Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal
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Navegando Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal por Programas "Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ações antrópicas para o uso de analogias na experimentação investigativa em um Clube de Ciências(Universidade Federal do Pará, 2019-12-13) MONTEIRO, Joana Menezes Corrêa; MALHEIRO, João Manoel da Silva; http://lattes.cnpq.br/7502225344402729; https://orcid.org/0000-0002-2495-7806Esta pesquisa teve como objetivo analisar os tipos de Analogias manifestadas em uma atividade experimental investigativa sobre eletrostática, com um grupo de crianças do 6º ano do Ensino Fundamental, em um Clube de Ciências. Para isso, tivemos como base referencial sobre tipologias e Analogias Cognitivas de Conceitualização (ACC), Analogias de Processamento (ACP) e Analogias de Experiência (ACE) de acordo com Francisco Junior (2010); bem como, a Sequência de Ensino Investigativo em atividades experimentais (CARVALHO, 2013; MALHEIRO, 2016). Utilizou-se uma abordagem qualitativa com característica de pesquisa participante, tendo como local de investigação o Clube de Ciências “Prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz, os participantes foram 4 professores-monitores (PM1,..., PM4) e oito alunos (A1,..., A8). Utilizamos como instrumentos de constituição de dados, fotografias, gravação audiovisual e notas de diário de Campo, com posterior transcrição das falas dos sujeitos, considerando a Análise do Conteúdo (BARDIN, 2011). Os resultados apontam que é recorrente o uso de Analogias em atividade experimentais no Clube de Ciências, destacando-se manifestações iniciais de analogia já nos conhecimentos prévios dos alunos, o que permite levantamento de hipótese, problematizações e articulações práticas de aprendizagens. Na etapa 6 – escrevendo e desenhando, de SEI foi identificado maiores manifestações de entendimento conceitual sobre eletrostática. Nas etapas 2 e 3 que correspondem a resolução do problema, etapas 4 e 5 – Tomando consciência e Dando explicações causais, identificou a frequência das três tipologias ACC, ACP e ACE por parte dos alunos, já nos discursos dos professores-monitores o uso de ACC foi constante em ambas as etapas, portanto, concluímos que como recurso potencializador de aprendizagens a utilização da SEI para a construção do conhecimento pode gerar resultados significativos no processo de ensino e aprendizagem, com a valorização da utilização de Analogia no ensino de ciências ampliando seu uso dentro de aspectos antrópicos e investigativos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Acordo de pesca do Rio Caeté, Bragança, Pará: análise do processo de construção(Universidade Federal do Pará, 2024-03-25) TAVARES, Mayra Patrícia Corrêa; OLIVEIRA, Marcelo do Vale; http://lattes.cnpq.br/2841179890845657; https://orcid.org/0000-0001-6047-939X; BARBOZA, Roberta Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/9331256487699477; https://orcid.org/0000-0003-2367-553XEsta pesquisa foi desenvolvida no período de setembro de 2019 a fevereiro de 2023. A construção deste trabalho se deu por meio de levantamento bibliográfico acerca do tema: acordos de pesca na Amazônia, uso de recurso comum e território, além da observação direta, entrevistas semiestruturadas, emprego de técnicas participativas (árvore de problemas, mapeamento participativo, matriz histórica) e de análise dos dados coletados. Com base em demandas das próprias comunidades ribeirinhas do rio Caeté sobre pesca indevida no espaço estuarino e apreensão de material de pesca, observamos como o processo de implementação do acordo de pesca do rio Caeté iniciou-se, bem como, analisamos os vários conflitos que ocorriam entre os atores sociais no espaço do rio narrados pelos pescadores e comunitários. Com base em levantamento bibliográfico a região bragantina é a primeira a desenvolver um acordo de pesca na região litorânea do Caeté, nordeste paraense. O acordo de pesca do rio Caeté concentra-se em pelo menos 20 comunidades do médio rio Caeté, situado na planície costeira bragantina, nordeste do Pará. A pesquisa teve como objetivo compreender o processo de construção do acordo de pesca do médio rio Caeté em Bragança, Pará, analisando os tipos de conflitos que levaram as comunidades a se mobilizarem em busca de melhorais na prática da atividade da pesca. Por meio dos dados coletados constatamos que os conflitos dos grupos sociais locais com pescadores externos e órgãos estatais dificultaram o controle e a manutenção dos territórios pesqueiros na área estudada. Pescadores externos e pescadores locais introduziram práticas de pesca consideradas “indevidas” pelas comunidades, bem como pelos órgãos de fiscalização ambiental, acarretando desta forma diversos conflitos entre eles mesmos e com os órgãos municipais de fiscalização. Assim, foi possível inferir que as regras de manejo instituídas localmente pela secretaria municipal de aquicultura e pesca da cidade de Bragança (SEMAP) em conjunto com os pescadores apresentaram um caráter de efetivação na manutenção dos estoques pesqueiros. Porquanto, percebemos que o acordo é um instrumento de gestão participativa condicionando o acesso de modo responsável aos recursos naturais do espaço estuarino em que vivem as populações tradicionais do rio Caeté.