Teses em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Doutorado) - PPGDSTU/NAEA
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2297
O Doutorado Acadêmico em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pertence ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O Doutorado em Ciências – Desenvolvimento Socioambiental iniciou em 1994, absorvendo o debate crítico de ponta na época nos temas sobre desenvolvimento, planejamento e questões ambientais.
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Navegando Teses em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (Doutorado) - PPGDSTU/NAEA por CNPq "CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL::MANEJO FLORESTAL"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Floresta Nacional do Jamanxim: mecanismo de ordenamento territorial e de desenvolvimento sustentável(Universidade Federal do Pará, 2011) SILVA, Patrícia Guedes da; SANTANA, Antônio Cordeiro de; http://lattes.cnpq.br/2532279040491194; PONTE, Tereza Maria Ferreira Ximenes; http://lattes.cnpq.br/7038744359388670Constituiu objetivo desta tese, compreender os efeitos da criação da Unidade de Conservação de Uso Sustentável, Floresta Nacional (FLONA) do Jamanxim, localizada no município de Novo Progresso, Pará, como medida do governo federal para coibir o uso ilegal dos recursos naturais. Focalizou-se, especificamente, as mudanças ocorridas na paisagem e na vida dos residentes que habitam o interior desta unidade de conservação (UC), identificando e analisando as relações que eles estabelecem entre si, com a natureza e com o poder público, em suas várias esferas de governo, assim como as formas de ações coletivas em defesa de seus interesses. Na condução da pesquisa, fez-se a triangulação de metodologias, utilizando entrevistas estruturadas e observação de campo, cujos dados foram sistematizados e submetidos à técnica estatística Análise de Correspondência Simples e Múltipla. Submeteu se, ainda, dados secundários, como desmatamento (sistematizados pelo INPE) e crédito agrícola (sistematizados pelo Banco Central do Brasil - BACEN), à técnica Coeficiente de Correlação e Regressão Linear Simples para subsidiar a análise. A instituição da FLONA do Jamanxim transformou a dinâmica socioeconômica e ambiental da área delimitada e de seu entorno, ao regulamentar os limites e critérios para a exploração sustentável dos recursos naturais. Os resultados apontaram para a redução das atividades madeireiras, agropecuárias e de prestação de serviços, causando desemprego e migração de capitais para o garimpo e o comércio. Mostraram, também, correlação positiva entre desmatamento e crédito de custeio, no período de 2003 a 2010, no qual o custeio explicou 50% das variações nas taxas de desmatamento. As associações e sindicatos de trabalhadores e produtores rurais apareceram como os principais intermediadores nas negociações entre o Estado e a população local para a sustação e/ou redelimitação da UC e, principalmente, para a permanência desta no referido território. A análise dos dados demonstrou que a FLONA trouxe como benefício a redução das invasões e da grilagem de terras públicas. Entretanto, a indefinição a respeito da permanência ou não dos residentes no interior da UC traz incertezas acerca do futuro.Tese Acesso aberto (Open Access) Manejo Florestal Comunitário na Amazônia Brasileira: uma abordagem sobre manejo adaptativo e governança local dos recursos florestais em Reserva Extrativista(Universidade Federal do Pará, 2018) LIMA, César Augusto Tenório de; SCHMINK, Marianne; ALMEIDA, Oriana Trindade de; http://lattes.cnpq.br/0325909843645279O manejo florestal desenvolvido por comunidades na Amazônia tem praticamente 20 anos de existência e ainda é considerado inviável na maneira que é concebido atualmente, precisando serem rediscutidas suas diretrizes. As iniciativas que existem são subsidiadas pelo poder público ou organizações privadas, que determinam a intensidade de exploração em campo, baseadas em legislações voltadas para uma extração madeireira empresarial e contrárias aos princípios e costumes das comunidades locais. O trabalho tem o objetivo de analisar de forma integrada o manejo adaptativo e governança local, como as abordagens que podem fundamentar o manejo florestal comunitário na Amazônia brasileira. A pesquisa foi estruturada a partir do estudo de caso na RESEX Verde para Sempre, estado do Pará, buscando, na trajetória de cinco comunidades, estabelecer o manejo florestal conforme suas condições e necessidades, realizando o uso dos recursos madeireiros por meio de práticas tradicionais. A investigação ocorreu durante sete anos (2010-2016), utilizando um método com base na técnica observador-participante e ferramentas de diagnóstico da metodologia de desenvolvimento organizacional participativo para coleta de informações qualiquantitativas, complementadas por pesquisas bibliográficas e documentais, assim como