Dissertações em Ciências do Movimento Humano (Mestrado) - PPGCMH/ICS
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/15817
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Associação entre o risco de sarcopenia com a força muscular e variáveis funcionais em pessoas idosas acompanhadas em um hospital universitário do Pará: um estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2025-08-08) OLIVEIRA, Polyana Barbosa de; CARNEIRO, Saul Rassy; http://lattes.cnpq.br/9162153771863939; https://orcid.org/0000-0002-6825-0239; TORRES, Natáli Valim Oliver Bento; OLIVEIRA, João Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/1927198788019996; http://lattes.cnpq.br/0926756122867180; https://orcid.org/0000-0003-0978-211X; https://orcid.org/0000-0002-1515-9976Introdução: A sarcopenia é uma doença caracterizada por perda progressiva e generalizada de força e massa muscular, podendo também envolver a funcionalidade e embora associada a diversos desfechos desfavoráveis à saúde da população idosa esta é geralmente subdiagnosticada na prática clínica, devido à complexidade em determinar quais variáveis mais importantes, bem como o acesso aos instrumentos necessários para o seu diagnóstico. Portanto, o rastreio adequado da doença pode possibilitar o planejamento de intervenções precoces de forma a minimizar os resultados adversos à saúde da pessoa idosa. Objetivo: Avaliar a relação entre o risco de desenvolver sarcopenia com a força muscular e as variáveis funcionais em pessoas idosas em nível ambulatorial. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal do tipo correlacional, realizado no HUJBB. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, atendidos no ambulatório de geriatria do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). A sarcopenia foi avaliada através do algoritmo do Grupo de Trabalho Europeu de sarcopenia em idosos de 2019 (EWGSOP2) a partir da verificação da força de preensão manual, da avaliação da massa muscular pela Biompedância Elétrica (BIA) e uma avaliação física composta pela aplicação do instrumento Short Physical Performance Battery (SPPB) e, em um dia posterior, foi avaliada a função muscular dos flexores e extensores dos joelhos no dinamômetro isocinético Biodex System Pro 4. Resultados: Foram avaliados 31 idosos com idade média de 72 anos (±7,07) e predominância do sexo feminino (71%). Cerca de 51,6% da amostra apresentou risco para desenvolver sarcopenia, porém somente 9,4% tiveram sarcopenia presente, sendo todos homens. Os resultados da regressão linear múltipla, com o escore do SARC-F como variável dependente, demonstraram que apenas o pico de torque dos flexores apresentou associação estatisticamente significativa com o SARC-F (β = -2,83; p = 0,018; IC95%: - 5,14 a -0,52). Conclusão: O estudo constatou que o pico de torque dos flexores apresentou associação significativa com o SARC-F denotando que a redução no pico de torque indica maior risco de sarcopenia e possíveis déficits funcionais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Prevalência de dor neuropática e fatores associados em pacientes oncológicos atendidos em unidade de alta complexidade: análise baseada em escalas validadas de avaliação da dor e da funcionalidade(Universidade Federal do Pará, 2025-08-14) GRELLO, Flávia Adrianne de Castro; CARNEIRO, Saul Rassy; http://lattes.cnpq.br/9162153771863939; https://orcid.org/0000-0002-6825-0239; MAGALHÃES, Maurício Oliveira; COSTA JÚNIOR; http://lattes.cnpq.br/7766377002832983; https://orcid.org/0000-0002-7857-021XIntrodução: O câncer configura-se como uma condição crônico-degenerativa marcada pelo crescimento celular desordenado, podendo ocasionar metástases e provocar intensos desconfortos físicos e emocionais. Entre os efeitos adversos dos tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, destaca-se a dor neuropática, frequentemente subdiagnosticada e subtratada, e que interfere de forma significativa na qualidade de vida e na funcionalidade do paciente. Esta dissertação objetivou investigar a prevalência de dor neuropática, os fatores clínicos associados e as alterações funcionais em pacientes oncológicos em tratamento ambulatorial no Hospital Ophir Loyola, em Belém/PA. Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e observacional, desenvolvido entre junho e dezembro de 2024. Foram incluídos 80 participantes, adultos, com diagnóstico confirmado de câncer e submetidos à quimioterapia e/ou radioterapia. Para a coleta de dados, utilizaram-se instrumentos validados: painDETECT, DN-4, ESAS-r e FACT/GOG-Ntx, além de questionário sociodemográfico. A análise estatística baseou se em testes de associação e regressão logística, considerando nível de significância de p<0,05. Resultados: 80% dos participantes relataram dor, sendo que 32,8% apresentaram escores indicativos de dor neuropática pelo painDETECT, e 43,8% foram classificados com dor neuropática pelo DN-4. A escala ESAS-r foi o único instrumento que demonstrou associação estatisticamente significativa com a presença de dor neuropática (p<0,05), evidenciando seu potencial como ferramenta sensível para triagem dessa condição. Conclusão: a dor neuropática está presente em parcela expressiva dos pacientes oncológicos, sua identificação eficaz depende do uso de instrumentos padronizados. Além disso, destaca-se a necessidade de protocolos clínicos estruturados para avaliação da dor e da funcionalidade, a fim de orientar o cuidado oncológico integral e humanizado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O treinamento de caminhada nórdica, progredindo para o sprint, modifica os parâmetros biomecânicos e clínico-funcionais de pessoas com parkinson? um estudo piloto de um ensaio clínico não randomizado e quasi-experimental(Universidade Federal do Pará, 2025-05-05) FERREIRA, Edigar Menezes; MONTEIRO, Elren Passos; http://lattes.cnpq.br/0920248966438368; https://orcid.org/0000-0001-7757-6620; PENNA, Eduardo Macedo; DELEVATTI, Rodrigo Sudatti; http://lattes.cnpq.br/3746450308327976; http://lattes.cnpq.br/0330707893525396; https://orcid.org/0000-0003-0058-7967; https://orcid.org/0000-0003-1827-7799Introdução: A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico, idiopático, caracterizado pela perda de neurônios dopaminérgicos presentes na substância nigra. Indivíduos nessa condição, apresentam sintomas motores e sintomas não motores. Como possibilidade de tratamento, temos a prática de exercícios físicos (EF). O EF, por sua vez, proporciona diversos benefícios clínicos e mobilidade funcional. Contudo, a progressão da doença está associada a diminuição de força, potência e velocidade, diretamente sintomas motores. Objetivos: Com isso, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de 11 semanas de treinamento de caminhada nórdica e sprint sobre parâmetros biomecânicos, qualidades físicas (força, potência e velocidade), eficiência mecânica (Perfil Força Velocidade, RFPICO(%) e DRF) e desempenho durante o sprint, assim como parâmetros clínicos funcionais, tais como a capacidade de marcha, força de preensão palmar e sintomas motores em PcP. Métodos: Esse estudo trata-se de um estudo piloto de um ensaio clínico não randomizado e quasi-experimental, aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) (CAAE, nº 67654523.7.0000.0018). O público foi pessoas com Parkinson (PcP) no estadiamento 2 a 3 na escala Hohen