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Agressão por morcegos em humanos em uma área de conservação na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2020-10-27) LIMA, Ana Paula de Lima e; FERNANDES, José Guilherme dos Santos; http://lattes.cnpq.br/7023812449790431; https://orcid.org/0000-0001-9946-4961; BEZERRA, Isis Abel; http://lattes.cnpq.br/3274919406647242Agressões por morcegos em humanos vêm sendo relatadas no município de Curuçá, precisamente no entorno e no interior da Reserva Extrativista Mãe Grande. Este trabalho tem por objetivo compreender a percepção espaço-temporal e a dinâmica das agressões por morcegos hematófagos em humanos em uma área de reserva extrativista na Amazônia. Como procedimento metodológico, foram coletadas referências documentais e em artigos. Também se realizou entrevistas orais com os atores sociais mais antigos e com indivíduos já agredidos das comunidades visitadas. Os indivíduos que confirmaram terem sido agredidos por morcegos foram georreferenciadas. Os mais acometidos são pescadores artesanais que vivem fixados com suas famílias ou permanecem por temporadas nas ilhas e praias para pescar caranguejo, peixe ou camarão. Em geral, os entrevistados não relacionam a alteração da paisagem com o aumento das agressões, mas destacam a redução de algumas espécies animais nesse ambiente. Porém, foi possível identificar localidades onde as agressões não ocorrem há pelo menos 10 anos associadas com a introdução da energia elétrica. Nas localidades onde não há energia elétrica, foram identificados indivíduos com agressões recentes. Na percepção dos pescadores, o alcoolismo é um fator importante para exposição desses indivíduos. É identificado a necessidade de um trabalho de cunho educacional para a população que é agredida, e o reconhecimento das políticas públicas para esses indivíduos que se tornam mais vulneráveis ao morcego.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise dos índices de qualidade de vida amazônicos por meio de indicadores sociais(Universidade Federal do Pará, 2023-12-27) FARIAS, Ana Paula Vilhena; SERUFFO, Marcos Cesar da Rocha; http://lattes.cnpq.br/3794198610723464; https://orcid.org/0000-0002-8106-0560; PIRES, Yomara Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5304797342599931; https://orcid.org/0000-0001-7724-6082O cenário amazônico se configura diverso onde os modos de vida, bem como a qualidade desta, estão diretamente relacionados com as interações ambientais e sociais. A partir da análise dos indicadores usados no Índice de Progresso Social da Amazônia e Pastoral da Criança e considerando o alto grau de subjetividade que compreende Qualidade de Vida seria possível desenvolver uma metodologia para mensurar esses índices voltados para o âmbito social Amazônico que abordam a qualidade de vida? Objetiva-se o entendimento de qualidade de vida dos municípios amazônicos através de indicadores que retratem desenvolvimentos baseados em performances sociais como Índice de Progresso Social da Amazônia e a Pastoral da Criança. A metodologia de análise de dados se dará de duas formas: primeiramente por meio do processo de Knowledge Discovery in Databases (KDD) oriundos dos dados da Pastoral da Criança e a segunda será a partir do Mapeamento Sistemático do Índice de Progresso Social (IPS) da Amazônia baseado na metodologia PICOC (P: população/pacientes; I: intervenção; C: comparação/controle; O: resultado; C: contexto). Foram realizados investigação e bancos de dados, revisão bibliográfica, estudo e seletiva de produções, caracterização, estudo e acompanhamento em campo e relatório comparativo entre esses. No que se refere aos resultados obtidos se nota que o IPS Amazônia, pouco abordou nos seus últimos relatórios no que diz respeito aos povos tradicionais que habitam a área correspondente bem como também no que se refere a periodicidade de suas publicações. A Pastoral da Criança, por outro lado, não tem atuação na área ambiental e exclui de seus acompanhamentos outros públicos que não sejam gestantes, bebês e crianças até os 6 anos de idade. Ressalta-se que ambas fontes de pesquisa e atuação de QV beneficiam, porém não suprem completamente as necessidades da região fornecendo embasamento para que possam nortear planejamentos e atuações de políticas públicas voltadas para a Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise espaço-temporal da Leishmaniose tegumentar americana em um circuito espacial de produção na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2022-08-31) NUNES, Mayara Mariana Costa; BEZERRA, Isis Abel; http://lattes.cnpq.br/3274919406647242As regiões Nordeste e Sudeste Paraenses concentram alta de incidência de casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA). Trata-se de uma enfermidade caracterizada como uma das principais doenças tropicais negligenciadas e que se constitui em um desafio para saúde pública, requerendo um grande esforço operativo, técnico e político, dado o caráter ambiental envolvido na epidemiologia da doença. Nesse cenário, compreender o comportamento secular da enfermidade, considerando as peculiaridades regionais pode ser de grande valia para o planejamento de ações futuras. Esse estudo se propôs a analisar a distribuição espaço-temporal da LTA em 12 municípios que integram um circuito de produção da doença nas mesorregiões Sudeste e Nordeste do estado do Pará. Para tanto, foi desenvolvido um estudo descritivo do tipo ecológico, de natureza quantitativa, realizado por meio de uma investigação retrospectiva de dados clínicos, espaciais e epidemiológicos da LTA, com base nos dados colhidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação nos anos de 2006 a 2020. No total, foram notificados 5.097 casos da doença durante o período do estudo. A incidência flutuou ao longo do período analisado, variando de 0,64/10.000 habitantes em 2006 a 11,5/10.000 hab em 2007, apresentando uma tendência estacionária. Os dados sociodemográficos revelaram que a doença acomete prioritariamente homens (83,6%) em sua fase mais produtiva (75,7%) e que a doença está relacionada com atividades de trabalho a campo (62,7%). A maioria dos casos era autóctone, mas foram relatados casos provenientes de dois países da América Latina e dois da África. As maiores incidências foram observadas no sudeste paraense e nos municípios do nordeste paraense que fazem divisa com Paragominas. A distribuição de casos pode estar relacionada às atividades de mineração que propiciaram desmatamento e migrações populacionais de outros municípios e estados, principalmente o estado do Maranhão, em busca de empregos, gerando um salto populacional. A importância da compreensão do processo de transmissão da LTA em nível local é uma questão fundamental para subsidiar as ações de vigilância e controle ambiental, e contribuir para o conhecimento da dinâmica e circulação do parasito entre os focos de uma mesma região de alta transmissão.