural na matriz filmogênica, em relação ao controle, com presença de ranhuras e protuberâncias na superfície, confirmados pela difração de raio-x, que indicou a influência do SDS e AE na cristalinidade do filme. Observou-se aumento de 22% na solubilidade e ligeira diminuição do intumescimento do filme otimizado em relação ao controle.Tese Acesso aberto (Open Access) Aminas bioativaas, bactéria lática e B-caroteno durante o processamento do tucupi(Universidade Federal do Pará, 2019-05-15) BRITO, Brenda de Nazaré do Carmo; GLÓRIA, Maria Beatriz Abreu; http://lattes.cnpq.br/6895373188728113; PENA, Rosinelson da Silva; http://lattes.cnpq.br/3452623210043423As raízes de mandioca podem gerar os mais diversos produtos, porém um molho de cor amarela com sabor e aroma exótico, com inúmeras potencialidades de uso na indústria de alimentos, ganhou destaque no mercado nacional e internacional. Entretanto, sua produção ainda ocorre de maneira artesanal, visto que as informações tecnológicas sobre as principais etapas da produção, desde a fermentação da manipueira até o produto final, ainda são insuficientes para que seja produzido um produto padronizado com segurança e qualidade. Este caldo, é o tucupi, obtido da fermentação da manipueira, resíduo líquido proveniente da produção de farinha, seguido de cocção. Diante do exposto, devido a escasssez de dados na literatura científica sobre este produto, foi realizado um levantamento dos tucupis comercializados em Belém (PA), e os resultados obtidos demonstraram que este produto ainda continua sendo comercializado fora dos padrões oferecendo risco ao consumidor, mesmo após a criação de um padrão de identidade e qualidade para o Tucupi. Com relação as propriedades físico-químicas, as amostras evidenciaram que o processamento do produto, ainda é variável, principalmente nas etapas de fermentação e de cocção, com variações no pH, acidez e teores de açúcar total e redutor. As amostram apresentaram elevados teores de cianeto total (8,87- 114,66 mg HCN/L) e livre (0,80 - 38,38 mg HCN/L) e a presença de aminas biogênicas (tiramina, putrescina, histamina e triptamina) as quais podem causar intoxicações alimentares. Foi verificado a influência da fermentação da manipueira no perfil de carotenoides e aminas bioativas, durante a produção de tucupi. Os carotenoides não sofreram influência deste processo, e as aminas bioativas identificadas (espermidina, putrescina, tiramina e histamina) permitiram afirmar que durante o processo fermentativo deve haver um controle mais efetivo das condições higiênico-sanitárias. Com base nesses resultados, foi feita a identificação molecular dos micro-organismos responsáveis pela fermentação espontânea da manipueira, para obter o tucupi. Tal conhecimento, permitirá o desenvolvimento de uma cultura starter adequada para a produção deste produto com qualidade e segurança. Foi dado destaque para as bactérias lácticas, por serem estes micro-organismos predominantes durante à fermentação da mandioca, além de possuírem genes que sintetizam aminas biogênicas. Foram identificadas apenas duas espécies de bactéria lácticas, Lactobacillus plantarum e Lactobacillus fermentum, com predominância do L. fermentum durante todo o processo, sendo que as aminas bioativas identificadas (putrescina, histamina, espermidina) não interferiram na sobrevivência destas bactérias. A literatura evidencia uma correlação entre as bactérias láticas identificadas e a produção das aminas biogênicas, porém é fundamental que sejam realizadas outras pesquisas genéticas para ratificar a capacidade do L. plantarum e L. fermentum de codificarem a enzima descarboxilase, afim de produzir as aminas biogênicas. Sugere-se que seja realizado a pesquisa de leveduras atuantes nesse processo de fermentação, pois outras vertentes sobre o tucupi ainda precisam ser analisadas para que se tenha um ajuste efetivo na produção, a fim de garantir um alimento seguro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise dos aspectos microbiológicos de peixes salgados comercializados no complexo do Ver-o-Peso e o impacto do processo de salga no crescimento de micro-organismos e na formação de aminas biogênicas(Universidade Federal do Pará, 2017-08-01) BATTAGIN, Heloísa Valarine; RODRIGUES, Antonio Manoel da Cruz; http://lattes.cnpq.br/7524720020580309O mercado Ver-o-Peso é o principal ponto de desembarque, beneficiamento e comercialização de peixe salgado da região metropolitana de Belém e abastece inúmeros municípios no entorno. Levando isso em conta, em prol de melhores condições de vida dessas comunidades, o presente estudo teve como objetivo analisar os aspectos higiênico-sanitários da comercialização do peixe salgado no complexo do Ver-o-Peso. Neste trabalho foram estudadas as variações causadas pelos processos de salga e manipulação de três espécies de peixe: pescada gó (Macrodon ancylon), cambéua (Notarius grandicassis) e piramutaba (Branchyplastystoma vaillantii), que são de grande interesse comercial na região. Associado a isso estudou-se o impacto da aplicação do processo de salga no crescimento de micro-organismos e na formação de aminas biogênicas na espécie xaréu (Caranx hippos). Embora de fácil aplicação, notou-se que o processo de salga realizado por pescadores e manipuladores de peixe do complexo do Ver-o-Peso é conduzido de maneira inadequada, sem precauções higiênico-sanitárias, e proporciona a elaboração de produtos de baixo valor comercial e sem padronização das características finais. Os procedimentos erroneamente aplicados nas fases de salga e comercialização favorecem também o crescimento de micro-organismos, como estafilococos e coliformes termotolerantes, e a produção de aminas bioativas, o que sugere que o consumidor pode sofrer danos à saúde. Sendo assim, observou-se a necessidade de padronização dos procedimentos de salga e treinamento dos trabalhadores acerca de boas práticas de manipulação de alimentos. Analisando-se as interações de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas em xaréus salgados sob condições controladas, concluiu-se que esses micro-organismos se comportam de maneiras distintas em diferentes concentrações de NaCl, de modo que os grupos que apresentaram maior crescimento se envolveram na produção de maiores concentrações de histamina, devido a quorum sensing. Comprovou-se ainda que o processo de secagem foi positivo na redução do teor de aminas e que sua associação ao uso de 25% NaCl gerou produtos de melhor qualidade em relação à umidade, atividade de água e perfil de aminas quando comparado à salga com 15% NaCl.Tese Acesso aberto (Open Access) Aplicação da tecnologia supercrítica e de fndição na obtenção de embalagens ativas de gelatina de peixe (Cynoscion acoupa) com óleo essencial piper divaricatum(Universidade Federal do Pará, 2021-10-27) ALBUQUERQUE, Gilciane Américo; CARVALHO