Yahr. As pessoas com Parkinson foram avaliadas durante 2 semanas na pré-intervenção (T1), onde coletamos dados sociodemográficos, filmagem dos sprints em uma pista de 40 metros para análise de qualidades físicas e eficiência mecânica, bem como testes clínico-funcionais. A intervenção (T2) foi 11 semanas de treinamento locomotor intervalado de caminhada nórdica, progredindo para o sprint, e, após o treinamento, foi realizada a avaliação pós-intervenção (T3). Resultados: A amostra foi composta por 7 PcP, com estadiamento na escala Hoehn and Yahr (1,50-2,50) e tempo de diagnóstico de (5,50 ± 3,15) anos. Média de idade (68,6 ± 7,87) anos, massa corporal e estatura foram, respectivamente (72,2 ± 15,2 kg e 167 ± 8,42 cm). As PcP apresentaram melhora nas qualidades físicas: Força Máxima Teórica Horizontal F0(N) (p=0,038); velocidade máxima teórica- V0 (m/s) (p= 0,011) e velocidade máxima- VMAX, (p= 0,013). A manutenção no tempo de execução correspondeu a (p= 0,535) e a potência máxima- PMAX (W/Kg) (p= 0,199). Como também, houveram melhoras na eficiência mecânica: Perfil Força Velocidade- Perfil_FV (p= 0,019), Razão de Força (RFPICO(%)) (p= 0,045) e a taxa de diminuição de RF- DRF (p=0,029) apresentaram manutenção dos valores Capacidades de Clínico-funcionais: velocidade de marcha (p= 0,057), mobilidade funcional (p=0,024), índice de reabilitação locomotora (IRL), sintomas motores (p= 0,198) e a força de preensão palmar, mão direita (p= 1,00), mão esquerda (p= 0,703) . Conclusão: A nossa intervenção resultou em melhoras nas qualidades físicas de força e velocidade, apresentando eficiência mecânica do Perfil F-V, RFPICO% e DRF. Entretanto, a potência máxima PMAX, os parâmetros de marcha, mobilidade funcional, e variáveis clínicas mantiveram os valores pré-intervenção.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação funcional dos membros superiores em indivíduos amputados de membro inferior(Universidade Federal do Pará, 2025-04-30) COELHO, Thatiane da Silva; SILVA, Anselmo de Athayde Costa e; http://lattes.cnpq.br/4794918582092514; https://orcid.org/0000-0001-5265-619X; MORAES, Suellen Alessandra Soares de; http://lattes.cnpq.br/6278397231382779; https://orcid.org/0000-0001-8616-6885Os testes funcionais são exercícios elaborados para avaliar quantitativa e qualitativamente o desempenho do indivíduo. Possibilitam a análise de alinhamentos biomecânicos, posturais e dificuldades na realização da atividade proposta. E o teste de estabilidade da extremidade superior em cadeia cinética fechada (Closed Kinect Chair Upper Extremity Stability Test - CKCUEST) é validado e possui valores de referência através da sua pontuação de valor normalizado, média de toques e power score para população atlética de vôlei, tênis, handebol e baseball, o que favorece o acompanhamento de programas de reabilitação de ombro, quando necessário. No entanto, não há tal dado na literatura sobre o desempenho e validação do teste em pessoas com deficiência (PCD). O principal objetivo deste estudo foi adaptar o CKCUEST para indivíduos amputados de membro inferior, e os objetivos secundários consistem em: testar a reprodutibilidade do teste em amputados de membro inferior; comparar o desempenho em diferentes posições de adaptação ao teste; correlacionar o resultado com potência muscular dos membros superiores e descrever os sinais inerciais durante a execução do teste. Foram recrutados 19 participantes amputados e fisicamente ativos sem patologias osteoarticulares nos membros superiores que realizaram três variações de como executar o CKCUEST, usando sensores inerciais da marca mbientlab para a análise do movimento. A Anova de um fator foi utilizada para comparar os valores de média dos toques, valor normalizado e escore de potência do CKCUEST, assim como as escalas de percepção subjetiva de esforço (BORG) e escala visual analógica a dor (E.V.A) entre as posições. Para a reprodutibilidade do teste foi utilizado o coeficiente de concordância CCC de Lin. A correlação de Pearson foi utilizada para correlacionar o desempenho do SMBT com o CKCUEST e com as métricas do sensor inercial. Os resultados de desempenho no CKCUEST em indivíduos amputados foram de 28,53 (± 4,64) toques, 16,27 (±2,64), toques do valor normalizado e 97,66 (± 24,09) toques / seg do power score. A variável que obteve diferença entre as posições foi a percepção subjetiva de esforço. Não foi observado boa concordância teste e reteste para parâmetros do CKCUEST. As métricas dos sensores inerciais mais ligadas ao movimento realizado no CKCUEST são a frequência dominante e a amplitude. Conclui-se que o CKCUEST é um teste funcional adaptável e aplicável a esta população, pessoas com amputação de membro inferior.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O efeito do FIFA 11+ para prevenir lesões em membros inferiores em atletas de voleibol: um ensaio controlado randomizado por cluster(Universidade Federal do Pará, 2024-04-05) SANTOS JUNIOR, Mario Correa dos; HONORATO, Renêe de Caldas; http://lattes.cnpq.br/0313119307055284; https://orcid.org/0000-0002-5396-1302; SILVA, Marília Passos Magno e; http://lattes.cnpq.br/9123524811984821; https://orcid.org/0000-0002-7322-6364; MORAES, Suellen Alessandra Soares de; SILVA, Elirez Bezerra da; http://lattes.cnpq.br/6278397231382779; http://lattes.cnpq.br/7486340493431857; https://orcid.org/0000-0001-8616-6885; https://orcid.org/0000-0002-5989-6556Prevenir lesões é de extrema importância no contexto esportivo para diminuir as ausências em treinos/competições, reduzir custos médicos, queda no desempenho e alteração em aspectos psicossociais do atleta, nesse sentido protocolos de prevenção com abordagem integral de aquecimento ganharam relevância na literatura. O objetivo geral deste estudo foi verificar o efeito do FIFA 11+ na prevenção de lesões em jogadoras de voleibol sub 19. E teve como objetivos específicos: caracterizar as lesões quanto ao local anatômico, mecanismo, diagnóstico e gravidade; avaliar bem-estar, percepção subjetiva de recuperação, percepção subjetiva de esforço, dados de saltos e força isométrica dos músculos extensores e flexores do joelho entre os grupos. A pesquisa utilizou abordagem descritiva, analítica e caracterizou-se como um ensaio controlado randomizado por cluster. A amostra foi constituída por 34 atletas, do sexo feminino, da categoria sub19, de dois times da cidade de Belém/PA. 17 participantes foram expostas à aplicação do programa FIFA 11+ e 17 fizeram parte do grupo controle, seguindo a rotina normal de aquecimento. O protocolo foi aplicado durante três meses pelos pesquisadores e os diagnósticos das lesões foram feitos por profissional da saúde médico ou fisioterapeuta. Os dados foram analisados com o JASP e com base na intenção de tratar, o efeito da intervenção foi feito por meio de análise qualitativa com quadros de descrição das lesões e medidas epidemiológicas e para verificar o efeito da intervenção nos parâmetros psicossociais e de desempenho utilizou-se o modelo linear misto. O FIFA11+ teve efeito positivo na prevenção de lesões de jogadoras de voleibol sub19, o grupo intervenção teve 50% menos lesões em relação ao grupo controle, com menor gravidade mesmo com diferença significativa de maior tempo de exposição em minutos durante as sessões.