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ancestralidade cultural no nordeste paraense: um olhar para Nova Timboteua-PA(Universidade Federal do Pará, 2024-09-05) SILVA, Marcia Souto da; LOPES, Paulo Roberto do Canto; http://lattes.cnpq.br/2039723060755142O processo de povoamento do município de Nova Timboteua, no estado do Pará remonta a quatro origens ancestrais, que são: os povos originários, os europeus, os afrodescendentes e os nordestinos, representando respectivamente, as antigas ocupações territoriais da região bragantina; o contato com os estrangeiros; a utilização de mão de obra escravizada, e por último, o grupo que viria a trabalhar na abertura da Estrada de Ferro Belém-Bragança. A carência de documentação escrita e de fontes bibliográficas que tratem da temática da origem de Nova Timboteua ocasiona um apagamento das relações sociais, culturais, econômicas, políticas e ambientais referentes a essas diversidades de ocupação. Dessa maneira, essa pesquisa instaura sua relevância acadêmica, que busca dar visibilidade aos diferentes grupos sociais e, ao mesmo tempo, estimula a elaboração de diretrizes para o inventário cultural de Nova Timboteua, referentes aos diversos bens patrimoniais de cunho material, imaterial e natural que ainda não foram devidamente apropriados pelas comunidades locais. Neste sentido, objetiva-se contribuir com a disseminação das heranças deixadas pela miscigenação na Região Bragantina do Pará, interpretando os aspectos culturais, históricos, sociais e econômicos que contribuíram para a expansão urbana da cidade. Os procedimentos metodológicos incluem pesquisa documental, bibliográfica e de campo. Os resultados sugerem que, embora não haja registro escrito de populações originárias ocupantes das terras de Timboteua (Nova e Velha), vestígios arqueológicos, tais como, terra preta arqueológica (TPA), lâminas de machados de rocha e artefatos cerâmicos, comprovam essa presença. O mapa de Curt Nimuendaju (1944) também é uma fonte iconográfica (linguística) a respeito dos grupos indígenas que povoavam a região. Outras referências das diversidades do patrimônio cultural são os instrumentos de pesca, a dança (carimbó), bem como os hábitos alimentares e os usos de plantas medicinais e de palmeiras de frutos comestíveis, que também reforçam isso. Existe ainda um elemento identitário importante para a cidade, que popularmente está relacionado à Festa do Mingau, realizada desde 1985, sendo reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará a partir de 2013.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Anemia ferropriva e o hábito alimentar das crianças ribeirinhas nas comunidades da Ilha do Combu, Pará(Universidade Federal do Pará, 2019-05-14) FREITAS, Rosilene Ilma Ribeiro de; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902O presente estudo almejou caracterizar a população infantil ribeirinha da Ilha do Combu, de Zero (0) a 12 anos de idade, quanto à ocorrência de anemia ferropriva, identificando a prevalência e a possível interferência dos hábitos alimentares das crianças nesta condição clínica. O estudo se desenvolveu em três etapas e foi caracterizado como qualitativo e quantitativo de natureza descritiva epidemiológica, realizado na Estratégia de Saúde da Familia (ESF) na Ilha do Combu com as comunidades igarapé Combu e igarapé Piriquitaquara no período de outubro de 2018 a fevereiro de 2019 e incluiu 153 crianças. Os critérios investigativos foram avaliados por três medidas antropométricas: peso, idade e estatura, utilizando-se a referência antropométrica do WHO/MS e diagnóstico da anemia que foi realizado em duas etapas: 1) coleta de hemoglobina de polpa digital, 2) por meio da determinação da concentração de hemoglobina e da concentração de ferro sérico e ferritina sérica. Foram consideradas crianças anêmicas aquelas que apresentaram concentração de hemoglobina conforme o consenso da Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde, RN*até 15dias (17.0 μg/L), 16 dias a 11 meses (9,5. a 14.1 μg/L); 1 a 2 anos (8.9 a 13.5μg/L); 3 a 9 anos (10 a 14.8μg/L); 10 a 12 anos (11.1 a 15.7 μg/L). Informações sobre anemia na gravidez da mãe, suplementação de ferro oral, uso de remédio caseiro para anemia, uso de medicamentos contendo ferro e práticas alimentares, também foram estudadas. A amostra abrangeu a faixa etária de 19 dias a 12 anos de idade, sendo que 4% dos lactentes tinham menos de 12 meses. A prevalência de anemia ferropriva encontrada neste estudo foi de 10%, sendo que a classificação da gravidade dos anêmicos ficou entre leve (Hb=9,5g/dl) e moderada (Hb=7,2g/dl), e nenhum caso de anemia grave (Hb < 7g/dl) nem muito grave (Hb <4g/dl). Ressalta-se que 44% das crianças avaliadas recebiam suplementação com sais de ferro no momento da pesquisa. Referente aos alimentos consumidos no café da manhã constatou-se que todos os grupos etários, com a predominância do grupo de 5 a 6 anos, consomem café/pão/leite, ou seja, com baixa biodisponibilidade em ferro, quanto ao almoço e jantar, constatou-se que o alimento mais consumido por 98% das crianças, é a bebida açaí, como alimento principal no almoço e jantar e também por algumas crianças em forma de mingau no café da manhã e no jantar. Há grande controvérsia na literatura quanto à biodisponibilidade de ferro havendo diferença de 8,1 mg/100g. Por fim, as crianças consomem ferro animal (ferro heme) no almoço (93%) e no jantar (74%), acompanhados de ferro vegetal (ferro não heme), no almoço (95%) e jantar (92%) ambos fundamentais para a formação do indivíduo, pois o ferro faz parte do transporte de oxigênio, produção de energia, metabolismo de substâncias externas, síntese imune, formação do sangue. O ferro vegetal necessita de acompanhamento de vitamina C (ácido ascórbico) para ser transportado para dentro da célula, porém, ambos são fundamentais para o equilíbrio orgânico. Conclui-se então, que a prevalência de anemia ferropriva nas crianças ribeirinhas do estudo, foi