JÚNIOR, Raul Nunes de; http://lattes.cnpq.br/5544305606838748; JOELE, Maria Regina Sarkis Peixoto; http://lattes.cnpq.br/2618640380469195Filmes ativos produzidos com gelatina da pele de peixe de pescada amarela (Cynoscion acoupa) e óleo essencial (OE) Piper divaricatum foram obtidos por duas técnicas: impregnação por CO2 supercrítico (scCO2) e fundição. Inicialmente foi realizado o processo de impregnação do OE no filme de gelatina utilizando o CO2 como solvente supercrítico, em autoclave a 35 º C, nas pressões de 100, 150 e 200 bar e tempos de 60, 90 e 120 min. O filme ativo que apresentou maior percentual de inibição de atividade antioxidante (IAA%) foi obtido a 100 bar e 60 min (41,63±1,6%). A microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou que o OE apresentou distribuição heterogênea no filme, confirmando a impregnação. A impregnação por scCO2 resultou em um filme com menores resistência à tração e estabilidade térmica, maior flexibilidade e opacidade quando comparado ao controle, indicando o potencial dessa técnica para obtenção de embalagens ativas para produtos alimentícios. Após a determinação do melhor parâmetro do processo de impregnação, foram comparadas as concentrações de 10%, 20% e 30% do OE no filme de gelatina pelas técnicas de fundição e impregnação por scCO2. Os filmes obtidos com a adição de 20% (71,97±1,71) e 30% (79,17±1,01) de OE produzidos por fundição apresentaram as maiores retenções do IAA%. Os filmes elaborados por impregnação por scCO2 apresentaram menor atividade antioxidante, mas que foi melhorada com o aumento do teor de OE de 20% (23,57±1,45) para 30% (33,66±2,42). Através das imagens da microscopia eletrônica de varredura (MEV) observou-se gotículas de óleo com distribuição heterogênea em filmes impregnados por scCO2 e superfície homogênea pela técnica de fundição. Os filmes impregnados com scCO2 se mostraram transparentes, resistentes à tração, elásticos e com maior estabilidade térmica. Enquanto, os filmes produzidos por fundição apresentaram maior resistência à umidade e maior proteção a luz UV. A técnica de fundição mostrou maior potencial para a produção de embalagens ativas, pois o filme apresentou melhor potencial antioxidante com a incorporação de OE e uso de emulsificante na solução do filme. A impregnação por scCO2 apresentou potencial para obtenção do filme ativo, entretanto novos estudos devem ser realizados para aprimorar as limitações de retenção de óleo no filme encontradas neste estudo.Tese Acesso aberto (Open Access) Aplicação da tecnologia supercrítica no desenvolvimento de suplemento alimentar a base de extrato de murici (Byrsonima crassifolia)(Universidade Federal do Pará, 2021-04-29) PIRES, Flavia Cristina Seabra; CARVALHO JÚNIOR, Raul Nunes de; http://lattes.cnpq.br/5544305606838748O murici (Byrsonima crassifolia) é um fruto que possui um grande potencial terapêutico aplicação de processos industriais que possibilitem o aumento da vida-de-prateleira, a devido à presença de luteína, um carotenoide valorizado no mercado de suplementação alimentar voltados para a saúde ocular. Devido à sua pericibilidade, tornou-se necessária a diversificação do uso e consumo, a agregação de valor e a ampliação de mercado do murici, com o uso de tecnologias limpas associado ao incentivo à bioeconomia. Desse modo, o trabalho entitulado “Aplicação da tecnologia supercrítica no desenvolvimento de suplemento alimentar a base de extrato de murici (Byrsonima crassifolia)” foi desenvolvido com a finalidade de estudar e aplicar os extratos do murici, extraídos enanoencapsulados via extração com CO2 supercrítico, em suplemento alimentar. Para isto, o primeiro passo foi desenvolver um estudo sobre a obtenção dos extratos da polpa de murici pela tecnologia supercrítica. Foram determinadas as melhores condições de extração supercrítica da polpa de murici, com CO2 e CO2+etanol, através das variações de pressão (15 a 49 MPa), temperatura (323,15 a 343,15 K), densidade (654 a 946 kg/m3), vazão de CO2 (8.85×10−5 a 1.33×10−4 kg/s) e tempo dinâmico de extração (3600 a 10800 s), onde foram obtidas as isotermas de rendimento global, os compostos bioativos presentes nos extratos e nos leitos de extração, tais como: luteína, ácidos graxos, triglicerídeos, compostos fenólicos e flavonoides. Também foi avaliada a qualidade funcional, a capacidade/atividade antioxidante e os efeitos citotóxico e citoprotetor. O estudo da extração supercrítica, possibilitou a obtenção de óleos não-tóxicos com elevado teor de luteína, constituídos de triglicerídeos de cadeia longa ricos em ácidos graxos insaturados como os ômega 3 e 9, e com atividades antioxidante, antihipercolesterolemica, antiaterosclerogênica, antitrombogênica e citoprotetora, onde a melhor condição de extração foi obtida a 343,15 K/ 49 MPa/ 900 kg/m3 . Também possibilitou a obtenção de extratos etanólicos não-tóxicos a partir da polpa desengordurada, umsubproduto nas indústrias alimentícias, contendo luteína, compostos fenólicos, flavonóides e atividade antioxidante, onde a melhor condição de extração foi obtida a 343,15 K/ 22 MPa/ 775 kg/m3. Devido ao efeito citoprotetor, o óleo de murici foi utilizado para a produção de partículas por meio do processo de extração de emulsões por fluido supercrítico (SFEE), onde foi possível produzirnanopartículas de óleo de murici com boa concentração/retenção de luteína, tamanho reduzido de partículas e com alta estabilidade, onde a melhor formulação das emulsões de partida foi obtida com o espessante goma xantana, com o emulsificante csgel e em uma concentração de 6 mg/mL de óleo de murici, e a melhor condição do processo SFEE foi a de 8 MPa, 313,15 K, período estático de 3600 s e período dinâmico de 18000 s. A partir disso, foi possível obter emulsões SFEE em pó do óleo de murici por liofilização e por spray drying com umidades, atividades de água, tamanhos de partícula, estabilidades e teores de luteína adequados para serem utilizados em suplementos alimentares carregados em cápsulas vegetais. As cápsulas vegetais carregadas com as emulsões SFEE em pó do óleo de murici (B. crassifolia) por liofilização e por spray drying apresentaram-se dentro dos padrões de carregamento para comercialização, onde, foi possível obter suplementos alimentares de óleo de murici, ricos em luteína. Portanto, a presente tese evidenciou que é possível utilizar a tecnologia supercrítica na cadeia produtiva de suplementos alimentares a base de murici, para facilitar o acesso e a estabilidade dos compostos aos quais são atribuídos os potenciais terapêuticos do murici. Este trabalho verticalizou a importância de pesquisas sobre o efeito funcional do murici e sobre o uso da tecnologia supercrítica, o que contribuiu para o desenvolvimento da bieconomia da região e de novos produtos pela ciência, tecnologia e engenharia de alimentos, com um grande retorno à sociedade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação da tecnologia supercrítica visando a valorização da casca do fruto do bacuri (Platonia insignis Mart.)