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mais ativos, menos seguros? Prevalência do deslocamento ativo em contextos marcados pela violência no entorno escolar: uma análise a partir da pense 2019(Universidade Federal do Pará, 2025-06-17) AMARAL, Eduarda Elisa Martins; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; https://orcid.org/0000-0003-4683-9576; COSWIG, Victor Silveira; MIELKE, Gregore Iven; http://lattes.cnpq.br/0097939661129545; http://lattes.cnpq.br/6429798795330732; https://orcid.org/0000-0001-5461-7119; https://orcid.org/0000-0002-3043-2715O deslocamento ativo é uma forma utilitária de atividade física que pode contribuir para a promoção da saúde entre adolescentes. No entanto, o contexto em que essa prática ocorre precisa ser considerado, uma vez que pode envolver ambientes percebidos como inseguros. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar a prevalência do deslocamento ativo entre estudantes adolescentes brasileiros em contextos com diferentes níveis percebidos de violência no entorno escolar. Foram utilizados dados de 158.309 estudantes matriculados em 4.242 escolas públicas e privadas do Brasil, participantes da edição de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2019). O deslocamento ativo para ir e/ou voltar da escola foi categorizado em ativo (≥ 5 dias por semana) e não ativo. Oito questões sobre violência no entorno escolar, extraídas do questionário aplicado aos diretores, foram reduzidas a duas dimensões por meio da Análise de Correspondência Múltipla (MCA), seguida de análise de cluster, classificando os ambientes escolares em três categorias: baixo, moderado e alto nível de violência percebida. Modelos de regressão de Poisson, ajustados para potenciais confundidores e incorporando o desenho amostral por meio do pacote survey, foram utilizados para estimar razões de prevalência (RP) entre os clusters. Roubos/assaltos (81,9% pelo menos uma vez), venda de drogas (72,5%) e agressões físicas (55,9%) foram os tipos de violência mais frequentemente relatados pelos diretores. Em relação ao deslocamento ativo, cerca da metade dos estudantes (50,1% [IC 95%: 48,4–51,7]) referiu realizá-lo em cinco ou mais dias por semana. Estudantes de escolas classificadas no cluster com maior índice de violência no entorno apresentaram prevalência 29% maior de deslocamento ativo (RP = 1,29; IC 95%: 1,17–1,43), em comparação com aqueles de escolas no cluster mais seguro. A análise exploratória indicou prevalências mais elevadas nos estados do Espírito Santo (RP = 2,36; IC 95%: 1,79–3,13), Ceará (RP = 1,65; IC 95%: 1,24–2,18) e Roraima (RP = 1,65; IC 95%: 1,26–2,17). Em conclusão, o deslocamento ativo para ir ou voltar da escola é uma prática comum de atividade física entre estudantes brasileiros, e sua prevalência é maior entre aqueles que frequentam escolas inseridas em contextos marcados por elevados níveis percebidos de violência no entorno escolar. Esses achados destacam a importância de considerar as condições ambientais e de segurança pública ao formular estratégias de promoção da atividade física em populações jovens.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Associação entre recuperação, comportamento de sono e as dimensões da síndrome de Burnout em paratletas: um estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2024-04-30) FERREIRA, Verônica Moreira Souto; PIRES, Daniel Alvarez; http://lattes.cnpq.br/4487383675643868; https://orcid.org/0000-0003-2163-5606; SILVA, Marília Passos Magno e; SIMIM, Mário Antônio de Moura; http://lattes.cnpq.br/9123524811984821; http://lattes.cnpq.br/2506744061310311; https://orcid.org/0000-0002-7322-6364; https://orcid.org/0000-0002-4659-8357INTRODUÇÃO: As investigações sobre a síndrome de burnout em atletas suscitam debates acerca dos aspectos psicológicos no esporte. Essa síndrome, de origem multifatorial, se manifesta em dimensões: exaustão física e emocional (EFE), reduzido senso de realização esportiva (RSR) e desvalorização esportiva (DES). No esporte, as demandas pressupõem a necessidade de recuperação para restaurar os recursos esgotados, sendo a ausência ou insuficiência desse processo apontada como precursora da síndrome de burnout. No paradesporto existem desafios adicionais, como altas taxas de lesões, distúrbios do sono e questões de saúde mental. Nesse sentido, aprofundar os conhecimentos referentes à psicologia do esporte no contexto do paradesporto se faz necessário, como a identificação de indicadores de burnout em paratletas, concomitantemente às estratégias de recuperação e comportamento do sono desses indivíduos. OBJETIVOS: Investigar a associação entre as dimensões de recuperação e as dimensões da síndrome de burnout em paratletas; Investigar a associação entre o comportamento de sono e as dimensões da síndrome de burnout em paratletas. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo observacional de recorte transversal e abordagem quantitativa. Participaram do estudo 55 paratletas do sexo masculino, com média de idade de 37 ± 9 anos, praticantes das modalidades voleibol sentado (65,45%) e rugby em cadeira de rodas (34,54%). Os participantes preencheram um questionário sociodemográfico e os seguintes instrumentos: Questionário de Burnout para Atletas (QBA), Questionário de Estresse e Recuperação para Atletas (RESTQ-Sport) e Questionário de Comportamento de Sono do Atleta. A análise de regressão linear foi empregada para avaliar a associação entre os componentes do RESTQ-Sport, o comportamento de sono e as dimensões de burnout. As análises foram realizadas no software SPSS Versão 27.0 e a significância adotada foi de p<0,05. RESULTADOS: Ao analisar a associação entre as dimensões do RESTQ-Sport e as dimensões do burnout, os resultados apresentaram associações significativas nos modelos de EFE (F[4, 50]= 3,648, p= 0,01; R2ajustado= 0,16), DES (F[4, 50]= 4,135, p< 0,00; R2= 0,18) e burnout total (F[4, 50]= 4,943, p< 0,00; R2= 0,22), porém não houve significância em relação ao RSR (F[4, 50]= 1,695, p= 0,16; R2= 0,04). Adicionalmente, os resultados da associação entre o comportamento de sono e o burnout indicaram que o comportamento de sono explicou 10% da variação na EFE (F[1, 53]= 7.547; p= 0.008; R2ajustado= 0.108), já as dimensões DES (F[1, 53]= 0,445; p= 0,508; R2ajustado= -0,01), RSR (F[1, 53]= 0,469; p= 0,497; R2ajustado= -0,01) e burnout total (F[1, 53]= 3,148; p= 0,082; R2ajustado= 0,038) não apresentaram significância. CONCLUSÃO: Esses achados ressaltam a importância do manejo adequado do estresse, dos processos de recuperação e do sono na prevenção do burnout em paratletas, sugerindo que estratégias de intervenção que visam melhorar o bem-estar geral e promover um sono adequado podem ser eficazes na redução do risco de burnout e na melhoria do desempenho esportivo desses atletas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da capacidade funcional de pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica com o uso de ventilação não invasiva binível: ensaio controlado randomizado cruzado de grupo único(Universidade Federal do Pará, 2024-04-25) OLIVEIRA, Fernanda de Araújo; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571; CRISP, Alex Harley; JOSÉ, Anderson; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; http://lattes.cnpq.br/8217436014500962; https://orcid.org/0000-0003-4683-9576; ? https://orcid.org/0000-0002-3611-0098Introdução: O uso de ventilação não invasiva (VNI) durante