relativamente menor a perspectiva da pesquisa, provavelmente pelo fato das crianças terem acesso ao protocolo do Ministério da saúde com suplementação de ferro e adaptação orgânica ao hábito alimentar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Antropização e terreiro: a interdisciplinaridade dos saberes da umbanda e seus impactos no meio socioambiental(Universidade Federal do Pará, 2021-03-17) OLIVEIRA, Audineia Rodrigues de; AMARAL, Assunção José Pureza; http://lattes.cnpq.br/2950887958552733; PIRES, Yomara Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5304797342599931Segundo Xavier (2006), o conhecimento da presença civilizatória africana nos horizontes culturais das sociedades globais, pode ser feito através do estudo de seus complexos religiosos, dentre as demais formas de reconstrução das territorialidades afrodescendentes. No cenário de intolerância religiosa que vivemos hoje em nossa sociedade, é de suma importância trazer para a academia e a sociedade conhecimentos que possam combater tais práticas. Assim a afro-religiosidade Umbanda tornou-se objeto de estudo da nossa pesquisa, que foi realizada dentro de uma abordagem qualitativa interpretativa, fazendo uso de alguns instrumentos etnográficos como observação, coleta de narrativas orais e aplicação de questionários semiestruturados. Nos propomos a pesquisar o histórico genealógico do Terreiro de Umbanda Nanã Buruquê e o “Terreiro do Século XIX”, e suas interfaces com a antropização, pautados em uma ótica interdisciplinar, por acreditarmos ser este um elemento sociocultural de fundamental importância para a manutenção e visibilidade positiva para as práticas de Umbanda no município de Castanhal, Pará, Brasil. Partimos da seguinte problemática: Como acontece a antropização dentro dos terreiros de umbanda e quais os impactos dessa relação no meio sócio ambiental sob uma ótica interdisciplinar? O que gerou as seguintes hipóteses: se a antropização é considerada uma intervenção do homem sobre o meio, tanto ambiental, quanto social, existe algum tipo de antropização dentro dos terreiros de Umbanda, que já carrega dentro de sua gênese um cunho interdisciplinar por ser fruto do “sincretismo” com outras matrizes religiosas. O trabalho tem como objetivo geral identificar as relações de antropização dentro de dois terreiros de umbanda e seus possíveis impactos no meio socioambiental, sob uma perspectiva interdisciplinar. Fizemos aportes com Coelho (2001), Leff (2004), Bertrand (1971; 2007), Elissalde (2009), Bastide (1971), Durkheim (2006), Campelo (2003), Amaral (2014), dentre outros. A pesquisa revelou os seguintes dados: a relação de antropização dentro dos terreiros é pautada na oralidade, transmitindo valores afro- religiosos ambientais, de forma interdisciplinar baseado no modus operandi da rotina diária do terreiro, em que cada sujeito é responsável pela sua integração ao meio, tanto no que diz respeito à religiosidade, quanto ao meio ambiente. Os tipos de antropização encontrados nos terreiros foram ambiental, religiosa, mística e mitológica. Os impactos causados pela presença do terreiro no meio social da cidade são caracterizados no campo da prestação de serviços assistenciais, coletivos, comunitários e de solidariedade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Antropização entre a garantia e a negação do direito a educação do campo na Vila São Jorge do Jabuti(Universidade Federal do Pará, 2022-12-21) BERNARDO, Izabela do Nascimento; RAMOS, João Batista Santiago; http://lattes.cnpq.br/8078757512392983O presente trabalho objetiva compreender de que forma as práticas educativas produzidas por docentes, equipe técnica de gestão e coordenação impactam no movimento de ensinar, de aprender e na garantia de direitos dos sujeitos na Educação do Campo. Metodologicamente, a pesquisa desenvolveu-se a partir de uma abordagem qualitativa, tendo como técnicas de coleta de dados, a entrevista semiestruturada e análise documental. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo. O lócus da pesquisa é uma escola do campo, localizada na Vila de São Jorge, interior do município de Igarapé-Açu/PA. A investigação foi pautada no referencial teórico da educação do campo, especialmente em seus parâmetros legais. Os resultados dessa pesquisa demonstram que há indícios do desenvolvimento de uma educação do campo na escola estudada, tendo como base o conhecimento escolar aliado às vivências e saberes tradicionais. Em contrapartida, identificamos determinadas vias que comprometem as práticas pedagógicas desenvolvidas nesse espaço escolar, as quais estiveram relacionadas a problemas de infraestrutura tais como ambientes inadequados, materiais insuficientes e descontextualizados, e também a ausência de políticas públicas inclusivas, emancipadoras. No entanto, há um engajamento da escola em geral e dos educadores em particular para com a formação humana pautada na garantia de direitos no contexto da comunidade. Reafirmando que também se aprende com saberes, fazeres e conhecimentos produzidos pelos povos do campo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Antropização urbana frente aos elementos de cura de mulheres benzedeiras de Castanhal-Pará(Universidade Federal do Pará, 2021-04-06) SILVA, Gleibson do Nascimento; ROCHA, Carlos José Trindade da; http://lattes.cnpq.br/7815926450187234; https://orcid.org/0000-0001-5172-9182Esta pesquisa assumiu o propósito de investigar como as mulheres benzedeiras são afetadas em suas práticas com elementos de cura na cidade de Castanhal (PA). Neste sentido, abordase a localização geográfica, o perfil das mulheres benzedeiras no município de Castanhal e o saber-fazer, em meio à antropização urbana, os elementos de cura material e imaterial da benzeção e as suas adaptações e dificuldades nas práticas de cura. Para tanto, a investigação apresentou a abordagem qualitativa com procedimentos descritivo-exploratório e desenvolvida sob um olhar antrópico com o viés metodológico da etnometodologia. As técnicas utilizadas foram: observação participante, conversas informais, registros audiovisuais, caderno