(Universidade Federal do Pará, 2021-08-17) FREITAS, Lucas Cantão; CARVALHO JÚNIOR, Raul Nunes de; http://lattes.cnpq.br/5544305606838748; https://orcid.org/0000-0002-4433-6580O aproveitamento de subprodutos agroindustriais visando a sua agregação de valor tem gerado interesse da comunidade científica e do setor industrial. Em vista disso, esse trabalho faz uma abrangente abordagem do atual estado da arte em relação a utilização e aproveitamento de subprodutos agroindustriais, enfatizando a obtenção de produtos de alto valor agregado por meio da tecnologia supercrítica e outras tecnologias ambientalmente amigáveis. Além disso, os principais produtos gerados a partir do aproveitamento de subprodutos agroindustriais foram relatados e discutidos em termos de processo, viabilidade técnica e perspectivas futuras. Nesse contexto, trazendo para o cenário amazônico e colocando em prática o atual estado da arte, optou-se por aplicar a tecnologia supercrítica como ferramenta para a valorização do subproduto agroindustrial do fruto do bacuri, mais especificamente a sua casca, por ser a maior fração desse fruto, representando até 70% em massa. Assim, o trabalho teve como objetivo desenvolver um processo de separação e/ou minimização da resina que exsuda da casca do bacuri, uma vez que essa é a principal barreira para o aproveitamento tecnológico desse subproduto. Para isso, aplicou-se a extração consecutiva com fluido supercrítico, onde foram estudados os parâmetros de processo como tamanho de partícula, pressão e uso de cosolvente, além das etapas de pré-processamento. Os extratos obtidos foram analisados em termos de compostos fenólicos e atividade antioxidante (ABTS) por métodos espectrofotométricos. Os resultados mostraram que o processo foi capaz de separar a resina da casca do bacuri, sendo este o primeiro relato descrito na literatura. Além disso, o menor tamanho médio de partícula estudado (0,25 mm) exibiu o impacto mais proeminente na taxa de extração, proporcionando bons rendimentos de extratos lipídicos (até 10,09 ± 0,02%) e extratos etanóicos (até 13,78 ± 0,41%). Os extratos obtidos apresentaram elevados teores de compostos fenólicos, o que foi associado à sua alta atividade antioxidante. Assim, a aplicação da tecnologia supercrítica agregou valor à casca do bacuri, possibilitando novas vertentes para aproveitamento industrial desse subproduto com potencial aplicação na indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética, incentivando a economia circular e a bioeconomia da região Amazônica.Tese Acesso aberto (Open Access) Aplicação tecnológica da gelatina de peixe em microencapsulação e filmes biodegradáveis(Universidade Federal do Pará, 2018-12-23) SILVA, Natácia da Silva e; LOURENÇO, Lúcia de Fátima Henriques; http://lattes.cnpq.br/7365554949786769As indústrias de beneficiamento de pescado geram uma grande quantidade de materiais poluentes, como peles, da qual pode ser obtida gelatina para a elaboração de diversos produtos. Diante disto, o objetivo desta tese foi extrair gelatina da pele de pescada amarela (Cynoscion acoupa) e utilizar na microencapsulação de óleo de peixe por spray-drying e produção de filmes biodegradáveis com adição de óleos. O primeiro artigo consistiu na microencapsulação do óleo de peixe, na qual foram elaboradas quatro formulações com diferentes concentrações de goma arábica e gelatina da pele de pescada amarela como material de parede e óleo de peixe como recheio. Os resultados mostraram excelente eficiência de encapsulação da gelatina de peixe, acima de 94%, sendo possível substituir totalmente a goma arábica por gelatina de peixe no processo de microencapsulação. No segundo artigo foi proposto determinar por meio de um planejamento fatorial completo 23, as condições ótimas de processo para o desenvolvimento de um filme biodegradável, de gelatina de peixe com adição de óleo de buriti e caracterizá-lo em relação as suas especificidades físicas, mecânicas e antioxidantes. As condições de otimização do processo foram 2,3% de gelatina de peixe, 30% de óleo de buriti e 13,18% de plastificante. Este estudo mostrou que a gelatina de peixe e óleo de buriti são fontes promissoras para o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis, podendo reduzir o impacto ambiental provocado pelos resíduos da indústria de pesca e plásticos derivados do petróleo. O terceiro artigo, teve como objetivo desenvolver materiais de embalagens ativas adicionadas de óleos essenciais e fixos e selecionar a melhor embalagem utilizando a inteligência computacional. A adição de óleo proporcionou maior elasticidade e espessura, não modificando a permeabilidade ao vapor de água. Os filmes apresentaram boas propriedades antioxidantes e antimicrobiana, sendo capaz de inibir S. aureus e E. coli. O filme adicionado de óleo de cravo, foi considerado o melhor, por meio da inteligência artificial utilizando o algoritmo dos K-vizinhos mais próximos (KNN) e o óleo de dendê pode ser um potencial para utilização em embalagens ativas em decorrência de suas excelentes propriedades e baixo custo. Com os resultados apresentados pode-se concluir que a produção de filmes biodegradáveis de gelatina de peixe e óleo de cravo, orégano, buriti e dendê, são alternativas promissoras, podendo reduzir o impacto ambiental provocado pelos resíduos da indústria de pesca e plásticos derivados do polietileno e polipropileno.Tese Acesso aberto (Open Access) Aproveitamento sustentável dos resíduos de pescado para obtenção de revestimentos/filmes, aplicação na conservação pós-colheita de goiabas (psidium guajava l.), estudo da estabilidade e funcionalidade desses filmes(Universidade Federal do Pará, 2021-03-01) PEREIRA, Glauce Vasconcelos da Silva; Calado, Verônica; LOURENÇO, Lúcia de Fátima Henriques; http://lattes.cnpq.br/7365554949786769No presente estudo foi utilizado revestimento a base de proteínas miofibrilares (PML), amido de milho (AM) e goma arábica (GA) para verificar o comportamento reológico e sua influência no prolongamento da vida útil de goiabas ‘cortibel’. Posteriormente, foi avaliado o efeito da mistura PML/glicerol 10% (Gli) – revestimento A, e PML/Gli/GA nas concentrações de 30 e 40 % (p/p) de Gli, denominados de revestimentos B e C, respectivamente, na qualidade da goiaba ‘paloma’. Para caracterização tecnológica, foram avaliadas as propriedades funcionais e o comportamento de sorção de umidade dos filmes à base de PML e Gli nas concentrações de5, 10, 15, 30 e 40 %. Após a seleção do melhor comportamento dos filmes à base de PML, foram analisadas as interações entre PML e GA nas diferentes proporções (10,0:0,0; 9,5:0,5; 9,0:1,0; 8,5:1,5; 8,0:2,0 e 