o exercício em pessoas com doenças respiratórias crônicas melhora a oxigenação arterial, reduz a dispneia e aumenta a tolerância ao exercício mensurada pelos testes de capacidade funcional. Apesar da VNI poder ser usada tanto de forma aguda durante o exercício quanto ser uma terapêutica de uso contínuo, a influência da mesma no desempenho dos testes de capacidade funcional não é totalmente esclarecidos. Objetivo: Avaliar o impacto do uso da ventilação não invasiva (VNI) no desempenho dos teste de degrau de 6 minutos (TD6) e teste de sentar e levantar de 1 minuto (TSL1) de pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Métodos: Ensaio controlado randomizado cruzado de grupo único no qual foram realizados TD6 e o TSL1 em duas condições: com e sem o uso da VNI. Foram coletados, antes e após os testes, os valores de pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC), saturação periférica de oxigênio (SpO2), percepção subjetiva de esforço pela Escala de Borg e lactato sanguíneo. Resultados: Foram incluídos 15 pessoas (66,3±10,2 anos), sendo 46,7% mulheres. Em relação VEF1 (%previsto), 53,3% apresentaram valores ≥ 50% do previsto e 66,6% da amostra, apesar de apresentarem sintomas relacionadas à dispneia, não apresentaram alteração espirometrica relacionada à obstrução (GOLD 0). A média do desempenho no TSL 1 com uso de VNI e sem VNI foi, respectivamente, de 28,2±4,54 vs. 25,9±4,45 repetições (p=0,039). Foi encontrado diferença significativa (p<0,05) entre ambos os desempenhos sendo que o uso da VNI aumenta em 2,3 repetições. Em relação ao TLS1, a SpO2 com VNI também apresentou incremento significativo (0,933±1,49 vs. -1,4±2,67, p=0,006). Já no teste de degrau de 6 minutos, o desempenho com a VNI e sem, respectivamente foi de 134,9±18,44 vs.135,3 vs. 24,2 (p= 0,96). Em ambos testes a PAM, Escala de Borg, FC e lactato não foram impactadas significativamente com o uso da VNI. Conclusão: O uso de VNI de forma aguda impactou exclusivamente no desempenho o TSL1 com menor dessaturação periférica de oxigênio de pessoas com DPOC. Desta forma, o uso de VNI durante o TD6 não impacta o desempenho nesta população.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Associação de obesidade sarcopênica, indicadores de composição corporal, de variabilidade da frequência cardíaca e de esforço no teste do degrau de seis minutos com a severidade da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono: um estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2024-12-19) SOUZA, Leornado Brynne Ramos de; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0003-4683-9576; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571Introdução: A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é o distúrbio respiratório relacionado ao sono mais comum do mundo, com diferentes níveis de severidade. A literatura aponta que o aumento de gordura corporal pode aumentar o gasto energético, alterar a variabilidade da frequência cardíaca durante o sono e vigília, e impactar na gravidade da síndrome. Assim, há um maior o risco de catabolismo muscular, impactando negativamente a saúde celular, medida pelo ângulo de fase na bioimpedância elétrica. Contudo, existem poucos estudos que já ampliaram a avaliação da composição corporal quanto à obesidade sarcopênica nessa população. Além disso, os resultados de pesquisas vigentes também se mostram conflitantes ao analisar os impactos da severidade da SAOS no desempenho metabólico e físico durante os testes de esforço. Objetivo: Analisar a associação dos indicadores de composição corporal, de variabilidade da frequência cardíaca e de esforço no teste do degrau de seis minutos com a severidade da SAOS. Métodos: Estudo do tipo transversal de caráter quantitativo, que ocorreu entre dezembro 2023 e agosto 2024, com amostra única de 37 pessoas, idade média de 53,7 ± 13,8 anos, idade mínima 28 anos e idade máxima 78 anos, com diagnóstico de SAOS, confirmada por polissonografia tipo 1. A coleta dos dados foi realizada em duas fases: a) Repouso, utilizou-se a bioimpedância elétrica (Biodynamics BIA 450, Biodynamics Corporation, Washington, EUA) para coletar dados de composição corporal, a calorimetria indireta (Quark CPET, Cosmed, Itália) para coletar a taxa metabólica de repouso e as variáveis de domínio de tempo e frequência da variabilidade da frequência cardíaca pelo frequencímetro cardíaco (SmartLab, HMMGroup, Alemanha); b) Exercício, sendo utilizado o teste do degrau de 6 minutos com analisador de gases (Quark CPET, Cosmed, Itália) respiração a respiração para avaliar o esforço físico e metabólico. Para determinar a normalidade dos dados, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk, sendo a representação de dados normais por média e desvio padrão e para a representação de dados não normais por mediana e intervalo interquartílico. Para análise multivariada dos dados, utilizou-se a análise de componentes principais (PCA), empregando o algoritmo de rotação varimax para criação dos componentes. O valor reduzido de cada componente foi utilizado para realizar análise de regressão linear simples. Resultados: Foram avaliadas 37 pessoas com SAOS (54,05% homens), IMC 31,1 ± 5,31 kg/m2 e IAH 31,3 (11,3-61,6). A análise de PCA criou 6 componentes principais (CP), sendo esses: 1° CP: composição corporal; 2° CP: saúde celular; 3° CP esforço físico; 4°CP razões ventilatórias; 5° CP: estimulação simpatovagal; 6° CP: estimulação simpatovagal (muito baixa frequência). O componente de indicadores de composição corporal (IMC, circunferência cervical, taxa metabólica de repouso, resistência e capacitância do corpo) foi associado a maiores IAH, (F [3,32] = 3,05; p = 0,01), com valor de r2 ajustado de 0,22. Conclusão: A composição corporal está associada à severidade da SAOS, enquanto os componentes de saúde celular, esforço físico, razões ventilatórias, estimulação simpatovagal e estimulação simpatovagal de muito baixa frequência não estiveram associados com a severidade da síndrome.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da sarcopenia e a sua associação com indicadores clínicos, funcionais e de qualidade de vida em pessoas idosas atendidas no ambulatório do hospital Universitário João de Barros Barreto(Universidade Federal do Pará, 2024-08-09) MORAES, Janine Brasil de Araújo; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-3115-2571; CARNEIRO, Saul Rassy; http://lattes.cnpq.br/9162153771863939; https://orcid.org/0000-0002-6825-0239Introdução: O envelhecimento pode ser acompanhado por um declínio progressivo da massa, força e função muscular. Essa condição de saúde resultante é conhecida como sarcopenia, doença muscular que se desenvolve de forma progressiva e crônica. A sarcopenia relacionada à idade possui diversos fatores que aceleram esse processo e necessitam ser identificados e controlados para promover um bom prognóstico de saúde e qualidade de vida para a população idosa. Objetivo: Analisar a sarcopenia e a sua associação com indicadores clínicos, funcionais e de qualidade de vida em pessoas idosas atendidas no ambulatório do Hospital Universitário João De Barros Barreto. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, realizado no ambulatório de geriatria do HUJBB. Foram realizadas avaliações sociodemográficas e clínicas: avaliação da sarcopenia (SARC- Calf, avaliação da força de preensão manual, Bioimpedância Elétrica Tetrapolar (BIA) e Short Physical Performance Battery (SPPB)), avaliação de indicadores funcionais (Barthel, avaliação da força do quadríceps, avaliação do nível de atividade física (IPAQ) e presença de quedas em 60 dias) e avaliação da qualidade de vida (SF-12). Foi utilizado o algoritmo do Grupo de Trabalho Europeu de sarcopenia em idosos (EWGSOP2). Resultados: Avaliados 129 participantes (73% mulheres, p = 0,001), com média de idade de 75,4 anos e procedentes da capital (80,6%). Obtive-se 57% com risco de sarcopenia, prevalência de 27,1% de sarcopenia e 57,4% de sarcopenia grave, 36.4% apresentou quedas. A força de preensão manual (FPM) 18kg/f, massa muscular esquelética de 18,3kg; SPPB 9 pontos; Barthel de 58,8% dos participantes independentes; força do quadríceps de 14kg/f; IPAQ 38,8% com baixo nível de atividade física e SF-12 de 37,7 pontos para componente físico e 48,2 pontos mental. Observou-se associação entre a massa muscular esquelética apendicular (MMEA) e a a circunferência da panturrilha (CP), a idade, o SARC-Calf, a FPM e a qualidade de vida (componente físico) para homens (R2 ajustado 0,42 e p<0,05), bem como com a sarcopenia, classificada pela MMEA, com variáveis da BIA: resistência corporal, água corporal total na massa magra, massa magra e taxa metabólica basal para o homens (R2 ajustado 0,49 e p<0,05), e para mulheres, água intracelular e água corporal total no peso corporal (R2 ajustado 0,60 e p<0,05). Conclusão: Este estudo conclui que a CP, a idade, o rastreio do risco de sarcopenia, a FPM e a qualidade de vida se mostraram associadas à MMEA medida pela BIA. Para o diagnóstico da sarcopenia, houve associações distintas dos marcadores da BIA conforme ajustados para o sexo das pessoas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico durante o uso de educador vaginal inovador: estudo transversal(Universidade Federal do Pará, 2022-11-08) DUARTE, Natália de Souza; MELO NETO, João Simão de; http://lattes.cnpq.br/1547661999153615; https://orcid.org/0000-0002-4681-8532O assoalho pélvico necessita de uma estrutura anatômica íntegra devido às suas múltiplas funções. Por isso, são necessários equipamentos inovadores para o aprimoramento dessa estrutura. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do uso do educador vaginal inovador iGeni sobre a atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico, além de analisar as diferentes posições do quadril e fatores de interferência como faixa etária, partos, atividade sexual, incontinência urinária e menopausa. Para isso, foi desenhado um estudo transversal, composto por 30 mulheres, que foram avaliadas pelos instrumentos: ficha de avaliação, International Consultation On Incontinence Questionnaire - Short Form e Eletromiografia de superfície. Os achados coletados foram: RMS do período de 5 segundos da contração, valores de pico RMS, valores da área, %CVM (RMS normalizado pelo pico do sinal) e frequência mediana. Esses achados foram comparados sem e com o uso do iGeni, nas posições pélvicas de anteversão, neutra e retroversão. Os resultados evidenciaram que o uso do iGeni aumentou a atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico na posição neutra. Mulheres em condições de maior tendência a disfunções dessa musculatura também se beneficiaram, aumentando a atividade bioelétrica em condições específicas. Concluiu-se então, que este equipamento inovador de biofeedback foi eficaz no maior recrutamento de fibras musculares e que tem maior efetividade na posição neutra do quadril, podendo ser um aliado eficaz no treinamento desta musculatura.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Características do ambiente escolar associadas à prática de educação física e ao deslocamento ativo em adolescentes de Belém-PA: um estudo multinível(Universidade Federal do Pará, 2025-02-26) SOUZA, Naicha Stefanie Félix; CRISP, Alex Harley; http://lattes.cnpq.br/1187580727139009; https://orcid.org/0000-0003-4683-9576Compreender como as características do ambiente escolar influenciam os comportamentos de atividade física dos adolescentes é essencial para o desenvolvimento de intervenções direcionadas. O objetivo deste estudo foi investigar as associações entre as características do ambiente escolar e os níveis de prática nas aulas de Educação Física (EF) e deslocamento ativo para a escola. Trata-se de um estudo transversal com amostragem de múltiplos estágios, envolvendo 1.719 adolescentes de 46 escolas de ensino médio, públicas e privadas, no município de Belém-PA. O tempo gasto nas aulas de EF e o deslocamento ativo na última semana foi autorrelatado com base no questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. As características do ambiente escolar foram obtidas por meio de questionários respondidos pelos gestores escolares e visitas de observação dos pesquisadores. Modelos de regressão binomial negativa inflacionada de zeros foram utilizados para lidar com a superdispersão e o excesso de zeros nos dados. Os resultados indicaram que a maioria dos estudantes (55,0%) não participava de aulas práticas de EF, com apenas 37,6% relatando 30 minutos ou mais de atividade por semana. Quanto ao deslocamento ativo, aproximadamente um terço dos adolescentes (34,6%) não realizava esse tipo de deslocamento. Na parte logit dos modelos ajustados, os fatores associados à redução das chances de não participação nas aulas de EF incluíram um maior número de professores de EF (OR = 0,79; IC 95%: 0,71–0,87), a presença de vestiários (OR = 0,66; IC 95%: 0,54–0,83) e a acessibilidade da escola (OR = 0,68; IC 95%: 0,54–0,86). Para o deslocamento ativo, a presença de calçadas (OR = 1,34; IC 95%: 1,03–1,74) e bicicletários (OR = 1,61; IC 95%: 1,26–2,05) aumentou as chances de não engajamento, enquanto as lombadas (OR = 0,60; IC 95%: 0,43–0,82) reduziram as chances de não engajamento. Em conclusão, as características do ambiente escolar têm o potencial de diminuir a não adesão às aulas práticas de EF entre os adolescentes. No entanto, os comportamentos de deslocamento ativo podem depender de fatores além da infraestrutura, exigindo uma exploração mais aprofundada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise Psicométrica da Versão Brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale (PFS-Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2024-04-24) SANTOS, Mayara do Socorro Brito dos; TORRES, Natáli Valim Oliver Bento; http://lattes.cnpq.br/1927198788019996; https://orcid.org/0000-0003-0978-211XIntrodução: Instrumentos de adequada psicometria são fundamentais para a qualidade das avaliações e reavaliações na prática clínica, norteadoras das tomadas de decisões sobre as condutas para a reabilitação. A Pittsburgh Fatigability Scale, originalmente publicada no idioma inglês, é a única escala validada para mensurar a fatigabilidade percebida em pessoas idosas. Considerando a importância desta ferramenta faz-se necessária a validação da sua versão traduzida para o português e para as especificidades do contexto brasileiro. Objetivo: Validar a versão brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale (PFS-Brasil) avaliando a validade em relação a medidas de atividade física, desempenho físico e cognitivo. Metodologia: 121 idosos saudáveis residentes na comunidade realizaram avaliação pela escala, testes de desempenho físico e