de campo e entrevistas narrativas com cinco mulheres benzedeiras. A análise dos dados identificou que as mulheres benzedeiras se localizam em duas zonas diferentes, quatro delas se localizam na Àrea da Cidade Compacta de Ocupação Prioritária (ACOP) e correspondem aos respectivos bairros: Novo Olinda (Dona Dedê), Caiçara (Dona Rosilda), Milagre (Dona Gertrudes), bairro São José (Dona Maria) e uma única habita a Zona Predominantemente Residencial (ZPR), correspondendo ao Conjunto Japiim (Dona Sabá). O perfil das benzedeiras compreende a faixa etária entre 62 e 94 anos, são, em sua maioria, viúvas e católicas, naturais do Pará, com média de atuação no trabalho de benzeção de 62 anos e que herdaram o dom do benzimento de mães, pais e/ou avós. O processo de antropização urbana é marcado pela industrialização, comércios e serviços, produzem diferentes modos de aquisição aos seus elementos de cura no ofício da benzeção, além de revelar angústias e anseios a elas, provocados pela escassez de tais elementos, com estreita relação de adaptação, o que as leva a realizarem suas práticas com os elementos cultivados em seus próprios quintais, frente ao contínuo crescimento urbano. Constatou-se que elas se organizam em microterritórios que estruturam uma rede urbana de reciprocidade e solidariedade o que promove trocas de valores e diálogo interpessoal. As mulheres benzedeiras de Castanhal tratam o seu dom como elemento intrínseco e legítimo e como dádiva do divino. Assim, as suas práticas apresentam uma artesania genuinamente amazônica de antropizações que vão sobrevivendo em face do inter-relacionamento do crescimento urbano e contínuo da cidade. A presença de benzeção se configura como ato de resistência proveniente de um passado rural que tensiona e flexibiliza os imaginários geográficos urbanos. Por meio de suas narrativas, percebe-se que a ação da antropização urbana sobre seus ofícios de cura acaba superando as dificuldades com adaptação a novos elementos em suas práticas. A valorização e reconhecimento do trabalho das mulheres benzedeiras de Castanhal é uma ação necessária para potencializar e manter a benzeção e o benzimento no município, além de constituir uma poderosa ferramenta de enfrentamento à crise da (des)humanização.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aquaponia: uma ferramenta didática de ensino no IFPA-Santarém, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2020-04-06) PAULA, Carla da Silva; SILVA, Luiz Rocha da; http://lattes.cnpq.br/0951402055398517; BARBOZA, Roberta Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/9331256487699477; https://orcid.org/0000-0003-2367-553XA aquaponia tem ganhado destaque como importante tecnologia sustentável agroalimentar, esse sistema incorpora ao mesmo tempo a produção de plantas e peixes numa relação simbiótica entre estes dois componentes e os microrganismos presentes no ambiente onde os nutrientes residuais do cultivo de peixes são modificados pelas bactérias em substâncias que podem ser absorvidos pelas plantas favorecendo o seu desenvolvimento. Assim, o uso da aquaponia durante as aulas incorpora o conhecimento de uma variedade de assuntos da biologia, física, matemática, agricultura, saneamento, engenharia, tecnologia e nutrição. Este trabalho teve como objetivo compreender como o uso de um sistema sustentável de aquaponia pode contribuir enquanto ferramenta de ensino nas práticas didáticas de docentes do IFPA – Campus Santarém. Para alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa usamos como metodologia um questionário semiestruturado com questões abertas e fechadas, análise das ementas das disciplinas, além de uma revisão bibliográfica sobre o assunto. O público alvo desta pesquisa foram nove docentes do IFPA-Campus Santarém que tiveram algumas de suas atividades teóricas ou práticas utilizando o sistema de aquaponia como ferramenta de ensino. A análise dos dados nos permitiu perceber que o uso da aquaponia proporciona aos professores uma dinâmica de ensino mais enriquecedora, capaz de unir prática e teoria de forma interdisciplinar, mesmo que esta ocorra de forma pouco intensa, os professores apontaram para a importância do uso de tecnologias sustentáveis na formação profissional, destacando o uso da aquaponia como aliada positiva no enriquecimento da formação dos alunos do ensino integrado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atendimento educacional especializado durante a pandemia da Covid-19 em escolas municipais de Castanhal(Universidade Federal do Pará, 2024-08-07) BATISTA, Claudia Alves; PIRES, Yomara Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5304797342599931; https://orcid.org/0000-0001-7724-6082A presente dissertação objetivou conhecer as práticas pedagógicas organizadas pelos professores do atendimento educacional especializado (AEE) aos estudantes com deficiência em escolas municipais de Castanhal – Pará durante as aulas emergenciais no período da pandemia da Covid-19 nos anos de 2020 e 2021. Os fundamentos metodológicos adotados seguem a abordagem qualitativa com base na pesquisa de campo. O levantamento e coleta de informações ocorreram no período de novembro a dezembro de 2022, sob a técnica da netnografia, por meio de entrevistas e questionários aplicados a nove professores do AEE de três escolas municipais distintas da rede de ensino de Castanhal – Pará nos anos letivos de 2020 e 2021. Os resultados encontrados, analisados sob a ótica da análise de conteúdo, mostram que durante as aulas emergenciais no período da pandemia da Covid-19, os professores do AEE encontraram muitos obstáculos para oferecer um ensino acessível e de qualidade aos estudantes com deficiência. A falta de acesso às tecnologias adequadas e à internet de qualidade foi um dos principais obstáculos enfrentados, tanto pelos professores do AEE quanto pelos professores das turmas comuns e demais profissionais. Por outro lado, muitos estudantes com deficiência também não possuíam os recursos necessários para acompanharem as aulas remotas, o que agravou ainda mais as desigualdades educacionais. O