7,5:2,5), denominadas de E1, E2, E3, E4, E5 e E6, respectivamente. Dentre os revestimentos analisados (PM; AM; GA), o AM apresentou maior viscosidade (p ≤ 0,05), seguida da PML e GA, caracterizando dispersões muito viscosas, viscosas e muito diluídas, respectivamente. A perda de massa e firmeza dos frutos revestidos com PML e AM apresentaram menores (p ≤ 0,05) percentuais nos dias avaliados. O revestimento C (1%PML/40%Gli/1%GA) retardou a taxa de amadurecimento (p ≤ 0,05) dos frutos revestidos. No processo de sorção, filmes obtiveram curvas do tipo II (5 % glicerol) e III (10 a 40 % glicerol), em que elevadas concentrações de Gli acarretou no aumento do teor de água dos mesmos e a diminuição da histerese até o seu desaparecimento. O filme de mistura E4 (8,5%PML/1,5%GA/40%Gli), apresentou maior compatibilidade e integração na estrutura, com baixa permeabilidade ao vapor de água, propriedade requerida para uma embalagem de alimentos. Conclui-se que a aplicação de revestimentos apresentou contribuição positiva ao retardar o processo de maturação e aumentou a vida comercial de goiabas de variedades ‘cortibel’ e ‘paloma’. Filmes de PML de peixe com baixa adição de glicerol pode ser processados industrialmente e utilizado para proteger alimentos, pois apresentaram baixa higroscopicidade. A incorporação da GA nos filmes de mistura (PML/Gli/GA) apresentou efeito importante nas propriedades tecnológicas, devido a interação com as proteínas miofibrilares e o glicerol.Tese Acesso aberto (Open Access) Arrabidaea chica(Humb. & Bonpl.) Verlot: Identificação de compostos bioativos e avaliação do potencial antioxidante por métodois químicos (in vitro)(Universidade Federal do Pará, 2022-04-28) SIQUEIRA, Francília Campos de; CHISTÉ, Renan Campos; http://lattes.cnpq.br/0583058299891937; LOPES, Alessandra Santos; http://lattes.cnpq.br/8156697119235191Arrabidaea chica é uma planta medicinal da família Bignoniaceae, que ocorre na Américatropical e é amplamente distribuída na Amazônia brasileira. Esta planta pode ser vista comouma fonte promissora de compostos bioativos, como compostos fenólicos e carotenóides, quesão metabólitos secundários da planta que podem ser usados para retardar o dano oxidativoem sistemas alimentares e biológicos. Neste estudo, a composição de carotenóides ecompostos fenólicos das folhas de A. chica foi identificada e quantificada por HPLC-DAD-MS/MS, além do teor de ácido ascórbico. Os principais compostos fenólicos identificadosforam a escutelarina e a escutelareína (aglicona); enquanto luteína, β-caroteno e α-carotenoforam os principais carotenóides. Em relação à capacidade antioxidante in vitro, o extratohidrometanólico das folhas de A. chica foi caracterizado como um eficiente sequestrante deradicais ABTS, além de proteger o triptofano contra a oxidação por oxigênio singleto deforma concentração-dependente (IC 50 = 177 μg/mL). Esses resultados estimularam o próximoestudo a investigar ainda mais o potencial antioxidante de extratos de A. chica, obtidos porextração assistida por ultrassom, usando solventes “verdes”, contra espécies reativas deoxigênio (ROS) e nitrogênio (RNS) de relevância fisiológica e alimentar. A capacidadeantioxidante de três extratos de folhas de A. chica obtidos com solventes de diferentespolaridades (água, etanol e etanol/água (1:1, v/v) foram testados contra o radical ânionsuperóxido (O 2 •- ), o peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ), o ácido hipocloroso (HOCl), o radicalperoxinitrito (ONOO − ), o oxigênio singleto 1 O 2 e radical peroxil (ROO•). O extrato de A. chicapreparado com etanol/água apresentou os maiores teores fenólicos (11,80 mg/g de extrato),sendo a scutelareína (flavona) o composto majoritário (57%), enquanto o etanol e a águasozinhos foram menos eficientes, resultando em alterações no perfil individual de compostosfenólicos, destacado pela ausência de escutelareína e pelos altos teores de ácidos fenólicos. Todos os extratos foram capazes de eliminar os ROS/RNS testados de forma concentração-dependente com baixos valores de IC 50 , sendo o extrato obtido com etanol/água o mais eficazpara todos os ROS/RNS (IC 50 de 0,34 a 35,66 μg/mL). Em relação à capacidade antioxidantecontra ROO•, todos os extratos apresentaram o mesmo comportamento antioxidante, comeficiência de eliminação cerca de cinco vezes maior que o Trolox. Portanto, as folhas de A.chica provaram ser uma fonte promissora de compostos bioativos com altas propriedadesantioxidantes para serem utilizadas como antioxidantes naturais para inibir danos oxidativosem sistemas alimentícios e fisiológicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação do potencial nutricional e tecnológico da pupunha albina (Bactris Gasipaes)(Universidade Federal do Pará, 2022-04-01) SOARES, Stephanie Dias; SANTOS, Orquídea Vasconcelos dos; http://lattes.cnpq.br/9446483074995655; PENA, Rosinelson da Silva; http://lattes.cnpq.br/3452623210043423Dentre as espécies frutíferas da Amazônia, destaca-se a pupunheira (Bactris gasipaes), com suas diferentes variedades quanto às características da polpa e casca, tamanho e formato, além de um importante valor nutricional. A hibridização natural promoveu diversas plantas e a origem de uma palmeira com variedade de fruto albina (casca e polpa brancas). Embora existam frutos com exocarpo amarelo e mesocarpo branco, ainda não há relato na literatura científica sobre pupunha albina. Assim, esta pesquisa caracterizou a polpa e a farinha de polpa de pupunha albina crua e cozida. Foram avaliados os macros e micronutrientes, compostos bioativos, cor instrumental, estabilidade termogravimétrica e diferencial, parâmetros espectrais, estruturas morfológicas e propriedades funcionais e tecnológicas. Na avaliação biométrica foram observados frutos partenocárpicos (sem sementes) e frutos com sementes; ambos constituídos maioritariamente por polpa (77%). Os frutos da pupunha albina foram classificados como variedade microcarpa. A composição mostrou que carboidratos e água foram os principais constituintes de todas as amostras. O processo de cozimento aumentou o teor de umidade da polpa, mas diminuiu seus teores de proteínas, lipídios e carboidratos. Os parâmetros colorimétricos indicaram um escurecimento significativo e a intensificação da coloração amarela da polpa após o cozimento. O teor de compostos bioativos variou entre as amostras, sendo observada redução nos teores de compostos fenólicos totais e ácido ascórbico na polpa após o cozimento. As quatro amostras apresentaram perda máxima de massa a 300ºC, com diferentes comportamentos termogravimétricos, de acordo com os processos de cozimento e secagem. Os padrões espectrais na região do infravermelho, para as polpas e farinhas, mostraram bandas características de compostos orgânicos, especialmente hidroxila OH, que estão presentes na estrutura dos amidos. A