Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6713
O Doutorado Acadêmico iniciou-se em 2012 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC por CNPq "CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::TEORIA E ANALISE LINGUISTICA"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Estudo do léxico da língua Apurinã uma proposta de macro e microestrura para o dicionário Apurinã(Universidade Federal do Pará, 2020-02-28) PADOVANI, Bruna Fernanda Soares de Lima; FACUNDES, Sidney da Silva; http://lattes.cnpq.br/9502308340482231; https://orcid.org/0000-0002-7460-8620Esta tese tem por objetivo descrever e analisar o léxico da língua Apurinã (Aruák), como subsídio para a elaboração de um dicionário geral bilíngue bidirecional Apurinã- Português/Português-Apurinã. Apurinã é uma etnia indígena e uma língua minoritária falada, principalmente, em comunidades espalhadas às margens de vários afluentes do rio Purus, no Sul do Estado do Amazonas. Este trabalho procurou articular objetivos acadêmicos e sociais, em que, de um lado, temos a descrição e a análise do sistema lexical da língua Apurinã e, do outro, a documentação abrangente dessa língua com o intuito de assegurar o seu registro escrito, auxiliando o povo Apurinã nas iniciativas de ensino-aprendizagem e alfabetização da sua língua nativa. Cabe ressaltar que, no caso de Apurinã e de outras línguas indígenas brasileiras, a importância deste último aspecto se avoluma, uma vez que as línguas indígenas se encontram em risco de extinção. Para tanto, esta tese foi organizada em dois volumes. O primeiro volume é composto por quatro partes que, por sua vez, são constituídas por sete capítulos. O segundo volume apresenta o dicionário Apurinã, produto desta tese. Na primeira parte do primeiro volume, intitulada Considerações Iniciais, apresentamos no primeiro capítulo algumas características gerais da língua, cultura, e território Apurinã, bem como o contexto da pesquisa; no segundo capítulo apresentamos os aportes teóricos necessários para a construção desse trabalho; no terceiro capítulo discutimos acerca da construção e organização do corpus utilizado nessa pesquisa. Na segunda parte, denominada Estrutura do Léxico do Apurinã, apresentamos no quarto capítulo uma visão geral dos aspectos fonético-fonológico do Apurinã, onde mostramos o quadro de vogais e consoantes da língua, pontuando as variações que ocorrem em alguns segmentos, discutimos ainda sobre as distintas propostas da ortografia da língua; no quinto capítulo focamos nas categorias lexicais abertas da língua Apurinã, iniciando pela descrição dos nomes, suas subcategorias, discutindo sobre os processos de inovação lexical, variação linguística e o fenômeno do duplo vocabulário; em seguida, tratamos dos verbos e suas subcategorias. No sexto capítulo, tratamos das categorias lexicais fechadas, são elas: pronomes, demonstrativos, palavras interrogativas, partículas e morfemas flutuantes, procuramos descrever suas principais características e funções, bem como a forma como elas foram registradas no material lexicográfico. Na terceira parte, Dicionário Apurinã, constituída apenas pelo sétimo capítulo, debatemos sobre o modo como o dicionário foi organizado e as decisões tomadas em relação à proposta de macro e microestrutura. A quarta parte desta tese, Considerações Finais, é composta pelas conclusões, onde fazemos um apanhado geral do trabalho e dos possíveis desdobramentos que podem ser explorados a partir do dicionário, como, por exemplo, uma versão eletrônica do dicionário, dicionários pedagógicos, glossários de campos específicos da cultura Apurinã e cartilhas temáticas; os apêndices que são formados por pequenos textos coletados exclusivamente para esta pesquisa e os questionários. Finalmente, no segundo volume apresenta-se a proposta do dicionário geral para língua Apurinã.Tese Acesso aberto (Open Access) Estudo geossociolinguístico do léxico do Portuguê falado em áreas indígenas de língua Tupi-guarani nos estados do Pará e do Maranhão Tomo I(Universidade Federal do Pará, 2018-08-27) COSTA, Eliane Oliveira da; MEJRI, Salah; RAZKY, Abdelhak; http://lattes.cnpq.br/8153913927369006Por muito tempo a Dialetologia caracterizou-se por sustentar a preocupação exclusivamente com o aspecto diatópico da variação linguística. No entanto, a configuração atual das sociedades modernas fez com que ela aceitasse a importância dos fatores sociolinguísticos e das relações de contato linguístico para a compreensão dos fenômenos linguísticos, passando, a partir desse momento, a considerar outras dimensões em que uma língua natural pode diversificar-se. A presente tese insere-se nessa perspectiva geossociolinguística e/ou pluridimensional e procurou investigar a variação lexical do português falado em áreas indígenas de língua Tupí-Guaraní nos estados do Pará e Maranhão à luz da Dialetologia Pluridimensional e Relacional proposta por Radtke e Thun (1999), Thun (1998, 2000, 2010, 2017), que conjuga a dimensão horizontal (diatópica) à dimensão vertical (diastrática) e dos estudos