Teses em História (Doutorado) - PPHIST/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6869
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2010 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em História (Doutorado) - PPHIST/IFCH por CNPq "CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DO BRASIL::HISTORIA REGIONAL DO BRASIL"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Os castanhais do sudeste do Pará: cotidianos e discursos (1930-1964)(Universidade Federal do Pará, 2018-07-11) CARNEIRO, Aldair José Dias; PETIT PEÑARROCHA, Pere; ARENZ, Karl Heinz; http://lattes.cnpq.br/4213810951901055O objetivo central desta pesquisa é mostrar que os fatores políticos foram determinantes na formação da estrutura econômica dos castanhais do sudeste do Pará, e que o seu desenvolvimento se deu conforme as ideologias e os engajamentos partidários de três lideranças, a saber: Deodoro Machado de Mendonça, Joaquim de Magalhães Cardoso Barata e Nagib Mutran. Com eles, os castanhais do sudeste paraense foram regulamentados, e o período de maior intervenção partidária na região foi registrado entre 1930 e 1964. Destacamos, inicialmente, a regulamentação empregada aos castanhais em 1930, pelo então interventor paraense Magalhães Barata, atitude que contrariou as pretensões patrimonialistas de governos anteriores, representados por Deodoro de Mendonça. Neste momento, nasceram às disputas políticas que determinaram à dinâmica de funcionamento dos castanhais da região, caracterizadas pelo baratismo e o antibaratismo. Essa rivalidade em âmbito estadual foi adequada aos castanhais do sudeste paraense pelo líder local, Nagib Mutran. Assim, a disputa política em torno dos castanhais permaneceu até 1951, quando Barata foi derrotado nas eleições para governador do Pará. A partir de então, os projetos federais para a valorização econômica da Amazônia, iniciados em 1952, aceleraram as apropriações de terras no sudeste do Estado, o que gerou o enfraquecimento da economia extrativista e a derrocada econômica dos castanhais da região em início de 1960. Porém, os castanhais do sudeste paraense não se resumiram aos discursos e aos projetos econômicos, paralelo a eles, no interior dos castanhais, haviam os castanheiros locais com suas ações cotidianas peculiares ao espaço da floresta. Por ser a economia da castanha uma atividade sazonal, esses habitantes dos castanhais se acostumaram a realizar outras ações que, por sua vez, passaram a fazer parte do dia-a-dia na floresta. Os habitantes dos castanhais, não eram apenas castanheiros, eram também agricultores, caçadores, pescadores e devotos. Essas atividades, por serem todas elas importantes e rotineiras, orientavam os habitantes dos castanhais a regularem suas ações cotidianas munidos de certa autonomia, não sempre condizentes com as decisões políticas.Tese Acesso aberto (Open Access) A paisagem como espólio: Arthur Frazão e o Grupo do Utinga (1940-1960)(Universidade Federal do Pará, 2018-04-19) MEIRA, Maria Angélica Almeida de; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231O presente trabalho se propõe a examinar o processo de constituição / atuação dos pintores do Grupo do Utinga e o papel por eles desempenhado no cenário cultural de Belém, nos anos 40 e 50 do século passado. Determinante na condução deste processo, o pintor Arthur Frazão assume posição central nesta discussão. Além de documentos oficiais do Governo do Estado do Pará, jornais e revistas de circulação nacional publicados no século XX, os arquivos privados dos artistas Arthur Frazão e Ruy Meira constituem-se como fontes primárias para esta pesquisa. A arte, a identidade e narrativa visual na Amazônia também serão observadas a partir das obras deste grupo de artistas.Tese Acesso aberto (Open Access) Percepção visual da cidade: iconografias da natureza urbana de Belém (1808 – 1908)(Universidade Federal do Pará, 2015-01-07) PEREIRA, Rosa Claudia Cerqueira; KOSSOY, Boris; http://lattes.cnpq.br/0725242773358250; SARGES, Maria de Nazaré dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2076421409418420Este estudo propõe uma análise das iconografias urbanas de Belém, produzidas no decorrer do século XIX e início do XX. A tese tem por objetivo, então, analisar a representação da natureza em Belém, especificamente nos anos de 1808 a 1908. O compromisso inicial desse estudo se concentrou em pesquisar os diversos tipos de iconografias sobre Belém no decorrer dos Oitocentos. As questões que se procurou evidenciar tratam sobre a forma como os viajantes apreenderam a cidade, em sua passagem por Belém, tanto sob o ponto de vista narrativo quanto o visual, até os anos de 1890. A partir de então, também identificar como os governantes promoveram a cidade para além da região Amazônica. Observa-se que a natureza brasileira passou a ser representada, a partir do século XIX, por meio de linguagem escrita e iconográfica, isto graças à influência do cientificismo e da sensibilidade artística romântica, que perpassaram pelo conhecimento do país. A sensibilidade romântica realizou a aproximação entre ciência e estética ao apreender e representar a natureza, numa visão totalizante, inaugurando uma nova concepção de paisagem e a tentativa de “inventar” e visualizar uma natureza urbana, a qual é tema principal desse estudo; representa o fenômeno da urbanização que foi registrado, especialmente, por meio da fotografia. Nesse tipo de fotografias, a natureza aparece domesticada, adaptada ao desenho urbano, sua forma artificiosa e geométrica é valorizada. A fotografia urbana do final do século XIX reintroduz o “belo ideal” nas imagens da natureza ordenada segundo o modelo dos jardins franceses, ingleses e italianos. Parto do pressuposto de que a contemplação da natureza é adaptada para a realidade da região Amazônica, embora estivessem presentes modelos provenientes da Europa, mas encontram as suas especificidades a partir de uma natureza exuberante da Amazônia A percepção de natureza na Amazônia da segunda metade do século XIX e a influência de novas formas de conceber a natureza foram projetadas para as cidades na reformulação dos espaços para constituir a área verde, especialmente de Belém. Pensar historicamente a representação da natureza é refletir sobre a sua apropriação pela ação humana ao mesmo tempo em que diferentes indivíduos e grupos sociais circularam e deixaram suas marcas específicas nos lugares construídos a partir de uma natureza domesticada na paisagem urbana.Tese Acesso aberto (Open Access) “A ruína do Maranhão”: a construção do discurso antijesuítico na Amazônia portuguesa (1705-1759)(Universidade Federal do Pará, 2018-08-30) CARVALHO, Roberta Lobão; ARENZ, Karl Heinz; http://lattes.cnpq.br/4213810951901055O antijesuitismo é um movimento histórico considerado tão antigo quanto a própria Companhia de Jesus, uma vez que praticamente nasceu com a Ordem. Nesta tese estudamos o discurso antijesuítico amazônico construído durante a primeira metade do século XVIII por um dos mais acérrimos inimigos que os jesuítas conheceram, Paulo da Silva Nunes. Esse agente autointitulava-se Procurador dos Povos do Maranhão e empreendeu uma campanha contra os jesuítas na colônia por mais de dezesseis anos e, na Corte, entre os anos de 1724 e 1742, escrevendo documentos em que não apenas elencava denúncias contra a Companhia de Jesus mas apresentava um projeto político para impedir a total “ruína do Maranhão”. No entanto, não compreendemos esse movimento como um fenômeno local, mas como parte integrante e importante de um movimento global, uma vez que defendemos a tese de que o antijesuitismo cunhado na primeira metade do século XVIII na Amazônia colonial por Paulo da Silva Nunes influenciou de maneira determinante as ações, políticas e discursos antijesuíticos da campanha empreendida por Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, na Corte, na Europa e na colônia durante a segunda metade daquele mesmo século, culminando na expulsão da Ordem de todas as terras da Coroa portuguesa em 1759 e na sua extinção total em 