microscopia eletrônica de varredura mostrou amiloplastos e feixes de fibras com amido na polpa crua e grânulos de amido gelatinizado na polpa cozida e na farinha desta polpa. A farinha de polpa crua apresentou grânulos de amido pequenos e heterogêneos, com amiloplasto isolado, atribuído às operações de secagem e moagem. As duas farinhas apresentaram distribuições granulométricas diferentes, mas a maior proporção de ambas as farinhas foi retida em uma peneira de 250 mesh. Os valores do índice de solubilidade foram estatisticamente diferentes (p < 0,05) para ambas as farinhas de polpa crua e cozida indicando que os processos de cozimento e secagem aumentam o número de constituintes solúveis nos produtos. Os índices de absorção de água e óleo para ambas as farinhas foram significativamente diferentes (p ≤ 0,05). Os resultados indicam que a polpa e a farinha da polpa da pupunheira albina são matérias-primas importantes para o consumo após o cozimento e a serem exploradas pelas indústrias alimentícia, farmacêutica e biotecnológica.Tese Acesso aberto (Open Access) Caracterização da gordura da amêndoa da gordura de cupuaçu (Theobroma grandiflorum S.) obtida por extração aquosa enzimática(Universidade Federal do Pará, 2022-09-02) SILVA, Danylla Cássia Sousa; SILVA, Luiza Helena Meller da; http://lattes.cnpq.br/2311121099883170; https://orcid.org/0000-0002-6002-9425A extração aquosa enzimática é considerada uma técnica verde emergente que vem sendo amplamente pesquisada. Neste trabalho, foram utilizados as enzimas celulase, pectinase e protease no processo de extração aquosa da gordura de cupuaçu, visando obter maior rendimento de extração. Foram testados diferentes sistemas de incubação, à temperatura de 60°C e avaliada a cinética de extração (2 a 8 horas). As amostras que obtiveram maiores eficiências de extração de gordura foram analisadas: fase aquosa, quanto aos teores de compostos fenólicos e atividades antioxidantes e fase oleosa (gorduras) caracterizada quanto às propriedades físico-químicas, perfil de ácidos graxos, estabilidade oxidativa, comportamento térmico e compostos bioativos. A fase aquosa demonstrou maiores concentrações de compostos fenólicos e atividades antioxidantes quando comparado à fase oleosa. As amostras de gordura apresentaram teores aproximados de ácidos graxos monoinsaturados e saturados com maiores concentrações de oleico e esteárico, boa estabilidade oxidativa (cerca de 14 h) e térmica (próximo de 406 oC) e o melhor resultado de rendimento (80,86 %) foi alcançado com a enzima protease no tempo de 6 horas de incubação. Os resultados indicaram que as gorduras de cupuaçu obtidas por extração aquosa enzimática apresentam potencial para utilização nos setores alimentícios, farmacêuticos e cosméticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização de óleos e gorduras vegetais amazônicas: utilização de modelo para predizer viscosidade(Universidade Federal do Pará, 2022-06-03) FREITAS, Joice Silva de; SILVA, Luiza Helena Meller da; http://lattes.cnpq.br/2311121099883170; https://orcid.org/0000-0002-6002-9425A floresta amazônica é rica em espécies de plantas oleaginosas, as quais apresentam frutos que são atrativos devido ao seu potencial econômico e propriedades biológicas. Os óleos provenientes das matrizes oleaginosas apresentam composição única com propriedades físico- químicas e nutracêuticas que despertam atenção como fonte de ácidos graxos. O modelo preditivo baseia-se na utilização de equações matemáticas que são mais abrangentes e menos limitados do que os modelos lineares ou polinomiais simples, e conseguem predizer determinada propriedade usando um ou mais parâmetros físico-químicos. Deste modo, este trabalho teve como objetivo utilizar modelo preditivo para calcular a viscosidade dos óleos (açaí, bacaba, tucumã) e gorduras (cupuaçu, bacuri e tucumã) amazônicas. As amostras foram caracterizadas físico-quimicamente quanto ao índice de acidez, densidade, estabilidade oxidativa, peróxido, ponto de fusão, índice de iodo, índice de saponificação, composição em ácidos graxos, composição em triacilgliceróis, conteúdo de gordura sólida, índice de aterogeneidade e heterogeneidade. Foram utilizados dois modelos preditivos para obter os valores das viscosidades dos óleos e gorduras, o modelo utilizando o perfil da fração mássica dos ácidos graxos poliinsaturados e monoinsaturadas e o modelo utilizando o índice de iodo e saponificação. Os resultados mostraram que os óleos (patauá, pracaxi, bacaba, açaí, tucumã) apresentaram elevados teores de ácidos graxos insaturados, com destaque ao ácido oleico, que apresentam uma boa estabilidade térmica, já as gorduras (cupuaçu, bacuri e tucumã) são compostas principalmente por ácidos graxos saturados. A estabilidade oxidativa mostrou que na temperatura de 110 °C o óleo de pracaxi e a gordura de cupuaçu apresentaram os maiores valores, já o óleo de bacaba apresentou valor inferior, esse baixo valor da estabilidade indica que essa amostra esteja mais propicia à oxidação. O óleo de pracaxi apresentou maior valor para a razão entre os ácidos graxos hipocolesterolêmicos e hipercolesterolêmicos (HH), indicando que é mais adequado nutricionalmente. Os estudos para a predição da viscosidade dos óleos e gorduras amazônicos propostos neste trabalho, poderão contribuir para a simplificação da avaliação das propriedades físico-químicas de importantes matérias-primas oleaginosas regionais sobre as quais inexistem estudos, mas com crescente interesse industrial em diferentes áreas, além da área de alimentos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização do amido de pupunha albina (Bactris gasipaes Kunth)(Universidade Federal do Pará, 2024-02-07) ROSÁRIO, Rosely Carvalho do; PIRES, Márlia Barbosa; http://lattes.cnpq.br/0635360297333947; https://orcid.org/0000-0002-8237-1045; SANTOS, Orquídea Vasconcelos dos; http://lattes.cnpq.br/9446483074995655; https://orcid.org/0000-0001-5423-1945Uma nova variedade de fruto de pupunheira da região amazônica produz frutos albinos possivelmente resultantes de sucessivas hibridizações que provocam diferenças consideráveis de cor e composição, exibi um alto conteúdo energético para o carboidrato e um teor de amido que merece ser investigado. Portanto, o objetivo deste estudo foi caracterizar o amido de pupunha albina (APA), analisando sua composição nutricional, morfológica, bem como suas propriedades funcionais tecnológicas, térmicas e de pasta. As metodologias aplicadas seguiram orientações internacionalmente aceitas e recomendadas. O amido de pupunha albina por isolamento aquoso resultou em um rendimento de 67,91%, e um pó branco levemente amarelado, com qualidade dentro do preconizado pela legislação nacional vigente, com teor de umidade em 8,64%. O isolamento deste amido proporcionou características físico-químicas eficazes na