cognitivo. Realizamos as análises estatísticas das subescalas física e mental da PFS-Brasil, utilizando coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para análise de confiabilidade, alfa de Cronbach para avaliação da consistência interna, correlação de Spearman para validade convergente, além de serem verificados a análise de concordância e efeitos teto e solo. O Statistical Package for Social Sciences 25.0 foi utilizado para análise dos dados. Resultados: As análises realizadas apontam que as subescalas física e mental apresentam confiabilidade teste-reteste satisfatórias considerando o CCI para as subescalas física (0,84; IC 95%: 0,80-0,88) e mental (0,83; IC 95%: 0,78-0,87), além de alta consistência interna (α = 0,84 e 0,82, respectivamente). Esses valores são indicativos de boa confiabilidade intraobservador, revelando baixa probabilidade de erro aleatório e sistemático. Os gráficos de Bland Altman apresentaram boa concordância para ambas as subescalas da PFS-Brasil. Para validade convergente, o maior escore físico mostrou associação moderada e o maior escore mental mostrou associação fraca com o menor desempenho físico (testes de caminhada de 6 minutos e na Bateria SPPB) e menor nível de atividade física (International Physical Activity Questionnaire – IPAQ); no desempenho cognitivo houve associação fraca entre o maior escore mental e a média de acertos no teste de flanker. Não foram observados efeito teto em ambas as subescalas, porém a subescala mental apresentou efeito solo (n= 24%). Conclusão: O presente estudo demonstrou que a versão brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale é um instrumento válido, consistente e confiável para avaliação da fatigabilidade percebida em idosos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atividade física, qualidade do sono e fatores associados à capacidade para o trabalho de fisioterapeutas da linha de frente contra a COVID-19(Universidade Federal do Pará, 2021-06-28) MORAES, William Rafael Almeida; NEVES, Laura Maria Tomazi; http://lattes.cnpq.br/4235603520707156; https://orcid.org/0000-0002-3115-2571INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19 ressaltou a importância da fisioterapia para controle e prevenção de complicações pulmonares e musculoesqueléticas, com destaque para a especialidade Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva. Entretanto, as exigências físicas e mentais requeridas pelo trabalho na linha de frente, bem como as mudanças no estilo de vida frente à pandemia, podem ter interferido negativamente na capacidade para o trabalho dos fisioterapeutas. OBJETIVO: Associar o nível de atividade física, a qualidade do sono e os fatores demográficos e ocupacionais com a capacidade para o trabalho de fisioterapeutas na linha de frente contra a COVID-19. MÉTODOS: Estudo do tipo analítico, transversal e quantitativo. Fisioterapeutas brasileiros atuantes na linha de frente contra à COVID-19 responderam a um questionário online que agrupou quatro instrumentos: a) dados demográficos, ocupacionais e de estilo de vida; b) o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ); c) o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI); d) o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Os dados foram analisados e apresentados em estatística descritiva (valores absoluto e relativo, média, desvio-padrão) e associações entre os resultados de ICT e as variáveis independentes, conferindo significância quando p ≤ 0.05. Utilizou-se o software estatístico R versão 4.0.0. RESULTADOS: Obteve-se respostas de todas as regiões do Brasil. Não houve associação entre a capacidade para o trabalho e o nível de atividade física, porém a inadequada capacidade para o trabalho foi associada à má qualidade do sono (p < 0.001) e os valores de ICT e PSQI apresentaram correlação negativa significante (r = -0.340; p < 0.001). Na análise ajustada, a capacidade para o trabalho apresentou associação com sexo feminino (p = 0.018) e com o diagnóstico clínico de COVID-19 pregresso (p < 0.001). CONCLUSÃO: Em tempos de pandemia, a redução da capacidade para o trabalho está associada à má qualidade do sono, mas não ao nível de atividade física entre fisioterapeutas da linha de frente contra a COVID-19. Os resultados alertam sobre o potencial impacto do sono sobre o trabalho dos profissionais que lidam com a saúde da população, ressaltando a necessidade de estratégias de suporte à saúde ocupacional dos fisioterapeutas, especialmente em períodos de crise de saúde pública.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Força de preensão manual e funcionalidade em pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradimiciliares e escolares de área endêmica: Correlação com biomarcador molecular e sorológico de infecção pelo Mycobacterium leprae(Universidade Federal do Pará, 2023-04-26) CONDE, Renatto Castro; BARRETO, Josafá Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1894551542259862A hanseníase pode causar importantes incapacidades físicas quando não diagnosticada e tratada precocemente. O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio de exame dermatoneurológico, incluindo o subjetivo teste manual de força muscular. Os contatos intradomiciliares de pacientes sem tratamento são as pessoas com maior risco de desenvolver a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para a quebra da cadeia de transmissão e para prevenção de incapacidades. Nesse contexto, o uso da dinamometria fornece dados objetivos sobre a força de preensão manual, por meio de um teste clínico simples e de melhor custo-benefício, e com os testes funcionais, poderiam contribuir para uma detecção precoce de disfunções de nervos periféricos. O objetivo deste estudo é correlacionar dados de força de preensão manual e de funcionalidade com biomarcadores de infecção pelo Mycobacterium leprae entre pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares de áreas endêmicas. O estudo foi aprovado (Parecer 5384136) e realizado em Imperatriz (MA), Marituba (PA) e São luís (MA). Os sujeitos com diagnóstico de hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares <15 anos foram examinados clinicamente e tiveram amostras biológicas coletadas para detecção de anticorpos IgM-anti-PGL-I e para detecção molecular do M. leprae por meio de RT-PCR. A força foi medida através de dinamômetros manuais, enquanto utilizamos escala e testes funcionais para avaliação da funcionalidade. Foram incluídos 179 sujeitos no estudo, sendo 94 do sexo feminino (52,51%), 67 casos de hanseníase (28 casos novos e 10 casos índices), 60 contatos intradomiciliares saudáveis (36,5 ±14,69 anos) e 52 escolares saudáveis de região endêmica. Encontramos uma prevalência significativa na perda de força muscular (p=0,0003) em casos de hanseníase comparados aos indivíduos saudáveis. Os sujeitos saudáveis >15 anos do sexo masculino obtiveram valores significativamente maiores de média de força de preensão e de pinça (p<0,05) em comparação aos casos de hanseniase do sexo masculino, exceto na pinça polpa. Os casos de hanseníase> 15 anos apresentaram significativas perdas funcionais (p<0,05), avaliados pelos TFMJT e 9-PnB e um maior tempo de teste, quando comparados ao grupo saudável, principalmente as mulheres. Foi observado que os casos de hanseníase apresentaram mais limitações de atividades ao avaliados na escala SALSA (p<0,05). Os sujeitos com alteração na palpação de nervos e diminuição de sensibilidade tátil, apresentaram mais fraqueza muscular e perda funcional (p<0,05). Encontramos correlação inversamente proporcional entre os títulos de IgM anti-PGL-I e a força de preensão muscular e de pinça em maiores de 15 anos (p<0,05). Foi observado fraqueza muscular na maioria dos casos positivos para RT-PCR. Os RT-PCR positivos, 42,31% apresentaram perda funcional nos testes, apresentando significativamente um maior tempo no TFMJT (p=0,028). Os positivos para RT-PCR, apresentaram tempos significativamente maiores nos subtestes de empilhamento de blocos (p=0,046) e simulação de alimentação (p=0,025). Observamos fraqueza muscular em 28,75% e perda funcional em 33,33% de sujeitos duplo positivos para anti-PGL-I e RT-PCR. Portanto, esses dados nos mostram que pode haver um comprometimento motor e funcional nessa população mais vuneravél para o desenvolvimento da hanseníase, onde esses testes podem encontrar incapacidades, além daquelas da avaliação clínica tradicional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sensores inerciais: Uma alternativa objetiva para classificação baseada em evidências do Basquete em cadeira de rodas(Universidade Federal do Pará, 2021-05-19) SÁ, Karina Santos Guedes de; SILVA, Anselmo de Athayde Costa e; http://lattes.cnpq.br/4794918582092514; https://orcid.org/0000-0001-5265-619XO sistema de classificação dos esportes paralímpicos evoluiu com o aperfeiçoamento das avaliações, para tornar as competições mais justas. Com isso, foi desenvolvido um movimento internacional para tornar a classificação dos atletas baseada em evidências. Tais evidências podem ser obtidas de diferentes formas, como testes e equipamentos válidos para medidas de variáveis relacionadas à classificação. Desse modo, o objetivo principal desta dissertação foi investigar a utilização de sensores inerciais no processo de classificação esportiva do basquete em cadeira de rodas. A dissertação foi escrita no modelo agregado de artigos e conta com dois artigos: uma revisão sistemática e um estudo original. Na revisão sistemática observamos que instrumentos como cinemetria, dinamômetros e sensores inerciais têm sido aplicados na classificação baseada em evidências nos esportes em cadeira de rodas, utilizando variáveis como força, velocidade e aceleração para discriminar sujeitos de diferentes classes. Em nosso estudo original observamos que: 1) atletas de classes mais altas realizaram os testes de desempenho em menores tempos; 2) 16 variáveis apresentaram correlações significativas moderadas e fortes com a classe esportiva; 3) as variáveis coletadas com o sensor posicionado na cadeira de rodas apresentaram maior número de correlações fortes e moderadas com a classe esportiva e; 4) o teste de agilidade de Illinois apresentou mais variáveis correlacionadas com a classe esportiva quando comparado ao teste de velocidade máxima de 20 metros e o eixo anteroposterior de ambos os sensores apresentaram maior número de variáveis correlacionadas com a classe esportiva. Em síntese, os sensores inerciais parecem adequados para avaliação da classe esportiva. Por fim, acreditamos que o uso de tecnologias no ambiente esportivo irá crescer mais e parece ser um caminho sem volta, elevando o desempenho e as competições a outros patamares.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Determinantes de sarcopenia e fragilidade em pessoas com Parkinson no contexto amazônico(Universidade Federal do Pará, 2025-03-26) SANTOS, Ana Carla de Matos; MONTEIRO, Elren Passos; http://lattes.cnpq.br/0920248966438368; https://orcid.org/0000-0001-7757-6620Introdução: O envelhecimento é um processo natural caracterizado pela perda progressiva da função dos tecidos e órgãos, aumentando a predisposição a diversas doenças, incluindo a Doença de Parkinson (DP). Dentre as condições associadas à DP, a sarcopenia e a fragilidade destacam-se como síndromes geriátricas relevantes. A sarcopenia é definida pela redução progressiva da massa, força e função muscular, enquanto a fragilidade caracteriza-se por maior vulnerabilidade a estressores, impactando a reserva fisiológica e a capacidade funcional. Apesar de conceitos distintos, ambas compartilham mecanismos fisiopatológicos, como inflamação crônica, estresse oxidativo e degeneração neuromuscular, afetando a potência muscular. A ausência de instrumentos acessíveis e padronizados para o rastreio dessas síndromes geriátricas em ambientes clínicos representa um desafio, especialmente quando se considera a aplicabilidade desses métodos em diferentes contextos sociodemográficos, como na Região Amazônica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o perfil de sarcopenia e fragilidade, bem como as possiveis associações com parâmetros clínicos da DP e aspectos sociodemográficosem pessoas com Parkinson (PcP) residentes na comunidade de um Estado da região Amazônica. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e analítico, incluindo PcP acima de 40 anos, de ambos os sexos. Inicialmente foi realizada uma anamnese para coleta de dados sociodemográficos, seguido da utilização de instrumentos como SARC-Calf e Short Physical Performance Battery (SPPB) para rastreio da sarcopenia e Fenótipo de Fried para rastreio da fragilidade. A potência vertical foi analisada pelo aplicativo My Jump 2, utilizando parâmetros como altura de salto, tempo de voo, velocidade de saída, força e potência. Para análise estatística foi usado o coeficiente de correlação de Spearman para identificar possíveis associações entre sarcopenia e fragilidade com variáveis clínicas e sociodemográficas. Após isso, foi conduzida uma regressão logística para avaliar se a massa corporal constituía um preditor para a sarcopenia. Em relação à fragilidade, nenhum dos preditores foram significativos. Todas as análises foram feitas utilizando o software SPSS (IBM, Greenville, SC) versão 25.0. Resultados: Foram avaliadas 24 pessoas com Parkinson (PcP), sendo 83,3% do sexo masculino, com média de idade de 66,35 anos e residentes na companhia do cônjuge e filhos (37,5%), estratificados em grupos sarcopênicos (29,2%) e não sarcopênicos (70,8%). Foi observada associação entre sarcopenia e massa corporal (OR = 1,438; IC = 1,045 – 1,980). Em relação à fragilidade, a prevalência foi inferior à relatada na literatura, possivelmente devido ao tamanho reduzido da amostra. Conclusão: Este estudo concluiu que a massa corporal foi um preditor de risco para a sarcopenia em PcP e que o perfil dessa amostra foi majoritariamente masculino, com maior ocorrência de quedas no estágio 2 da DP e com alta prevalência de pré- fragilidade. Apesar da ausência de outros preditores significativos para sarcopenia e fragilidade, os achados ressaltam a necessidade de padronização clínica e critérios diagnósticos universais, considerando aspectos sociodemográficos regionais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito agudo do HIIT e do alongamento no controle inibitório, desempenho matemático e na variabilidade da frequência cardíaca: Um ensaio randomizado e cruzado(Universidade Federal do Pará, 2021-07-01) MODA, Tomé Edson dos Reis; COSWIG, Victor Silveira; http://lattes.cnpq.br/0097939661129545; https://orcid.org/0000-0001-5461-7119O Treinamento Resistido (TR) é uma modalidade que tem alta aplicabilidade e eficiência