de Cardoso (2010), Cardoso e Mota (2016) Razky (1998, 2010), Elizaincín (2010), Calvet (2002), Romaine (1996), Chambers e Trudgill (1998), Trudgill (1999) e Berruto (2010). Foram investigadas quatro terras indígenas, a saber: Trocará (etnia Asuriní do Tocantins/PA), Nova Jacundá (etnia Guaraní Mbyá/PA), Sororó (etnia Suruí Aikewára/PA) e Cana Brava (etnia Guajajára/MA), que representam a dimensão diatópica deste estudo. Em cada uma dessas comunidades indígenas buscou-se entrevistar dez colaboradores, considerando-se as dimensões diageracional (5 a 10 anos – Faixa etária C, 18 a 37 anos – Faixa etária A, 47 a 75 anos – Faixa etária B), diagenérica (masculino e feminino) e diastrática (não escolarizados ou escolarizados até a 8ª série (9º ano) e escolarizados a partir do 1º ano do ensino médio). Além das dimensões supracitadas, foi considerada a dimensão dialingual (referente ao contato entre duas ou mais línguas numa comunidade linguística), que é amplamente contemplada pelas seguintes relações de contato linguístico: português/Asuriní do Tocantins, português/Guaraní Mbyá, português/Suruí Aikewára e português/Guajajára. A coleta de dados foi realizada in loco por meio da aplicação do Questionário Semântico-Lexical (QSL) do projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Além disso, observou-se a situação de bilinguismo nas comunidades investigadas, com o auxílio do Questionário Sociolinguístico (QS). Os resultados, de modo geral, mostram que o léxico do português falado nas terras indígenas analisadas reflete um contínuo, tanto na área indígena considerada quanto em relação a áreas não indígenas onde as comunidades étnicas estão localizadas. Quando ao bilinguismo, a dimensão diageracional (faixa etária B) é decisiva para a manutenção das línguas indígenas nas comunidades linguísticas investigadas.Tese Acesso aberto (Open Access) O governo da língua na cabanagem: (des)encontros coloniais na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2021-05-12) LAVAREDA, Welton Diego Carmim; NEVES, Ivânia dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2648132192179863A presente tese de doutoramento tem o objetivo geral de analisar como as diferentes estratégias de governamentalidade estabelecidas pelo dispositivo colonial, durante o período da Cabanagem, favoreceram a instauração de um patrimônio linguístico europeu na Amazônia mergulhado em uma série de conflitos, sobretudo, linguísticos. A partir de séries arquivistas catalogadas no Arquivo Público do Pará, nos Arquivos Públicos dos Municípios de Cametá-PA e de Vigia de Nazaré-PA, no Foreing Office (de Londres) e na obra “Motins Políticos ou história dos principais acontecimentos políticos na Província do Pará desde o ano de 1821 até 1835” (1970), esta pesquisa também propõe, especificamente, mapear as movências históricas e as práticas linguísticas vivenciadas à época da colonização (as quais serviram de base para as análises) e identificar quais tensões discursivas são legitimadas, pelo dispositivo colonial, para a manutenção de um governo da língua favorecedor de um movimento de gerenciamento linguístico europeu na Província Cabana completamente em chamas (1835-1840). Para o referencial teórico-metodológico, optamos por diálogos interdisciplinares que pudessem remeter à experiência histórica, adotando como base analítica principal a perspectiva arqueogenealógica dos estudos discursivos de Michel Foucault (1964; 2009; 2008, 2010a; 2010b; 2010c; 2011; 2016a; 2016b). Com o intuito de compreendermos o processo de lusitanização e as emergências históricas das políticas linguísticas relacionadas ao Período Colonial, recorremos à Rosa Virgínia Mattos e Silva (2004), Cristine Severo (2013; 2014; 2016) & Sinfree Makoni (2015) e a Bessa Freire (2011). Ao mobilizarmos a dimensão de necropolítica linguística e o conceito de língua na modernidade recente, seguimos como norteadores os estudos e a operacionalização conceitual que vem sendo desenvolvida pelo GEDAI-CNPq (LAVAREDA & NEVES, 2018; 2019; 2020; OLIVEIRA, 2018; NEVES-CORRÊA, 2018; LISBÔA, 2019). Ao assumirmos como referência a definição de colonialidade do poder advinda dos estudos decoloniais, impulsionada por Aníbal Quijano (1999; 2005), e adotarmos a constituição do idioma pelo viés modernidade e colonialidade como projetos mutuamente constitutivos (MIGNOLO, 2020; MARTÍN-BARBERO, 2009; 2014; WALSH, 2019), movimentamos as discussões sobre o dispositivo colonial propostas por Ivânia Neves (2009; 2015; 2020), a fim de pensar as tecnologias de poder ainda bastante atuantes nos processos de produção das subjetividades das sociedades amazônicas e dos discursos que circulam sobre elas. As pesquisas sobre o movimento cabano de Magda Ricci (2001; 2016) e os estudos sobre o negro nas lutas sociais e na composição étnica do Pará e sobre a Cabanagem, estes realizados por Vicente Salles (1992; 2005; 2015), do mesmo modo, compõem a arquitetura teórica global dos debates propostos. Ratifica-se, por fim, que a “invenção” de um governo da língua portuguesa no cenário cabano