conservação (aw= 0,255, pH= 5,75) e uma boa qualidade (cinzas = 0,12g/100g, proteínas = 0,80g/100g, lipídios = 1,0g/100g e teor total de amido = 89,01 g/100g). O APA possui grânulos de pequeno tamanho com cristalino tipo A e valor regular de cristalinidade (24,40%) confirmando o alto conteúdo de amilopectina (86,70%) e baixo teor de amilose (13,30%), sendo classificado como amido com baixo teor de amilose. Os grânulos de APA foram mais resistentes e menos suscetíveis à quebra com aquecimento prolongado e o aumento de temperatura. As características tecnológicas e funcionais do amido de pupunha albina apresentaram elevada temperatura de gelatinização (93,1°C), valores baixos de viscosidades máxima (921,33 cP) e final (1014 cP), valor de capacidade de absorção de água e óleo (2,19 e 1,79 g/g) equivalentes, uma boa capacidade gelificante e pouca perda de água na refrigeração e congelamento do gel. Concluiu-se que o aproveitamento do fruto da pupunha albina para isolar amido apontou em seus resultados potencialmente aplicáveis às indústrias alimentícia, têxtil, farmacêutica e cosmética, além de promover a valorização local dos alimentos e pequenas comunidades agrícolas amazônicas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização dos sistemas de produção de leite quanto à qualidade higiênico-sanitária produzidos na agricultura familiar no nordeste paraense.(Universidade Federal do Pará, 2018-03-29) OLIVEIRA, Priscila Santos da Conceição; LIMA, Consuelo Lúcia Sousa de; http://lattes.cnpq.br/2971385954203459O leite é um dos produtos agropecuários mais consumidos e comercializados no Brasil. Produto este que tem características nutricionais excelentes para proliferação microbiana, favorecendo a redução na qualidade dos derivados lácteos produzidos. Além desse destaque produtivo, o leite está atrelado a agricultura familiar, o qual possui baixa produtiva decorrente das práticas de higiene inadequadas ou inexistentes. O presente estudo buscou caracterizar o sistema de produção, social e econômico de 20 produtores familiares do Nordeste Paraense. Além, de avaliar a influência das boas práticas de higiene na ordenha sobre a qualidade microbiológica e físico-química do leite in natura, afim de promover melhora na qualidade do leite, gerando impacto positivo nas 20 propriedades através da adequação a instrução normativa 62 do MAPA, 2011. Avaliações foram realizadas com base em um check-list e um questionário socioeconômico semiestruturado, afim de avaliar possíveis pontos de não conformidade nas propriedades e para caracterizar as principais técnicas de manejo. Foram realizadas análises microbiológicas e físico-químicas no leite cru antes e depois do treinamento em boas práticas, totalizando 40 amostras. Afim de comprovar a influência das boas práticas sobre a qualidade do leite.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cinética de secagem do camarão-da-amazônia (macrobrachium amazonicum) por refractance window(Universidade Federal do Pará, 2023-10-19) ROSA, Matheus Yury de Oliveira; RODRIGUES, Antonio Manoel da Cruz; http://lattes.cnpq.br/7524720020580309Na região amazônica, os camarões de água doce estão distribuídos por toda a extensão das subbacias hidrográficas. O Macrobrachium amazonicum, conhecido popularmente como Camarão-da-Amazônia, é a espécie com a maior produção na região e apresenta o maior potencial para a pesca e para a aquicultura. A captura e a comercialização é uma das principais e/ou única fonte(s) de renda para diversas famílias, sobretudo as ribeirinhas, em virtude do destino final dessa produção, com o escoamento em portos do Pará e do Amapá. Embora o camarão seja conhecido por seu alto valor nutricional, essa característica pode ser afetada quando esse alimento não passa por um método de conservação adequado ao prolongamento da sua vida útil. Dada a importância desse alimento, é necessária a busca por novas tecnologias, como o uso do etanol no pré-tratamento de alimentos – que tem a capacidade de agir na dissolução das membranas celulares, alterar a estrutura da amostra a ser desidratada, melhorar a transferência de umidade e reduzir o tempo da secagem, quando atrelado a secagem por Refractance Window (RW), método que é conhecido, na literatura, como uma inovação tecnológica, tendo em vista as suas vantagens, quais sejam: retem compostos bioativos; preserva a qualidade e o aumento da vida útil do produto; possui eficiência energética; depende de um menor custo operacional; e é ambientalmente viável. O objetivo desta dissertação foi avaliar o desempenho do método de secagem por RW associado ao pré-tratamento com etanol assistido por agitação mecânica e ultrassom no processo de desidratação de uma matriz de origem animal (Camarão-da-Amazônia – Macrobrachium amazonicum). Simultaneamente, buscou-se determinar parâmetros de transferência de massa e as propriedades termodinâmicas que controlam o processo de secagem. As amostras (abdômen descascado) foram pré-tratadas com etanol 100% (1:18) em agitação mecânica (PTAG) e em ultrassom (PTUS), por 10 minutos, além da amostra sem o pré-tratamento (SPT). Logo, as amostras passaram pelo processo de secagem em RW sob as temperaturas de 50, 70 e 90ºC. Os parâmetros dos modelos matemáticos de Dincer & Dost, de Crank e de Motta Lima e Massarani foram estimados por meio do Software Origin 2023. As análises foram realizadas em duplicata com a utilização da análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey a 5% de probabilidade. Além disso, a qualidade do ajuste, para os dados experimentais da cinética de secagem (CS), foi estimada pelo coeficiente de variação (R²) e pelo Chi-quadrado (X²). Após a obtenção dos dados, a determinação de umidade apontou que, com a temperatura de 90ºC, as amostras PTAG (12,93 ± 0,16%) e PTUS (11,86 ± 1,59%) apresentaram os menores teores de umidade final. Por meio da ANOVA, os resultados mostram que as amostras ASPT e PTUS apresentaram diferença significativa, por outro lado, a amostra PTAG não apresentou diferença significativa (p<0,05) entre as temperaturas. Acerca da modelagem matemática da CS, o modelo de Motta Lima e Massarani foi o que apresentou o melhor ajuste aos dados experimentais, com R² ≥ 0,98 e valores reduzidos de X² para todas as temperaturas. As propriedades termodinâmicas foram calculadas a partir dos dados obtidos pelo modelo de Dincer & Dost, tais como: Energia de ativação (Ea) com variação entre o intervalo de 42,97 – 30,37 kJ/mol; valores de entalpia (ΔH) positivos, que houve necessidade de energia na forma de calor para a ocorrência da secagem; e a entropia (ΔS) com valores negativos, que indica que o processo ocorreu sem o aumento, significativo, da desordem no sistema. Evidenciou-se que a combinação de pré-tratamento com etanol assistida por AG e US, atrelada à secagem por RW, reduziu notavelmente o tempo