1773.Tese Acesso aberto (Open Access) Todos os caminhos partem de Roma: arte italiana e romanização entre o império e a república em Belém do Pará (1867-1892)(Universidade Federal do Pará, 2015-12-18) RODRIGUES, Silvio Ferreira; FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; http://lattes.cnpq.br/4671233730699231Esta tese parte da análise da grande reforma na decoração da Catedral da Sé de Belém do Pará, entre os anos de 1867 e 1892, sob o bispado de Dom Antônio de Macedo Costa, para discutir a forte relação com a política cultural ultramontana e romanizadora gestada pela Cúria Romana e destinada a se propagar pelo mundo em resposta à secularização da sociedade. Se o catolicismo observa o modelo centrado na cidade eterna, a decoração dos edifícios eclesiásticos se inspira nos seus mais famosos templos. Na segunda metade do século XIX, Roma desempenha o papel de capital universal da cristandade e das artes sacras. Inspirado no ambicioso programa iconográfico do pontífice Pio IX, o bispo adotará os temas sacros por ele definido. A mensagem era clara. Depurar o culto e as artes seria parte do amplo processo de reforma do clero e da cultura católica pelo mundo. Diante da perda de espaço na sociedade devido aos movimentos de secularização, a Cúria romana imprimiu um grande esforço para manter intacto o papel de única autoridade moral e religiosa. O efeito dessa política foi o posicionamento de Igreja e Estado em campos opostos. No Brasil, o clero ultramontano se defrontou com as autoridades civis e seculares. Em meio a isso, a Catedral de Belém apresentou um ciclo decorativo conectado com o projeto romanizador de Dom Macedo Costa. Em consequência, a Amazônia estreitou os laços com a cultura italiana, atualizando o ambiente artístico regional dentro de frutífero diálogo com os movimentos estéticos internacionais. Uma arte renovada se produziu, é verdade, mas a serviço da religião romanizada.Tese Acesso aberto (Open Access) O vírus e a cidade: rastros da gripe espanhola no cotidiano da cidade de Belém (1918)(Universidade Federal do Pará, 2018-05-25) ABREU JUNIOR, José Maria de Castro; SARGES, Maria de Nazaré dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2076421409418420Entre outubro e dezembro de 1918 a pandemia de gripe espanhola atingiu o município de Belém, além de morte e medo trouxe uma mudança na rotina da cidade. Através de jornais, relatórios oficiais, relatos de memorialistas e documentos médicos analisamos o cotidiano da capital paraense durante a passagem da Influenza; desde os momentos iniciais, quando o mal ainda não havia chegado, porém as noticias da doença do Rio de Janeiro ecoavam na capital; bem como a atuação do médico paraense Carlos Seidl, diretor geral de saúde pública, cargo equivalente hoje a ministro da saúde; o desembarque da doença em Belém defrontando-se com o frágil estado sanitário de uma cidade que se pretendia moderna, após o “ciclo” da borracha, porém guardava profundas assimetrias sociais; as ações do poder público diante do problema; as práticas culturais e religiosas estabelecidas naquele contexto, bem como as estratégias que a população desenvolveu para sua sobrevivência e enfrentamento da questão, não raro , tirando vantagens econômicas da situação ; as ações de caridade, por vezes com motivações ambíguas, mas que serviam para ressaltar duas cidades paralelas; as propostas de profilaxia e tratamento oferecidos pela medicina e as práticas de cura ditas populares; o debate médico gerado em torno de uma doença que parecia conhecida , mas se apresentava de uma forma diferente, exatamente em um momento no qual os médicos , recém organizados como classe, se percebiam como detentores de soluções para muitas questões sociais, inclusive epidemiológicas; a análise de alguns prontuários e livros de registro encontrados e as discrepâncias dos dados em torno da contagem de óbitos. Por fim, os reflexos após a passagem da epidemia também são observados, bem como seus possíveis desdobramentos no campo médico e no campo social.