intensificou a transposição de gêneros discursivos variados para as condições de emergência dos povos ditos colonizados na Amazônia brasileira e, em um mesmo gesto, potencializou o surgimento de metacategorias que foram tomadas como discursos de verdade até a história do presente.Tese Acesso aberto (Open Access) A heterogeneidade linguístico-cultural em turmas de português língua estrangeira: o impacto na produção escrita(Universidade Federal do Pará, 2019-08-28) SALES, Hellen Margareth Pompeu de; CUNHA, José Carlos Chaves da; http://lattes.cnpq.br/3117544056791050Neste estudo, discutimos e analisamos textos escritos de estudantes oriundos de diversos países, participantes do Programa de Estudante Convênio Graduação (PEC G)1, do curso de Português para Estrangeiros, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que se submeteram ao exame que possibilita a obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe Bras), nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018. O objetivo é averiguar o impacto da heterogeneidade linguístico cultural do aluno e da turma no ensino aprendizagem da Produção Escrita (PE) em Português Língua Estrangeira (PLE). Trata se, sobretudo, de uma pesquisa ação apoiada no procedimento de biografia linguageira. A nossa base teórica está assentada em estudos sobre Plurilinguismo, Pluriculturalismo, Interculturalidade (ABDALLAH PRETCEILLE, 2003/2010; BLANCHET, 1998/2014; CONSELHO DA EUROPA, 2001/2010; COSTE, 2001; 2010...), Competências (CONSELHO DA EUROPA, 2001/2010; HYMES, 1984...), entre outros, associados ao Interacionismo Sociodiscursivo ISD (BRONCKART, 2003/2017; DOLZ, 2004/ 2016; SCHNEUWLY, 2004/2014; BULEA, 2010/2012...). Para constituir nossos dados realizamos oficinas de Produção Escrita (direcionadas ao público alvo) que nos renderam diversos textos escritos pelos aprendentes. São textos que chamamos de ―reais‖ (relato de experiência/biografia linguageira, borrões/rascunhos) ou de ―simulados‖2 (tarefas de produção escrita de gêneros textuais diversos). Todo esse material nos permitiu não apenas identificar a influência de línguas culturas nos textos escritos em português pelos aprendentes, como também verificar atitudes, comportamentos... que ora ajudavam, ora prejudicavam o processo de Produção escrita em Português. A análise de nossos dados: 1) indica que vários textos escritos pelos aprendentes apresentam ―desvios‖ que estudos, apenas sobre textualidade, não dão conta de explicar satisfatoriamente, pois têm relação com a história de aprendizagem, com a atitude que o aluno assumiu ao aprender português etc. Trata se de fenômenos que, muitas vezes, não são percebidos pelo professor (nem pelo aluno) em sala de aula, mas que impactam o processo de ensino aprendizagem; 2) confirma a necessidade de se aprofundar o estudo do impacto da heterogeneidade linguístico cultural dos alunos e da turma oriundo de suas culturas educativas, de suas trajetórias de aprendizagem de línguas culturas... para se entender melhor suas dificuldades de produção escrita em PLE e poder assim otimizar o processo de ensino aprendizagem.Tese Acesso aberto (Open Access) Investigando desvozeamento vocálico no português brasileiro (PB) : análise acústica e perceptual das vogais altas pretônicas(Universidade Federal do Pará, 2019-06-26) FAGUNDES, Giselda da Rocha; MEIRELES, Alexsandro Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/9913871449747690; CRUZ, Regina Célia Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3307472469778577O desvozeamento, segundo Gordon (1998), ocorre em praticamente todas as línguas do mundo por ele estudadas, incluindo o Português Brasileiro, sendo as vogais altas mais suscetíveis à ocorrência do fenômeno que Gordon também associa ao ambiente adjacente surdo e a atonicidade. Segundo Meneses (2012, 2016) o desvozeamento está relacionado à redução da magnitude do gesto vocálico, provocada pelo curto tempo de articulação, permitindo que haja sobreposição dos gestos consonantais sobre os vocálicos. Assim sendo, esta Tese de doutoramento investiga o fenômeno do desvozeamento das vogais altas pretônicas no português brasileiro (PB), tanto do ponto de vista acústico como do perceptual, por meio da aplicação da teoria da Fonologia Gestual, levando em consideração os contextos fonéticos que mais favorecem esse fenômeno. Para a análise acústica foram coletadas um total de 1.440 frases veículo. Já para a percepção foram coletados 8.208 dados referentes à identificação e gradiência que, entre outras conclusões, convergem com os resultados de Meneses (2012, 2016) e de Hasegawa (1999), ou seja, que as vogais desvozeadas ocorrem sem prejuízo da percepção dessas mesmas vogais, que, assim como o desvozeamento, varia de indivíduo para indivíduo; e Gordon (1998), pois os fatores articulatórios e aerodinâmicos, que induzem o desvozeamento, estão em conflito com os fatores perceptivos, que advogam contra o desvozeamento, uma vez que, perceptualmente, não há uma distinção clara entre vogal vozeada e desvozeada, mas uma gradiência entre os extremos.