necessário para a secagem do Camarão-da-Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Composição química, potencial antioxidante e antimicrobiano (in vitro) de extratos de geoprópolis de abelhas sem ferrão da Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2024-08-22) SILVA, Jonilson de Melo e; OLIVEIRA, Johnatt Allan Rocha de; http://lattes.cnpq.br/4620766111243038; MARTINS, Luiza Helena da Silva; http://lattes.cnpq.br/1164249317889517; https://orcid.org/0000-0003-1911-4502A região amazônica apresenta um crescente desenvolvimento da meliponicultura, a atividade de criação racional de abelhas sem ferrão. No entanto, um importante produto dessa atividade, a geoprópolis (material elaborado a partir de substâncias resinosas coletadas das plantas, às quais as abelhas adicionam secreções salivares, cera, pólen e terra), ainda possui pouco valor no mercado devido à falta de informações sobre sua composição química e atividades biológicas. O objetivo deste trabalho é estudar a geoprópolis das abelhas sem ferrão uruçu amarela (Melipona flavolineata), uruçu boca de renda (Melipona seminigra pernigra) e uruçu cinzenta (Melipona fasciculata), provenientes da cidade de Terra Alta, localizada no nordeste do estado do Pará, relativamente a sua composição química e mineral, determinação dos compostos bioativos, avaliação das propriedades antioxidantes, antimicrobianas e determinação do perfil cromatográfico (compostos voláteis) dos extratos etanólicos de geoprópolis obtidos por agitação e sonicação. Os extratos da condição ótima apresentaram teores de compostos fenólicos totais significativos, variando de 5491,1 ± 446,33 a 13019,19 ± 186,56 mg EAG/100 g, assim como também o teor de e flavonoides totais que ficou entre 190,31 ± 2,61 e 2498,02 ± 78,24 mg QE/100 g. Em relação a atividade antioxidante, a amostra com melhor desempenho foi a de uruçu amarela, que apresentou resultados de 1537,66 ± 19,52 μmol trolox eq./g, 1773,56 ± 6,52 μmol trolox eq./g e 7074,41 ± 215,73 μmol sulfato ferroso eq./g, nos respectivos ensaios de DPPH, ABTS e FRAP. As amostras provenientes da uruçu boca de renda e uruçu cinzenta apresentaram ação antimicrobiana, com concentração inibitória mínima igual a 0,5 e 2 mg/mL, respectivamente. A análise de compostos voláteis demonstrou perfis químicos distintos entre as amostras, uma vez que apenas 3 dos compostos identificados (menos de 4% do total) foram comuns em todas as amostras analisadas, sugerindo que as geoprópolis das três espécies são elaboradas a partir de diferentes fontes de resina, apesar das colmeias estarem localizadas no mesmo ambiente. A presente pesquisa de caráter exploratório contribui com informações importantes para o conhecimento das atividades exibidas pela geoprópolis produzida na região amazônica, auxiliando na progressão de estudos das abelhas sem ferrão.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Definição de condições ótimas para o processo de secagem em spray dryer da polpa de buriti (Mauritia flexuosa L.)(Universidade Federal do Pará, 2022-02-09) CRUZ, Tatyane Myllena Souza da; MEDEIROS, Heloisa Helena Berredo Reis de; http://lattes.cnpq.br/9067574515452039; https://orcid.org/0000-0002-5234-840X; PENA, Rosinelson da Silva; http://lattes.cnpq.br/3452623210043423O buriti (Mauritia flexuosa) é um fruto nativo da Amazônia, conhecido por seu potencial funcional, atribuído a elevada concentração de carotenoides. O processo de secagem em spray dryer, por sua vez, pode transformar soluções, suspensões ou pastas em pequenas gotículas, que ao entrarem em contato com o ar quente produzem pós com características, que favorecem a preservação do produto, além de facilitar o armazenamento e o transporte. Assim, o objetivo deste trabalho foi definir condições ótimas para o processo de secagem da polpa do buriti, em spray dryer, visando obter um produto em pó, com características desejáveis. Para tal, um delineamento composto central rotacional (DCCR) foi utilizado para determinar a influência das variáveis: temperatura do ar de secagem (130 – 190 °C), vazão de alimentação (7 – 17 mL/min) e concentração do agente carreador (20 – 60%), sobre as propriedades do produto: umidade, atividade de água (aw), higroscopicidade, teor de carotenoides totais, índice de solubilidade em água (ISA) e o parâmetro de cor instrumental b* (parâmetro da cor característica do fruto). Para assegurar a estabilidade da emulsão na suspensão, a lecitina de soja foi adicionada em todas as formulações, na quantidade de 5% em relação à matéria seca da amostra. Por meio da metodologia de superfície de resposta (MSR) e da função desejabilidade foram definidas como condições ótimas para o processo de secagem da polpa do buriti; no domínio experimental: uma concentração de goma arábica de 60%, vazão de alimentação de 17 mL/min e temperatura do ar de secagem de 190 ºC. Nessas condições, o pó obtido apresentou as seguintes características: 0,62 g/100 g de umidade, aw de 0,16, higroscopicidade de 18,79 g/100 g, teor de carotenoides de 60,92 µg/g, ISA de 80,26% e um valor de 31,32 para parâmetro de cromaticidade b*.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento de bebida fermentada análoga a kombucha, à base de inflorescências de jambu (acmella oleracea), e monitoramento de compostos bioativos(Universidade Federal do Pará, 2023-12-19) BARROS, Vinícius Costa; BOTELHO, Vanessa Albres; http://lattes.cnpq.br/0992385832433182; CHISTÉ, Renan Campos; http://lattes.cnpq.br/0583058299891937; https://orcid.org/0000-0002-4549-3297A kombucha é um produto fermentado que está em crescente expansão em relação ao seu consumo e no avanço de suas pesquisas devido as alegações de seus benefícios correlacionados a saúde, provenientes de seus compostos gerados na fermentação. Sendo assim, a seguinte pesquisa visou corroborar com esses avanços ao elaborar um análogo ao fermentado utilizando o jambu (Acmella oleracea) como substrato. Foram desenvolvidas três formulações da bebida fermentada, em que na primeira etapa, foram monitorados durante 7 dias os valores de pH, acidez total, sólidos solúveis totais, açúcares totais e redutores, capacidade antioxidante, além dos compostos fenólicos e flavonoides. Após o produto pronto, foi monitorados os mesmos parâmetros da primeira fermentação, adicionados de acidez volátil, fixa, densidade, perfil de compostos fenólicos, análises microbiológicas e sensoriais. Os produtos elaborados apresentaram o padrão regulamentado para kombuchas, de acordo com a IN 41 do MAPA, e os produtos foram microbiologicamente seguros, sendo a formulação contendo 75% de jambu a de maior preferência sensorial e potencial de compra. De maneira geral, durante a primeira etapa da fermentação, a formulação contendo 50% de jambu apresentou os melhores resultados para compostos fenólicos, flavonoides e capacidade antioxidante, sendo