estudo evidenciou, ainda, que, mesmo diante da fragilidade e do pouco conhecimento pedagógico dos pais, a participação ativa e contínua deles foi um componente crucial e fortaleceu a rede de apoio durante as aulas emergenciais. Com isso, o estudo destacou a importância da colaboração entre professores da turma comum, professores do AEE, demais profissionais da educação especial e os pais para atender às necessidades dos estudantes com deficiência durante as aulas emergenciais nos anos de 2020 e 2021. Por fim, os desafios enfrentados pelos professores do AEE durante o ensino remoto evidenciam a necessidade de um investimento contínuo em formação profissional, infraestrutura tecnológica e desenvolvimento de políticas públicas que promovam a inclusão digital e educacional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação de usabilidade em sites de notícias a partir de grupos universitários(Universidade Federal do Pará, 2023-12-14) LIMA, Danilo Teixeira; SERUFFO, Marcos Cesar da Rocha; http://lattes.cnpq.br/3794198610723464; https://orcid.org/0000-0002-8106-0560O consumo de informações jornalísticas por meio da Internet no Brasil tem superado os meios tradicionais, tais como televisão, jornais/revistas impressos e rádio. Dessa forma, além da credibilidade das notícias, a usabilidade passa ser um aspecto fundamental para que os leitores possam ter uma interação satisfatória ao buscarem uma informação. No entanto, há poucos estudos sobre como sites de notícias podem ser projetados a fim de proporcionarem uma usabilidade de alta qualidade. Um dos principais desafios está associado a complexidade da avaliação de usabilidade, uma vez que os sites de notícias são acessados por perfis de usuários de diferentes localidades geográficas do país, com hábitos e costumes variados, considerando a fácil disseminação da informação no formato on-line. Assim, o objetivo deste trabalho investigativo foi analisar a usabilidade de sites de notícias a partir de usuários residentes em diferentes localidades geográficas do Brasil, a fim de identificar possíveis contrastes e similaridades nos resultados de avaliação. Esta investigação é classificada como um estudo de caso e possui uma abordagem quanti-qualitativa. A partir desses métodos foi realizado um estudo com grupos de estudantes universitários de duas instituições de ensino superior (IES), localizadas no norte e sul do Brasil, com o objetivo de avaliar a usabilidade na leitura dos sites de notícias G1, R7, Metrópoles, Uol Notícias e Terra, os cinco mais acessados deste país. Ao longo do estudo foram coletados: dados individuais dos usuários sobre experiência com tecnologias e consumo de notícias, a fim de compreender o público participante; dados gerados a partir da interação dos usuários com os sites investigados, por meio de uma ferramenta de captura multimodal; e satisfação dos usuários com os sites avaliados por meio do teste QUIS (Questionnaire for User Interaction Satisfaction), escolhido por sua validade, padronização e foco na satisfação do usuário. Os resultados indicaram que, apesar das diferenças geográficas, a localidade dos usuários teve pouca influência nas avaliações de usabilidade. A pesquisa destacou a importância de considerar fatores individuais ao projetar interfaces de notícias, indo além da localização geográfica. O estudo contribuiu apresentando uma nova percepção da usabilidade em sites de notícias, a partir da utilização de uma ferramenta de captura multimodal, bem como com a evolução das metodologias de pesquisa ao demonstrar a eficácia de métodos mais avançados para o contexto de avaliação de usabilidade em ambientes digitais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Brinquedo encostado: lockdown e antropização no Terreiro de Mina Nagô de Iansã e Xangô em São Miguel do Guamá-PA(Universidade Federal do Pará, 2022-06-10) FONSECA, Daniel Xavier da; LEAL, Luiz Augusto Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/7967678999713659Este trabalho consiste em um estudo sobre o Terreiro de Mina Nagô de Iansã e Xangô, liderado pela Ìyálòrìsá Margarida Sodré, na cidade de São Miguel do Guamá-PA. Tem como principal objetivo analisar o período da Pandemia do Covid-19 bem como o retorno das atividades públicas do Terreiro. A partir dos diálogos e observações construímos um panorama sobre as práticas culturais desenvolvida no Terreiro. No campo religioso, nossas investigações permitiram-nos identificar a constituição do culto Mina Nagô em São Miguel do Guamá e por meio das oferendas entregues aos orixás e caboclos, discutimos as relações humano-natureza assim como as interferências antrópicas no meio ambiente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caminhos de um Clube de Ciências na Amazônia em perspectiva decolonial: de suas origens a seus desdobramentos(Universidade Federal do Pará, 2021-09-09) CABRAL, Raimunda Ediane da Silva; RAMOS, João Batista Santiago; http://lattes.cnpq.br/8078757512392983; MALHEIRO, João Manoel da Silva; http://lattes.cnpq.br/7502225344402729; https://orcid.org/0000-0002-2495-7806Esta pesquisa apresenta um estudo que visa analisar se há presença da decolonialidade nas ações realizadas no Clube de Ciências Prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz, pluralizando as perspectivas do saber. A sua construção surgiu das reflexões da trajetória de vida pessoal e profissional da pesquisadora, que durante todo o caminho percorrido fez muitas ponderações acerca da Educação Matemática e de outras Ciências, de como elas são repassadas de geração em geração. Diante disso, com a finalidade de problematizar os processos de ensino e aprendizagem estabelecidos neste ambiente não formal de educação científica, aplicamos uma entrevista semiestruturada, através da plataforma Google Meet, na qual buscamos interpretar o processo de surgimento e funcionamento do Clube de Ciências, numa perspectiva da decolonialidade. Como instrumentos de composição de dados, utilizamos as vídeo gravações das entrevistas, e em seguida, a transcrição das falas dos participantes. A proposta metodológica da pesquisa