em contextos físicos, clínicos e funcionais. Nesse sentido, com o avanço científico nessa modalidade, uma série de recomendações de manipulação de variáveis e dosagem do TR surgiram para diferentes finalidades e população. No entanto, não está claro como essas diretrizes de prescrição do TR afetam a responsividade que, por sua vez, caracteriza-se capacidade particular de um indivíduo em responder/beneficiar-se de uma intervenção, para uma determinada medida. Portanto, o objetivo do estudo foi realizar uma revisão sistemática para investigar o efeito do TR na responsividade de adultos saudáveis, em variáveis de força, potência, funcionalidade e hipertrofia muscular, a partir da taxa de prevalência. Foram considerados apenas ensaios clínicos randomizados, em língua inglesa, indexados nas bases de dados PubMed/MEDLINE, SCOPUS, EMBASE e SPORTDiscus, publicados até junho de 2021. O estudo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), identificado pelo código CRD42021265378. Após o processo de seleção dos estudos, foi analisado o risco de viés por meio da ferramenta ROB2 da Chrocrane. Após a estratégia de busca, 3033 estudos foram encontrados e, mediante o processo de triagem, 14 estudos foram selecionados para análise sistemática, totalizando 1056 sujeitos. Somente dois estudos apresentaram baixo risco de viés.Quanto a efetividade do TR, a margem de prevalência para indivíduos não- responsivos, em relação a força muscular foi de 0% a 44%, para hipertrofia 0% e 84% e funcionalidade 0 a 42%, enquanto, para potência muscular, apenas um estudo investigou taxa de responsividade e relatou 37%. Portanto, percebe-se que alterações para hipertrofia muscular podem ser menos sensíveis ao TR, comparada as outras variáveis. Maior volume de TR mostrou ser mais efetivo em todas as variáveis, contudo, a intensidade pode ser fator chave para responsividade de força e funcionalidade. No entanto, é importante ponderar aspectos metodológicos e estatísticos ao analisar desfechos em responsividade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A predição de uma ação transitiva é modulada pela valência emocional do objeto(Universidade Federal do Pará, 2021-06-02) AZEVEDO, Priscila da Silva; CAMPOS, Anaelli Aparecida Nogueira; http://lattes.cnpq.br/1380793960958329; SAUNIER, Ghislain; http://lattes.cnpq.br/6254015055212071; https://orcid.org/0000-0002-0882-7788Evidências experimentais recentes demonstram que a observação e a realização de ações dirigidas a objetos (i.e., ação transitiva) recrutam áreas motoras similares. Essa rede de interação percepção-ação estaria envolvida na nossa capacidade de prever as consequências de ações realizadas por outrem. Assim, o objetivo central do presente trabalho foi avaliar o efeito da valência emocional de um objeto sobre o processo de predição da ação. Trinta e oito estudantes de graduação foram convidados a observar vídeos de ações de alcance-preensão dirigidas a objetos agradáveis (AGR), desagradáveis (DES) ou neutros (NEU), apresentados em uma tela de computador. Incluímos duas condições visuais: oclusão da visão (OV), onde um retângulo preto obstruía os 50% finais do movimento, e visão completa (VC). No total foram realizadas 90 repetições (2 condições visuais x 3 valências x 15 repetições). O experimento iniciou sempre com o bloco de oclusão. A tarefa do participante consistia em prever o tempo de contato mão-objeto pressionando a barra de espaço do teclado. Os erros de predição foram calculados com base na diferença temporal (em ms) entre os tempos de contato dos participantes e os tempos de contato apresentados nos vídeos. Uma ANOVA para medidas repetidas (2 condições visuais x 3 valências) foi utilizada para comparar os erros de predição entre as condições. O post-hoc de Tukey foi usado para comparar os efeitos significantes (p<0,05). Nossos resultados sugerem que a predição da ação dirigida a um objeto é modulada pela valência emocional desse mesmo objeto. Encontramos um efeito de valência, com maior precisão temporal para a predição da preensão de objetos AGR e NEU quando comparado com os DES. Não houve efeito visual sobre a predição da ação observada. Por fim, observamos que a condição visual modulou a predição da ação dirigida somente aos objetos AGR e NEU. Ao nosso conhecimento, esta é a primeira demonstração comportamental de que a valência emocional dos objetos interfere no processo de predição da ação. Estes resultados podem contribuir no futuro para elaboração de protocolos complementares a reabilitação motora tradicional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Validação de dispositivos móveis para avaliação de ajustes posturais antecipatórios e compensatórios(Universidade Federal do Pará, 2021-12-09) DUARTE, Manuela Brito; CALLEGARI, Bianca; http://lattes.cnpq.br/0881363487176703; https://orcid.org/0000-0001-9151-3896Artigo 1: Os ajustes posturais são desencadeados pelo sistema nervoso central em resposta a perturbações externas e consistem em ajustes antecipatórios (APAs) ou compensatórios (CPAs). Os APAs são recrutamento muscular, associados ou não ao deslocamento do Centro de Pressão, de forma antecipada às perturbações previsíveis. Já os CPAs são gerados em decorrência do desequilíbrio, posterior à perturbação. Atualmente, o estudo de APA e CPA é restrito a laboratórios de pesquisa devido a necessidade de equipamentos específicos, de difícil manuseio e ao alto custo. O objetivo deste projeto foi validar um aplicativo para dispositivo móvel (Momentum) para a avaliação dos APAs e CPAs. Jovens saudáveis foram submetidos a uma perturbação externa previsível, produzida pelo impacto de um pêndulo. Utilizamos um equipamento padrão ouro para comparar os resultados obtidos pelo Momentum. Os resultados de validação, a latência da APA (APAonset), o pico máximo (ACCpeaktime) e a variação da aceleração (ACCpeak) após o impacto e o tempo para atingir o pico (ACCpeak) foram os parâmetros que apresentaram mais fortes índices de correlação (r). Na confiabilidade, o Momentum obteve correlação muito grande na APAonset e na APAamp. Na CPA, apenas o ACCrange obteve correlação excelente, os demais parâmetros apresentaram correlação de razoável a alta. Em geral, o Momentum se mostrou válido e confiável para avaliação de APAs e CPAs. Artigo 2: Novas tecnologias principalmente no ambiente esportivo onde o rendimento e poder de competitividade são imprescindíveis, destaca-se o emprego de sensores inerciais para análises e avaliações no esporte, ao passo que sejam fidedignas aos equipamentos padrão ouro de avaliação. O objetivo deste artigo foi validar os sinais de aceleração do centro de massa (COM) na fase antecipatória e compensatória da perturbação comparando os dois equipamentos (Metamotion C e cinemática). Vinte jovens saudáveis em pé foram expostos ao paradigma do pêndulo que consistiu em perturbações anteroposteriores previsíveis provocadas ao nível dos ombros. Os resultados de validação evidenciaram correlação linear significativa de todas as variáveis de moderada a grande com r ≥ que 0,5. A confiabilidade entre as sessões da cinemática foram excelentes (≥0,75). A variável APAonset apresentou ICC razoável a alto, já o CPAtime evidenciou uma excelente correlação. Os resultados evidenciam que o Metamotion C se mostrou confiável e válido na mensuração de aceleração do COM tanto na APA quanto na CPA.