necessário novos estudos mais aprofundados sobre a estabilidade desses compostos para serem disponíveis nos produtos prontos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento e avaliação de método rápido de análise semiquantitativa de cianeto total em derivados de mandioca(Universidade Federal do Pará, 2018-03-23) CARDOSO, Tricia Noronha; ABREU, Laura Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/9379947446021216; https://orcid.org/0000-0001-7286-4789; CARVALHO, Ana Vania; http://lattes.cnpq.br/7856575452724939Devido à mandioca ser uma matéria-prima rica em compostos cianogênicos, e por questões de segurança, torna-se necessário o conhecimento dos teores residuais de cianeto nos produtos finais de farinha, tucupi e maniva, visto que quando ingerido, pode causar intoxicação e desenvolvimento de doenças crônicas. Este estudo teve como objetivo propor um método rápido de análise semiquantitativa de cianeto total (kit) em derivados de mandioca. Foram realizadas determinações de cianeto total em raízes e folhas de mandioca e seus respectivos produtos derivados (farinha seca, tucupi e maniva), para avaliar a faixa de trabalho a ser proposta para o kit. Os componentes do kit foram desenvolvidos com base em metodologia espectrofotométrica amplamente utilizada em pesquisas com mandioca. Foi estabelecido o tempo de armazenamento dos componentes do kit desenvolvido e sua validação a partir das figuras de mérito linearidade, repetibilidade, faixa de trabalho e limite de detecção. A concentração de cianeto total nos derivados de mandioca apresentou comportamento distinto entre as amostras, indicando a predominância de compostos cianogênicos não glicosídicos e resíduos de linamarina. Uma forma adequada de enzima desidratada e parcialmente purificada foi obtida a partir de precipitação de extrato de entrecasca de mandioca com solvente etanol. O kit desenvolvido contém frascos conta-gotas com soluções tampão e alcalina, reagente de cor e enzima em papel de filtro, armazenada em embalagem laminada multicamada, que também configura como o recipiente de reação. Este formato foi capaz de apresentar respostas visualmente diferenciadas de cor, para as faixas de concentração de cianeto total presentes em amostras de tucupi, farinha e maniva. O estudo de estabilidade indicou que o kit deve ser armazenado sob refrigeração e utilizado no período máximo de 30 dias para análise de tucupi. Porém há a necessidade de ajustes para a análise de farinha e maniva. O kit apresentou linearidade entre 1,03 e 3,97 µg de HCN por embalagem de reação com coeficiente de correlação de 0,9898; faixa de trabalho entre 5 e 100 ppm; desvio padrão relativo menor que 3 %; limite de detecção de 5 ppm e índice de recuperação entre 88 e 94%.Tese Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento e caracterização de filmes de gelatina de peixe com carboximetilcelulose, álcool polivinílico e adição de nanopartículas de prata(Universidade Federal do Pará, 2023-08-11) FERNANDES, Gleyca de Jesus Costa; LOURENÇO, Lúcia de Fátima Henriques; http://lattes.cnpq.br/7365554949786769; https://orcid.org/0000-0001-5009-8235O objetivo geral da presente tese foi “Desenvolver e caracterizar filmes biodegradáveis de gelatina de peixe combinada com carboximetilcelulose e álcool polivinílico, adicionados com nanopartículas de prata” e está estruturada em três capítulos. O primeiro capítulo apresenta um artigo de revisão que serve de suporte teórico à pesquisa realizada, que tem como título “Blendas poliméricas biodegradáveis de gelatina de peixe, carboximetilcelulose e álcool polivinílico utilizadas como embalagens ativas: Uma revisão”. Este manuscrito fornece uma visão geral sobre as principais características e deficiências relacionadas à aplicação da gelatina de peixe em filmes biodegradáveis. Apresenta informações que relatam a produção de filmes a partir da combinação de biopolímeros como boa estratégia para superar suas limitações, destaca a carboximetilcelulose e o álcool polivinílico como polímeros interessantes para formar filmes mistos com a gelatina com propriedades melhoradas e considera a possibilidade de incorporar compostos ativos, particularmente nanopartículas de prata, à essas matrizes poliméricas com o intuito de conferir propriedade antimicrobiana aos filmes e estender a vida útil dos alimentos embalados. O segundo capítulo corresponde ao artigo já publicado intitulado “Efeito de álcool polivinílico e carboximetilcelulose nas propriedades tecnológicas de filmes de gelatina de peixe”. Nesse estudo foram produzidos filmes biodegradáveis misturando gelatina/carboximetilcelulose (FG/CMC) e gelatina/álcool polivinílico (FG/PVOH) nas proporções 90/10, 80/20 e 70/30 com concentração total de 3% (m/v) de solução e 10% (m /m polímeros) de plastificante, e foi avaliado o efeito da adição desses polímeros no desempenho de filmes de gelatina de peixe. Os resultados mostraram que a mistura de gelatina com CMC e PVOH melhorou a resistência mecânica, capacidade de barreira ao vapor de água e a solubilidade dos filmes. A concentração máxima de CMC promoveu a maior resistência à tração, enquanto o maior teor de PVOH produziu filme com menor solubilidade. Os filmes FG/PVOH foram mais flexíveis e resistentes à água, porém apresentaram menor resistência mecânica e térmica comparado ao FG/CMC. Os sistemas de mistura propostos mostraram-se adequados para melhorar as propriedades dos filmes de gelatina de peixe. O capítulo três apresenta o artigo “Otimização do processo de obtenção de filme nanocompósito biodegradável a base de gelatina de peixe e carboximeticelulose reforçado com nanopartículas de prata”. O objetivo foi desenvolver um filme nanocompósito biodegradável a partir de gelatina de peixe (FG), carboximetilcelulose (CMC) e nanopartículas de prata (NpAg). A formulaçãofoi otimizada utilizando metodologia de superfície de resposta para estabelecer os melhores níveis de FG (2–4%), CMC (0,5–1%) e NpAg (0,005–0,01%) a fim de se obter um filme nanocompósito (FG/CMC-NpAg) com melhores propriedades mecânicas e de barreira. A otimização foi feita com base nas respostas a permeabilidade ao vapor de água (PVA), resistência à tração (RT) e alongamento (E). As condições otimizadas foram: 3% de FG, 0,54% de CMC e 0,011% de NpAg. Foram analisadas as propriedades mecânicas, PVA, solubilidade, propriedades óticas e transmissão de luz dos filmes otimizado e controle. O filme FG/CMC-NpAg otimizado apresentou menor alongamento e transparência, mas por outro lado demonstrou maior resistência à tração e à água, além de propriedades de barreira melhoradas em relação ao vapor de água e à luz ultravioleta, quando comparados ao filme controle. No geral, os resultados indicaram que o filme nanocompósito biodegradável desenvolvido neste estudo pode ser adequado para utilização como material de embalagem.