consiste em uma abordagem qualitativa, na qual utilizamos análise de conteúdo para analisar os dados qualitativos e interpretação das informações. O ambiente da pesquisa é um espaço educacional diferenciado, que permite ao Professor-Monitor atuar de maneira distinta também. Os participantes da pesquisa foram o Professor-Coordenador, três ProfessoresMonitores e dois alunos, totalizando 06 (seis) sujeitos sociais. E no decorrer das análises, observamos nas falas dos participantes a pluralidades dos diálogos dos saberes presentes nas atividades desenvolvidas, o protagonismo dos alunos e Professores-Monitores durante a fundação e funcionamento do Clube e o envolvimento dos sujeitos no processo educacional. Concluiu-se que o Clube de Ciências Prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz mantém práticas decoloniais nas suas atividades pedagógicas, valorizando os conhecimentos prévios dos alunos, como também precisa melhorar nas questões que envolvem o meio social do aluno, compreendendo que são amarras que vão além da sala de aula e que precisam ser questionadas, ou seja, pensar a partir da realidade do outro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização do perfil epidemiológico da doença de Chagas aguda no estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2021-12-20) RAMOS, Eduardo Rabelo; CAVALCANTE, Gustavo Góes; http://lattes.cnpq.br/4614184899519791; https://orcid.org/0000-0003-0548-4801A doença de chagas foi descoberta em 1909, por Carlos Chagas ao observar amostras de sangue de uma criança sintomática, que havia entrado em contato com o vetor “barbeiro”, sendo que nessas amostras havia a presença do protozoário Trypanossoma cruzi. Essa enfermidade pode ser transmitida de diversas formas, no entanto as mais comuns são a vetorial e por via oral. Nesse cenário foi notificado na América Latina que aproximadamente 6 milhões de pessoas contraíram a doença, onde 14 mil pessoas morrem por ano acometidos de pela doença de Chagas; o estado do Pará tem um papel central nesse quantitativo de casos, pois entre os anos de 2010 e 2018 76,8% dos casos notificados no Brasil ocorreram nessa região. Este trabalho é de cunho quanti-qualitativo, apresentando os dados relacionados a doença de Chagas aguda (DCA) no estado do Pará entre os anos de 2008 à 2018. Utilizou-se os dados referente a ocorrência de DCA da plataforma do SINAN e o tratamento desses dados foi realizado pelo software Excel 2019 e Q-Gis v.3.16.6, para a elaboração de uma série histórica-temporal e um mapa de calor visando apresentar a situação do estado do Pará, além de verificar a relação da enfermidade com a variável Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ao analisar-se os resultados foi perceptível que a ocorrência dessa enfermidade no estado é diferente da média nacional (2048 casos notificados), pois o número de casos no Pará foi cem vezes maior que no restante do Brasil, com uma tendência crescente, e se dá principalmente pela via de transmissão oral (77,69% dos casos), podendo ser explicada pelo cultural consumo da polpa de açaí in natura. Outro resultado importante foi a relação inversamente proporcional entre a incidência da DCA e o IDH dos munícipios.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização socioeconômica da pesca artesanal na Resex Marinha de Araí-Peroba (PA)(Universidade Federal do Pará, 2024-08-30) CAVALCANTE, Alessandro dos Santos; JIMENEZ, Érica Kitazono Antunes; http://lattes.cnpq.br/8793273902733669; https://orcid.org/0000-0002-2985-4515; BARBOZA, Roberta Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/9331256487699477; https://orcid.org/0000-0003-2367-553XA pesquisa realizada na Reserva Extrativista Marinha Araí-Peroba, no Pará, teve como objetivo caracterizar socioeconomicamente as famílias pescadoras, avaliar sua resiliência financeira e investigar a percepção sobre a gestão pesqueira. Os dados foram coletados entre março e julho de 2022 em 11 comunidades, totalizando 293 entrevistas. A coleta foi realizada através do Programa Pesca para Sempre, implementado pela Rare Brasil, utilizando um formulário eletrônico que abrangeu tópicos como demografia, subsistência, pesca, resiliência e capital social. Os resultados indicam que a pesca artesanal é a principal fonte de renda, representando 74,7% do total familiar, mas 42,7% dos entrevistados relataram uma diminuição significativa na captura nos últimos dois anos. A pesquisa revelou que a dependência exclusiva da pesca expõe as comunidades a riscos socioeconômicos, especialmente diante de variações ambientais e econômicas. A diversificação das fontes de renda, é apontada como estratégia essencial para aumentar a resiliência econômica. Além disso, a pesquisa destacou a divisão de trabalho por gênero, com homens predominando na captura e mulheres no beneficiamento do pescado. Valorizar o papel das mulheres e promover a igualdade de gênero são fundamentais para melhorar as condições de vida das comunidades. O estudo também evidenciou a importância do capital social, mostrando que a confiança mútua e a cooperação são cruciais para práticas de manejo sustentável. Conclui-se que uma abordagem integrada e multidimensional, que valorize o conhecimento local, promova a inclusão financeira e fortaleça o capital social, é essencial para a gestão sustentável dos recursos pesqueiros na RESEX Araí-Peroba.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização socioepidemiológica em comunidades quilombolas do nordeste do Pará-Amazônia, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2019-12-19) RAMOS, Noêmia Maria José Maia; NASSAR, Sérgio Eduardo; http://lattes.cnpq.br/3066738195459439; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902A trajetória da população negra no contexto histórico brasileiro deu origem as Comunidades quilombolas, as quais se consolidaram em espaços de resistência contra à escravidão a partir de suas relações sociais, econômicas e culturais. Este contexto gerou significativas consequências para os negros, como as grandes desigualdades socioeconômicas e ambientais, os quais contribuem com o processo de mortalidade para as doenças ligadas as precárias condições de vida na qual estão submetidas essas populações. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar os principais problemas socioambientais e epidemiológicos de origem antrópica existentes nas comunidades quilombolas de Taperinha e Sauá-Mirim, no Município de São Domingos do Capim – PA, que contribuem para o processo de adoecimento. A pesquisa foi realizada apartis de um estudo quantitativo e descritivo, através de levantamentos bibliográficos, pesquisa de campo, com a utilização de um questionário aplicado às comunidades em estudo, com perguntas fechadas e abertas, (relacionadas com questões socioeconômicas, epidemiológicas, ambientais, etc.) e Chek-list. Após a coleta, os dados foram armazenados e tabulados para a elaboração de figuras e gráficos que serviram como meio de melhor visualização, apresentação e discussão dos resultados. Estes, mostraram que estas Comunidades apresentam um alto índice de pobreza, relacionado as questões socioeconômicas, culturais e ambientais, os quais são responsáveis pelas condições de desigualdades sociais. Bem como pela interferência no modo de vida dos quilombolas, reincidência de doenças infecciosas e incidências de doenças crônicas degenerativas, as quais tem se mostrado com importantes repercussões epidemiológicas quando refere- se ás Comunidades quilombolas. Por fim, cabe destacar que estes resultados serão disponibilizados para futuras publicações acadêmicas, afim de servirem como subsídios de novas pesquisas equiparadas com o Estudo em questão, assim como outros temas foco referente aos quilombolas, afim de que os resultados encontrados possam contribuir para o desenvolvimento de projetos e uma maior atenção do poder público em relação às Comunidades quilombolas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Carimbó “pau e corda”: antropização e cultura negra na região do salgado paraense(Universidade Federal do Pará, 2020-09-14) CORDEIRO, Raimundo Paulo Monteiro; LEAL, Luiz Augusto Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/7967678999713659Este trabalho analisa os conhecimentos tradicionais desenvolvidos na confecções dos tambores do carimbó no território do Tauapará, cidade de Colares, com ênfase na ação antrópica deste ambiente. Neste contexto, estão localizadas as comunidades quilombolas de Cacau, Ovos, Terra Amarela, e as comunidades tradicionais de Santo Antônio do Tauapará, Bom Jesus e Conceição. Essas comunidades possuem uma teia de relações sociais e culturais entre si e estão intrinsicamente ligadas com a história da presença negra na região e suas produções culturais. O lócus da antropização consiste em uma área de floresta onde os membros dos grupos de carimbó recorrem para a fabricação e a manutenção de seus instrumentos musicais (tambores, curimbós, maracás, couro). As hipóteses deste trabalho sinalizam que os cortes das árvores e a caça desordenada são fatores que podem estar interferindo na cultura do carimbó tradicional, espeficamente nas confecções dos instrumentos na região do Tauapará. Assim, pesquisa baseia-se em análise qualitativa de dados obtidos a partir de entrevistas e diário de campo (CHIZZOTTI, 2003). A partir das narrativas obtidas durante a pesquisa foi possível perceber que: ainda persiste o mito da “floresta virgem” (DEAN, 1995, p.38), e que os mateiros e caçadores compreendem a floresta com algo isolado da realidade da comunidade. Aqui será necessária a quebra do paradigma ecológico (INGOLD, 2015) da dualidade de cultura x natureza inventada pela ciência do ocidente. Não há limites entre natureza e cultura se entendermos a natureza e a cultura como uma coisa só. A natureza e a cultura são um organismo, uma totalidade indivisível que se desenvolve constantemente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cartas literárias: cartografia sócio-literária de pessoas e paisagens de Belém a partir da poesia de Bruno de Menezes(Universidade Federal do Pará, 2024-11-29) SANTOS, Joice Freitas dos; FERNANDES, José Guilherme dos Santos; http://lattes.cnpq.br/7023812449790431; https://orcid.org/0000-0001-9946-4961O presente trabalho propõe uma nova perspectiva sobre o cruzamento entre a Geografia e Literatura: uma cartografia sócio-literária da poesia de Bruno de Menezes, levando em consideração a existência de pessoas e paisagens no espaço de Belém do Pará. A questão que guiou o trabalho foi comprovar que Bruno de Menezes era um poeta-cartógrafo, explicando a relação da ficção com a cartografia; investigando como os espaços influenciaram na estilística da poesia; estabelecendo uma comparação de como estão os espaços citados e como eram na época dos escritos. Neste sentido, contribuiu para a comunidade acadêmica ao dar prosseguimento nos estudos sobre o poeta paraense negro, periférico, autodidata e precursor do Modernismo na capital paraense, além de continuar as pesquisas sobre Cartografia Literária que, como comprovamos, ainda está em fase de adensamento. Como metodologia, utilizamos as principais teorias da cartografia literária, para síntese em tabela a Malha de Saberes criada por Fernandes et al (2021), para apresentação dos mapas as teorias de Moretti (2003), para análise dos espaços e classificação da espacialidade no poema os postulados de Ozíris (2007). O produto desta pesquisa foi uma correlação entre os elementos visuais e textuais, com mapas e tabelas que sintetizam a capacidade do autor em retratar a cidade em poesia. O leitor verá que os espaços mais recorrentes nos poemas foram os bairros do Jurunas, Cidade Velha, Campina, Umarizal, Telégrafo, Pedreira e Sacramenta (Nazaré e Guamá aparecem algumas vezes), com pessoas que existiram na periferia de Belém nos séculos XVIII, XIX e XX, mas não tiveram sua existência marcada nos documentos oficiais. É o princípio do que desejamos ser um retorno para a sociedade com disponibilização dos mapas e outros recursos tecnológicos para o público. Assim, o trabalho buscou mostrar que os espaços de Belém têm memória, contando um pouco da história de ocupação desses lugares.