entrevistas de profundidade. Para análise dos dados empíricos foi usado um quadro teórico-metodológico (framework) que atendeu esta pesquisa, sendo capaz de subsidiar futuras pesquisas, e um estudo de viabilidade econômica florestal para determinar se os planos de manejo obterão o sucesso desejado. Os resultados mostraram que as RESEX são florestas culturais, onde devem ser reconhecidos os modos de vida das famílias, suas histórias e tradições. Nessa lógica, os planos de manejo foram adaptados à realidade das comunidades, sendo viáveis economicamente, bem como a governança local foi considerado o arranjo mais adequado para fazer a gestão e uso dos bens florestais, sugerindo um sistema de cogovernança entre comunidades e Estado, que pode constituir um novo institucionalismo em áreas protegidas. Nesse contexto, há o surgimento dos “novos comuns”, caracterizados pelo protagonismo e autonomia nas tomadas de decisões e por uma rede de colaboração entre as comunidades que praticam o extrativismo, buscando nas ações coletivas garantir seus direitos humanos. O manejo florestal comunitário na Amazônia precisa urgentemente ser ressignificado, o que implica em uma mudança conceitual, capaz de corroborar com leis simplificadas e políticas públicas ajustadas aos povos da floresta.Tese Acesso aberto (Open Access) Regeneração florestal associada a tamanhos de clareiras: implicações para o manejo florestal sustentável(Universidade Federal do Pará, 2006-05-30) PINTO, Andréia Cristina Brito; AZEVEDO-RAMOS, Claudia; http://lattes.cnpq.br/1968630321407619A crença na capacidade de regeneração florestal é um dos principais sustentáculos da concepção de manejo madeireiro sustentável em longo prazo. O desempenho do processo regenerativo, por sua vez, depende da intensidade dos danos causados pela atividade madeireira, os quais podem ser reduzidos desde que se disponha de dados sistemáticos que orientem critérios adequados ao bom manejo florestal. O presente estudo, realizado em Paragominas, Pará, tem como objetivo avaliar como o tamanho das clareiras afeta a regeneração florestal. Para efetivar essa avaliação, foram monitorados elos do processo regenerativo (e. g., herbívoros vertebrados, chuva de sementes, fatores físicos) e/ou vários atributos diretos da regeneração (e. g., densidade, riqueza, crescimento, recrutamento, mortalidade de plantas) em dois sítios do referido município. Na Fazenda Rio Capim, com exploração recente, quinze clareiras com idade de 1,3 ano foram selecionadas em cerca de 300 ha de floresta explorada sob impacto reduzido e monitoradas durante 15 meses. As clareiras compreenderam três categorias de tamanho: 05 pequenas (30-100 m2), 05 médias (500-800 m2) e 05 grandes (> 1.500 m2). Na Fazenda Cauaxi, com exploração antiga, somente os atributos diretos da regeneração foram avaliados em doze clareiras com 8,5 anos de idade, sendo quatro de cada categoria de tamanho acima mencionada, exceto as clareiras grandes que foram menores (1.000-1.400 m2). A hipótese geral deste estudo é que o comportamento dos diversos fatores analisados favorecerá maior riqueza de espécies em regime de distúrbios intermediários, neste caso, em clareiras médias (sensu Connell, 1978). De modo geral, essa hipótese não foi corroborada. Na Fazenda Rio Capim (1,3 ano pós-exploração), apesar das clareiras grandes terem sido significativamente mais pobres em espécies do que todos os demais ambientes, as clareiras médias não foram aquelas que apresentaram maior riqueza. Dentre os tamanhos de clareiras analisados, as clareiras grandes foram as que mais se diferenciaram da condição controle (floresta fechada), apresentando maiores temperaturas, maior densidade e crescimento da regeneração e maior taxa de crescimento de cipós. Nas clareiras médias, os cipós e espécies pioneiras também cresceram significativamente mais rápido do que nas clareiras pequenas e floresta fechada. As clareiras pequenas foram mais semelhantes à floresta fechada, diferindo apenas por sua maior densidade de indivíduos de espécies pioneiras e maior taxa de crescimento da regeneração (exceto cipós). A chuva de sementes e o impacto de mamíferos herbívoros sobre a regeneração foram indiferentes ao tamanho das clareiras, mas mostraram-se dependentes de características pontuais, como presença de fontes alimentares para atrair fauna e fornecer sementes. As clareiras antigas (8,5 anos) da Fazenda Cauaxi não apresentaram nenhuma divergência significativa entre si nem com a amostra controle. Comparativamente com as clareiras jovens, as clareiras antigas denotaram menor densidade e maior riqueza relativa. Considerando-se todas as diferenças observadas entre os diferentes tamanhos de clareiras e floresta fechada e suas potenciais implicações sobre o processo regenerativo, recomenda-se que grandes clareiras sejam evitadas. As clareiras pequenas e médias reúnem mais atributos favoráveis à sustentabilidade do manejo madeireiro.
